Ferrari Perlé

Quatro Anos Sacando Rolhas Em Grande Estilo!

A Confraria Saca Rolha comemorou 4 anos no mês passado e foi uma graaaande e inesquecível noite regada a grandes vinhos e muita alegria como é de costume em Uncorking-Old-Sherry-Gillraynossos encontros. Desta feita cada dupla um trouxe de casa uma garrafa de um vinho especial, hora de meter a mão na adega! O resultado? Bem, o resultado nossa portavoz, a Raquel Santos (confreira, sommelier e enófila das boas) expõe aqui em seu gostoso texto.

“É, o tempo passa! Cada vez penso mais nessa frase….rs.. O lado bom é que quando lembramos dos encontros alegres, cheios de aprendizados e regados a bons vinhos, nos damos conta do quão prazerosos foram e a vontade de repetir nunca cessa.

Olhando para trás, vejo que foi um ano de muita diversidade. Desbravamos terras longínquas com produções exóticas, desconhecidas por nós. Outros não tão distantes, como o Uruguai que nos surpreendeu, assim como a Austrália que apesar da distância, pareceu-nos familiar. Fizemos alguns desafios, como o eterno embate entre Portugal e Espanha que mesmo dividindo um único rio (Douro/Duero), não diferem apenas no idioma! Incorporamos a crise atual na nossa pauta e tentamos nos adaptar a ela. E depois de tantas reflexões, nada mais justo que tocar no ponto primordial de tudo isso: O eterno prazer que buscamos dentro de cada taça de vinho! Foi pensando nisso que resolvemos comemorar elegendo um vinho “favorito” de cada um para compartilhar com todos. E como somos um grupo heterogêneo, diversidade é mesmo conosco!

Começamos com a generosidade do Felipe, que apesar de não poder estar ali, nos enviou um belo representante: Espumante Ferrari Perlé 2007 – Espumante italiano da região de Trento, já conhecido por nós de outras degustações, marcou presença e deixou saudade. Extremamente elegante, com sua pérlage finíssima, aromas delicados de flores, maçãs e brioches. Boa persistência na boca e complexidade. Elaborado exclusivamente com a casta Chardonnay, passa 60 meses em contato com suas lias na garrafa. Foi um belo brinde!

Eu sou apaixonada pelos vinhos brancos e por isso resolvi levar um que já faz parte da minha lista dos mais adorados: Planeta Chardonnay 2009 – Também italiano, da Sicília. Provei esse vinho a uns três anos atrás e desde então nunca mais o esqueci. Repeti a dose outras vezes e ele sempre correspondeu as minhas expectativas. Como tinha uma garrafa guardada, nada mais justo que dividi-la com amigos queridos numa ocasião dessas. Esse também feito da Chardonnay, como o espumante que bebemos antes. A mesma uva, e vinhos tão diferentes! Logo de cara, impressiona pela cor, amarelo âmbar, com uma densidade que adere à taça. Aromas quase que insolentes de frutas maduras quando exalam seu perfume ao sol, contrastando com um frescor marinho. Muito macio e ao mesmo tempo vibrante pela acidez bem balanceada. Evolui bastante na taça e sua paleta de aromas e sabores desfilam sem parar, quase que querendo nos provocar com contrastes do tipo mel e limão siciliano, pêssegos em calda e calcário, flores e amêndoas torradas…e por aí vai. Esse vinho é uma viagem em que vale a pena embarcar! niver 4 anos

E por falar em viagem, o Luiz e a Ana Cláudia tinham acabado de chegar da Toscana e nos trouxeram um belo Brunello di Montalcino: Il Poggione Brunello 2007 – Assim, continuamos na Itália o que, em dia de festa é garantia de alegria! E esse Brunello não negou fogo e ainda por cima adicionou muita sofisticação ao ambiente. Começou exalando perfume de rosas e frutinhas de bosque. Mostrou-se tão equilibrado que deu trabalho para decifrá-lo em partes. Corpo macio, com presença de frutas, especiarias, madeira bem colocada e um certo terroso (sur bois). Acidez que evidencia hora um detalhe, hora outro, criando uma dinâmica nas sensações. Taninos aveludados e final persistente, com muita evolução.

