Tem gente que acha que só porque militamos neste vasto mundo do vinho, todo o dia abrimos uma garrafa de vinho e, quando o fazemos, são sempre grandes vinhos. Bem, certamente haverão algumas poucas estrelas de nossa vinosfera que eventualmente o façam, especialmente “se me dão” (rs), mas eu e a maioria sabemos que na verdade isso não passa de apenas mais uma imagem equivocada que se faz de nós. Sim, na maioria bebemos bem, não muito, porque nossa “litragem” nos permite garimpar bons vinhos a bons preços, sim porque também os compramos!
Desde que comecei a escrever sobre vinhos há mais de dez anos, sempre dividi os vinhos por classes; os do dia a dia, os do fim de semana que volta e meia são os do dia a dia, os do mês e os para ocasiões especiais que são os vinhos do topo da pirâmide e que volta e meio abrimos também porque simplesmente merecemos! rs Galgando degraus e preços, tomando menos por vezes, porém melhor porque a vida é curta demais para tomar vinho ruim!
Recentemente fui almoçar na casa de minha filha e genro (o que sabe cozinhar!! rs) que mais uma vez se esmerou e fez um panelão de um tremendo de um arroz carreteiro de lamber os beiços! O moleque é bom de cozinha, sem frescuras, cozinheiro raiz que, como eu gosta mesmo é de PC, vulgo Prato Cheio!
Queria algo singelo, sem grandes complexidades, algo que harmonizasse e não complicasse o momento e tão pouco os tomadores presentes. Optei por este Malbec Prisionero, que a Galeria de Vinhos traz, e caiu que nem uma luva. Vinho de gama de entrada da ótima Vicentin Family Wines do Vale do Uco em Mendoza, prima acima de qualquer coisa pelo equilíbrio entre a simplicidade e a qualidade. Um vinho pode ser bom, bem feito e barato, este custa menos de 50 Reais, havendo momentos em que qualquer coisa mais complicada pode estragar o momento, este se encaixa nesse perfil. Um vinho simples mas apetitoso, 100% Malbec de San Raphael com passagem de seis meses em barrica (imagino que de terceiro ou quarto uso), fácil de agradar, taninos aveludados e bem integrados, muita fruta mas sem ser aquela coisa madura excessiva que enjôa, alguma especiaria e uma ótima acidez completam o quadro. Corpo leve para médio, com o arroz ficou da hora e é uma harmonização que poderei repetir quantas vezes meu genro quiser! rs
Obviamente que ainda saí com marmita e deu para mais duas refeições, estava bom demais como sempre. Bem, fico por aqui com mais esta dica onde o menos é mais, sem frescuras assim é nossa vinosfera, apesar de alguns teimarem em a complicar, deu prazer cumpriu seu papel! Kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui ou, quem sabe, você não vem comigo explorar os Vinhos de Altitude de Santa Catarina comigo!
Saúde