“Todo o grande vinho é caro, mas nem todo o vinho caro é grande!”, digo isso há mais de dez anos e por isso mesmo gosto de aplicar degustações ás cegas quando as pessoas provam um vinho sem saber seu preço, sua origem ou produtor. Sim, porque não é só preço que influencia sua capacidade de avaliação! O que faz um vinho ser caro ou barato é papo para um monte de outros posts, as variáveis são enormes entre elas a própria lei da oferta e demanda, porém é claro que a tendência é acharmos que quanto mais caro o vinho melhor ele seja o que não está errado pois na maioria das vezes o é e isso vale para qualquer produto.
Hora, se falo isso por uma década, para que este post e porquê desse título? Calma, é que está circulando por aí no Face um artigo publicado pelo jornal virtual Nexo repicando um teste científico alemão realizado pela universidade de Bonn em que pesquisadores usaram de ressonância magnética para avaliar a reação das pessoas ao tomar o mesmo vinho porém lhes sendo mostrado etiquetas de preços diferentes. Acho um desperdício de tempo e grana o teste e o resultado é mais do que óbvio, porém há quem tenha necessidade de comprovar o óbvio então respeitemos. Ao ler o artigo, no entanto, fiquei estarrecido vejam só a fórmula usada para a realização do “experimento” e meus comentários em azul:
Não vou colocar em xeque o experimento dos nobres doutores alemães, quem sou eu, mas convenhamos que as premissas… Enfim, não tinha como deixar de comentar aqui, mas deixemos claro que nem todo o vinho barato é ruim, apesar das probabilidades e da falácia de que vinho bom é o que você gosta, e nem todo o vinho caro é bom apesar das probabilidades também. Já provei grandes vinhos que me decepcionaram e já fui surpreendido por vinhos baratos bem legais, então deixemos os preconceitos de lado e exploremos o mundo de Baco como ele deve ser explorado, com vinho na taça, jamais em tubo!!! rs