Bem, antes de falar de mais essa etapa de navegação, um break para falar dos TOP 10 da Expovinis escolhido por uma banca degustadora de ilustres conhecedores, críticos e estudiosos dos caldos de Baco. Sempre interessante ver o resultado mostrando o ganhador e alguns de seus principais concorrentes, porque isto dá uma outra visão do resultado. Onde cabe, coloco um pitaco meu.
Espumante Nacional
1 Casa Valduga 130 Brut – Bento Gonçalves, Brasil (Clássico Nacional)
2 Valmarino & Churchill Champenoise, 2009 (Divino, uma surpresa que trabalho há um tempo e já tive oportunidade de comentar aqui)
3 Aurora Chardonnay Método Charmat
4 Peterlongo Elegance Champenoise Brut
Espumante Importado
1 Cuvée Charles Gardet – Champagne, França
2 Le Marchesine Franciacorta Brut Docg
3 Margot Extra Brut
4 Astoria Prosecco Cartizze
5 Zonin Prosecco Doc
Branco Sauvignon Blanc
1 Casas Del Bosque Pequeñas Producciones Sauvignon Blanc, 2009, Casablanca, Chile ( um de meus preferidos que tomei com o amigo Cristiano um apaixonado. Pena que seja tão difícil encontrar por aqui e o preço não ajude muito)
2 Casas Del Toqui Terroir Selection Gran Reserva, 2010
3 Villa Francioni Sauvignon Blanc, 2009
4 Sanjo Núbio Sauvignon Blanc, 2010
Branco Chardonnay
1 Giaconda Nantua Vineyard Chardonnay, 2005 – Victoria, Austrália
2 Monte Agudo Terroir De Altitude Chardonnay, 2008 (Provei e gostei. Madeira mais integrada no nariz, mostra uma certa evolução na boca com bastante complexidade.)
3 Phillippe Collin Chevalier Montrachet Grand Cru, 2007
4 Salton Virtude Chardonnay, 2008
5 Luiz Argenta Gran Reserva Chardonnay, 2009
Branco Outras Castas
1 Morgado De Sta Catherina Bucelas Reserva Arinto, 2008 – Estremadura, Portugal (uma maravilha que só confirma a ótima forma que os brancos portugueses passam. Já comentado aqui no ano passado, é um vinho complexo e encantador.
2 Casa De Sarmento Maria Gomes, 2008
3 Sanjo Maestrale Integrus, 2008
4 Eral Bravo Urano Torrontés, 2010
5 Herdade Dos Grous Reserva Branco Regional, 2008
Rosado
1 Château De Pourcieux Côtes De Provence, 2010 – Provence, França
2 Chateau De L’escarelle Coteaux Varois En Provence, 2010
3 Domaine De Vignaret Rosé
4 Chateau De L’escarelle Les Belles Bastilles, 2010
5 Chateau Ferrylacombe Cascaii Rosé, 2010
Tinto Nacional
1 Pizzato DNA 99, 2005 – Bento Gonçalves, Brasil (a consagração dos merlots nacionais)
2 Santo Emílio Leopoldo Cabernet Sauvignon Merlot, 2007 (Sempre gostei deste vinho que já comentei aqui em outra cobertura de Expovinis anteriores, creio que dois anos atrás.)
3 Viapiana Via 1986 Marselan, 2009
4 Miolo Merlot Terroir, 2008
Tinto Novo Mundo
1 Jim Barry The Mcrae Wood Shiraz, 2005 – Clare Valley, Austrália
2 Undurraga TH Pinot Noir, 2009
3 Spice Route Mourvèdre, 2008 (baita relação Custo X Qualidade x Prazer e uma enorme satisfação ao tomar. Literalmente vale quanto pesa)
4 Gimenez Rilli Reserva Altamira, 2007
5 Perez Cruz Quelen Special Selection, 2006
Tinto Velho Mundo
1 Roquette & Cazes, 2007 – Douro, Portugal
2 Burgos Porta Mas Sinén Coster, 2006
3 Bodegas Portia Ebeia Roble, 2009
4 Bodegas Portia Prima, 2007
5 Mouchão Colheitas Antigas, 2000
Doce Fortificado
1 Justino’s 10 Years – Madeira, Portugal (muito bom, adoro a Bual 10 e 15 anos, grandes vinhos)
2 Quinta Santa Maria Portento, 2006 (há tempos também já o recomendei aqui e acredito que seja uma ótima opção aos Portos Ruby básicos, ainda mais que agora leva um bom porcentual de Touriga Nacional.)
