Vinho – Saúde e Prazer

                 Ao proferir sua Conferência de Abertura no Primeiro Simpósio Mineiro de Viticultura e Enologia, realizado de 16 a 19 de abril de 2002, em Andradas, conferência intitulada “Vinho e Saúde”, o médico e pesquisador Dr. Jairo Monson de Souza Filho fez uma abordagem excelente sobre as condições em que o vinho deve ser consumido, para que apresente suas virtudes terapêuticas relacionando os dados científicos que o valor dos cerca de duzentos (200) polifenóis presentes no vinho podem ter para a prevenção de moléstias, preservação do equilíbrio psíquico e físico dos consumidores tidos “moderados” do produto. O Dr. Souza Filho relaciona, em sua conferência, os seguintes benefícios para os tomadores regulares e moderados de vinho:
– o vinho combate os radicais livres;
– o vinho exerce excelentes efeitos na proteção do coração e das veias (usa o exemplo do Paradoxo Francês);
– o vinho tem ação como agente inibidor do desenvolvimento de qualquer tipo de câncer;
– o vinho é protetor do organismo contra a úlcera nervosa;
– o vinho é a bebida mais favorável à digestão;
– o vinho, através de seus antioxidantes, atua como auxiliar importante na prevenção da esofagite de refluxo;
– o vinho tem ação antiséptica e bactericida, uma vez que alguns tipos de polifenóis só agem na presença de álcool;
– o vinho inibe o crescimento de vários vírus;
– o vinho inibe o desenvolvimento do HIV (vírus da AIDS) na fase inicial em até 80%;
– o vinho tem uma ação antiinflamatória;
– o vinho é reconhecido como antídoto de vários alcalóides, responsáveis pela intoxicação no homem;
– o vinho possui efeito benéfico sobre alergias;
– o vinho, através de alguns de seus polifenóis, inibe a osteoporose;
– o vinho retarda o envelhecimento, exercendo ação antioxidante, antienvelhecimento e trazendo um envelhecimento com melhor qualidade de vida;
– o vinho pode ser uma barreira para o desenvolvimento de demências;
– o vinho, através de algumas enzimas, como o colágeno e a elastina, dá consistência à pele;
– o vinho inibe a progressão da cegueira, pois seus polifenóis são potentes varredores de radicais livres que geram dificuldades à visão;
– o vinho não é muito calórico, e as catequinas do vinho (composto fenólico) diminuem a absorção de gordura pelo organismo;
– o vinho bebido regularmente com moderação ajuda a baixar a pressão arterial;
– o vinho previne ou inibe acidentes vasculares cerebrais (AVC);
– o vinho, bebido com moderação às refeições, é favorável para quem tem diabete melitus.
                O texto, escrito por Henry Paulo Dias da Faculdade da Serra gaúcha, foi publicado em Agosto de 2004 no blog http://www.icout.net, onde o encontrei enquanto pesquisava um outro tema. Não pretendo fazer uma apologia da bebida, mas se você já curte uma boa taça de vinho, eis aqui uma boa porção de desculpas para o continuar fazendo. Ah, uma observação; moderado são duas, três taças no máximo, diariamente e metade disso para nossas queridas enófilas. Não vale, também, achar que; se duas taças fazem tão bem, porquê não tomar logo a garrafa inteira! Aí é procurar encrenca e lembre-se sempre, se beber não dirija. Por todas essas razões (eheheh) e, essencialmente, pelo prazer que me dá, é que me tornei um estudioso, divulgador e apreciador desse néctar. O resto, na verdade, é bonus! Salute e kanimambo.