João Filipe Clemente

Comprando Vinho em Mendoza

Para quem visita esta linda região e cidade da qual sou fã e onde tenho muita gente amiga, a compra de vinhos é um must. Seja nas vinícolas visitadas seja nas lojas na cidade, difícil resistir a tanta tentação e não retornar com a cota cheia, pois a economia é boa e o momento propicia a isso.

Como sabem estive por lá semana passada e, obviamente, não resisti a dar uma fuçada nas lojas da cidade tendo inclusive trocado alguns mails com duas delas antes. Não é muito a praia deles, trocar e-mails, serem objetivos, etc. Quando cheguei não tinham o que queria e com pouco tempo disponível para correr atrás acabei ficando na mão. De qualquer forma são lojas que valem a pena ser visitadas e por serem mais centrais e maiores as visitas se tornam quase que obrigatórias e são válidas. São muitas as lojas de tudo o que é tamanho e estilo, mas focado nas visitas às bodegas, sobra pouco tempo para explorar, então das que eu visitei e conheço (só falo do que conheço) cito estas. São quatro (todas no centro por onde gosto de andar) e entre elas certamente você preencherá sua cota fácil, fácil e quero ver o que fará com as compras nas bodegas!! Se forem em casal, mais tranquilo, aí dá para fazer a festa!!! rs

 

Peatonal Wines – muito boa seleção de vinhos, pequena, atendimento muito simpático da Sol e da Agustina, não pode ter pressa porque costuma ter só uma delas de plantão e se tiver ocupada relaxe e fuçe! Já tinha estado lá em 2015 e agora novamente, certamente um diferencial enorme no atendimento que me seduziu. Caixa e desconto negociáveis por volume (consegui 15% pagando cash e o cambio foi bom), uma loja que me agradou sobremaneira e recomendo aos amigos, não deixem de passar por lá mesmo que visitando as outras para comparar. Virei cliente de vez e melhor, ficam na parte mais charmosa do calçadão (Paseo Peatonal Sarmiento 115) e fecha ás 23H!! De um vinho tinham poucas garrafas, na hora foram atrás e prometeram entregar ao pessoal à tarde no hotel, tudo com muita presteza e atenção, sinceramente virou uma de minhas preferidas se não a preferida, pois não basta ter bons vinhos e preços, têm que ter um atendimento diferenciado e um sorriso faz a diferença!

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Viognier Vinoteca – Próximo ao Sheraton, calle Amigorena 94, também no centro, esta fiquei por pouco tempo mas me encantei também! Estava atrasado, correndo procurando algo especifico e não deu para fazer o que mais gosto de fazer nesses lugares, fuçar! Loja tocada pelo próprio dono (faz-me lembrar de alguém! rs), pequena e focada nas coisas diferentes, pequenos produtores, etc.. Na próxima viagem vou explorar mais, porém gostei muito do que vi e, se você for como eu que gosta de sair da mesmice, este me pareceu o lugar. Na próxima vez que estiver por aquelas bandas vou ter que achar uma horinha para mergulhar naquelas prateleira! rs

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Sol Y Vino – na Av. Sarmiento 664 entre o Hotel Diplomatic e a praça Independência, boa casa com ampla e diversa seleção inclusive de algumas raridades. Seleção de azeites, quitutes regionais e objetos de decoração. Comprando 6 vinhos ganha 20% de desconto com pagamento cash e se comprar 12 ainda leva a boa caixa (vide foto no final) de brinde.

Wine 0’Clock – Na rua G. Espejo533 a uma quadra do Hyatt, à primeira vista uma loja pequena, meio confusa com um pouco de tudo; vinhos, azeites, decoração até algo de bijuterias. Na cave, um sonho e um lugar lindo cheio de gostosuras (vinhos), ideal para uma degustação. Dá para negociar uns 10% de desconto se pago em din-din e ainda tem o Tax refund que equivale a 14%. Paga-se a caixa, mesmo que com desconto.

