Dicas da Semana

Viva El Chile na Zahil,  – Setembro é um mês de muitas festas para os chilenos, quando o país celebra a data da Primeira Junta Nacional de Governo em 18 de Setembro, ocasião na qual foi dado início ao seu processo de independência. Para participar da comemoração, a importadora Zahil, que conta com dois importantes produtores de vinhos do Chile, Viña Aquitania e Domaine Conté, preparou uma promoção extraordinária: Somente hoje,  20 de setembro, todos os rótulos chilenos estarão com 10% de desconto, enquanto compras acima de R$ 180 em vinhos do país dão direito a uma garrafa de Domaine Conté Sauvignon Blanc, um varietal com aromas de grapefruit, maracujá e toques vegetais, típicos desta uva.

              A Zahil também aproveita a ocasião para lançar o Sol de Sol Pinot Noir, o esperado vinho da Viña Aquitania, produzido na vinícola mais ao sul do Chile, aproximadamente 650 km ao sul de Santiago, em Traiguén. O clima frio durante o período de maturação produz um vinho com apurados aromas de frutas vermelhas, como cerejas-ácidas. O envelhecimento em barris de carvalho franceses durante 12 meses confere complexidade e equilíbrio, enriquecendo o vinho com notas de tostado e defumado. Com valor de R$ 155, recomenda-se abrir o Sol de Sol Pinot Noir trinta minutos antes do consumo, harmonizando-o com carnes macias, peixes de receitas elaboradas e tradicionais pratos borgonheses, como boeuf bourguignon ou coq au vin.

Costela de Ripa no Morumbi – a famosa costela de ripa do Rancho do Vinho em Itapecerica, está já faz um tempinho com filial no Morumbi. Agora, de Segunda a Sexta, o casal paga somente R$49,90 no rodízio, um belo programa e uma pechincha imperdível!

Portuscale lança vinhos da Quinta de Loridos –  da amiga Denise Cavalcante, recebo este press release com informações sobre este lançamento, ou mais precisamente um relançamento com a inclusão de alguns novos rótulos. A  Bacalhôa Vinhos é uma grande produtora de vinhos Portugueses, responsável pela produção Quinta da Bacalhôa, marca já muito conhecida entre os brasileiros. Mas esta empresa tem outros bons rótulos que ainda não são muito conhecidos, como os da linha Loridos, com uma qualidade destacada e um preço bem acessível.  Com cinco rótulos dessa marca em seu catálogo, a Portus Cale destaca a qualidade do Loridos tinto com uma excelente sugestão de vinho para o dia a dia e o lançamento do Espumante Loridos Rosé.

               A Quinta do Loridos, onde tive a oportunidade de estar no inicio deste ano, está no coração da Região Demarcada de Óbidos, na região Oeste de Portugal, agora denominada de Lisboa. Foi adquirida em 1989 pela empresa J. P. Vinhos, (mais tarde comprada pela Bacalhôa), que instalou na Quinta uma adega para a produção de vinho espumante onde se destaca um lagar com uma antiga prensa de “vara”, a construção de uma cave para envelhecimento do produto e a plantação de vinhas. Suas vinhas produzem uvas de grande qualidade para a marca Loridos. O seu espumante é produzido na adega centenária do Solar, que ainda conserva uma prensa de vara do séc. XVII, segundo o Método Clássico (Méthode Champenoise), onde todo o processo é realizado manualmente, tendo um período de estágio numa cave de envelhecimento, em que o espumante nos convida a conhecer os seus segredos.

                Da linha de vinhos Loridos fazem parte três espumantes de qualidade datados. São eles Loridos Chardonnay; sendo o Loridos Vintage e o Loridos Rosé produzidos a partir das castas Castelão, que na Quinta dos Loridos encontram o terroir ideal para o seu cultivo de elevada qualidade.  Produzem ainda dois vinhos tranqüilos como o Loridos Alvarinho, que apresenta um aroma delicado, com “nuances” de citrinos, ameixa amarela e frutas tropicais combinadas com notas subtis de madeira, e o Loridos tinto, um corte de Merlot e Castelão. Eu conheço um dos espumantes e o alvarinho, mas tenho curiosidade de conhecer o tinto e o espumante chardonnay brut, enfim, a dica é aqui é conferir!

