Bom Prosecco!

Para inicio de conversa, apesar de não ser respeitado no Brasil, Prosecco só tem um, o produzido nessa região do Veneto na itália assim como champagne só se produz na região do mesmo nome na França. A uva não é prosecco e sim Glera elaborada pelo processo Charmat de segunda fermentação em tanque. Tendo deixado isso claro vamos a essa prova que agradou bastante.

Os Proseccos são classificados como Brut, o mais seco e menos comum por aqui com até 12grs de açucar residual, Extra-dry mais comum por aqui e mais adocicado com açucar residual entre 12 a 17grs e o Dry entre 17 a 32grs e a OIV (Organização Internacional do Vinho) permite uma variação em até 3grs. Dependendo da posição na escala, estes espumantes podem apresentar substanciais diferenças no palato, por exemplo um Prosecco Extra Dry com 13 e outro com 19 (na tolerância).

Eu gosto dos meus espumantes mais secos, preferencialmente Nature (proseccos não possuem esta classificação) ou Brut, por isso este Prosecco DOC da Cabert me agradou tanto e foi tão grata surpresa. Muito boa e abundante perlage difusa tomamdo conta da taça, notas florais, frutado puxando para frutos brancos e algumas notas citricas, fresco, vibrante e surpreendentemente seco para um extra dry deixando um retrogosto de quero mais. Fiquei curioso para saber o residual de açucar deste vinho, mas ainda não consegui obter essa informação, assim que consiga coloco aqui.

Fica aí a dica, pode mergulhar nessa que vale a pena, pelo menos na minha avaliação. Kanimambo, saúde e aos poucos estou voltando!! rs

Champagnes, Proseccos e Otras Cositas Más, o Que Beber Neste Final de Ano?

                   Estamos chegando a mais um final de ano e, como de praxe, é o momento de se consumir espumantes e celebrar. Discordo disso, acho que toda a hora é hora e, como já dizia Vandré, “quem sabe faz a hora não espera acontecer”, mas se o povo quer …….vamos lá, vamor falar um pouco mais de espumantes até porque do ano passado para cá muita borbulha passou por minha taça. Antes, de dar alguma dica de quais espumantes curtir neste final de ano, no entanto, pensei em colocar em pauta algumas dicas do que procurar no mercado, até porque com minha experiência de loja neste último ano tenho observado a falta de conhecimento que hà sobre estes borbulhantes caldos. O que entra de gente procurando um Prosecco ou Champagne enquanto na verdade buscavam um espumante ou até Lambrusco, é uma grandeza! Então partamos do inicio lembrando que todo o Prosecco e Champagne são espumantes, mas o inverso não é verdadeiro

Saiba o que procurar na loja.

Prosecco (denominação de origem – DO italiana elaborado com a uva Glera), Champagne (DO francesa) Franciacorta (DO italiana), Cava (DO espanhola), Sekt (denominação alemã), Asti (DO italiana de espumanes doces – moscatel), Sparkling (denominação inglesa para espumantes), Cremant (denominação francesa para espumantes elaborados fora de champagne porém com o mesmo método de segunda fermentação na garrafa – método clássico), Mousseaux (denominação francesa para espumantes elaborados pelo método Charmat – fermentação em tanque), Espumante, termo genérico usado no Brasil, Portugal e outros paises de idioma Português para definir todos estes produtos elaborados fora de regiões demarcadas de nome registrado e protegido.

Teor de açúcar: Alguns países possuem legislação diferente, então em vez de ficar aqui falando de cada uma, eis uma lista, de certa forma genérica, do mais seco para o mais doce > Zero Dosage ou Nature /Extra Brut /Brut/Extra-dry/Dry/Demi-sec;/Doux – Moscatel. Como, no entanto, as faixas de açúcar residual são bastante amplas e a acidez que se contrapõe nem sempre é a adequada, o melhor é experimentar antes, até porque como já dizem os ingleses, “practice makes perfect” e vinho se conhece mesmo é tomando!

Dicas ao servir:

1) Para não derramar o espumante ao servir, uma dica é servir primeiramente um fundo de aproximadamente um a dois centímetros para esfriar a taça e, após alguns segundos, completa-se a dose preenchendo dois terços do volume.

