Noticias do Mundo do Vinho

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Taylor’s Porto Vintage e Barak Obama. Teoricamente nada a ver, porém um restaurante em Ontário (Canadá) inventou uma cápsula do tempo comemorativo à posse do novo presidente americano. Entre outros itens criteriosamente selecionados, um Quinta de Vargellas Porto Vintage 2005. A cápsula do tempo foi enterrada à porta do Aroma Mediterranean Restaurant, em Londres, na província de Ontário (Canadá), e será reaberta dentro de cem anos.  Juntamente com o Quinta de Vargellas 2005 será depositada uma carta com a história da emblemática e secular casa Taylor’s. Quer ver mais, clique no link da Blue Wine aqui do lado.

 

Monsaraz tinto 07 ganha Sabor do Ano 2009. Um dos meus achados deste ano incluído no meus Melhores de 2008 na faixa até R$30,00 acaba de ganhar um dos principais prêmios do mercado, a meu ver,porque é uma escolha baseada em degustação às cegas efetuada por consumidores portugueses. Fruto de um painel de provas que englobou 8.150 consumidores que realizaram no ano passado degustações cegas dos produtos concorrentes ao troféu Sabor do Ano, o vinho Monsaraz obteve uma nota média superior aos restantes produtos concorrentes.

         As provas são realizadas anualmente sob inteira coordenação da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa e do Instituto Superior de Agronomia, submetendo os produtos à prova cega (sem conhecerem marca e embalagem do produto) de milhares de consumidores. O Monsaraz Tinto 2007 é proveniente da equilibrada junção das castas Trincadeira, Aragonês e Castelão e é fruto de dois lotes que estagiaram em carvalho português e em depósito. A importação é representada no Brasil pela Vinho Seleto com dados para contato disponíveis em Onde Comprar. Fonte, Blue Wine.

 

Best of Wine Tourism. As cidades de Cape Town (África do Sul), Bilbao-Rioja (Espanha), Bordeaux (França), Florença (Itália), Mainz (Alemanha), Mendoza (Argentina), Porto (Portugal) e San Francisco-Napa Valley (Estados Unidos) compõem a Great Wine Capitals do mundo que, pelo sexto ano consecutivo elegem os melhores do turismo viníco. Com 385 inscritos, em Novembro passado foram premiadas 8 vinícolas entre as quais duas conhecidas nossas; a Argentina Bodegas Salentein de Mendoza e os amigos da Quinta Nossa Senhora do Carmo de Portugal. Quer ver mais, clique aqui.

 

La Nieta, Rioja em todo o seu esplendor – O amigo Juan da Península, me informa que acabou de receber o La Nieta 2005, um dos melhores vinhos do planeta. Da região de Rioja, tem um “pedigree” de dar inveja e é para alguns poucos afortunados já que a alocação para o Brasil foi de poucas caixas. Vejam só as premiações que este vinho arrebatou:

  • Wine Enthusiast – Melhor vinho da Rioja com 97 pontos.
  • Guia Peñin, 96 pontos para a safra 2005 e 97 para a de 2006. Nesta última, foi considerado o melhor vinho de Rioja.
  • Guia Peñin 2009 – 2° melhor vinho Espanhol.
  • Robert Parker: 98 pontos na safra de 2004.
  • Guia Todo Vino – 3 lacres – um dos 23 melhores do ano 2008.

Eis a resenha de alguns “catadores” locais:

  • “Entrada fructuosa densa con cuerpo, equilibrio y taninos valientes con una ligera aspereza y la personalidad de un gran vino sigue el recuerdo de ahumados y nos lleva a un recorrido interminable, sublime es 2005 que encuentro superior al 2004”
  • “Hay de todo y siempre de la mejor calidad. A lo largo del tiempo que dura la cata, siempre se mantiene en las alturas. Al nivel de los mejores recuerdos olfativos que tengo, como L’Ermita 2001 o Lafite 2001. En boca, una experiencia superior. Equilibrio, armonía, una madurez increible. ¿Puede hablarse de “juventud madura”? ¿De “madurez juvenil”? Fresco y complejo al mismo tiempo. Muy envolvente. Larguísimo. Señorial. Incita a la reflexión.”
  • “Esta nieta me ha emocionado, que placentera es, que espectacular, evoca recuerdos que tenía dormidos (nuestro primer gran vino, la primera vez que descubrimos como recolectar frutas del bosque durante un paseo por él…), inspira momentos inolvidables, todo un PLACER. Tiene raza, es potencia a raudales, sus taninos domados y refinados, carnoso, elevada acidez que me hace segregar más saliva y le dará mucha mucha vida, largo, largo, largo y persistente, notas de mantequilla afloran cuando ya se ha retirado de mis labios y se aleja hacia el firmamento de cristal.”