3 Meerendal Chenin Blanc Natural Sweet, 2009
4 Dr. Loosen Ürziger Würzharten Riesling Auslese 2008
5 Pericó Ice Wine, 2009
Voltando à navegação, prejudicada por ter que sair ás pressas e cedo em função de chamada profissional, e pior, hoje tive que entrar no estaleiro para reparos e não poderei completar minha viagem. Coisas da idade! rs Tinha deixado para hoje a Ravin, primeira da lista e sempre disponibilizando ótimos vinhos para prova, Qualimpor, Valmarino, Marco Luigi, Miolo, Domno e Adega Alentejana que, lamentavelmente não poderei visitar, mas que recomendo aos amigos não perderem. Gente que sabe o que faz!
A principal atividade do dia foi uma visita ao lançamento do primeiro Passito nacional, mais uma vez sob a batuta técnica do Jefferson, elaborado pela Vinícola Santa Augusta uma jovem (2003) vinícola da jovem Serra Catarinense tocada por duas bonitas e simpáticas jovens (Morgana e Taline) que tiveram a coragem de se arriscar neste projeto único que culminou em apenas 300 garrafas produzidas, uma das quais está agora em minha adega particular. Deste vinho e deste lançamento, escreverei mais tarde em post especifico, mas foi um tremendo privilégio, como o do nosso primeiro Icewine da pericó, participar desse momento histórico em nossa vitivinicultura.
Do resto, gostei muito de conhecer a Antonio Dias Vinhos de Terroir, numa região gaúcha nova conhecida como Alto Uruguai na fronteira com Santa Catarina. Dica do amigo Nilson do Armazém Conceição em Floripa, este produtor elabora um bom espumante 100% Chardonnay e um ótimo e surpreendente Tannat que deixa marcas por onde passa! Recomendo a visita ao stand deles e aproveitem para conhecer seus outros rótulos, já que passei muito correndo. Don Giovanni com seus ótimos Stravagganza e Nature, dois espumantes muito bons, é uma parada obrigatória logo na entrada e certamente em breve na Vino & Sapore.
De Santa Catarina, dois Chardonnay de muita qualidade. O já conhecido e mui respeitado Vila Francioni assim como esse premiado da Vinicola Monte Agudo que obteve segundo lugar entre os chardonnays da prova dos TOP10. Muito bom também o Portento branco da Quinta Santa Maria elaborado com Malvasia, um estilo à lá Moscatel de Favaios.
Da Argentina não provei muito, mas, os vinhos da Eral Bravo, produtor de Mendoza com vinhedos na sub-região de Agrelo, me agradaram bastante tanto o Cabernet como o Malbec que, espero, cheguem logo ao Brasil.
Decanter, sempre o estande mais movimentado da feira onde rolam incríveis vinhos de um dos melhores portfolios nacionais. São parceiros, então falar deles é sempre suspeito, mas ser recebdio por espumante da Franciacorts, o Ferrari Perle, já é uma tremenda experiência porque é muito bom e coloca muito champagne no chinelo mostrando que até no vinho nome só não ganha jogo! Provei um Armagnac Napoleon que é estupendo, uma dica diferente, especialmente para o friozinho que se aproxima e para os amantes de charuto.
Para finalizar o Melhor Vinho da Expovinis para muitos, o Porto Dalva 63, uma benção dos deuses em forma de liquido. Daqueles néctares que mais do que serem fungados e bebidos, devem sim ser lambidos enquanto, de joelhos, agradecemos a benção e privilégio de poder saborear alguns poucos decilitros desse elixir. Trouxe comigo um pouco desse néctar, talvez um quarto de garrafa de 500ml, que compartilhei com oito alunos de meu Curso de Vinhos na Vino & Sapore, uma tremenda experiência e momento especial de reflexão. Kanimambo á moça que me atendeu, desculpe não ter pego seu nome naquele momento de extâse, e ao Beto Duarte que fez esse meio campo. Espero que logo, logo estejam por aqui, Enquanto isso, se tiver alguém indo a Portugal, encomende uma garrafa, que custa por lá entre 80 a 100 euros.
Salute e Kanimambo.
Ps. Dificil foi encontrar água pelos corredores da feira!