2) A temperatura adequada, como em todos os vinhos, é essencial para se apreciar um espumante. Os mais leves e doces deverão ser servidos em torno de 5 a 6º e os espumantes de maior qualidade e complexidade a uma temperatura um pouco mais alta entre 8 a 10º

3) Quer chacoalhar e estourar o espumante com aquele estampido espalhando esse néctar pelo chão? Tudo bem, vá em frente, é tudo festa mesmo! Agora, se for apreciar um bom espumante não judie, você estará eliminando um monte de gás que fará falta ao vinho que você tomará em seguida, sem contar a sujeira que fará. Nesse caso, solte o arame em volta da rolha (gaiola) e apóie o gargalo na palma da mão. Segure o gargalo com os dedos e a rolha com o polegar. A seguir, gire a garrafa com a outra mão provocando uma leve pressão para baixo até que, gentilmente, a rolha se solte com um leve suspiro, Voilá!

Dicas de Produtos: Lógico que se de bolso recheado, a escolha é bem mais fácil porque as boas lojas do ramo na região estão repletos de grandes vinhos. A maioria de nós, no entanto, tem que buscar aqueles frutos do garimpo que nos garantam o máximo de prazer por um preço mais acessível. São enormes as opções disponíveis, inclusive brasileiras que estão num patamar de qualidade e preço muito bons, então eis algumas sugestões nos diversos estilos e origens para agradar aos mais diversos bolsos e gosto:

  • Prosecco: Moinet*, Cecília Beretta Brut*, Bedin*, Incontri, Corte Viola, Tosti e Villa Sandi. Preços variam de R$30 a 80,00 e tendem a ser, na sua grande maioria, extra-dry ou seja, algo mais doces que os Brut. Fora dessa faixa, tanto para baixo como para cima, já se começam a correr riscos desnecessários.
  • Cava: Palau*, Marrugat*, Cristalino, Don Roman, L’Hereu de Raventos*, Juve y Camps*, Mont Marçal Cuvée*, Freixenet, Codorniu. A faixa aqui é mais ampla até porque existem grandes Cavas no mercado, porém creio que entre R$40 a 120,00 cobrimos a grande maioria dos bons e agradáveis Cavas.
  • Itália:– Ferrari* (Trentino), Ca Del Bosco (Franciacorta). Os bons ficam na faixa entre os R$100 a 210,00 e são tão bons, se não melhores, que uma boa porção dos champagnes disponíveis no mercado. O grande rival de champagne em espumantes de alta qualidade.
  • Champagne: Canard-Duchêne*, Barnaut Cuvée Edmund*, Bollinger*, Taittinger, Pommery, Mailly, De Sousa, Veuve Cliquot, Piper Heidsieck, Drappier. Sky is the limit diriam os ingleses, então depende da sofistiação que se busca. De R$150 a 250 já se podem encontrar ótimos caldos e se formos acima disso, como no Bollinger, já começamos a falar de verdadeiros néctares.
  • Portugal: 3b Rosé, Murganheira, Vértice Gouveio, Luis Pato Maria Gomes, Quinta da Romeira, Raposeira. Bons vinhos que variam entre R$50 a 100,00.
  • Argentina: Norton Cosecha Especial Extra-brut*, El Portillo Brut, Santa Julia Brut, Trapiche Extra Brut . Alguns verdadeiros achados variando entre R$40 a 90,00.
  • França Outros: Marc Brédif Vouvray Brut*. Kritter Rose*, Veuve Paul Bur, Bulle 1. A partir de R$60 já se acham boas opções.
  • Brasil: Miolo Millésime, Valduga Arte Brut*, Stravaganza*, Marco Luigi*, Valduga 130*, Miolo Cuvée, Marson Brut, Salton Evidence, Chandon Excellence, Cave Geisse Brut ou Nature*, Valmarino & Churchill Extra-brut*, Bossa brut e demi-sec*, Pizzato Brut. Nos espumantes o Brasil já aprendeu a precificar e existe muita coisa legal no mercado a partir do R$25,00 indo até os R$100,00. Abaixo ou acima disso caimos um pouco nos mesmos riscos do Prosecco. Abaixo pode faltar qualidade e acima sobrar frustração.