Bacalhau e Vinho na Confraria – em parceria com o amigo Juan da Peninsula, que elaborará o prato de Bacalhau ao Pil Pil, a Confraria do Queijo & Vinho  promove este evento que certamente valerá a pena ser prestigiado.

Maria Amelia e Tondonia em Porto Alegre – evento imperdível para os amantes do doce néctar  que vivem ou estarão nos arredores desta bonita cidade no próximo dia 21, amanhã! Viña Tondonia é o suprasumo do que de melhor a Rioja possui; é cultura é história, são vinhos únicos e maravilhosos, não perca!

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos

Falando do Meia Pipa

              Um dos mais conhecidos vinhos top de gama portugueses será certamente o Quinta da Bacalhôa da vinícola do mesmo nome situado em Terras do Sado, ou seja região Setúbal. Podemos até discordar, mas o vinho fez a fama no mercado internacional e muitos são fãs de carteirinha, virou um clássico! Cá entre nós, apesar de o achar um vinho muito bom, de grandes atributos especialmente quando tomado com cerca de uns seis para sete anos de vida, acho que é um pouco sobre valorizado havendo na casa outros vinhos que, talvez menos midiáticos, valem mais a pena em função da relação Qualidade x Preço x Prazer que oferecem. Acho o Só Touriga um grande vinho e uma pena que seu preço deste lado do atlântico seja tão caro, pois é um exemplar varietal dessa nobre casta lusa que dignifica a vitivinicultura portuguesa.

            Uma das melhores opções e, na minha opinião, um dos mais injustiçados rótulos produzidos pela casa é o Meia Pipa que com três a quatro anos de guarda nos presenteia com uma riqueza de sabores que me encanta e não é de hoje! É um pouco como o Quinta de Camarate Tinto, o branco também é muito bom,  vinho da mesma região produzido por José Maria da Fonseca e que por aqui andou há cerca de uns cinco para seis anos atrás pelas mãos do Pão de Açucar. De lá para cá desandaram a trazer rótulos mediáticos e caros, esquecendo-se desse belo vinho. Bem, mas voltemos ao Meia Pipa, um blend da tradicional Castelão com Cabernet Sauvignon e Syrah que passa cerca de 11 meses em meias pipas de carvalho Allier, daí seu nome. Boa estrutura, taninos doces e finos, boca macia, textura sedosa, aromas bem frutados, notas de chocolate, alguma baunilha, madeira bem colocada, sem exageros, no geral bem balanceado e muito apetecível. O único senão talvez seja um teor de álcool levemente acima da média nas proximidades dos 14% que, apesar de não aparecer nem no nariz como na boca devido a seu enorme equilibrio, torna-se um pouco mais pesado depois da terceira taça, até porque ele é tão cativante que a tendência é passar fácilmente da terceira! rs.

             Trazido pela Portuscale e disponível nas boas lojas do ramo, (criativo não?),  por cerca de R$50 a 55,00, venderia maravilhosamente bem se a R$45,00, é um rótulo que vale a pena ser conferido antes de partir para os big brothers da casa e este 2007 confirma tudo aquilo que já conhecia e um pouco a mais. Eu gosto e minha avaliação é bem positiva, então esta é minha dica para este fim de semana alongado com feriadão na terça. Salute, boa comida, bons vinhos e boa companhia, a vida não fica muito melhor que isso!

Kanimambo e nos vemos por aqui.

Desafio Merlots do Mundo – Resultado

            Bem, eis finalmente os resultados desta gostosa prova com desafiantes de todos os lados de nossa vinosfera, um total de 10 países presentes ao Desafio. Prepare-se, são doze vinhos então este post tem chão! Como sempre, ressalto o fato de que o conceito destes Desafios de vinhos é tentar mostrar uma visão do produto por parte do consumidor através de um perfil bastante heterogêneo dos participantes da banca degustadora não sendo, consequentemente, uma visão de criticos profissionais do setor. Ou seja, aqui, afora aspectos técnicos, considera-se a emoção que o vinho despertou ao ser tomado. Não é para isso que você toma vinho? 