O próximo chegou para roubar a cena. Um Rioja apresentado pelo Fábio Gimenez, que gosta dos espanhóis, começou falando baixo, porém com uma eloquência educada, sedutora e carismática: Ramirez de la Piscina-Crianza 2007 – Um típico riojano, feito de 100% Tempranillo. Passa 14 meses em barricas e 8 meses na garrafa antes de ser comercializado. Muito bem feito, equilibrado, com boa acidez, fácil de tomar. Apresenta tanto no nariz como em boca, notas de frutas vermelhas, como cerejas(ao marrasquino), tabaco e madeira. Para acompanhar uma longa conversa.

Eis que surge o português! Obviamente pelas mãos do João Filipe Clemente, nosso anfitrião. E chegou com classe: Mouchão 2001 Tonel 3 e 4 – Um alentejano ícone! De um vinhedo centenário, onde as mudas da casta Alicante Bouchet foram recuperadas, e o conceituado enólogo Paulo Laureano percebeu que o vinho dos tonéis 3 e 4 era melhor que todos os outros. Apenas esses tonéis eram feitos de carvalho português e macacauba brasileira. O vinho, bem…..o vinho….o que poderia dizer dele? Todo o dito seria pequeno. Dentro daquela garrafa tinha muito esforço para recuperação um vinhedo extinto, que junto com uma intuição genial e conhecimento de causa resultou naquele néctar macio, redondo, dócil e generoso. Um vinho amigo para celebrar amizades.

Pensando nisso, nosso amigo Marc, que dias antes estava em Mendoza, nos contatou para uma sugestão de vinho que pudesse trazer de lá, para nossa comemoração. Foi-lhe sugerido um Nosotros Malbec da bodega Domínio del Plata de Suzana Balbo, que tivemos o prazer de conhecer no ano passado. Chegando lá, uma das enólogas sugeriu um Nosotros Sofita, que ainda não conhecíamos. E fomos à prova: Nosotros Sofita 2010 – Top de linha da Bodega que celebra o esforço de todos que trabalham para criar os vinhos durante todo ano. Elaborado com Malbec, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, pareceu-me bem diferente que o varietal de Malbec. Mais sutil e elegante, porém sem perder a “raça” que é o ponto forte desses vinhos. Apresenta bastante chocolate, café e caramelo, tabaco, juntamente com frutas vermelhas. Apesar de intenso é fresco e agradável com boa acidez e taninos presentes bem maduros.

Até então, seis vinhos se passaram, mas ainda faltava o Porto que o Aristides trouxe para encerrar a noite com chave de ouro: Porto LBV Ferreira 2005 – Nada pode dar maior sensação de conforto do que uma taça de Porto! (até rimou!) Depois de tantas estripulias sensoriais, o aconchego do calor, dos aromas de chocolate e nozes, a textura macia e envolvente com sabores frutados e doces que ali convivem tão bem, são tão reconfortantes que tem até efeito terapêutico. E depois de uma noite dessas, o que mais podemos querer? Apenas repetir, e repetir e mais vezes repetir!”

Degustando Oito Espumantes Top às Cegas

Como divulguei amplamente, nesta semana realizei uma degustação temática de espumantes, com uma prova às cegas em que oito espumantes top, todos elaborados pelo método tradicional, estiveram em degustação. Anteriormente, divulguei a todos os rótulos que seriam degustados no dia, exceção feita a um que era o meu, já tradicional nos eventos ás cegas que promovo, Intruso. No encontro, apreciadores de vinho dos mais diversos níveis de conhecimento, porém sem a participação de profissionais do setor, com um resultado bastante interessante que, como tudo na vida,  deve ser interpretado com a devida parcimônia. É o resultado de uma degustação, num dia especifico com um grupo determinado de pessoas e sempre haverão controvérsias, até entre os que estavam presentes. De qualquer forma, acho o resultado válido, pois representa a avaliação de um grupo interessante de amantes do vinho.

