João Filipe Clemente

Consumo Per Capita de Vinho pelo Mundo

O Vaticano perdeu seu trono para Andorra, pelo menos de acordo com artigo publicado em Fevereiro deste ano pelo jornal inglês Telegraph baseado em dados revisados do Wine Institute. Óbvio que em função da pequena população, não são os maiores consumidores do mundo, mas o dado não deixa de ser curioso! Veja abaixo os maiores doze países consumidores per capita e os 12 maiores em volume.

MAIORES CONSUMIDORES PER CAPITA/ANO

1º Andorra 56,9 litros

2º Vaticano 56,2 litros

3º Croácia 46,9 litros

4º Portugal 43,7 litros

5º França 43,1 litros

6º Slovenia 42,5 litros

7º Macedonia 40,4 litros

8º Ilhas Falkland 38,5 litros

9º Suiça 37 litros

10º Itália 34,1 litros

11º Saint Pierre et Miquelon 32,7 litros

12º Moldávia 30,7 litros

Nas Américas, o maior consumo per capita é do Uruguai com quase 30 litros anuais e o Brasil anda na casa dos 1,7 a 1,8 litros. Muito legal o mapa interativo que o jornal desenvolveu com dados de consumo mundial por volume e per capita, clique neste aqui abaixo que você será levado para o site deles, muito bom!

Mapa de consumo

MAIORES PAÍSES CONSUMIDORES EM VOLUME (dados de 2015)

1º EUA com 13,5% do consumo mundial

(56º no consumo per capita com somente 10 litros por ano!)

2º França com 11% do consumo mundial

3º Itália com 8,3% do consumo mundial

4º Alemanha com 8,3% do consumo mundial

5º China com 6,5% do consumo mundial

6º Reino Unido com 5,2% do consumo mundial

7º Argentina com 4,2% do consumo mundial

8º Espanha com 4,1% do consumo mundial

9º Russia com 3,6% do consumo mundial

10º Austrália com 2,2% do consumo mundial

11º Canadá com 2,1% do consumo mundial

12º Portugal com 1,95% do consumo mundial

O consumo anual mundial beira os 25 bilhões de litros, caso alguém queira fazer a conta dos porcentuais acima. Bem gente é isso por hoje e durante a semana tem mais. Kanimambo pela visita, tenham uma ótima semana e saúde, sempre bom brindar porque motivos sempre há!

 

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Castas Brancas Menos Conhecidas

Sei, é outono, frio chegando porque carga de águas o tuga vem falar de brancos? Vejamos, por acaso você só toma cerveja no verão? Tanto para as cervejas como para os vinhos não tem estação, tem momento! Tem também o prato que você vai comer então nada a ver esse papo!! rs

Hoje decidi postar aqui algumas uvas brancas que poucos conhecem e que geram vinhos muito interessantes. Afinal devem existir pelo menos umas 500 (chute meu mas não deve andar muito longe disso) diferentes castas com os quais se fazem vinhos brancos, então para quê ficar naquela basiconas de sempre? Algumas das que menciono abaixo nem são tão diferentes assim, mas a maioria só conhece e só toma Chardonnay ou Sauvignon Blanc! Vamos abrir a mente para outras coisas, outros sabores, afinal esse é maior barato de nossa vinosfera, diversidade.

Vermentino – É uma casta branca típica da costa mediterrânea da Itália, da Sardenha e da Córsega. Por muito tempo, pensou-se que essa casta tinha origem espanhola, mas as modernas análises de DNA vieram a demonstrar com certeza que sua origem é a Liguria, a estreita faixa litorânea do noroeste italiano. A casta costuma atingir sua melhor formaVermentino-Bella-Vigna-Delu-091311 na ilha da Sardenha, com duas denominações dedicadas a ela: Vermentino di Sardegna, DOC que exige um mínimo de 85% da casta, e Vermentino di Gallura, a primeira DOCG da ilha, que exige 95% da casta no vinho. Incessantemente varrida pelo Mistral e com solo granítico, seus vinhos resultam bastante aromáticos, com alto teor alcoólico e excelente corpo. A Toscana corre por fora, porém produz alguns ótimos exemplares de vinhos com esta uva.

