Chateau Lafite – depois de investir no Languedoc, no Chile e na Argentina, agora chegou a vez deste histórico Chateau e ícone de nossa vinosfera aportar na China. Creio, não tenho a certeza, de que Antinori já anda por aquela bandas, mas é a primeira grande investida de um grupo francês deste calibre em terras chinesas. Mercado de enorme potencial consumidor, previsto para atingir um consumo de cerca de 830 milhões de litros em 2011, o dobro de 2007, de acordo com estudo da empresa londrina International Wine and Spirit Record, também se prepara para produzir grandes vinhos. Na minha opinião, uma faca de dois gumes que já atingiu outras industrias de grande porte, porém sem dúvida uma saída para os altos custos de produção da matriz. De acordo com o proprietário do Chateu Lafite, Baron Eric de Rothschild, é uma grande primazia e algo extremamente excitante, fazer parte da criação do primeiro grande e excepcional Grand Cru Chinês.
O investimento será feito em parceia com a CITIC, maior empresa estatal de investimentos, no desenvolvimento de 25 hectares de vinhedos na península de Penglai na província de Shangdon, cerca de 800 kms ao norte de Shangai. Esta região de aparente grande potencial, já é berço para 10.000 hectares de vinhedos com Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc sendo reconhecida como a Bordeaux chinesa, sendo 95% de sua produção consumida localmente. É esperar para ver! Fonte: Revista Decanter
Cavas Submarinas – já ouviu falar? Eu não e fui experimentar ontem. Acho que não têm mais o que inventar nos dias de hoje, a não ser talvez envelhecer vinhos em algum outro planeta, já que neste estão faltando lugares a explorar. Estes, aparentemente, foram envelhecidos por um período a 15 metros de profundidade no oceano pacifico! É, isso mesmo! Mais, os vinhos provados com os amigos Fabio, Evandro e Leopoldo com o Emilio (Portal dos Vinhos) em sua loja, são bons mesmos. Não sei se essa experiência de estar debaixo d’água por uns tempos lhes aportou algo, mas que o Cabernet Sauvignon e o Pinot com corte de 15% de Carmenére foram tomados sem muita parcimônia e agrado de todos, lá isso não resta qualquer duvida. Depois falo mais, mas dependendo do preço no mercado, são vinhos que valem a pena ser provados. Aguardem.
Desafio de Vinhos – o segundo desafio de Falando de Vinhos já está montado e desta vez teremos um muito especial pois é um “Desafio Decanter de Vinhos Syrahs”. Em conjunto com a importadora, o Desafio será realizado nas lindas instalações da Enoteca Decanter somente com uma super seleção de vinhos Syrah retirados de seu extenso e ótimo portfolio. Vai ser show de bola e depois compartilharei com os amigos um pouco mais desse evento que começa a ganhar corpo. Estive na Enoteca esta semana para conversar com o Fred Rezende, gerente do local, e mais uma vez me caiu o queixo pelo extremo bom gosto da arquitetura, decoração e incrível portfolio. Uma coisa é folhear o catálogo, outra é estar ali ao vivo rodeado de tentações vinícas! Quer conhecer, dê uma passada lá e tome uma taça de vinho no Wine Bar enquanto navega por prateleiras repletas de preciosidades. Enoteca Decanter – Rua Joaquim Floriano 838, Itaim, São Paulo, 50 metros depois que cruza a João Cachoeira, no lado direito da rua.
Mercado Difícil – aparentemente os vinhos de Bordeaux 2007 andam meio encalhados, safra que não foi das mais conceituadas e a crise pegando legal, os grandes Chateaus já aplicam descontos que variam de 8 a 25% para verem se conseguem desovar estoques e fazer seus costumeiros distribuidores no Reino Unido abrirem espaço em seus armazéns abarrotados de vinhos. Dizem que os preços da safra de 2008 podem chegar a 50% de desconto chegando aos mesmo níveis de 2004. Por aqui, a onda de aumentos após as promoções de Janeiro e Fevereiro começam a ceder e já há rumores de que algumas importadoras aumentaram descontos junto ás lojas especializadas. Que o mercado está retraído, não restam duvidas sendo de se estranhar os aumentos de 20 a 30% que uma série de produtores nacionais tentam colocar no mercado. Tinham a chance de ganhar espaço e aumentar sua fatia de mercado, os dados de vendas em Janeiro demonstram isso, mas parece que, mais uma vez vão perder o bonde. Uma pena.
