Primeiramente o maior prazer de todos, o de poder estar junto de meus amados filhos e neto. Coisa melhor na vida não há e ainda bem que o fazemos com uma certa regularidade e não só num dia especial como esse! Aproveitando o momento, mais uma desculpa (como se isso fosse preciso – rs) para se abrir mais algumas boas garrafas de vinho e curtir o dia bem acompanhado.
Começamos por matar uma garrafa de Quinta de Linhares Arinto, da região do Vinho Verde em Portugal, que tínhamos aberto no dia anterior para acompanhar um prato de Bifum ao Curry de um restaurante chinês aqui do pedaço. O vinho é delicioso e quanto mais o tomo mais gosto dele. Aquele frescor típico dos Vinhos Verdes enche a boca de prazer e acompanhou muito bem os toques orientais do prato levemente apimentado. Certamente um grande acompanhante de comida Thai e do estilo. Neste domingo, no entanto, foi muito bem acompanhando umas entradinhas, nada sofisticado tudo bem simples, e uma salada de Bifum com kani, cenoura e azeitona. Preparamos bem o palato para o que estava por vir a seguir.
Quinta da Pellada Touriga Nacional 2004, eta vinho porreta sô!! Se você tiver uma destas garrafas na adega, no entanto, abra logo! A meu ver já está em seu apogeu e não deve melhorar muito mais na garrafa. Com sete anos nas costas, está absolutamente sedutor nos aromas mostrando toda a exuberância da Touriga e encanta o palato. Um vinho com a assinatura Álvaro de Castro um dos grandes mestres na produção de grandes vinhos no Dão. Seus; Carrossel, Pape e Doda são de lamber os beiços e beiram a perfeição! Este Touriga também impõe respeito porém não pelo peso e sim pela complexidade e elegância que ele transmite através de taninos macios e sedosos. Faltou-lhe um pouco de estrutura, esperava mais nesse sentido, por isso acho que se deve tomar logo. Acompanhou bem o strogonoff de filé mignon, elaborado com maestria por minha cara metade, mas seduziu mais sozinho. De qualquer forma, um grande exemplo dos grandes vinhos que a Touriga pode gerar e um deleite que eu merecia! Rs
Para finalizar, decidi guardar meu Moscatel Roxo Superior 98, achei que era demais para um só dia e depois, não combinaria com a torta de morangos que tínhamos de sobremesa. Para essa combinação, preferi um Vendimnia Tardia da Vina Amalia, vinho surpreendente em sua faixa de preço (R$65) elaborado com castas de muito boa acidez (Sauvignon Blanc, Sauvignon Gris e Viognier em partes iguais) que fazem um contrapeso à doçura da torta. Quando lembrei da foto, já era! Modéstia á parte, boa escolha pois a harmonização ficou ótima mesmo o vinho estando a uma temperatura mais alta que o desejado. Difícil foi competir com meu neto pela torta de morangos!
Grande dia, pleno de sabores e prazeres como deveria ser. Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.