Casta caracterizada por uma acidez vibrante, bom corpo e deliciosos aromas, pode ser considerada como uma uva ideal para acompanhar frutos do mar no escaldante verão tropical. Além de pronunciada mineralidade, seus aromas mais característicos são os de limão verde, nozes e muitas flores, enquanto na boca costumam se repetir os cítricos acompanhados de maçãs verdes, enquadrados em invejável estrutura. São vinhos para geralmente serem consumidos jovens, quando expressam seu melhor caráter.

Verdejo – Esta é uma das melhores uvas brancas da Espanha , natural da região deverdejo-grape Rueda onde produz vinhos marcantes. É vinificado na grande maioria das vezes como varietal sem suplementação de outras uvas. Produz vinhos muito aromáticos, encorpado, macio e untuosos onde impera uma acidez muito presente que lhe aporta um frescor muito agradável. Os vinhos brancos de Rueda (Valladolid, Segovia e Ávila) devem conter pelo menos 50% de uvas Verdejo (o resto geralmente Sauvignon Blanc e Viura). Os vinhos que incluem a palavra Verdejo em sua rotulagem devem conter pelo menos 85% da uva, porém geralmente contêm 100%.

Além de Rueda, também está presente em Cigales e Toro assim como Castilla y León , podendo também ser encontrada nas ilhas Canárias. Fora da Espanha, pode ser encontrado em Portugal, sob o nome Gouveio, e Austrália . Os vinhos vindos da Verdejo são muito refrescantes, de corpo médio, aromas herbáceos e acidez marcada. Dependendo da localização dos vinhedos podem apresenta uma mineralidade acentuada presença de sabores cítricos na boca onde despontam maçãs verdes em abundância

Chenin Blanc – A Chenin Blanc é uma uva que vem sido cultivada na França, pelo menos, nos últimos 1.300 anos sendo o Loire a região em que ela mostra toda a sua grandeza e cheninblancversatilidade. As regiões de Savenniére e Vouvray o que de melhor se produz com esta cepa no mundo. Pode aparecer em versões secas de bom corpo, mas também em versões mais doces como nas regiões de Coteaux du Layon e Quarts de Chaume, produzindo vinhos exuberantes e marcantes sendo uma ótima uva também para a produção de Cremants (espumantes franceses elaborados pelo método champenoise fora de Champagne) tanto no Loire, Vouvray, como no Languedoc (Limoux). Nas regiões mais frias, tende a ter uma acidez mais vibrante, notas minerais e maçã verde, nectarina e algo de lima

A Chenin Blanc se deu muito bem também em regiões quentes como a África do Sul, tendo chego por lá nos idos de 1650 levada pelos colonos holandeses. Também conhecida como Steen, ela representa hoje cerca de 20% dos vinhedos sul africanos. Em função do clima ela apresenta notas de frutas tropicais como banana, manga e abacaxi, e sua boa acidez gera vinhos bastante equilibrados. O vinho tende a apresentar-se com uma cor amarela esverdeada e reflexos dourados .

É muita propicia ao envelhecimento quando tende a adquirir aromas com notas de avelã, pêssego, mel e maçã madura. Como a chardonnay, a Chenin se adapta muito bem à vinificação com madeira ganhando uma cremosidade extra nesses casos e alguns produtores do Loire adotam a fermentação malolática o que lhe aporta notas mais untuosas.

Viognier – Ela tem origem, ou pelo ela é mais conhecida por ser a grande uva branca das Côtes du Rhône, onde é usada até mesmo para emprestar seu aroma potente e amanteigado, de fruta supermadura, aos encorpados tintos da região. Ela é também a origem e a razão da mais importante denominação de brancos da região, a Condrieu, Viognierberço de alguns dos maiores vinhos do mundo elaborados com esta casta. Em clima de verões secos e quentes, a Viognier amadurece bastante, gerando vinhos intensos, mais alcoólicos e muito aromáticos. É coadjuvante no célebre corte com syrah típico de Cote-Rotie onde produz vinhos estupendos, sendo este corte é também usado em outros países como Argentina, Califórnia e Austrália. Na França também se encontra bastante em toda a região sul, especialmente no Languedoc.