Miolo Gamay – Na busca de excelência, a Miolo foi ao berço da variedade Gamay, a França, buscar o conhecimento de Henry Marionnet, considerado o Papa Mundial do Gamay pela crítica internacional, para elaborar o seu vinho desta safra em conjunto com o francês. O resultado será conhecido no final de março, quando chega ao mercado o Gamay 2009, o primeiro vinho fino da safra deste ano do Brasil. A Miolo consolidou-se na América do Sul como uma das únicas vinícolas que produz o Gamay com o conceito de “Beaujolais Noveau” francês. “O Gamay 2009 da Miolo será produzido com o mesmo processo utilizado para elaborar os melhores vinhos da variedade da França”, afirma o diretor-superintendente, Adriano Miolo. Ter produtos avalizados por Marionnet significa muito no mundo do vinho. Ele é considerado pelo crítico Robert Parker um dos melhores viticultores da França. É proprietário da Domaine de La Charmoise, situada na parte oriental de Touraine, a 30 km de Blois, no Vale do Loire. É o mais conceituado produtor de Gamay na França. Provei a safra anterior e não me encantou, agora é esperar este vinho chegar nas prateleiras para tirar a prova dos nove.
Arauco, a Malbec dos Azeites – é meus amigos os Argentinos não param e não dormem em berço esplêndido. Vejam a noticia que os amigos da Zuccardi me enviaram:
“Así como comenzó a suceder con los vinos varietales hace una década atrás, la tendencia del marketing olivícola mundial empezó a hacer conocer los aceites de oliva por sus variedades, y en ese sentido la Argentina esta sacando al mundo un varietal distintivo de nuestro país: Arauco, el Malbec de los aceites de oliva. Los frutos, de gran tamaño y forma ovoide alargada que terminan en punta, tienen una alta relación pulpa-hueso y excelente sabor, textura, color y aroma, y antes era utilizada principalmente como conservera. Arauco tiene una complejidad de aromas y sabores, picante, con robustez, que como monovarietal es una variedad muy interesante, que es un diferencial, ya que en otros países no existe.
España e Italia son los líderes mundiales del mercado olivícola, pero como venden más de lo que producen, compran a todo el mundo aceites a granel, y luego lo fraccionan y lo venden como propio. Por eso, es tan importante vender nuestros productos fraccionados, posicionar marca país, y generar valor agregado. En ese sentido, Bodega Familia Zuccardi consiguió abrir el mercado español, colocando una partida de sus aceites de oliva en la península ibérica.
Otras variedades implantadas en Argentina son: Barnea (desarrollada en Israel, en la región de Kadesh Barnea); Changlot Real (variedad española); Coratina (italiana cultivada en la región de Puglia, Bari); Empeltre (española); Farga (española, produce un aceite de gran cuerpo); Frantoio (de la región de Toscana, se ha propagado a numerosos países). La Picual (es la variedad más difundida del mundo, ya que representa el 20% del total mundial y el 50% de las plantaciones de su país, España); Manzanilla (variedad española, de la zona de Sevilla); Arbosana (española, de la comarca de “El Arbos” en Tarragona); Leccino (cultivada en toda la península italica); Nocellara (variedad de Sicilia); o koroneiki (griega).”
Este Arauco pode ser encontrado na Expand, importador que distribui os bons produtos da Zuccardi aqui no Brasil. Também fiquei sabendo que alguns azeites Chilenos são de primeira e que Minas Gerais está com um projeto interessante que deve dar resultados dentro de alguns anos. Um Novo x Velho Mundo agora também no azeite?! Eu não provei, ainda, mas já está na minha enorme “Wish List”.
Salute e Kanimambo