          Exceção feita ao Casillero Del Diablo Merlot 2007, todos os outros vinhos foram decantados, tendo depois voltado para a garrafa e adega, de forma a não perder a temperatura de serviço. Antes de iniciar, quero agradecer aqueles que contribuiram para que este Desafio pudesse ser realizado; A Trattoria do Pietro no Shopping Open Center no Morumbi, os importadores, Expand / Interfood / Decanter / Mistral / Wine Society / Casa Flora / Portuscale / Vinhos do Mundo e VCT Brasil assim como a Miolo e Valduga.

             Eis o resultado conforme ordem de serviço, lembrando que a degustação foi feita totalmente às cegas. Por serem 12 membros na banca, optei por eliminar as menores e maiores notas dadas a cada um dos vinhos. Ao final, listo os jurados e a escolha de cada um como melhor vinho da noite e, afora este resultado, apuramos também, o Melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra através do voto de todos. Não tive muito tempo para pesquisar pontuações internacionais de cada vinho, para mero efeito comparativo, porém como tenho acesso à Wine Spectator, pesquei o que deu lá. Quem tiver outras fontes de pontuação e queira colaborar, basta enviar-me a informação como comentário. Os comentários são um mix do que os degustadores marcaram em suas fichas padrão ABS. Vamos lá.

Label La ButteChateau La Butte Viellies Vignes 2005, o desafiante Francês de Bordeaux, berço da Merlot, originado de vinhedos com mais de 50 anos. Preço USD43,50 estando disponível na Mistral. Aromas delicados de frutas madura, algo resinoso com nuances herbáceas, na boca mostra-se saboroso, com taninos sedosos, boa acidez algo ligeiro e não muito longo. Um vinho com uma personalidade “amistosa” , fino e elegante, corpo médio, bastante agradável e fácil de tomar. Nota média obtida 82,15.

 

Label Fabre Montmayou Gran Reserva MerlotFabre-Montmayou Patagônia (Infinitus) Gran Reserva 05, a Argentina não é berço de grandes Merlot, mas este eu conhecia e fiz questão de o colocar na roda como digno representante de nuestros irmanos! Com 89 pontos na Wine Spectator, é um vinho de que gosto bastante e tem um preço de R$98,00 estando disponível na Expand. Balsâmico, especiarias, com nuances químicas no nariz. Na boca é bastante complexo, de bom corpo, boca cheia, equilibrado e muito saboroso com final de boa persistência em que aparece baunilha e algo de chocolate. Nota média obtida 86,25 pontos.

 

label - Miolo TerroirMerlot Terroir 2005, o primeiro de nossos representantes tupiniquins com um preço ao redor de R$65,00 tendo sido pontuado na degustação da Freetime, com 88,7 pontos. Frutas negras, madeira algo de tabaco no nariz. Na boca apresenta-se frutado, equilibrado mostrando boa acidez e taninos aveludados, bom volume de boca, saboroso com um final de boca longo deixando um leve amargor residual que não chega a incomodar. Obteve a média de 85,35 pontos.

 

Label Planeta MerlotPlaneta Sicília Merlot 2005, o desafiante italiano, que conheci numa degustação promovida pela Interfood, o importador deste produtor. Preço R$143,00 possuindo uma pontuação de 85 pontos na Wine Spectator. Eu dei mais, a média deu menos, uma degustação ás cegas é isso mesmo e tem que ser respeitada. Aromas de frutos negros, algo de especiarias, talvez cravo, na boca é um vinho encorpado de perfil moderno, robusto com o álcool um pouco predominante. Final longo e complexo, talvez presicasse de um pouco mais do que a uma hora que teve de decantação e, certamente, cresceria muito com comida. Nota média obtida 84,20.

 

Label Marques de Casa ConchaMarqués de Casa Concha 2006, desafiante chileno (produzido pela Concha y Toro) e mais um que fiz questão que estivesse presente até porque é reconhecidamente conceituado como um dos melhores Merlots chilenos, neste caso com 90 pontos da Wine Spectator e um preço na Expand, sua importadora, de R$78,00. Bastante químico no nariz, fruta madura e nuances de café que se intensificam com o tempo em taça. Equilibrado, firme e harmônico com taninos finos, corpo médio, cremoso com taninos aveludados e muito saboroso com bom volume de boca e bastante longo. Confirmou o que se esperava dele tendo obtido uma nota média de 88,35 pontos.