A Viognier é uma rara uva branca do sol – a maior parte das uvas para vinhos brancos, como a Riesling e a Sauvignon Blanc, entre outras, são uvas melhor aclimatadas a regiões frias de onde extraem suas melhores feições. Já a Viognier adapta-se e viceja em regiões de verões quente e de muita luz. As Côtes du Rhône (literalmente, as barrancas do rio Rhône, ou Ródano, localizadas no sudeste francês, logo ao norte da Provença) são quentes e caracterizam-se pelos densos e alcoólicos vinhos de frutas muito maduras, escuros e corpulentos quando tintos; aromáticos e amarelados quando brancos. Acidez, às vezes faz falta, já que esse não é seu forte.

Essa adaptação também define sua paleta de descritivos aromáticos, relacionados a frutas muito maduras e açucaradas, como ananás amarelinho, maracujá, mangas etc. Também adquire potencial para estagiar em carvalho, em que adquire complexidade e caráter. Além das sugestões oxidativas, o caramelo e os tostados das barricas lhe caem bem. A Argentina vem produzindo alguns bons exemplares que valem ser provados. É, nos melhores casos (Condrieu), um dos raros brancos de estrutura e longevidade.

Catarrato – A Catarratto é uma uva branca amplamente cultivada na Sicília, região do Catarrattosul da Itália, onde 60% dos vinhedos são destinados ao cultivo dessa variedade, utilizada na elaboração de vinhos brancos frescos e leves, fáceis de beber. Utilizada com alta frequência na composição dos vinhos Marsala, a uva Catarratto apresenta alto rendimento, sabor neutro e baixa acidez. Na mão de excelentes produtores, essa variedade é capaz de dar origem a vinhos interessantes e complexos, com textura suculenta, bom corpo e extremamente saborosos, com notas cítricas, flores brancas, amêndoas e até damasco em alguns casos.

Por suas características, é muito mais usado em cortes (blends) do que como varietal, sendo bom parceiro ás outras uvas autóctones regionais como Carricante, Inzolia e Grillo assim como á Chardonnay, mas bons produtores geram varietais bem marcantes.

Rabigato – Rabigato, é uma uva autóctone da região do Douro onde é costumeiramenterabigato usada em cortes com a Viosinho, Verdelho e Gouveio e que, em função de sua baixa produtividade, está gradativamente sendo substituída por castas mais interessantes comercialmente e de maior produtividade. Os vinhos de Portugal produzem sempre saborosas surpresas. A Rabigato oferece acidez viva e bem equilibrada, boas graduações alcoólicas, frescura e estrutura, características que a elevaram ao estatuto de casta promissora no Douro. Apresenta cachos médios e bagos pequenos, de cor verde amarelada. Poderá, nas melhores localizações, ser vinificada em varietal, oferecendo notas aromáticas de acácia e flor de laranjeira, sensações vegetais e, tradicionalmente, uma mineralidade atrevida.

Greco di Tufo – A uva Greco di Tufo é pouco conhecida entre nós, brasileiros, mas é plantada há mais de 2.500 anos no sul da Itália tendo como berço a calabria. Sua origem é discutida, mas os indícios trazem como origem a Grécia (por isso o nome

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Greco). É da Campania , uma região litorânea de terras vulcânicas, banhada pelo Mar Tirreno e cercada pelos Apeninos de onde chegam as últimas influências frias do Norte, que nos chegam os vinho mais conhecidos e respeitados elaborados com essa casta é o da DOCG Greco di Tufo, que se localiza ao norte de Avellino e a 1 hora de carro a partir de Nápoles. Esse vinho distingue-se dos outros brancos do sul da Itália por seu pronunciado caráter frutado. Os solos de vinha da região são derivados de tufo , uma rocha formada a partir de cinzas vulcânicas dando-lhe uma personalidade muito particular.

De acordo com o Master of Wine Mary Ewing Mulligan- , vinhos Greco di Tufo geralmente estão prontos para beber 3-4 anos após a colheita e ter o potencial de envelhecimento para continuar a desenvolver bem para 10-12 anos.  Os vinhos elaborados com esta casta apresentam a coloração ouro-claro, com reflexos âmbar. No nariz, os aromas mais usuais são os de pêssego, amêndoas torradas e figos. Na DOCG Greco di Tufo, são vinhos bastante encorpados e de muita personalidade. Beber preferencialmente entre o terceiro a quinto ano de vida.