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Estas caixas custam barato e compensam muito pois tornam as garrafas quase que inquebráveis nas mão dos operários de transporte de bagagem nos aeroportos com um plus, pesam quase nada!! Recomendo, para despachar sem preocupações com seus bebês. rs Semana que vem devo começar a publicar a retrospectiva desses intensos 4 dias em Mendoza, porém quis antecipar estas dicas. Um ótimo fim de semana para todos e aguardem a degustação de Vinhos da Mala nos primeiros dias de Outubro, em breve dou detalhes! Kanimambo, saúde e quem sabe não nos vemos na Vino & Sapore neste fim de semana, estarei de plantão lá hoje (como sempre! rs) das 14 às 20h e amanhã das 10 às 19h, aguardo os amigos com uma taça de Santa Augusta Brut para brindarmos à vida!

 

 

 

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Bom Tempranillo na Taça dos Frutos do Garimpo!

Para os Frutos do Garimpo do mês passado a escolha foi por vinhos mais acessíveis, dois do velho mundo e dois do novo mundo, especificamente chilenos. Do velho mundo em parceria com a importadora Almeria, escolhi um vinho que é sempre uma grata surpresa na taça pois entrega muto mais do que se paga por ele, é a tal de percepção de valor!

Pois bem, minha escolha para compor a seleção do mês foi um tempranillo, uva de diversos nomes na península ibérica, da região de La Mancha onde é mais conhecida como Cencibel! Não é das regiões produtoras espanholas de maior destaque, apesar de ser a Campor realesmaior, porém é de lá que vêm alguns dos melhores custos benefícios do mercado nos dias de hoje. Muitos vinhos nesta faixa  tendem a ser algo esqueléticos, ligeiros e sem qualquer estrutura, porém o Campos Reales é uma prova viva de que se pode tomar bons vinhos sem arrombar o bolso no processo assim como comprova que os vinhos ibéricos compõem hoje algumas das melhores relações PQP (Preço x Qualidade x Prazer) no mercado brasileiro. Nove meses de passagem por madeira (americana e francesa de segundo e terceiro usos), taninos sedosos, boa estrutura, corpo médio, fruta fresca abundante (cereja bem presente), acidez presente e bem balanceada um ótimo gama de entrada para esta uva, um vinho que diz a que veio! Para acompanhar carnes grelhadas, queijo manchego, chorizo (lingüiça) fatiado, tapas & pinchos, risoto de funghi, até uma morcilla!

Ah, querem ter uma idéia de preço, então aqui vai, no mercado de Sampa se encontra entre R$65 a 70,00 e vale cada centavo em minha opinião, mas talvez os confrades que adquiriram o kit do mês possam reiterar, ou não, minha opinião. Depois falo dos outros três rótulos que compuseram o kit, por hoje fico por aqui. Kanimambo, saúde e seguimos nos encontrando por aqui ou em qualquer outro canto de nossa vinosfera, fui!

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Experiências Gastronômicas No ABC Shopping.

Publico pouco dos press releases que recebo sobre temas Enogastronomicos, mas em função destes eventos ocorrerem num shopping achei legal compartilhar, mesmo sem entrar no mérito, afinal trazer a enogastronomia de volta à terra é sempre algo a ser valorizado e espero que assim seja! Se fosse próximo de mim até gostaria de participar (conferir) pois me parecem atividades bem interessantes e modicamente precificadas e para os amigos residentes na região achei uma boa, então decidi compartilhar o release recebido com uma condição! rs Quem for por favor depois dê um retorno aqui ok? Fiquei curioso e acredito que vários outros centros comerciais poderiam explorar esse filão com festivais e cursos de enogastronomia, neste sinto falta de algo mais focado em harmonização, algo mais de Eno (muito tímido) não só Gastronomia.

 

 

Em Setembro, Clube ABC Gourmet traz aulas e experiências das mais variadas cozinhas

Com programação às terças e sextas-feiras e também aos sábados, espaço do Shopping ABC quer aproximar público da gastronomia

Buscando agradar os diferentes paladares e preferências gastronômicas, o Clube ABC Gourmet, espaço para experiências gastronômicas do Shopping ABC, preparou para o mês de Setembro uma programação especial para os sábados, além de aulas com os chefs Guga Rossi e Arthur Sauer durante a semana.