De ressaltar que a qualidade geral apresentada foi muito boa mostrando bastante diversidade tanto de uvas, como de origens porém todos elaborados pelo método tradicional (champenoise). Eis as feras:

Seleção Espumantes Top

  • Orus Pas Dosé – Adolfo Lona é o produtor e enólogo, Garibaldi, RS, Brasil. Rosé Nature sem adição de licor de expedição, elaborado com um blend de Chardonnay, Pinot Noir e Merlot. Somente 628 garrafas produzidas este ano, já esgotado no produtor. Doze meses de autólise e 12 de afinamento em garrafa, 17/20 pontos de Jancis Robinon.  Preço, R$138,00.
  • Labet Cremant de Bourgogne (meu Intruso) – 100% Chardonnay, Revista Adega 91 pontos, preço, R$132,00.
  • Cava Juve y Camps Gran Reserva da Familia 2007 – 50% Xarel-lo, 30% Macabeo (Viura), e 10% cada Parellada e Chardonnay. Guia Penin (93 pontos) e Guia Proensa (94 pontos), 36 meses de autólise e garrafa. Preço, R$175,00
  • Ferrari Perlé 2005 (Trento Itália)  – 100% Chardonnay, 90 pontos da Wine Spectator, 60 meses de autólise. Preço R$265,00
  • Vértice Gouveio 2006 – Uva Gouveio, típica do Douro e usada em blend de vinhos brancos na região. Fermentação parcial em barricas de carvalho, 60 meses de autólise e 17 pontos em 20 dados pela Revista de Vinhos (Portugal). Preço, R$149,00.
  • Cave Geisse Terroir Nature 2009– Pinto Bandeira, RS, Brasil. Meio a meio Chardonnay e Pinot Noir de Pinto Bandeira – RS. Autólise de 36 meses, preço  R$125,00. Avaliação internacional, Jancis Robinson (Reino Unido), 17/20 pontos. Somente 6.700 garrafas produzidas.
  • Franciacorta Lo Sparviere 2007 –  Pequeno produtor da região, 100% Chardonnay com 36 meses de autólise.  Preço, R$155,00
  • Champagne Barnaut Grand Cru Grand Reserve – 66% Pinot Noir e restante Chardonnay, 24 meses de autólise, 17,5 pontos de Jancis Robinson, 92 pontos da Wine & Spirits, 90 de Robert Parker e 5 estrelas da Revue du Vin de France. Preço, R$249,00

And the Winner Is?

Cave Geisse Terroir Nature 2009

Cave Geisse Terroir Nature

seguido de

 Labet Cremant de Bourgogne / Ferrari Perlé / Barnaut Grand Reserve Grand Cru de Champagne.

Este é o resumo da ópera, já os detalhes de cada ato serão revelados pela amiga e confreira Raquel Santos, que esteve presente e se comprometeu a escrever mais um de seus gostosos textos sobre as experiências por aqui vividas que publicarei assim que ela me envie, porém a surpresa foi geral e certamente o resultado serviu para dar a extrema unção no eventual preconceito que alguns dos presentes pudessem ter. Uma seleção de vinhos de primeiro nível com espumantes bem parelhos do ponto de vista qualitativo. Quando publicar a matéria da Raquel, também darei minhas preferências, mas no meu conceito e avaliação mais técnica, as notas ficaram entre 89 e 93, se é que isso diz algo! rs Mais uma noite muito agradável e desta feita no unimos à chef e amiga Wendy Elago com quem desenvolvemos três canapés para testar a harmonização de cada um dos espumantes, um tempero a mais para tornar a degustação algo mais interessante ainda.

 Wendy canapés 2

A cada espumante servido as pessoas o degustavam solo e depois com cada um desses canapés deliciosamente elaborados pela Wendy. Um à base de pasta de salmão defumado Marithimus com dil, outro de cestinhas crocantes com brie e suave chutney de damasco dando um toque mais asiático e o terceiro de atum selado com crosta de gergelin com pepino agridoce e um leve toque oriental de molho tarê, que harmonizou especialmente bem com o Orus. Uma experiência bastante interessante. Quer conhecer mais das artes da Chef Wendy, então acesse seu site www.comidapraalma.com.br , quer falar com ela; comidapraalma@gmail.com, eu recomendo.

Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos. Com este calor, um belo espumante vai certamente harmonizar e lembre-se, neste Sábado a partir das 16 horas, um Taste & Buy Espumantes com 2o rótulos em degustação na Vino & Sapore!

Ps. preços são indicativos com variação de mais ou menos R$10,oo no mercado de São Paulo.