Um vinho que desperta tamanhas sensações e emoções em quem o toma, tem que ser divino. Preço na Pensinsula, R$900,00. Aproveitando que vai fuçar no site, vi que o Hecula, mais um dos meus eleitos como Melhores de 2008, está com um preço imperdível de R$54,00 e tem mais; tem Códice, Alaia, Viña Sastre, Sierra Cantabria, Primicia, Rivola …….

 

Vinea Store – Em época de grandes promoções, a Vinea Store inova e cria seu Wine Day que promete ser muito especial. Ao fim e ao cabo são produtores de grande qualidade reunidos num só e aconchegante ambiente. Mesmo que não se compre, ter a oportunidade de degustar inúmeros vinhos de grande qualidade por apenas R$50,00, já é uma grande pedida. Recomendo a visita, mas corra porque o local não é grande e existe uma limitação de convites disponíveis. Quer ver mais e inscrever-se, então clique aqui.

 

Ibravin, este instituto contratou os serviços de uma empresa especializada para buscar dados e informações que possibilitassem a criação de um plano estratégico para 2009/2010.

       “Os resultados da pesquisa feita com 1.037 pessoas entre 18 e 69 anos em três capitais do País – Porto Alegre, São Paulo e Recife (uma lástima que não tenham incluído o importante mercado do Rio de Janeiro nesse estudo) – indicam que O crescimento do mercado de vinhos brasileiros passa por três ações principais: uma maior divulgação das suas características autênticas, a difusão dos seus benefícios à saúde e a democratização do consumo. O presidente do Ibravin, Denis Debiasi, disse que uma das maiores surpresas do levantamento foi o grau de desconhecimento dos canais de venda de vinhos e espumantes. “Imaginávamos que a falta de informações era só dos consumidores, mas não, a pesquisa demonstrou que temos de agir também junto ao varejo, pontos de venda e distribuidores”.

         O amplo estudo da Market Analysis aponta duas armas fundamentais para alavancar as vendas dos vinhos finos nacionais. A primeira é a realização de campanhas de propaganda junto aos consumidores para trabalhar a imagem do vinho brasileiro, ainda vítima de um preconceito que não condiz com a sua crescente qualidade e reconhecimento internacional, comprovado por mais de 1.700 premiações no mundo inteiro. A segunda é desmistificar e desglamourizar o consumo de vinho, afastando a idéia de que é uma bebida “para momentos especiais”. “Isso restringe o seu consumo”, observa Echegaray. A lenda de que “um bom vinho custa caro” e a alta carga tributária atrelada aos vinhos são os fatores que mais impactam, de forma negativa. Inovações nas embalagens (não apenas nos rótulos) e aumento na oferta do produto no varejo são outros dois fatores que reforçariam a força dos vinhos brasileiros perante os consumidores.

         Ato louvável e um passo importante na direção certa, porém acho que falar de “desmistificar e desglamourizar” e seguir com uma política de preços nas alturas, uma estratégia comercial e de distribuição incipiente e uma visão/gestão de negócio paroquial é uma incoerência  que em nada ajudará a industria nacional a sair do buraco onde ela se enfiou. Ao preço em que estão, os vinhos finos nacionais seguirão sendo, lamentavelmente, para “momentos especiais”! Por outro lado, basta ler a mídia especializada e, mais que tudo, os blogs nacionais que falam de vinho, para se ter a verdadeira dimensão do problema sem precisar se gastar nada para isso a não ser, talvez, a contratação de um serviço de clipping.

         Mais do que a mídia especializada, os blogs hoje existentes são a principal voz do mercado porque todos são consumidores apaixonados e há muito tempo que a maioria destaca e aponta os problemas e dificuldades dos vinhos nacionais no mercado, com total destaque e apoio para a grande melhora de qualidade, que só não vê quem não quer ou está demasiado focado no seu próprio umbigo. Ou será que essa imensa legião de “wine writers” e aficionados estão todos equivocados?

Salute e kanimambo