Aos sábados, o espaço será reservado exclusivamente para as experiências em parceria com a rede FoodPass, plataforma que seleciona os melhores eventos gastronômicos de São Paulo. No dia 16, o tema do workshop será Síria Sobre a Mesa e contará com a participação do chef Talal Al-Tinawi, que irá apresentar desde as receitas mais conhecidas, como faláfel e hommus, e outras delícias autênticas de sua terra. No último final de semana do mês, no dia 30, o Clube terá um Jantar às Cegas, experiência que convidará o público a vendar os olhos e descobrir os sabores dos pratos servidos ao longo da experiência.

Já as terças-feiras, a partir das 19h, foram reservadas para que o chef Guga Rossi receba o público no espaço. Em Setembro, a agenda com ele terá início no dia 05, seguindo o tema Gastronomia Latina. A aula será dedicada ao preparo de ceviche, prato típico do Chile a base de peixe, e as clássicas empanadas argentinas. No dia 12, o tema será Gastronomia Mediterrânea, com orientações sobre o preparo de frutos do mar e escolha do vinho adequado para harmonizar.

Nas últimas duas semanas do mês, os temas são mais ousados: no dia 19, os participantes vão aprender a harmonizar chocolate com pimenta e, no dia 26, a aula será sobre a exótica Gastronomia Indiana e as suas especiarias.

Para finalizar, as aulas de sextas-feiras, marcadas sempre para às 19h30, ficam sob o comando do chef residente da casa, Arthur Sauer, que, a cada experiência, apresentará para os participantes um cardápio surpresa onde os clientes irão cozinhar seu próprio prato.

A participação é por meio da ação Compre e Ganhe do Shopping ABC – a cada R$ 300 em compras, é possível retirar até 2 convites para garantir presença em uma aula. A programação completa do Clube ABC Gourmet pode ser consultada no site www.clubeabcgourmet.com.br.

Serviço:

Serviço | Clube ABC Gourmet

Aulas Chef Guga Rossi
Quando: Dia 05, 12, 19 e 26 de setembro, às 19h
Valor: R$ 60 (por pessoa)
Vagas disponíveis: 40 vagas por aula

Aulas Chef Arthur Sauer
Quando: Todas as sextas-feiras do mês (01,15,22 e 27 de setembro), às 19h30
Valor: Compre e Ganhe (a cada R$ 300 em compras = 1 convite com acompanhante)
Vagas disponíveis: 40 vagas por aula

Experiências

Síria Sobre a Mesa
Quando: 16 de setembro, às 17h
Valor: R$ 120
Vagas disponíveis: 40 vagas

Jantar às Cegas
Quando: 30 de setembro, às 19h
Valor: R$ 160
Vagas disponíveis: 40 vagas

Fui, abraço e estou preparando comentários sobre esta última viagem a Mendoza, foi demais! Em breve conto como foi e publico vídeos com imagens de cada dia, como de praxe, adorei andar por lá! Saúde e kanimambo pela visita, volte sempre e recomende aos amigos se gostou!

 

A Caminho de Mendoza, Mais Uma Vez!

Mas dá para ir muiiiitas mais! Sempre bom encontrar amigos, rever algumas bodegas e vinhos, explorar novas experiências sensoriais e passear por essa linda cidade enquanto nos esbaldamos com uma enogastronomia de primeiro nível.

mendoza-centro

Desta feita saio com um grupo de 15 pessoas, confrades e seguidores de Baco, numa viagem que teve as amigas Enoladies como maiores incentivadoras sendo que boa parte dela estará conosco. Na verdade saio dia 3, então esta semana foi difícil trabalhar aqui no blog. Na semana que vem, no entanto, espero poder postar algo diariamente compartilhando algumas das novas experiências e grandes destaques de nossa viagem passando pela; Finca Decero, Casarena, Belasco de Baquesano, Catena, Achaval Ferrer, Vistalba, El Enemigo, Carmelo Patti, Dominio Del Plata e o povo ainda terá o prazer de conhecer os vinhos da Escala Humana Wines com a presença do enólogo gente boa Germán Masera no jantar com o amigo Chef Pablo del Rio que cozinha como poucos!