Borbulhas na Confraria Saca Rolhas por Raquel Santos

       A Confraria Saca Rolha se encontra mensalmente na Vino & Sapore para degustar e descobrir novos sabores assim como, vez ou outra, rever alguns que deixaram saudades. Uma das participantes é a amiga Raquel Santos, formada sommelier pela escola da competente e mui respeitada Alexandra Corvo, que convidei para ser nossa porta voz e compartilhar com os amigos as experiências sensoriais desses encontros. Este é o primeiro de seus posts num espaço que espero venha a ser mais regular e vire uma coluna muito em breve. Seguem suas impressões sobre nossa reunião “borbulhante” do mês passado.

 Era uma segunda feira de tempo fechado e chuvoso, mas a noite prometia. Na agenda cintilava mais um encontro da Confraria  Saca Rolhas. O tema não podia ser mais animador, espumantes! Quem não se entusiasma diante dessa possibilidade? Confesso que a oportunidade de comparar vinhos que possam parecer equivalentes, ejam pela mesma casta, mesma região ou mesmo método de vinificação me atiçam a curiosidade. É a maneira mais eficiente de  perceber como cada vinho é único, tem vida própria, como  pessoas…

Com os espumantes, eu diria que esse encontro envolve também um certo “glamour”. Quando olhamos a garrafa, já podemos ver que trata-se de um vinho em traje de gala. Na taça, os diferentes tons de dourado, com as borbulhas fazendo aquele som frizzzzz…….temos a certeza que chegamos à festa!  Nosso anfitrião, João Filipe, já havia enviado à todos um e-mail para confirmação da presença com alguns toques do que seria degustado (só para ficarmos sem chance de recusa…rs..rs..) e manter o alto nível de expectativa. Chegando lá, garrafas no gelo e taças à mesa!

Espumantes

Depois de uma prévia apresentação, confesso que a escolha dos vinhos  superou todas as minhas expectativas! Eram oito espumantes, sendo sete safrados! Foi meu primeiro contato com tantos vinhos desse nível ao mesmo tempo. Enfim, começamos os trabalhos com um Cava da região do Penedés:

            1. CAVA (NU) Reserva Brut –  feito pelo método tradicional pela Bodegas Maset – Espanha . Nariz cítrico com alguns toques florais. Na boca bem seco, pérlage fina com acidez e álcool presentes, porém suaves e equilibrados. No final revela os aromas de fermento, típicos do método tradicional/champenoise.

Uvas: Xerel-lo, Macabeo e Parellada.

Para ser apreciado numa tarde de verão, em momentos descontraidos, pelo frescor que proporciona. Preço ao redor de R$ 65,00

            2. HERDADE DO PERDIGÃO Bruto 2009– Espumante Brut  feito pelo método clássico (tradicional) – Portugal/Alentejo. Aromas frescos, marinhos e minerais. Na boca boa pérlage, maçãs em compota, boa acidez e final harmonioso.

Castas regionais: Antão Vaz e Arinto. Preço ao redor dos R$ 100 a 110,0

          3. COLINAS BRUT NATURE -2008– Portugal/Bairrada. Feito com as tradicionais castas para elaboração de espumantes ( Chardonnay e Pinot Noir) onde se agrega Arinto para aporte de maior frescor e vivacidade. Aromas tímidos e muito suave na boca. Boa pérlage e acidez “seca”. Preço por volta dos R$ 95,00.

Dentre esses dois espumantes portugueses, achei muito interessante o primeiro (Herdade do Perdigão), talvez por expressar muito bem a tipicidade da região do Alentejo que tem influência dos ventos vindos do Atlântico.

Continuando a nossa sequência, era chegada a hora dos tão bem falados Espumantes Brasileiros! Não é de hoje que se ouve falar que a vocação do terroir do Rio Grande do Sul tende cada vez mais para a produção desse vinho.

          4. CAVE GEISSE TERROIR ROSÉ -2008– Brasil/Pinto Bandeira. Método tradicional, aromas expressivos de frutas vermelhas e cítricos. Na boca muita pérlage (enche a boca). Acidez e álcool equilibrados e final frutado de morango e framboesa. Muito gastronômico e festivo! 100% Pinot Noir. Preço ao redor de R$ 120,00.