 

Merlot Storia labelStoria 2005, mais um Desafiante tupiniquim produzido pela Casa Valduga e merecidamente reconhecido hoje como um dos melhores vinhos nacionais tendo obtido 88,7 pontos na degustação de Merlots brasileiros da Freetime. Saiu para o mercado a R$85,00, mas as poucas  garrafas que se acham no mercado estão entre R$110 a 120,00. Complexo nos aromas, fruta madura, capuccino, algo floral entrada de boca marcante, denso, fruta compotada, taninos doces em total equilíbrio com a boa acidez deixando-o redondo, rico, aliando potência e elegância num final de muito boa persistência. Alguns dos adjetivos das fichas; belo, vinhaço, espetacular o preferido de seis dos doze degustadores. Efetivamente um grande vinho que se comportou especialmente bem no Desafio desta noite tendo obtido uma nota média de 90,75 pontos.

 

Label Smithbrook MerlotSmithbrook 2005 foi o Desafiante australiano e o único com uma maior participação de outras cepas que não Merlot. A regra é no mínimo 85% e este apresentou 86%, com o restante sendo composto de 12% Cabernet Sauvignon e 2% Petiti Verdot. Já tinha provado, e gostado, deste vinho em uma outra ocasião e apesar de esta não ser uma uva relevante na produção australiana, assim como na Argentina, este mostrou-se um digno representante. É trazido pela Wine Society e é comercializado por cerca de R$75,00. No nariz mostrou-se algo químico, especiado com nuances de menta. Na boca é bastante rico, bom volume de boca, complexo com alguns toques herbáceos, taninos aveludados, corpo médio, de final elegante e bem equilibrado que evolui na taça para aromas achocolatados. Obteve a média de 86,80 pontos.

 

Label Fleur du Cap UnfilteredFleur du Cap Unfiltered Merlot 2005, importação da Casa Flora com preço sugerido ao consumidor, em torno de R$83,00 e foi o Desafiante que representou a África do Sul nesta agradável noite. Aromas de boa tipicidade e intensidade. Taninos doces ainda com forte presença, equilibrado, algo fechado mostrando todo o seu potencial de guarda. Mais um país onde a Merlot não é das uvas de maior destaque, mas este mostra muitas qualidades, boa persistência e potencial de desenvolvimento. Nota média obtida 86,70.

 

Label Casillero MerlotCasillero Del Diablo Reserva 2007, o vinho surpresa da noite, colocado na lista sem o conhecimento de nenhum dos convidados. O Pizatto Reserva 2005, o outro surpresa que pretendia colocar, lamentavelmente foi um “no show”, então este ficou sozinho disputando contra rótulos de valor agregado bem mais alto. O vinho é importado e distribuído pela VCT Brasil (Concha y Toro) e custa em média R$30,00. Aromas, mais uma vez, mostrando fruta madura, nuances herbáceas e algo químico uma constante em boa parte dos vinhos provados. Na boca é macio, rico de sabores, redondo, taninos doces e sedosos, acidez balanceada, um vinho muito saboroso e fácil de se gostar. Talvez não apresente a mesma complexidade de outros vinhos, mas é muito bem feito, confirmando minha primeira impressão ao degustar toda a linha 2007 da Casillero em meados do ano passado, este varietal é certamente um dos melhores. Na Wine Spectator obteve 85 pontos e neste Desafio obteve uma média de 86,05 pontos sendo o preferido de dois dos degustadores.