decero

Enfim, como não consegui alguém para me cobrir na loja terei que fechar dias 5 e 6, mas dia 8 (Sexta) após o feriado já estarei operante e esperando os amigos. Desculpem a falta de notícias, muita coisa a preparar antes da saída, mas logo volto! Na volta, também, espero já poder finalmente divulgar o roteiro e detalhes da nova viagem à Argentina com saída dia 15 de Novembro, desta feita para explorar as vinícolas da Patagônia, aguardem mas já deixem a data reservada!

Dia 5 de Outubro, degustação Vinhos da Mala na Vino & Sapore só com vinhos 100% Cabernet Franc, a nova coqueluche dos hermanos que estão produzindo rótulos excepcionais! Ainda tentanto encontrar local e data para uma segunda degustação só que em Sampa, avisarei. Kanimambo, saúde e nos vemos por aí, nas estradas desta nossa rica vinosfera!

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Nirvana na Taça

Sei que já anda por aí há um tempinho, mas foi recentemente que me deparei com ele na taça e, UAU! Que sou um amante dos Vinhos do Porto creio que é chover no molhado já que tenho até uma categoria aqui do lado só com posts sobre o tema, muitos mostrando o que é e quais as diferenças entre eles porque, surprise, Vinho do Porto não é todo igual! Sei que a maioria já sabe disso, mas vale sempre lembrar porque a diferença é enorme e chegar numa loja só pedindo um Vinho do Porto, pode significar um grande desapontamento e até uma certa dose de frustração ao você descobrir que levou algo para casa que não é bem o que queria e está habituado. O enochato aqui sempre pergunta, que Porto? rs Por sinal, o melhor vinho de minha vida segue sendo um Porto Tawny Colheita 1910, inenarrável, puro êxtase!!!

Bem, mas hoje quero falar do Nirvana* na minha taça, um Porto Ruby Reserva da Dow’s (Grupo Symington) especialmente desenvolvido junto ao Flandres Taste Foundation na Bélgica, para acompanhar Porto Nirvanachocolates meio amargos, acima de 45% de cacau, e amargos .

Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Cão são as três castas proeminentes com de 3 a 5 anos de toneis grandes de carvalho onde a oxidação e efeito da madeira é menor ressaltando a fruta madura farta. Ótima fruta e um floral bem presentes compõem uma paleta olfativa de boa intensidade e sedutora que convidam a levar a taça à boca. Ao primeiro contato no palato ela já mostra ser diferente, um tanino sutil e 20% de teor alcoólico, algo como meio porcento acima da média resulta numa textura diferenciada, macio, cremoso com um final de boca algo mais seco, de bom frescor e longa persistência. Muito bom, mas com o chocolate  amargo cresce adoidado e aí aparecem todos os uaus que estavam difíceis de segurar já com o vinho solo. A prova viva de que quando a harmonização dá certo o resultado é geométrico e não aritmético! A minha harmonização melhor foi com os chocolates de alto teor de cacau que levam em sua elaboração laranja, cramberry e açaí, um toque cítrico muito interessante.

Fiz  teste também com um chocolate ao leite com uma fina camada de crocante de de amêndoas caramelizadas (Heidi Florentine) e também “ornou” muito bem, mesmo os amargos se apresentando melhor. O segredo aqui talvez seja por este Porto apresentar um residual de açucar menos aparente que a maioria dos Rubys, um equílibrio perfeito com a boa acidez presente.

Algumas dicas de chocolates; Nugali Flor de Cacau (70%) com crocante de açaí, Lindt Intense Orange, Heidi Dark Cramberry, Heidi Grand’Or Hazelnut e Heidi Dark Orange, mas tem muito mais por aí. Eu me encantei e por isso mesmo a necessidade de compartilhar isso com os amigos.

