Retrato do Bacalhau do Capitão
Quando um blogueiro se encanta com algo ele fotografa e compartilha. Tem até um tal de Instagram, ou coisa semelhante, sei lá a tecnologia avança mais rápido do que eu tenho condição de absorver (!), que tem deixado uma série de amigos viciados. Pois bem, hoje minha foto é diferente!
Há poucos meses, numa confraria que busca não só provar bons caldos mas também bons pratos, o mestre cuca da turma apresentou um prato de bacalhau de fácil e rápida feitura que encantou a todos. Domingo passado me aventurei na cozinha tentando repetir a dose e me dei bem! A foto do prato é prova disso!
Foi bom! Esse poderia bem ser o titulo desta foto e na próxima vez espero me lembrar de o fotografar na travessa e no prato, pois depois que se inicia a refeição ele some mais rapidamente do que o tempo do preparo. Ficou delicioso e compartilho com os amigos a receita que fiz para 6 pessoas.
Ingredientes
- Duas batatas grandes
- Duas cebolas idem
- 750grs de bacalhau em lascas ou desfiado.
- 500ml de creme de leite fresco
Preparo.
- Corte as batatas e cebola em fatias bem fininhas – separe
- Dessalgue o bacalhau (36 horas na geladeira com quatro a cinco trocas de água). Ao término junte azeite (deixando-o úmido não submergido) e deixe descansar na geladeira por mais umas três horas.
- Na bandeja a ir ao forno, coloque um pouco de azeite e forre com as batatas seguido da cebola e do bacalhau formando camadas. Cada vez que chegar ao bacalhau, raspe um pouco de noz moscada sobre ele e mais um fio de azeite. Repita a sequência de camadas até ao topo da travessa terminando com batata.
- Leve ao forno, pré aquecido a 250º, por cerca de 15 a 20 minutos e retire.
- Chacoalhe bem o creme de leite e vire a garrafa na travessa de forma homogênea cobrindo todo o bacalhau. Volte com a travessa ao forno por mais cerca de 15 minutos até gratinar. Se quiser sirva com um pouco de arroz branco.
Nome do prato? Em homenagem ao amigo mestre cuca da confraria, Bacalhau do Capitão, na verdade um Bacalhau com Natas simplificado porém não menos saboroso. Para acompanhar, um vinho branco mais encorpado e complexo como o Esmero ou até, para os mais tradicionais, um Herdade do Esporão Reserva ou um tinto de corpo médio e taninos macios, todos lusos obviamente. Para os amigos leitores, pretensos mestre cucas de fim de semana, como eu, bom proveito e depois me diga o que achou. Para não acharem que foi lorota minha, aqui no canto o resto da travessa e do vinho, um Quinta da Cortezia Touriga que já tinha visto melhores dias, mas deu conta do recado. Salute kanimambo e amanhã tem mais uma lista dos Melhores de 2011 por Faixa de Preço, hoje quis vos dar um descanso! rs
João,
Bacalhau realmente é uma das coisas boas que o povo das terras de lá do Atlântico trouxe de bom pra cá (junto com os vinhos, o pastel de belém, a literatura, etc.).. 🙂
Essa receita é parecida com uma que costumo fazer de bacalhau gratinado, só que ao invés da noz moscada e creme de leite, vai molho bechamel (com leite e noz moscada, no fim das contas) pra intercalar camada a camada.
E ah, e no final, pra gratinar, além do molho branco, vai também bastante queijo parmesão ou gruyere ralado por cima.. é de “lamber os beiços”, como diz o manezinho aqui em Floripa (eu incluído).. rs.
Só me faltou até hoje casar com um portuga na taça, mas esse teu post me inspirou, semana que vem sai!
Abraço,
JF
Deu água na boca, meu amigo. Eu adoro bacalhau com tintos potentes do Dão. Mu avô era português daquele de guardar pilhas de bacaçhau e de azeite embaixo da pia (rsssss). MInha mãe tinha uma mão maravilhosa para tudo o que é do mar, e bacalhau não fugia à regra.
Parabéns!
Essa Mercovino é palhaçada. O vinho Solar dos Lobos Grande Escolha 2008 custa, no máximo, 20 euros na Europa. Pombas, aqui custa quase 400 reais. E não me venham falar que isso é culpa da tributação excessiva, do “custo brasil”, blá, blá, blá…
Isso é culpa, em grande medida, da ganância dos importadores.
Por isso, boicotem esse vinho e essa importadora.