              Agora, espumantes não são só para fim de ano e festas, não! São ótimas companhias para nossas quentes tardes de verão, então não se acanhe e, passado o reveillon, siga festejando. Sim, por que se só se toma espumantes para festejar, então arrumemos uma razão para isso todo o fim de semana, você vai ver que a vida ficará bem mais alegre! Como já dizia Oscar Wilde “Só pessoas sem imaginação é que não conseguem encontrar um motivo para beber champanhe”!  Espero nunca sofrer desse mal! rs Ainda temos um tempinho até o Natal e Reveillon, então se precisar de alguma dica ou informação adicional tentarei lhes responder dentro de minhas possibilidade de tempo e conhecimento, mas talvez lhe seja interessante dar uma lida neste que foi um dos meus primeiros posts e que, após quatro anos, segue sendo um dos meus mais acessados e comentados > “Tudo o Que Você Queria Saber Sobre Espuamantes Mas Tinha Vergonha de Perguntar”.

Salute e kanimambo.

Ps. Por sugestão do amigo Josmar, agora coloco um asterisco nos rótulos provados e comentados que podem ser encontrados na Vino & Sapore.

Espumantes de Preços Módicos – Parte II

            Eis o restante dos espumantes provados neste painel que iniciou no post do último dia 24 . Ficou provado que preço não é documento nestes casos, mesmo reconhecendo o fato de que, normalmente, conforme ele cresce aumenta também a complexidade dos caldos. Fica no entanto uma pergunta; na praia ou em grandes festas e eventos precisa dessa complexidade toda? O que é que buscamos nessas horas? Essas perguntas deixo para você responder.  

         Uma outra conclusão é que, com algumas exceções, entre os importados nesta faixa, os mais baratos, melhor ficar com os nacionais. O Brasil está produzindo espumantes muitos bons com preço bem competitivos, coisa estranha já que nos tintos os preços são razoavelmente altos alegadamente devido a impostos que também existem aqui. De qualquer forma, a não ser que busque complexidade e espumantes especiais para momentos especiais, pode-se esbaldar por aqui no dia-a-dia!

Marco Luigi Brut, um Blanc de Blanc com 100% chardonnay e método clássico que lhe dá uma delicadeza e perlage fina cativantes já mostrando uma certa complexidade com aomas cítricos e algo de brioche sutil. Boa acidez lhe aporta um frescor gostoso com boa presença das características da chardonnay. Mais uma grata surpresa que entrega muito pelo preço.

Garibaldi Premium Brut – Bem seco, maior presença de leveduras, pouco frescor, cítrico muito sutil mostrando alguma rusticidade na boca com um amargor final e pouco equilíbrio que o torna um conjunto não muito apetecível, porém de preço bem camarada. 

Veuve Alban – Francês, franco, simples, balanceado, leve toque de fermento com nuances cítricas, perlage abundante e verdadeiramente efeverscente na boca. Não chega a empolgar, mas para quem quer um importado tem aqui uma opção.

Valduga Arte Brut – um achado nesta faixa de preço. Belo espumante elaborado pelo método clássico com um tradicional blend de chardonnay com pinot. Harmônico, balanceado, fresco, elegante com perlage bem fina e persistente, aromas de panificação, vale mais do que custa, ainda bem!

Ponto Nero Brut – espumante que ganhou recentemente uma prova de vinhos elaborados pelo método charmat. Muito fresco, cítrico perlage abundante, balanceado e vibrante, bem saboroso agradando fácil a gregos e troianos. Boa opção para festas e eventos.

Tributo Prosecco – uma grande pedida de um prosecco brasileiro, muito fresco, equilibrado, sem amargor final típico da cepa, mais um vinho que já tinha provado no lançamento o ano passado e agora confirma minhas primeiras impressões. Fresco, saboroso, algo amendoado, a revista adega lhe conferiu 86 pontos e também o cercou de elogios. Parabéns ao produtor, produto surpreendente.

Cava Marrugat – um exemplar de Cava complexo, ótima perlage, bom corpo, ótimo acompanhante para umas tapas, sendo companheiro fiel de umas tapas à base de presunto cru. Para brindar e para curtir, um espumante diferenciado, de bom preço tendo-o incluído mesmo estando R$2 acima do limite que impus ao painel.

Prosecco Moinet IGT – Na faixa de até R$30,00 é um dos campeões. Da região do Veneto, na Itália, é fresco, sem amargor final de boca, balanceado, saboroso, fácil de agradar e para ser tomado desde na praia até eventos. Gostei!