Espero que curtam se acharem por aí. O preço médio pesquisado aqui em Sampa é ao redor dos R$140,00 e a garrafa é de 500ml, mas acho que vale. Kanimambo pela visita, saúde e um ótimo final de semana para todos. Para quem estiver a fins de um passeio legal no Sábado, o centrinho da Granja Viana tem ótimas opções de restaurantes para almoço e tem a Vino & Sapore onde os amigos são sempre recebidos com uma boa taça de espumante para celebrar a vida, cheers!

* Disponível na Vino & Sapore e outras boas lojas do ramo

 

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Mariana Mudou e Para Melhor!

O vinho logicamente! rs Há uns meses tive a oportunidade de participar de uma degustação de vinhos Ibéricos da World Wine e um dos pontos em que mais me demorei foi na Herdade do Rocim, onde o prazer se cultiva (gostei disso!). O Pedro Ribeiro, diretor geral e enólogo da Herdade, tem algo em comum comigo, ambos desfrutamos por algum tempo do convívio com a saudosa amiga Inês Cruz e “só” isso já rendeu um bom papo.

Antes de falar do Mariana, provei bastante coisa, deixa eu comentar o excelente trabalho que o Pedro e a Herdade vêm fazendo por lá e já coloquei esta casa produtora em minha wish list para uma próxima viagem ao Alentejo. Vejamos:

Herdade do Rocim Branco – um tradicional corte de Antão Vaz, Arinto e Roupeiro muito rico, equilibrado, seco, boa fruta puxando para as notas cítricas, e de boa persistência. Na casa dos 100 reais, um vinho bastante interessante e cumpridor!

Olho de Mocho Reserva Branco 2014 – grande vinho na minha modesta opinião, um 100% Antão Vaz com uvas de vinhedos de mais de 70 anos com passagem de seis meses por barricas francesas. A Antão Vaz vinificada só, normalmente gera vinhos de bom corpo, untuosidade e frescor, este não foge á regra. Madeira muito bem aplicada, levanta o conjunto e dá-lhe complexidade sem comprometer, longo, cremoso, boa textura, fresco com uma certa mineralidade de final de boca que persiste por um tempão! Na casa dos R$140,00.  Para quem não sabe, mocho é coruja lá na terrinha.

Herdade do Rocim Tinto 2014 – Corte de Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Aragonês de taninos finos e macios, aromas algo tímidos com notas florais, fruta mais madura em boca com um toque final de especiarias e um certo frescor. Vinho fácil de agradar ao palato da maioria, passagem de 8 meses por barricas francesas. Na casa dos 110 Reais.

Olho de Mocho Reserva Tinto 12 – Pisa a pé, corte de Touriga Nacional, Alicante Boushet e, surprise, Tannat! A cada ano o corte pode sofrer mudanças e para 2013 o Pedro me disse que foi Alicante Bouschet, Tinta Miúda e Petit Verdot e me deixou muito curioso por provar. Quem sabe não pinta uma oportunidade logo e se in loco melhor ainda! rs Um vinho que salta alguns degraus na minha opinião e que me seduziu não só por sua complexidade, mas por sua finesse mesmo que apresentando maior austeridade e corpo, 16 meses de barrica francesa, vinho ainda jovem com muitos anos para evoluir e nos dar prazer certamente. Muito bom vinho e como tal já na casa das 200 pratas.

Pois bem, estava deixando de lado o Mariana, um vinho de entrada que já conhecia de velhos carnavais e, bem, não era ruim mas também nunca me seduziu. Tinha igual de monte por aí e, até em função disso, sem personalidade. Só que o Pedro me convenceu a prová-lo, me garantiu que o vinho era outro após as mudanças feitas por ele e equipe. Ora pois, não é que o gajo estava certo!!

