Reflexões do Fundo do Copo – Aprendendo A Beber Com Quem Ensina

brenoMais um delicioso texto do amigo e colaborador de todos os sábados, Breno Raigorodsky. Para acessar seus textos anteriores, clique em Coluna do Breno, aqui do lado, na seção – Categorias

 

Se o Saul Galvão passou com Bollinger e Vega Sicília eu não fiquei muito atrás, passei com Chandon e Cabernet Sauvignon Família Bettù.  Se o Jorge Carrara passou com Catena e Achaval Ferrer, o Jorge Lucki passou com um Supertoscano e um Franciacorta, e o João Filipe Clemente passou com um Pera Manca e um Alvarinho… Que bom para eles, o que mais posso dizer?

Sei por fontes fidedignas, que a Jancis Robison pretendia passar com um Grange 1978, enquanto que o R.Parker teria escolhido um Montrachet e um Chambolle. O Michel Roland parece ter ficado num Montes Alpha e num Casa Marin branco, não souberam especificar qual deles.

A Alexandra Corvo preferiu um Cava, que melhor acompanha sua formação acadêmica, enquanto que o Aguinaldo Záquia foi de Barbaresco e Soave, a mesma escolha tinta do Marcelo Copello, que ficou no Chardonnay do Pio Cesare, em matéria de branco. O Lilla pai exibiu-se entre os gregos em público, mas com os melhores de Pomerol, na privacidade. O Jacques Troigros, dizem, quis surpreender com um Cornas e um Chateauneuf du Pape branco, mas não foi tão longe quanto o Álvaro César que decidiu por um Ernie Els do começo ao fim, brindando apenas com o Moscato espumante da Chandon. O Pagliari estava inspirado, parece ter mantido sereno a pose brasilianista, e foi de Marson Brut e Cordilheira de Sant’Ana, mostrando a todos suas paixões pelos brancos.

O Luiz Horta pegou pesado e passou a noite entre rosados da Península Hispânica.  A Carina não quis saber de misturar, começou bebericando Sauternes, transgrediu na harmonização e foi até o fim. Quanto ao Archemboim, ao Didu, ao Quartim e tantos outros, não pude recolher a tempo suas impressões, portanto fico devendo. Borbulhantes ou não, todos seguiram o rumo da história e passaram o ano de copo na mão!

 

Breno Raigorodsky; filósofo, publicitário, sommelier e juiz de vinho internacional FISAR

 

PS.  nenhuma das afirmações acima foram confirmada, nem mesmo as que me dizem respeito, exceção feita á do Saul Galvão que afirmou suas escolhas em entrevista para a Rádio Eldorado e que me inspirou a escrever esta crônica!”