Mariana Mudou e Para Melhor!

O vinho logicamente! rs Há uns meses tive a oportunidade de participar de uma degustação de vinhos Ibéricos da World Wine e um dos pontos em que mais me demorei foi na Herdade do Rocim, onde o prazer se cultiva (gostei disso!). O Pedro Ribeiro, diretor geral e enólogo da Herdade, tem algo em comum comigo, ambos desfrutamos por algum tempo do convívio com a saudosa amiga Inês Cruz e “só” isso já rendeu um bom papo.

Antes de falar do Mariana, provei bastante coisa, deixa eu comentar o excelente trabalho que o Pedro e a Herdade vêm fazendo por lá e já coloquei esta casa produtora em minha wish list para uma próxima viagem ao Alentejo. Vejamos:

Herdade do Rocim Branco – um tradicional corte de Antão Vaz, Arinto e Roupeiro muito rico, equilibrado, seco, boa fruta puxando para as notas cítricas, e de boa persistência. Na casa dos 100 reais, um vinho bastante interessante e cumpridor!

Olho de Mocho Reserva Branco 2014 – grande vinho na minha modesta opinião, um 100% Antão Vaz com uvas de vinhedos de mais de 70 anos com passagem de seis meses por barricas francesas. A Antão Vaz vinificada só, normalmente gera vinhos de bom corpo, untuosidade e frescor, este não foge á regra. Madeira muito bem aplicada, levanta o conjunto e dá-lhe complexidade sem comprometer, longo, cremoso, boa textura, fresco com uma certa mineralidade de final de boca que persiste por um tempão! Na casa dos R$140,00.  Para quem não sabe, mocho é coruja lá na terrinha.

Herdade do Rocim Tinto 2014 – Corte de Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Aragonês de taninos finos e macios, aromas algo tímidos com notas florais, fruta mais madura em boca com um toque final de especiarias e um certo frescor. Vinho fácil de agradar ao palato da maioria, passagem de 8 meses por barricas francesas. Na casa dos 110 Reais.

Olho de Mocho Reserva Tinto 12 – Pisa a pé, corte de Touriga Nacional, Alicante Boushet e, surprise, Tannat! A cada ano o corte pode sofrer mudanças e para 2013 o Pedro me disse que foi Alicante Bouschet, Tinta Miúda e Petit Verdot e me deixou muito curioso por provar. Quem sabe não pinta uma oportunidade logo e se in loco melhor ainda! rs Um vinho que salta alguns degraus na minha opinião e que me seduziu não só por sua complexidade, mas por sua finesse mesmo que apresentando maior austeridade e corpo, 16 meses de barrica francesa, vinho ainda jovem com muitos anos para evoluir e nos dar prazer certamente. Muito bom vinho e como tal já na casa das 200 pratas.

Pois bem, estava deixando de lado o Mariana, um vinho de entrada que já conhecia de velhos carnavais e, bem, não era ruim mas também nunca me seduziu. Tinha igual de monte por aí e, até em função disso, sem personalidade. Só que o Pedro me convenceu a prová-lo, me garantiu que o vinho era outro após as mudanças feitas por ele e equipe. Ora pois, não é que o gajo estava certo!!

Mariana Tinto – Deixei por último não porque seja o melhor ds vinhos provados, mas porque foi o que mais me surpreendeu e porque é o mais acessível o que, nesta crise e com os preços em nossa terra brasilis, é sim um fator preponderante para a maioria na hora de se comprar um vinho, pelo menos para mim é! Corte de Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Aragonês com passagem de seis meses por barricas francesas de 2º e 3º uso, ganhou corpo e complexidade sem perder seu caráter mais jovial e fresco, com fruta vermelha madura mais presente, taninos aveludados e finos (característica de tudo o que provei deles) compondo um conjunto de muito boa qualidade, rico e equilibrado sem arestas que dá muito prazer de tomar. Na casa dos R$75,00 (preços atualizados porém podem existir estoques antigos por aí) um vinho que cabe no meu bolso e me entrega prazer ao tomar, destaque a meu ver e certamente achará seu caminho para minha adega! rs Gosto de vinhos que falam comigo e este tem um papo que me agradou, rs.

Herdade do Rocim - Prova

Bem, por hoje é só e na dúvida já sabem, o vinho é luso!! rs Kanimambo pela visita e seguimos nos vendo por aqui ou por aí nas estradas de nossa vinosfera. Saúde, fui.

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