Mariana Tinto – Deixei por último não porque seja o melhor ds vinhos provados, mas porque foi o que mais me surpreendeu e porque é o mais acessível o que, nesta crise e com os preços em nossa terra brasilis, é sim um fator preponderante para a maioria na hora de se comprar um vinho, pelo menos para mim é! Corte de Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Aragonês com passagem de seis meses por barricas francesas de 2º e 3º uso, ganhou corpo e complexidade sem perder seu caráter mais jovial e fresco, com fruta vermelha madura mais presente, taninos aveludados e finos (característica de tudo o que provei deles) compondo um conjunto de muito boa qualidade, rico e equilibrado sem arestas que dá muito prazer de tomar. Na casa dos R$75,00 (preços atualizados porém podem existir estoques antigos por aí) um vinho que cabe no meu bolso e me entrega prazer ao tomar, destaque a meu ver e certamente achará seu caminho para minha adega! rs Gosto de vinhos que falam comigo e este tem um papo que me agradou, rs.

Herdade do Rocim - Prova

Bem, por hoje é só e na dúvida já sabem, o vinho é luso!! rs Kanimambo pela visita e seguimos nos vendo por aqui ou por aí nas estradas de nossa vinosfera. Saúde, fui.

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Vinho na Taça, Não no Tubo!

“Todo o grande vinho é caro, mas nem todo o vinho caro é grande!”, digo isso há mais de dez anos e por isso mesmo gosto de aplicar degustações ás cegas quando as pessoas provam um vinho sem saber seu preço, sua origem ou produtor. Sim, porque não é só preço que influencia sua capacidade de avaliação! O que faz um vinho ser caro ou barato é papo para um monte de outros posts, as variáveis são enormes entre elas a própria lei da oferta e demanda, porém é claro que a tendência é acharmos que quanto mais caro o vinho melhor ele seja o que não está errado pois na maioria das vezes o é e isso vale para qualquer produto.

Hora, se falo isso por uma década, para que este post e porquê desse título? Calma, é que está circulando por aí no Face um artigo publicado pelo jornal virtual Nexo repicando um teste científico alemão realizado pela universidade de Bonn em que pesquisadores usaram de ressonância magnética para avaliar a reação das pessoas ao tomar o mesmo vinho porém lhes sendo mostrado etiquetas de preços diferentes. Acho um desperdício de tempo e grana o teste e o resultado é mais do que óbvio, porém há quem tenha necessidade de comprovar o óbvio então respeitemos. Ao ler o artigo, no entanto, fiquei estarrecido vejam só a fórmula usada para a realização do “experimento” e meus comentários em azul:

 

Os pesquisadores avaliaram 30 participantes, dos quais 15 homens e 15 mulheres, com idade média em torno dos 30 anos. (já acho que a faixa etária deveria ser mais alta e/ou existir um mix de idades) Eles ficaram deitados (argh) em um aparelho de ressonância magnética para que sua atividade cerebral fosse gravada em tempo real enquanto tomavam doses de vinho. A bebida foi servida por meio de um tubo que ia para a boca do participante (mon Dieu!!). Antes de cada nova dose, a pessoa deveria lavar a boca com enxaguante bucal (PQP!!).” É para acabar com qualquer palato e, aparentemente, nenhum dos doutores pesquisadores tem qualquer liga com gastronomia ou o mundo do vinho, coisa de louco! Vinho por tubo e enxague bucal, ca-ce-ta-da!!! rs O texto completo e resultados você poderá ter aceso clicando no link a seguir > https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/08/14/Por-que-vinho-mais-caro-tem-gosto-melhor-segundo-a-ci%C3%AAncia

 

Não vou colocar em xeque o experimento dos nobres doutores alemães, quem sou eu, mas convenhamos que as premissas… Enfim, não tinha como deixar de comentar aqui, mas deixemos claro que nem todo o vinho barato é ruim, apesar das probabilidades e da falácia de que vinho bom é o que você gosta, e nem todo o vinho caro é bom apesar das probabilidades também. Já provei grandes vinhos que me decepcionaram e já fui surpreendido por vinhos baratos bem legais, então deixemos os preconceitos de lado e exploremos o mundo de Baco como ele deve ser explorado, com vinho na taça, jamais em tubo!!! rs

Kanimamabo, saúde e acho que vou ter pesadelos pensando nesse tubo e no enxague!!! rs Gente, apesar disso, uma boa semana para todos.