       É isso pessoal, por falta de opções é que vocês não ficarão sem espumante neste final de ano. Minha dica, não pare nas festas, tenha sempre algumas garrafas em casa, especialmente neste verão. Você verá que a abertura de uma garrafa num final de tarde vai recompensar as agruras do dia e alegrar o ambiente.

Salute e kanimambo.

Melhores Espumantes de 2009

         Este é o primeiro de quatro ou cinco posts com a lista dos vinhos que mais me marcaram ao logo do ano passado. Mais uma vez, tento não repetir aqueles que se destacaram em 2008 sendo, na verdade, uma lista complementar aquela.

         Neste ano, como prometido, me embrenhei um pouco mais neste mundo borbulhante do vinho tendo provado cerca de 130 rótulos e devo iniciar o ano com mais uns trinta ou quarenta numa nova prova idealizada para este primeiro trimestre. Conforme o preço sobe, também a qualidade dos caldos, mas é surpreendente como alguns rótulos na faixa mais baixa da tabela já demonstram bastante complexidade gerando grande satisfação. Para cada momento um vinho e nos espumantes não seria diferente.

         Na categoria de Espumantes & Casamentos, um grande número de posts com detalhes sobre as provas realizadas, mas agora listo aqueles que mais se destacaram e, de alguma forma, me surpreenderam muito positivamente. Uma menção honrosa para o Tributo Brut e o Prosecco elaborados pela Marco Luigi com preços abaixo dos R$20,00,  ao Do Lugar Brut Charmat elaborado pela Dal Pizzol, Aurora Chardonnay e o prosecco Corte Viola. Os preços listados são de mera referência e em Reais. Amanhã tem mais com o inicio das listas de vinhos tranquilos que, lembro, serão um total de mais 130 rótulos. Salute!

Rótulo Prod./Distr./Imp.

País

Preço
Garibaldi Moscatel Garibaldi Brasil 22,00
Amadeus Moscatel Cave Geisse Brasil 25,00
Moinet Prosecco Winery Itália 25,00
Toso Brut Interfood Argentina 25,00
Aurora Pinot Noir Brut Aurora Brasil 32,00
Trapiche Extra-brut Interfood Argentina 35,00
Vallontano Rosé Vallontano/Mistral Brasil 40,00
Villaggio Grando Brut Villaggio Grando Santa Catarina/Brasil 40,00
Santa Julia Brut Zuccardi/Ravin Argentina 43,00
Cave Geisse Nature Cave Geisse Brasil 44,00
Ponto Nero Extra Brut Domno do Brasil Brasil 45,00
Aimery Grand Cuvée 1531 Cremant de Limoux Rosé Zona Sul França 49,00
Stelatto Rosé Sto. Emilio/Eivin Santa Catarina/Brasil 52,00
El Portillo Brut Zahil Argentina 58,00
Marson Brut Tradicional Cave Marson/Eivin Brasil 59,00
Salton Evidence Salton Brasil 60,00
Barton & Guestier Cuvée Reservée Chardonnay Brut Interfood França 65,00
Incontri Rosé Vinea Itália 69,00
Miolo Millésime Miolo Brasil 75,00
Marrugat Gran Reserva Nature 04 Pinord/Winery Espanha 75,00
Chandon Excellence Cuvée Prestige Chandon Brasil 85,00
Codorniu Pinot Noir Interfood Espanha 85,00
Brédif Vouvray Brut Vinci Loire/França 86,00
Cava L’Hereu Reserva Brut  de Raventós i Blanc Decanter Espanha 87,00
Cremant de Bourgogne Jeaune Thomas de Louis Picamelot D’Olivino Bourgogne/França 147,00
Zoémie de Sousa Merveille Brut Decanter Champagne/França 256,00

 

 

Descobrindo Bons Vinhos até R$50,00 – Parte I (até R$30)

           Dentro do painel de vinhos até R$50,00 sobre o qual falei nesta segunda-feira, dividi a relação de vinhos garimpados seguindo o padrão de faixas de preço que uso tradicionalmente no blog e já de conhecimento daqueles que frequentam estas páginas; até R$30,00 e de R$30 a 50,00, gerando diversos posts já que seria impossível colocar tudo em um só. Começo com a faixa mais baixa de preços com vinhos até R$30,00 devendo os produtores e importadores serem contatados diretamente para saber os preços exatos de cada rótulo.