 

Label Abadal 5Abadal 5, o representantes espanhol trazido pela Decanter é um corte de cinco clones de origens (Califórnia, França e Itália) e parcelas diferentes dentro do vinhedo. Seu preço estão ao redor de R$113 e esperava ansioso por conhecê-lo. É tímido nos aromas algo balsâmicos e químicos com fruta compotada em segundo plano. Na boca mostrou-se algo herbáceo, taninos ainda firmes e adstringentes, carnoso e untuoso, boa estrutura, aparecendo um certo desiquilibrio e amargor final que incomodou a maioria. Como o Innominabile II no Desafio Assemblage, acho que este vinho merece uma segunda chance pois, apesar de a rolha não apresentar problemas aparentes, é certo que não se apresentou bem neste embate. A Wine Spectator deu-lhe 78 pontos e o Guia Penin 89, aqui ele obteve a média de 80 pontos.

 

Label Wente Crane RidgeWente Crane Ridge Merlot 2004, elaborado por um dos mais antigos produtores americanos, este californiano representou a terra de Tio Sam, 79 pontos da Wine Spectator, neste Desafio. Este foi o segundo rótulo que não era 100% merlot, apresentando um corte de 2% , acreditem, de Touriga Nacional. É trazido pela Vinhos do Mundo e custa em torno de R$98,00. Lembrando que o Desafio era às cegas, os principais comentários aos seus gostosos e intensos aromas era de que nos lembrava Vinho do Porto! Será que 2% de Touriga podem fazer toda essa diferença? Untuoso, rico, ótima estrutura com bom volume de boca, taninos sedosos, macios, muito harmônico com um longo e saboroso final de boca lembrando bala toffee. Um vinho que talvez fosse tecnicamente inferior a alguns outros, mas que teve a ousadia de mexer com as emoções das pessoas tendo gerado um burburinho na mesa. Só por isso já levou uns pontos a mais tendo totalizado a média de 89,30.

 

Label Ma PartilhaMá Partilha 2001, produzido pela Quinta da Bacalhôa nas Terras do Sado em Portugal, é o digno representante Luso, mostrando que os vinhos varietais de uvas internacionais também têm vez por lá. Como o La Butte, é um vinho mais elegante e fino, pronto a beber, talvez até já mostrando alguma fadiga pelo tempo já que era o único no painel com 8 anos de vida. Em função disso, somente o decantamos por meia hora, evitando uma maior oxigenação do vinho. Nos aromas é algo tostado, frutas secas e café sem muita intensidade. Na boca é sedoso, macio e harmônico, faltou-lhe um pouco mais de corpo (idade?), saboroso, mostrando uma certa finesse que normalmente a idade nos traz. Odiado por uns e esnobado por outros, a nota final obtida foi de 86,05.

               O resultado final comprovou a fama e mostrou uma performance incrível de nosso representante Brasileiro o Storia da Casa Valduga como o grande campeão da noite, um verdadeiro “Best in Show” especialmente bom neste Desafio mostrando porque o elegi como um dos Melhores Vinhos de 2008 ! Só para que se tenha uma idéia, a nota mais baixa recebida pelo Storia nesta noite, foi de 88,5 pontos. Este eu gostaria de ver em mais degustações ás cegas num embate com os grandes de outros países tanto do velho como no novo mundo. A meu ver, é um vinho que extrapola a origem tendo se transformado num vinho marcante em qualquer lugar do mundo. Opinião de plebeu, mas vero!  Logo a seguir, em segundo lugar, uma das grandes surpresas da noite, o desafiante americano Wente Crane Ridge e em terceiro o sempre seguro Marquès de Casa Concha, o representante chileno nesta disputa. Para finalizar o pódio, em quarto lugar o australiano Smithbrook e em quinto o sul africano Fleur du Cap Unfiltered. Como Melhor Relação Custo x Beneficio o Casillero del Diablo 2007,  escolhido por unanimidade, e a Melhor Compra o Wente Crane Ridge, provavelmente em função de sua capacidade de emocionar.

