Administrador de empresas com especialização em comércio exterior, consultor na área de marketing e planejamento estratégico em comércio internacional, sou um estudioso e apaixonado enófilo. O mundo do vinho com sua complexidade e diversificação me conquistou e, hoje, grande parte de meu tempo livre é dedicado a conhecer e desmistificar esse universo assim como a fazer ver que, mesmo sem montanhas de dinheiro, dá sim, para tomar bons vinhos.
Não sei tudo, não conheço todos os vinhos e desconfio de quem pensa que sabe. Num mundo com tanta subjetividade, é impossivel alguém se achar dono da verdade. Nem no mundo do vinho nem em nenhum outro! Lamentavelmente tem gente demais andando de salto 15, ditando regras e falando complicado em suas avaliações com o intuito de aumentar cachê. Falta-lhes humildade, um enorme pecado para quem deveria, obrigatoriamente, ter a mente aberta. Como diz o mestre Saul Galvão em seu blog no artigo Prazeres do Vinho de dia 13 do corrente, “Aliás, quando se fala em vinhos, NUNCA há uma palavra final, mas sim opiniões, que podem ou não ser bem sustentadas. Só uma opinião importa, a sua.
O vinho só existe para dar prazer. Se ele deu prazer, cumpriu sua função, independentemente de regras cânones e opiniões alheias. Costumo dizer que o vinho precisa descer do pedestal no qual foi colocado por alguns esnobes e pretensos entendedores e ser colocado em seu lugar, que é o copo. Nada mais chato que um esnobe do vinho, que fala pomposamente, como se ele fosse o único ungido a entender termos herméticos.”
Meu perfil não é o de ensinar, mas sim de aprender e compartilhar esses conhecimentos e experiências adquiridas ao longo dos anos. Sem preconceitos, sem soberba, com os pés no chão e ciente de minhas limitações e responsabilidade. Vinhos de R$200, 300, 400 e 6400 são bons? Tem obrigação de o ser, muitos são ótimos, mas quantos de nós os podemos tomar com regularidade. Como explorador, ou garimpeiro, que sou, quero achar alegria e prazer em vinhos bons de R$40 (que são poucos) nos de R$60 (que já são muitos) e nos de R$80 , 100 e 150 (que já são um montão) e compartilhar isso com quem nutre os mesmos valores e interesses. Óbvio, se der para tomar grandes vinhos, muito melhor.
Falar e comentar grandes vinhos, na minha opinião, é chover no molhado. Sobre eles já tem gente demais falando. Quero, sim, conhecer aqueles que caibam no meu bolso, esses me interessam mais, e compartilhar essa experiência com os amigos do vinho esperando que, de alguma forma, meus comentários e sugestões lhes sejam úteis. Espero acertar mais do que errar.
Salute e kanimambo.