Semana passada foi tempo de descobrir o que de novo anda brotando das fontes de Baco originárias na Serra Catarinense. Há tempos que venho cultuando esta nova fronteira vitivinícola brasileira de pouco mais de quinze anos de vida e após esta última semana com mais de 600kms rodados de Floripa a Caçador (só vinho, porque até voltar por Curitiba passou dos 1.000) conhecendo e revendo vinhos de altitude com um perfil diferenciado do que mais se faz por terras brasilis devido a um terroir bem diferenciado. A confirmação de que os vinhos bons abundam por aqui e cada vinícola apresentou pelo menos um destaque que marcou, mas a seleção apresentada (foram cerca de 52 rótulos) mostrou ser de primeira com a qualidade mostrando ser uma característica que os une a todos. .
Ao longos das próximas semanas darei algumas dicas, comentarei alguns vinhos e mostrarei em vídeos um pouco do que vivemos em mais esta viagem de descobrimentos desbravando uma região ás vezes de difícil acesso, mas que ao chegar nos destinos nos deparamos com exuberantes paisagens, bons vinhos e atendimento impecável!
Por hoje, só uma curta lista do que eu considerei destaque em cada uma das vinícolas visitadas, sendo que em muitas delas a escolha foi feita na moedinha pois qualquer um dos rótulos provados poderia estar aqui. Não são necessariamente os melhores vinhos de cada produtor, mas sim aqueles que mais me marcaram, seja por; preço,uva, qualidade,inusitado, o conjunto da obra, …
Quinta da Neve – Cabernet Sauvignon (“cumplidor”, constante, ótima relação Qualidade x Preço)
Quinta Santa Maria – Passionado (inusitado)
Vila Francioni – Comendador (Surpresa do Tio Vilson – Casa do Vinho)
Monte Agudo – Rosé Brut (vibrante, sabor de festa)
Villaggio Basseti – Sangiovese (UAU! ainda por etiquetar e reduzidíssima produção)
Sto Emilio – Leopoldo (classico Cab. Sauvignon/Merlot da região que impõe respeito)
Hiragami (na Casa do Vinho) – Tori (surpreendente Cabernet Sauvignon do mais alto vinhedo brasileiro a 1427m)
Abreu Garcia – Sauvignon Blanc (marcante em sua sutileza)
Kranz – Sucos naturais (bons vinhos, mas os uaus na mesa vieram mesmo foi de outras plantações! rs).
Villaggio Grando – Marila (ainda por finalizar e rotular, um “Jurançon” doce de tirar o chapéu! Uvas Petit e Gros Manseng)
Bem, por hoje é só e em breve destrincharei as visitas, inclusive de outros mares como a cerveja da Bierbaum e os queijos da Queijo com Sotaque. Cansativa, mudanças já definidas para tornar uma próxima viagem menos exaustiva, porém de grandes descobertas e diversas constatações sendo que a principal delas é de que existe sim vida vitivinícola no Brasil além das fronteiras gaúchas e com muita qualidade!
Kanimambo especial hoje a todos os que me acompanharam nessa viagem, saúde e seguimos nos encontrando por aqui ou pelos mais diversos caminhos de nossa vinosfera.