Encruzado – Casta do Dão, Portugal, os vinhos são medianamente aromáticos e revelam um notável equilíbrio entre o volume alcoólico (generoso) e a acidez (como Foto - encruzadodeviam ser todos os vinhos, caso contrário cansam depressa). A sua delicadeza e as sensações frescas e minerais que proporcionam são um bálsamo para o fastio provocado pela tendência atual para produzir vinhos muito frutados, a fugir para o tropical, e de estrutura simples e suave. Com o tempo, os vinhos de Encruzado vão ganhando aromas deliciosos de mel, frutos secos, mas sem perderem a sua formidável acidez.

Para o enólogo Carlos Lucas, da Dão Sul, o vinho de Encruzado representa “o verdadeiro branco da Velha Europa: mineral, com notas cítricas e verdes sem ser vulgar quando novo, que envelhece bem, ganhando notas apetroladas e amendoadas e mantém sempre uma boa acidez”. Tem ainda a vantagem de resultar bem em madeira e em inox. “Ao fim de seis meses em barrica, ainda sobressai a fruta e a acidez. Com outras castas brancas, estaríamos a beber madeira”, sublinha João Santiago, da Quinta dos Roques.

Quando bem trabalhada nos oferece vinhos de alta qualidade, cor amarelo palha, nariz de amendôa, castanha e frutos secos, na boca acidez média, seco, bom corpo, frutado e de muita delicadeza. É bom não servir muito gelado em face de sua delicadeza, caso contrário, perdessem muito os aromas e sabores. Envelhece muito bem, sendo um dos brancos que vale esperar um pouco por seu amadurecimento, de três a quatro anos, sendo que os melhores exemplares se mostram mesmo é com mais um bom par de anos.

Quer seguir tomando seus chardonnays e Sauvignon da vida, tudo bem, há que se tomar o que se gosta. Agora, o seguidor de Baco que se preza gosta de alçar voos, descobrir novos sabores e eu encorajo essa atitude. Tem vezes que nem nos damos tão bem assim,  faz parte da vida, mas na maioria das vezes nos surpreendemos muito positivamente. Afinal, viajar é preciso então vamos nessa!! Kanimambo pela visita e vem me visitar na Vino & Sapore neste Sábado a partir das 16H quando terá lugar o 1º Saturday Afternoon Wine Tasting com 14 vinhos à prova e ainda as participações com prova e venda do Mestre Queijeiro e dos Páes artesanais da Raquel Santos. Veja mais detalhes clicando aqui.

 

Bacalhau e Otra Piel, Não é Que Deu Tango!

Cada um presenteia da forma e como pode, assim foi neste Dia das Mães! Três mães em casa para almoçar, minha Loira, a sogra e minha filha Cátia a mãe do Bruninho. A singela forma de as homenagear foi preparar um prato especial  para o almoço que pouco faço, Bacalhau à Lagareira. Gosto de bacalhau e o preparo de um monte de formas, porém esta receita só em momentos especiais e, sem querer me gabar não (rs), ficou da hora. Gadus Morhua é o nome do bicho e este era de primeira belos lombos!!

Primeiro os deixei descansar por umas três horas no azeite com um leve toque de pimenta mixta moída na hora. Leve empanada nos lombos, rápida passagem pela frigideira com um pouco de azeite, depois forno (com mais azeite) com azeitonas pretas, tomate cereja (pouco antes do final), alho á vontade, batata ao murro, brócoli e cebola palito (toque meu) e um refogado de cebola azeite e alho jogado por cima. Esta receita, existem diversas, esta que uso é a do Restaurante Antiquarius, também praticada no A Bela Sintra, e é a que gosto de fazer, veja receita completa aqui.

Bacalhau à lagareiro Dia das Mães - JFC

Podia ter harmonizado com um bom tinto português, mas optei por correr riscos e alçar diferentes vôos, peguei na adega um vinho da Bodega Gen d’Alma, o vinho Otra Piel Blend 2014 elaborado a quatro mãos pelos enólogos Gerardo Michelini (sou fã dessa família) e Andreia Mufatto. Como quase tudo o que vem dessa família, um vinho Bacalhau e Otra Pieldiferenciado, corte de Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon cofermentadas e com passagem de 9 meses por ânfora de cimento de 2000ltrs enterrada com adição de Pinot Noir ao final do processo. Meu amigo Didu sei que é fã desse vinho orgânico que faz uso de leveduras selvagens e me lembro que a primeira vez que tomei este vinho foi exatamente na companhia dele lá na Vinoteca JÁ em Buenos Aires. Um vinho vibrante com muita fruta e mineralidade, médio corpo, terroso, muito boa acidez, vinho vibrante, um leve toque fumado, taninos suaves como convém para combinar com o bacalhau.