 

O Que Você Quer Ler Numa Descrição de Vinho?

Hoje o post é simples e curto, muito mais uma pesquisa do que qualquer outra coisa. Quando você acompanha um blog, lê uma revista, o que você gostaria de ler numa resenha sobre um vinho. Dos frutos do bosque nos aromas, do tipo de madeira usada, da região produtora, uvas usadas, corpo do vinho, se tânico, ácido, floral, do tipo de Question-mark-clip-art-question-mark-image-image-2barricas, o quanto estas informações são importantes para vocês e lhe dizem alguma coisa?

O que você gostaria de ver mencionado nessas resenhas e que hoje não está presente? Afinal, quais são os dados sobre o vinho que você gostaria que um escriba do vinho colocasse na tela ou no papel para lhe ajudar a entender esse vinho e facilitar sua compra? Até que ponto uma nota é ou pode ser importante?

Sinto que por muitas vezes escrevemos sem norte e talvez esse seja um dos temas que vêm me incomodando, me deixando algo frustrado quanto ao “trabalho” que venho desenvolvendo por aqui há quase dez anos! Gostaria de aprimorar isso e vossa ajuda com esta interatividade que tanto prezo, me seria muito útil então agradeço desde já a todos que possam despender uns minutinhos num comentário sobre o tema, creio que todos podemos ganhar com isso, eu certamente sim.

Fica aqui a abertura e tenham um ótimo fim de semana. Se tiverem um tempinho, passe na Vino & Sapore neste Sábado, vos espero lá para uma tacinha de vinho e dois dedos de prosa. Kanimambo pela visita e nos vemos, fui!

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Signature de Susana Balbo, um Torrontés Diferenciado

Tem gente que torce o nariz para os vinhos elaborados com Torrontés na argentina, mas poucos tentaram se atualizar sobre o tema nos últimos anos. Tem vinhos de muita susana balbo torrontés com tapasqualidade no mercado que surpreenderiam a maioria dos céticos de plantão. Eu não estou nem aí, gosto do que tenho provado e entre os melhores está este que é diferenciado!

A semana estava fria, então não resisti; lareira acesa, na companhia da loira e Fondue de queijo. Sou gamado neste Torrontés argentino muito especial o Signature de Susana Balbo que é fermentado em barrica sendo um dos melhores vinhos brancos argentinos do momento e olha que tem muito vinho branco top por lá, sempre tenho um na adega, pelo menos tento ter porque duram pouco! rs Sei, já sei que sempre falo para se afastar de brancos amadeirados com Fondue de Queijo, mas este é diferenciado, a madeira é toda ela muito sutil sem prejudicar o conjunto e ainda fiz uns “pinchos” com uma torradinhas de pão italiano, azeite, presunto parma e brie, ficou da hora! Por outro lado, estava com vontade de ambos então, porquê não? Como sempre falo, harmonizar é bom, mas não é tudo, sem fobias!! rs

Na verdade, tenho que confessar que com; friozinho, lareira acesa, tapas, fondue e minha loira, qualquer vinho ornava!! rs Agora falando sério, pela primeira vez abri uma garrafa destas, já abri muitas, e senti um pouco mais de madeira do que o usual. Acho que pode ser coisa dessa garrafa especificamente, porque a anterior que tomei há poucos meses (mesma safra o origem) não estava assim ou pode ser que na harmonização a madeira apareceu mais, a maior probabilidade. Na verdade e no fritar dos ovos, pouco me importou, diferentemente da Confraria onde afora a farra havia uma conotação mais clara de estudo e experimento, aqui o tema era outro então, sem ressalvas! rs

Susana Balbo Torrontés com fondue

Bem meus amigos, a frente fria chegou de novo e não deve durar muito então aproveitem porque não devemos ter muitas mais este ano. Kanimambo pela visita e nos vemos em breve por aqui ou em algum outro ponto de nossa vinosfera. Fui!

 

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Na Prática – Fondue de Queijo com que Vinho?