           Como disse ontem, acho que a banca mostrou uma certa tendência “novo mundista” neste embate de bons e representativos Merlots do Mundo, mas não acredito que isto possa ter influência direta já que os primeiros lugares dificilmente mudariam em qualquer outra circunstância.  Alguns vinhos poderiam ter se dado melhor, mas o resultado e a performance dos ganhadores, nesta noite específica, é incontestável. Pois bem, estes foram os vinhos escolhidos como o melhor da noite por cada um dos membros da banca e sua pontuação:

  • Emilio – Storia – 92 pontos
  • Denise – Wente Crane Ridge – 93pontos
  • Evandro – Casillero – 91 pontos
  • Luis Fernando – Marqués – 89 pontos
  • Cristiano – Storia – 91 pontos
  • Marcel – Wente Crane Ridge – 90 pontos
  • Jaerton – Storia – 94 pontos
  • Fabio – Storia – 90 pontos
  • Francisco – Casillero – 90 pontos
  • Zé Roberto – Wente Crane Ridge– 92 pontos
  • Alexandre – Storia – 93 pontos
  • João Filipe – Storia – 93 pontos (tinha dado 90 na Freetime)

Panorama Desafio Merlots da Trattoria do Pietro

Trattoria do Pietro – Av. Dr. Guilherme D. Vilares 1210 – Shopping Open Center – Morumbi – São Paulo – Tel. (11) 2579.6749

Novo Desafio – Merlots do Mundo.

Meus amigos, mais um Desafio de Vinhos se avizinha, desta vez com 13 rótulos! Não será um Desafio, será uma maratona, mas vamos que vamos. Colocarei na disputa Merlots do Mundo com a inclusão de dois fortes participantes brasileiros o Miolo Terroir e o Storia, ganhadores que foram da degustação de merlots nacionais realizada pela revista Freetime. Vejam abaixo a lista dos Desafiantes a; Melhor Vinho, Melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra, títulos que serão outorgados pela média de notas e votação dos membros da banca presentes.

  • De Portugal o Má Partilha 01, para mostrar que o país não só vive de uvas autóctones – Quinta da Bacalhôa / Portuscale – R$120,00
  • Da Argentina o Fabre Montmayou Patagonia Gran Reserva 05, vinho que provei há uns tempos atrás e me encantou mostrando que a Merlot também dá bons vinhos por lá – Expand – R$98,00
  • Da Espanha o Abadal 5 de 2003, um corte de cinco clones de origens (Califórnia, França e Itália) e parcelas diferentes dentro do vinhedo – Decanter – R$113,60.
  • Da Australia o Smithbrook 05, dentro do limite mínimo exigido pela banca (85%) possuindo 86% de Merlot. Um dos poucos a não ser 100% Merlot – Wine Society – Austrália– R$75,00.
  • Do Chile o Marqués de Casa Concha 05, desafiante que dispensa apresentações – Expand – R$78,00
  • Da África do Sul o Fleur du Cap Unfiltered Merlot 05 – África do Sul – Casa Flora – R$83,00
  • Do Brasil o Storia 05Valduga – Brasil – R$105,00 (de R$90 a 120)
  • Do Brasil Miolo Terroir 05Miolo – Brasil – R$65,00
  • Da Itália o Planeta Merlot 05, mais precisamente da Sicília e um dos Desafiantes mais respeitados e conceituados – Interfood – R$143,00.
  • Dos Estados Unidos o Wente Crane Ridge Merlot 04, de um dos produtores americanos mais antigos, este vinho contém 98% de Merlot, os outros 2% conto depois – California/EUA – Vinhos do Mundo – R$98,80
  • Da França o Chateau La Butte Vieilles Vignes 2005, um Desafiante de peso vindo da região berço da Merlot no mundo – Bordeaux/França – Mistral – USD43,50.

Afora estes onze Desafiantes listados acima, escalei dois desafiantes surpresa que serão apresentados somente após o término da contenda que, como de praxe, será realizada às cegas. Como 13 não é um Fotos Pietro 005número que traz bons fluidos, talvez ainda inclua um décimo-quarto desafiante ainda a ser escolhido. O Embate será realizado nas aconchegantes instalações da Trattoria do Pietro no Morumbi, ali próximo ao Portal do Morumbi na Av. Guilherme D. Vilares 1210, no shopping Open Center. Parceiro da Decanter, como este blog, possui uma carta de bons vinhos e pratos saborosos com preços honestos, tendo tudo para vir a se tornar mais um parceiro de Falando de Vinhos.

Em breve retorno com mais noticias sobre este embate. Quem ganhará, brasileiro ou estrangeiro? Quer arriscar um palpite?

Salute e kanimambo.