Foi um risco, mas não me preocupei não porque tinha back up de monte na adega (rs) aos quais não tive que recorrer porque deu tudo certo. Belo vinho, belo prato, grande companhia, mais uma delicia de Domingo e só senti pena porque faltou gente! Quer tentar essa harmonização ou simplesmente tomar uma garrafa de Otra Piel? Bem, não tem jeito, só em Buenos Aires, ao que eu saiba, e lá anda na casa dos 350 a 400 pesos e sei que na JÁ tem, trouxe de lá! Um duo luso-argentino sobre a mesa num bailado atlântico, dois portos, um fado tangado! rs

Kanimambo pela visita, saúde e seguimos nos encontrando por aí nas estradas de nossa vinosfera.

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Vinhos, Mestre Queijeiro e Pães Artesanais, Vem!

É gente, este próximo dia 27 de Maio (Sábado) no Saturday Afternoon Tasting a ser realizado na Vino & Sapore, há mais do que vinho! Aos já definidos parceiros; Wine Lovers e Lusitano Imports,  que trarão 14 rótulos de diferentes regiões, cepas e estilos de vinhos, se juntam agora o Mestre Queijeiro e a Raquel Santos com seus pães artesanais, e o evento ficou ainda mais gostoso. Somente 50 convites disponíveis para venda antecipada a R$40,00 cada! Interessado, veja detalhes clicando aqui!!

Mestre queijeiro clipboard

Diversos queijos à prova e venda no dia direto com o Mestre Queijeiro, o amigo Bruno que virá de Pinheiros especialmente para abrilhantar este evento.

Raquel pães clipboard

A Raquel Santos, amiga e parceira de longa data envereda por um outro caminho, o de deliciosos pães artesanais para serem degustados na hora, compra disponível assim como encomendas. Tanto com a Raquel como com o Mestre Queijeiro, a compra ou encomenda dos produtos será feita diretamente com eles.

E os vinhos, o que estará disponível para prova? junto com a Lusitano e a Wine Lovers, escolhemos rótulos que primem por trazer à prova dos presentes a diversidade de nossa vinosfera, marca que diferencia a Vino & Sapore. Sempre saindo da mesmice, buscando explorar novos sabores!

Burson Brut Rosato, um espumante italiano elaborado com uma uva desconhecida da maioria, a Longanesi!

Denatile Syrah/Nero d’Avola da Sicilia

Badia di Morrona Caligiano Chianti da Toscana com promoção especial exclusiva para o evento

Burnside Road Sunset Red Blend da California/EUA

Tricky Rabbit Cabernet Franc/Carmenére do Chile

Nancul Reserve Collection Malbec do Chile

Paxis Douro de Portugal

Finca Agostino Reserva Syrah/Malbec da Argentina

Casa do Lago Tinto da Região Lisboa em Portugal

Tricky Rabbit Pinot Noir/Syrah do Chile

Finca Altorfer Malbec de Mendoza na Argentina

Nancul Family Reserve Cabernet Sauvignon/Syrah do Chile

Finca Agostino Reserva Chardonnay/Viognier da Argentina

E para finalizar o lançamento recém chegado ao Brasil pelas mãos da Wine Lovers, um vinho tinto do Languedoc (França) que será uma surpresa.

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Uma ótima semana para todos e caso tenha interesse, não dê mole não, garanta logo seu convite! Uma ótima semana para todos, saúde e kanimambo pela visita, fui!

FOTOS:

Clique para ampliar / Fotos meramente ilustrativas

 

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Eterna Saudade!!!

Dia das Mães 2017

Feliz Dia das Mães para todas as mães amigas que hora leem esta mensagem, que seja um dia especialmente feliz. Para mim é sempre um dia misto de alegria, por minha loira e filha, e de tristeza pela falta que a minha saudosa mãe me faz. De qualquer forma, um dia a ser celebrado. Um brinde especial no dia de hoje, porém a devoção é, e deve ser sempre, diária!