Já escrevi diversas vezes sobre o tema, porém desta vez a Confraria Saca Rolha decidiu fazer o teste para valer! Fondue de queijos e 4 vinhos nas taças para testar as diversas opções de harmonização. Sim, já sei, essa coisa de harmonização é uma frescura, pois bem, pode até ser e não precisa fazer disso uma obsessão, mas convenhamos que quando dá certo é bem legal, fica melhor e, quanto a isso, não acredito que haja alguém que possa negar, né?

Três opções de vinhos brancos e um tinto como contraponto, pois há os que não abrem mão mesmo que tudo indique que com a maioria dos queijos sejam os brancos que se dão melhor, mas gosto não se discute! Seguindo minhas próprias recomendações, o tinto deveria ser de taninos macios e pouco presentes para não brigar, assim fiz.

Servimos os quatro vinhos juntos e o “estudo de campo” (rs) ficou bastante interessante; dois franceses, um alemão e um chileno na taça. eis minha opinião sobre a experiência.

Gries Gewurztraminer, alemão da região de Pfalz um delicioso vinho que mostra bem as características da uva com um floral bem presente no nariz. Na prática não rolou, ressaltou o dulçor do vinho e o floral não chegando no resultado esperado, mesmo o vinho sendo muito bom, a harmonização não decolou. Acho que com um curry de camarão (huumm, acho que vou ter que experimentar!) deve ficar da hora! Vinho na casa dos 130 Reais

Gustav Lorentz Riesling Reserva , francês da Alsácia, uma das melhores se não a melhor combinação da noite. Sua mineralidade, frescor e bom corpo, serviram como suporte para a untuosidade do fondue. Muito equilíbrio entre o vinho e o prato o que catapultou os sabores de ambos, tudo o que queremos quando buscamos harmonizar, faltou garrafa à harmonização! Vinho na casa dos 150 reais

Boya Chardonnay, o participante chileno. Do mesmo produtor do Amayna (célebre chardonnay chilenos), esta linha exclui a madeira da equação e, a meu ver, produz um vinho muito mais equilibrado e gostoso de beber. As características da uva seguem lá, amanteigado com notas abaunilhadas e amendoadas, porém sem a turbinação da madeira que acaba encobrindo sua delicadeza. Um vinho que me agrada bastante e que se mostrou muito capaz de acompanhar o Fondue rivalizando com o Riesling alsaciano. Vinho na casa dos 120 reais.

Chinon Couly-Dutheil Baronnie Madeleine, um belo e nobre representante dos Cabernet Franc desta região do Loire na França e nosso representante dos vinhos tintos nesta experiência sensorial. Bastante floral no nariz, taninos sedosos e ótima textura, rico meio de boca, boa acidez, é um vinho daqueles para tomar muitas taças em boa companhia, digno da região mostrando bem a tipicidade da uva. Foi bem, mas não empolgou os confrades presentes não! Todos deixaram claro, pelo menos que me lembre, que a harmonização com os brancos é superior agora, se é um tinto que você busca, esta pode ser uma boa opção assim como um Pinot, Gammay, Barbera ou similar, todos preferencialmente sem estágio em barricas. Vinho na casa dos R$180,00.

SR Agosto - Fondue & Vinho

Bem, o encontro foi ótimo e, como sempre,aberto com um bom espumante que desta vez teve como protagonista um cremant de Limoux, o Collin Cuvée Prestige Brut, que realmente estava delicioso, lamentando que não tivesse levado mais uma garrafa para usar como quinto vinho em nossa experiência! Caso prefira vinhos mais baratos, siga o perfil sugerido, porém seguem algumas dicas de vinhos mais acessíveis, abaixo das 60 pratas:

Apaltagua Riesling e VSE Classic Chardonnay sem madeira ou ainda o VSE family reserve com madeira bem sutil (todos chilenos) ou o Casarena Chardonnay mendocino sem madeira mas de bom corpo.

Outras dicas sobre o que tomar com as diversas opções de Fondue podem ser vistas aqui. Por hoje é só, kanimambo pela visita e nos vemos por aí ou por aqui num próximo dia, saúde!!

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