           Com os aumentos de preços que ocorreram no final do ano passado e inicio deste, uma série de vinhos ficaram num patamar mais alto, mas mesmo assim consegui classificar quarenta vinhos nesta faixa. Vinhos que para nós são “baratos”, mas que para níveis internacionais são caríssimos já que lá fora esse nível de vinhos custa algo ao redor de dois a três Euros ou quatro a cinco Dólares. Como  dito anteriormente, classifiquei estes vinhos como; Básicos, vinhos corretos que, se não chegam a encantar, desencanto também não causam e como este assunto é de enorme subjetividade, são vinhos que podem agradar a uns mais do que outros;  Recomendados, rótulos que merecem ser provados e são uma boa compra dentro de seu contexto e os Altamente Recomendados, aqueles caldos que valem muito a pena sendo, dentro de sua faixa de preços, vinhos de altíssima qualidade que nos enchem de prazer e satisfação.

           Em outras pesquisas e provas já realizadas anteriormente me deparei com uma série de vinhos de muita qualidade e ótimo preço que já relacionei anteriormente e, afora a revisita a alguns desses, tentei buscar rótulos novos que ainda não havia comentado ou sugerido. Me surpreendi com o bom número de vinhos disponíveis no mercado que na degustação comprovaram tanto qualidade técnica como gustativa tendo-se mostrado  algo diferenciados para os vinhos que se espera encontrar nesta faixa. Pude também tomar alguns espumantes de ótima qualidade que só nos vem provar que estamos muito bem abastecidos desse tipo de vinho também e a preços bem módicos. Mas comecemos do inicio lembrando que entre parênteses menciono o importador e país de origem, quando sei:

Básicos (8): Uxmal Cabernet/Merlot 07 (Mistral – Argentina) / Alma de Chile Syrah 07 (Winery – Chile) / Montado 08 (Portugal)/ Sucre Carmenére 08 (Wine Company – Chile) / Marco Luigi Tributo Touriga Nacional 08 / Notus Cabernet Sauvignon 08 (Brasart – Argentina) / Marson Vale da Ferradura Blend (Eivin/Marson) / Sta. Helena Varietal Carmenére (Interfood – Chile).

 Recomendado (15): Começo por dois Proseccos brasileiros que foram gratas surpresas apresentando boa perlage, frescor, sem amargor final, melhores que a grande maioria dos Proseccos italianos que andam por aqui, o Aurora e o Marco Luigi Tributo. Para não dizer que os Proseccos italianos não têm lá seus rótulos de qualidade, o Moinet Prosecco (Winery-Itália), surpreendeu, mostrando perlage abundante, frescor, algo cítrico e bem saboroso, também sem aquele amargor final, uma surpresa muito agradável. Nos vinhos brancos, os que mais me atraíram nesta faixa de preços, uma série de rótulos já começaram a me agradar porque, até por uma questão de custo, apresentam nada ou muito pouca madeira, teores de álcool mais baixos e suaves, mostrando mais a fruta e o frescor que é o que mais me atrai nestes vinhos brancos mais ligeiros; Monsaraz Branco 08 (Vinho Seleto – Portugal) / Sucre Sauvignon Blanc 08 (Wine Company – Chile) / La Consulta Pinot Grigio (Interfood – Argentina)/ Santa Helena Varietal Chardonnay 08 (Interfood – Chile) / Mapu Sauvignon Blanc 08 (Vinho do Sul – Chile) / Alma de Chile Chardonnay 07 (Winery – Chile) / Nieto Senetiner Chardonnay 08 (Casa Flora – Argentina) todos uma boa pedida para quem quer gastar pouco e se iniciar nesses varietais e no corte português de uvas autóctones, boas opções para eventos, casamentos, etc. e certamente uma boa escolha para os dias quentes do verão que se aproxima. Como dica, comprar e tomar estes vinhos com o máximo dois anos de idade já que foram elaborados para serem tomados jovens.

            Já nos tintos, encontrei mais vinhos que classifiquei como altamente recomendados, uma grata surpresa, do que por aqui. De qualquer forma, gostei do Merlot Cumbres Andinas 06 (Vinea-Chile), Danti Rubicone Sangiovese 07 (Winery-Itália), Chateau Grand Palais Bordeaux 04 (Winery – França), Cadão Douro 04 (BR Bebidas) e o Pattio Sur Tannat/Merlot (Decanter-Uruguai) vinhos francos, fáceis, simples que acompanham bem a pizza de Sábado ou a macarronada com porpetta de Domingo sem fazer feio.