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Brutal Harmonização, Mais Uma Surpresa na Taça e no Prato!

Uau, realmente há momentos no mundo enogastronomico que mexem com a cabeça e para sempre ficam na memória, este foi um deles! Como sabem, pelo menos a maioria, tive uma formação inglesa quando jovem pois dos 11 aos 18 estudei na África do Sul. Um resultado disso é que em algumas situações, por incrível que pareça, ainda tenho dificuldade de expressar pensamentos e emoções em português, não é frescura não, juro! Ás vezes uma expressão em inglês diz tudo como neste caso, pois “there is never a dull moment” no conviver com a alma inquieta e criativa do Matías Michelini e esta experiência só vem comprovar isso. Aliás, o difícil é acompanhar tanta novidade que a família Michelini gera anualmente!! rs

Digo isto porque o Matías nos traz sempre algo novo, inventa, viaja e busca emoções diferentes no que faz e da forma que faz. Como as produções são  limitadas, ele se dá ao luxo de “inventar” um vinho para acompanhar determinado alimento ou prato, não é uma coisa de louco? rs Louco no bom sentido, obviamente, e ainda bem que existe gente assim que nos faz abrir a mente para coisas diferentes saindo da mesmice, seja um enólogo ou chef de cozinha.

Pois bem, já falei demais e não falei nada da Brutal Harmonização que tomou conta de meu recente encontro com ele, o Guilherme da VinoMix, do Deco (Enodeco) e outros amigos e conhecidos do mundo do vinho num almoço no pequeno, charmoso e gostoso restaurante Chef Vivi na Vila Madalena aqui em São Paulo. À mesa veio um prato de Cordeiro com redução no próprio cozimento, Couscous Marroquino com castanhas, Crispy de palmito pupunha e laminas de rabanetes tudo ôrganico. Gente, derretia na boca, as diferentes texturas se completavam maravilhosamente, prato divino e aí veio o vinho, o La Via Revolucionaria Bonarda. Mais um Bonarda? Ledo engano, maceração carbônica (que não é muito a minha praisa e muito comum na Espanha), um tinto com frescor de vinho branco, ótima textura, muita fruta, foi bem com o prato mas tenho que confessar, na harmonização não encantou. De acordo com o Matías, foi elaborado pensando no pré-churrasco, para tomar refrescado com Brutal TorrontésMorcilla e Chorizos e só de pensar já babei, aí sim! de qualquer forma, pela primeira vez me curvei a um vinho de maceração carbônica e preciso arrumar umas garrafas dessas para acompanhar morcillas bem temperadas, pois o jeitão do vinho tem tudo a ver com pratos mais condimentados, inclusive asiáticos. Tomaria muitas!!! rs

Ué, mas cadê a Brutal Harmonização do títulos, deve estar perguntando você? Bem, essa chegou na hora que o  Matías sacou de uma garrafa de La Via Revolucionaria Brutal de Torrontés! Falei dele pela primeira vez aqui, numa visita à vinoteca JÁ (Joaquin Alberdi) em Buenos Aires, minha vinoteca preferida na terra dos hermanos, um Torrontés laranja, um vinho branco vinificado como tinto com suas películas (cascas) o que resulta num branco alaranjado (vinhos laranja) com bastante corpo. Um vinho complexo, diferente, que gosto bastante, mas que nunca consegui pensar em com o quê o tomar, até este dia! Uau, que harmonização genial, o prato e o vinho juntos explodiram na boca com outra intensidade de sabores, um verdadeiro êxtase hedonístico, adorei!! A chef Vivi bem que poderia introduzir o vinho em sua carta e sugerir esta harmonização, eu certamente passaria por lá de forma amiúde para me esbaldar nesses prazeres.

São essas experiências e esses resultados que me fazem entender do porquê que eu um dia embarquei nesta viagem enogastronomica. Certamente entre as cinco mais incríveis experiências gustativas que já time o privilégio de viver, lembrando que sou um mero mortal! rs

Gente, valeu pela visita, fico por aqui hoje e babando depois de escrever estas linhas movido pela emoção e prazer em mim despertados. Um kanimambo enorme ao Matías e à Chef Vivi “for having swept me off my feet” (desculpem! rs), assim como do Deco e Guilherme pelo gentil convite que culminou nisso! Dos seis vinhos provados no dia, com este post já falei de cinco! Na próxima semana falarei do sexto e de mais uma agradável surpresa, o Sierra Roja, um saboroso Tannat biodinâmico de Córdoba.

