As 10 Maiores Marcas de Vinho no Mundo
Tamanho ou seja, volume de business! Isso não quer dizer que aí não haja também muita qualidade, porém há também um volume enorme de vinhos industrializados, alguns até bons, outros nem tanto. De qualquer forma, são importantes players no mercado com muitos rótulos no que chamamos de entrada de gama. Talvez old news para alguns, porém só agora tomei conhecimento e achei a lista muito interessante porque a China já assume uma posição importante nesse ranking, ela que já é a quinta maior produtora do mundo. Nas cinco primeiras posições deste ranking do The Drink Business publicado na revista Adega e recém recebido no Vinoticias semanal do amigo Marcio, a maioria das vinícolas destão no chamado Novo Mundo, como a Gallo, que em 2012 comercializou mais de 1 bilhão de litros de vinho. Confira, a seguir, o top 10 da publicação.
● Gallo: a vinícola californiana fundada em 1933 é a que mais vende vinho no mundo: são mais de 1 bilhão de litros comercializados por ano. São quase 50 rótulos disponíveis em cerca de 60 países.
● Great Wall: chinesa fundada em 1983, é a líder de vendas do mercado nacional, com 15 milhões de caixas. De 2011 para 2012, aumentou seu volume de vendas em 10%.
● Hardy’s: vinícola australiana presente em mais de 80 países. A marca, criada em 1853, está avaliada em mais de 10 milhões de dólares.
● Concha & Toro: única latino-americana da lista, a Concha y Toro é responsável por 33% das exportações de vinho chilenas e em 2012 vendeu 13 milhões de caixas de vinho.
● Yellow Tail: com apenas 12 anos de idade, a Yellow Tail se tornou uma das vinícolas de mais sucesso da Austrália. Cerca de 40% de seus vinhos são vendidos no Reino Unido.
● Sutter Home: a segunda californiana da lista, seu slogan é a venda de vinhos de qualidade a preços mais acessíveis. Comercializa 11 milhões de caixas/ano.
● Robert Mondavi: a vinícola de Robert Mondavi é uma das mais importantes do Napa Valley. Seu fundador deu fama aos vinhos da região e colocou o Novo Mundo no mapa vinícola. Vende 11 milhões de caixas ao ano.
● Beringer: californiana, seu crescimento nos EUA esteve ligado ao crescimento dos vinhos Moscato e, mais tarde, e bebidas do segmento de luxo. Atualmente, investe em parcerias voltadas para o turismo europeu.
● Lindeman’s: mais uma australiana, a Lindeman’s tem reputação mundial por produzir vinhos de qualidade a preços mais baixos. Comercializa cerca de 7 milhões de caixas ao ano.
● Jacob’s Creek: a vinícola da Austrália, de 160 anos, está avaliada em 338 milhões de dólares e aumentou em 32% o volume de exportação para a China. A marca está associada a eventos de tênis e tem uma parceria com Andre Agassi. (Fonte – Revista ADEGA – 08/07/2013).
Interessante listagem, não? Deles, ou de qualquer outro, que Baco guie suas escolhas neste fim de semana. Salute e kanimambo.
Que curioso, João. Nunca pensei que entre as Top 10 não tivesse nenhuma do Velho Mundo. Interessante!
Leticia, na Europa espaços são menores e mais caros, vinhedos idem. Aí se prima por qualidade e não quantidade, então acaba fazendo sentido quando visto por esse prisma.
Que explicação ótima. Faz sentido, João. Obrigada.
JFC,
A pesquisa pode ser encontrada em http://www.thedrinksbusiness.com/2013/06/top-10-wine-brands-2
mas ela não me parece esclarecer se é em vendas – a E&J Gallo é distribuidora de vinhos de outros países/produtores nos Estados Unidos ou se é só produção própria.
Isso não tira o mérito do primeiro colocado ,pois só a planta de Livingston, Califórnia, processa 7 mil toneladas de uvas por dia, o que é aproximadamente um terço da produção brasileira.
A diferença de volume de vendas da E&J Gallo e da chinesa Great Wall (que já é proprietária do Château de Viaud em Lalande/Pomerol e da chilena Bisquertt) é de 500 mil caixas – não é pouco – mas pode ser que tenhamos um primeiro lugar chinês em breve.