Recomendado até R$30 009

Altamente Recomendados (18): Uma grande surpresa porque tive a oportunidade de tomar bons e surpreendentes vinhos nesta faixa de preços, além do que esperava, que em alguns casos já demonstraram uma certa complexidade. São vinhos que mostram um algo mais e que não farão feio se servidos a pessoas que já tenham um maior conhecimento e palato mais apurado. Pelo estilo dos vinhos, o ideal é servir os tintos refrescados, por volta dos 15º, quando suas qualidades são melhor ressaltadas. Aqui embaixo uma parte desses bons rótulos garimpados e amanhã tem a segunda parte que este post já está longo demais.

Cumbres Andinas Sauvignon Blanc 08 da Butron (Vinea-Chile) um branco num degrau acima dos demais provados nesta faixa. Especialmente agradável, ótima paleta olfativa que convida a tomar, acidez muito boa tornando-o muito fresco, sedutor e refinado para um vinho deste preço.

Sucre Cabernet Sauvignon 07 (Wine Company-Chile), um bom ano no Chile e uma confirmação. Já tinha provado e gostado do 2006, mas este está ainda melhor. Muito macio, frutado, suave, sedoso, rico e bem equilibrado é um vinho que seduz fácil e combina muito bem com uma pizza de calabresa, uma carne grelhada, etc..

Gran Theatre Bordeaux 06 (Ravin-França), o que poderíamos de chamar de um “básicão” desta região, porém muito bem feito, saboroso, equilibrado, correto um vinho que agrada e uma ótima porta de entrada para o ‘mundo encantado de Bordeaux”.

Marco Luigi Reserva Malbec 07, (Brasil) uma enorme e agradável surpresa. Frutado, sedoso, teor de álcool civilizado, um vinho elegante e pleno de sabor, na contramão dos argentinos. Uma lufada de ar fresco e um dos grandes achados deste painel e um vinho com uma personalidade própria, sem querer copiar ninguém, refletindo seu terroir.

Don Pascual Tannat 2007 (Expand-Uruguai), mais um daqueles que nos surpreende e mostra o quão bem os uruguaios trabalham esta cepa. Café, chocolate, fruta negra, aromas que convidam a levar a taça à boca. Taninos maduros, redondos e macios, boa textura, uma ótima companhia para um descompromissado churrasco com os amigos.

Abadias Vega Tempranillo 06 (Expand-Espanha),  importante a temperatura neste vinho elaborado com 100% desta cepa, acompanha umas tapas com galhardia tendo sido mais um dos achados deste painel. Nariz frutado sem grande intensidade é na boca que ele se mostra e seduz. Vinho de bom volume de boca, leve para médio corpo, equilibrado, taninos corretos e aveludados, boa acidez, rico com um final de boca muito agradável de média persistência. Surpreendente pelo preço e uma boa companhia para ensopados.

Mapu Cabernet Sauvignon/Carmenére 07 (Vinho Sul-Chile) aromas de frutos negros, amora e especiarias. Fresco, frutado, equilíbrio entre a elegância da Cabernet Sauvignon e a suavidade da Carménère. Mostra-se bem harmonioso, redondo, pronto a beber e muito agradável.

Terranoble Carmenére 08 (Decanter-Chile), boa tipicidade da casta porém sem aquele aroma vegetal agressivo que costuma incomodar nos vinhos desta cepa. Equilibrado, de boa textura, taninos doces já equacionados com um final de boca algo apimentado. Eu que costumo guardar certa distância dos vinhos desta cepa, fui agradavelmente surpreendido por este mui agradável vinho.

Diversos 101

Faltam mais 10 rótulos que apresentarei amanhã, realmente é muita coisa para um dia e um post só. Os da faixa de R$30 a 50,00 ficam para a semana que vem e há algumas preciosidades. Caso queira localizar uma loja próximo a você onde possa comprar um ou mais dos rótulos abaixo, contate o importador ou produtor acessando Onde Comprar ou converse com seu lojista de confiança que, afora estes rótulos, certamente lhe poderá sugerir outras boas opções. Eu garimpei somente uma milésima parte do que há por aí.

Salute e kanimambo