         5. ÓRUS ROSÉ PAS DOSÉ -2009- Brasil/Garibaldi – Produzido pelo enólogo Adolfo Lona, pelo método tradicional, com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Merlot, não leva licor de expedição (extra brut). Tem 12 meses de contato com as leveduras e outros 12 meses de descanso na garrafa. A cor em taça é bem interessante! Tons acobreados e alaranjados. Aromas suaves com complexidade, lembrando frutas secas e fermentos lácteos. Na boca é elegante e refrescante, com final floral, frutas brancas (maçãs/peras), evoluindo para notas amendoadas. Para ser apreciado com tempo. Das 578 garrafas produzidas, provamos a de nº 371. Preço por volta dos R$ 120,00

Dois produtores de peso: Mário Geisse e Adolfo Lona. Todo conhecimento e tecnologia aliado a matéria prima que encontraram por aqui, além de muita perseverança em acreditar que seria possível sim, produzir vinhos de altíssima qualidade em terras brasileiras resultaram nesses dois maravilhosos exemplares! Orgulho!

          6. FERRARI PERLÉ BRUT – 2004 – Itália/Trento. Espumante Blanc de Blanc (100% Chardonnay) , tem 5 anos de autólise ( contato c/ as leveduras ) , o que lhe confere uma grande complexidade de aromas e sabor. Aromas potentes de pão doce, creme patissier, frutas e flores brancas. Acidez, alcool, pérlage presentes e equilibrados. Final longo, mantendo toda a sua intensidade por bom tempo. Preço: R$ 198,00

       7. LOUISE BRISON – 2004 – França/Champagne. Elaborado com 50% Chardonnay e 50% Pinot Noir, por um pequeno produtor de apenas 13 hectares. Adepto da política da viticultura sustentável e que consegue manter a tradição dentro da modernidade. Muito elegante e pérlage intensa. No nariz lembra fermento de pão, frutas brancas e um floral suave de campo. Em boca os aromas se mantem presentes, compondo com sabores delicados e final longo. Preço ao redor dos R$ 200,00.

Impossível  comparar esses dois espumantes de altíssima qualidade! Seria como comparar um italiano/a e um/a frances/a. Eles tem a mesma idade, mas o italiano é falante e gesticula muito as mãos. Demonstra inteligência, sofisticação e não faz questão nenhuma de esconder suas qualidades. Sua vibração é contagiante e todos querem ficar ao seu lado. Já o francês, demonstra que tem também muitas qualidades. Porém apresenta-as com sutileza e mais finesse. Vai se revelando aos poucos, o que o torna muito instigante e misterioso. Ele atrai pela curiosidade de desvendá-lo. Difícil escolher entre um ou outro! Se puder fique com os dois…..rs..rs…

        8. CUVÉE EDMOND BARNAUT GRAND CRU  BRUT – 2006 – França/Champagne. Corte tradicional de Champagne (40% Chardonnay, 40% Pinot Noir e 20% Pinot Meunier), é um dos únicos 17 produtores que recebe a classificação ” Grand Crú” e também o único nesta seleção que levou a uva Pinot Meunier no blend. Na taça apresenta uma cor palha dourada com intensa pérlage, remetendo imediatamente ao clima festivo de grandes comemorações! Aromas sutis de brioches, flores e frutas. Na boca é intenso e ao mesmo tempo macio, pela quantidade de borbulhas finíssimas e delicadas. Boa acidez com um toque de mineralidade. Muito fresco, elegante, equilibrado e gastronômico. Final longo, demonstrando potencial para evoluir ainda mais! Preço: R$ 240,00

Encerramos com ” chave de ouro”! Um grande Champagne, para uma grande noite!

         Foi uma oportunidade única que mesmo numa situação de análise dos vinhos em que nos encontrávamos, (confraria) que é sempre diferente de quando estamos bebendo, comendo e conversando por puro deleite, fomos levado para uma viagem onde pudemos conhecer 8 tipos de espumantes, sendo 7 safrados ( 2004, 2006, 2008, 2009 ), 1 espanhol, 2 portugueses, 2 brasileiros, 1 italiano e 2 franceses. E o melhor foi que “o deleite” que falei acima, não ficou fora da viagem! Ainda tivemos comidinhas para fazer um contraponto de sabores entre um vinho e outro. Além de muita conversa, risadas, enfim………um clima alto astral que só as borbulhas dos espumantes podem proporcionar. Afinal, acho que é exatamente isso que as pessoas procuram quando pensam em espumantes. E esses mostraram a que vieram!

Fui dormir feliz e mesmo na cama, ainda podia sentir as famosas estrelas no céu da boca!