Abs.,
Guilherme
Enquanto isso, aqui no Brasil …
31/07/2013
Pequenas vinícolas fecham as portas
Família Slomp arrendou terras e cortou parreirais; próximo passo é alugar a estrutura de 800 m2 da antiga cantina fundada em 1920
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Foto: Fernando Gusen
NOELE SCUR
Especial para a Folha de Caxias
A União Brasileira de Vinícolas Familiares (Uvifam) estima que pelo menos 150 pequenas cantinas tenham deixado de produzir vinho na Serra Gaúcha nos últimos quatro anos. O número parece alto para quem considera o setor consolidado na região, mas se mostra baixo para quem vive o problema. “Imagino que seja muito mais que 150. São muitos que desistiram”, conta o agricultor Vilmar Slomp, 49 anos.
Ele, o irmão Volnei, 54 anos, e a mãe, Ivone Perini Slomp, 73 anos, tomaram uma decisão definitiva há três anos, depois de muito tempo adiada: a Sociedade Vinhos Diamante Ltda, que existia desde 1920, fechou as portas.
A cantina familiar foi fundada pelo avô de Vilmar e Volnei, Antônio Slomp. As primeiras videiras da produção de uva foram plantadas com mudas trazidas da Itália. Em São Roque – localizada entre o distrito caxiense de Forqueta e o município de Farroupilha, foram cultivados 30 hectares de parreiras, que segundo Volnei, hoje ‘estão em decadência’.
Na propriedade da família, há dois enormes pavilhões que somam 800 m2. No espaço, já foram produzidos 1 milhão de litros de vinho com pipas de madeira e inox.
Atualmente, além das terras estarem arrendadas, eles aguardam os trâmites para que a estrutura da antiga vinícola seja alugada por uma empresa do setor metalúrgico. Junto às instalações, a casa onde eles cresceram, também foi deixada pela mãe há três anos. “No início senti muita falta, mas é melhor assim”, considera Ivone que, com as mudanças, passou a morar no centro de Caxias.
“A lucratividade caiu à zero. É uma questão de sobrevivência. É como perder o emprego, mas nos preparamos para a decisão. Tem que entender que não dá mais. Tomamos a decisão certa.”, explica Volnei. Nos anos anteriores, eles acreditavam que as coisas poderiam mudar. “Sempre tinha a crença de que ano que vem vai melhorar, mas nós não estamos sós”, lembra Vilmar. Ele conta, ainda, que muitos não fecharam as vinícolas ainda porque possuem grandes estoques de vinho e nem receberam pela produção da última safra.
A carga pesada dos tributos e a Lei Seca são os principais fatores considerados por eles para explicar a diminuição do consumo da bebida e, consequentemente, a desistência dos vitivinicultores.
Cenário – O que a família Slomp conta, as entidades representativas confirmam. O vinho dos pequenos produtores pode ser extinto do mercado. A contagem da Uvifam, que trata de 150 fechamentos nos últimos anos, é considerada alarmante para a Serra Gaúcha. “É uma das regiões que mais possui cantinas familiares no Brasil, mas também a que mais fechou as portas. Está acabando não simplesmente um produto, mas uma cultura”, afirma o presidente da entidade, Luís Henrique Zanini.
Para ele, a situação remete a um futuro de fortalecimento das grandes companhias e o sumiço das pequenas, que foram exatamente o carro-chefe da economia da região serrana.
Zanini considera que no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, há ainda a especulação imobiliária para colaborar com a decisão de abandonar a produção de vinho. Em Caxias e Flores da Cunha, os agricultores passam a desistir da produção da bebida para vender toda a colheita da uva, e enfrentar o sempre polêmico preço mínimo da fruta.
“A burocracia e a questão tributária são os principais entraves. E o consumo caiu, não houve um olhar mais atento do governo ao setor da vitivinicultura”, destaca.
Zanini aponta, ainda, que as vinícolas de pequeno porte não podem ser enquadradas no imposto Simples, porque é bebida alcóolica. “A cantina que produz 10 mil litros ou 10 milhões encara exatamente a mesma tributação.”
Compra governamental – Ações de incentivo do governo aos agricultores familiares e até a compras de suco de uva não são consideradas o bastante para alavancar o setor. “São atitudes esporádicas e acontecem quando há imensa dificuldade. Gostaria de ver a discussão de uma matriz produtora, um projeto para o setor”, afirma.
Outro ponto negativo que a desestruturação das cantinas familiares causa é no turismo. Para Zanini, as pequenas propriedades são exatamente o charme e a diversidade que a Europa utilizou para promover algumas regiões, ao contrário do que vemos de perto.
http://www.folhadecaxias.com.br/noticia/Pequenas+vinicolas+fecham+as+portas/4267
E uma pena que quando vamos ver ou procurar alguma imformacao encomtramos openioes de brasileiros que nada conhecem e estragam aquilo que poderia ser um meio de imformacao fiavel. E lamentavel
Caro Antonio, não sei se entendi muito bem seu comentário. Abraço e grato pela visita.