Matias na chef vivi

Um ótimo fim de semana para todos, e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí, na Vino & Sapore ou qualquer outro canto de nossa vinosfera, fui!

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Saturday Afternoon Tasting na Vino & Sapore

Prova de vinhos de sábado à tarde, dias 27 de Maio e 10 de Junho próximos das 16 às 19:30h, na Granja Viana. Com o apoio de nossos parceiros, dois a cada dia, iremos disponibilizar para prova entre 12 a 14 vinhos dos mais variados estilos, uvas e origens. Teremos vinhos do Chile, Argentina, Espanha, Portugal, Itália, EUA e França. Vinhos espumantes, rosé, brancos e tintos, vinhos ligeiros, vinhos mais encorpados, um pouco de tudo para que você navegue por nossa vinosfera sem sair do lugar! rs
    Os convites serão vendidos antecipadamente e serão limitados a 50 pessoas por dia. O custo será de R$40,00 por pessoa dos quais R$15 reverterão em desconto na compra de qualquer um dos rótulos em prova, exceção feita a eventuais rótulos com promoção especifica ou seja, o desconto não é cumulativo nesses casos. Caso você queira já garantir seu lugar no segundo evento, de dia 10 de Junho, comprando os dois convites de uma só vez, haverá desconto de 10% sobre o segundo convite. Convites disponíveis na loja no horário normal de funcionamento, porém em caso de dificuldade basta me ligar que tenho um plano B para os amigos algo mais distantes!  
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    Cada um de nossos parceiros estará presente com seus sócios diretores e/ou sommelier para poder lhe dar mais informações sobre os vinhos em prova, mas veja já o que há a provar no dia 27 clicando aqui!. Para acompanhar a prova, haverão alguns petit-fours salgados, patés, pãozinho e água. Outros produtos de parceiros, para venda, poderão pintar no evento, vamos ver, ainda trabalhando! Uma ótima oportunidade para você provar uma série de vinhos que ainda não conhece possibilitando futuras compras mais conscientes e seguras. Lembrando a todos que é uma prova de vinhos e as taças usadas deverão ser retornadas ao final do evento.
    Ao final, seu convite será depositado numa urna e uma caixa de vinhos (6 garrafas) será sorteado por um dos presentes e entregue na hora ou posteriormente caso o ganhador já tenha se retirado. Por agora, kanimambo, saúde e quem sabe nos vemos por lá, será um prazer vos receber!
Local: Vino & Sapore – Rua José Felix de Oliveira 875, Km. 24 da Rod. Raposo Tavares, km 24 (Granja Viana) direção Cotia das 16 às 19:30. E-mail vinoesapore@gmail.com / Contato por Tel.: (11) 4612-6343 das 14 às 19h de Terça a Sábado.

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Um Douro Encantador na Taça, Quinta do Pessegueiro

Segunda prova e a confirmação de estar frente a frente com um vinho de fina estirpe. Projeto novo para os padrões da região, 1991, quando o terreno foi comprado pelo industrial, hoteleiro e produtor de vinhos francês Roger Zannier, que se apaixonou pelo lugar em suas idas e vindas na atividade textil, e aí iniciado o plantio das primeiras vinhas. Posteriormente outras terras foram agregadas ao projeto possibilitando uma maior harmonização dos vários terroirs durienses que se reflete no vinho. Os vinhos estão a cargo do diretor geral e genro de Zannier, o borgonhês Marc Monrose, e do jovem enólogo João Nicolau de Almeida Junior que carrega consigo o DNA dos grandes (pai e avô). Um vinho que está entre meus preferidos e que recomendei aos amigos que viajam a Portugal e continuamente me pedem dicas do que comprar e trazer de lá. Por sinal, dá para não se apaixonar por uma paisagem destas?? (clique na imagem para ver o projeto da casa, DIVINO!!)

Casa qta do Pessegueiro

Desta feita, no entanto, provei algo mais e me entusiasmei com tudo! rs Começamos pelo ALUZÉ tinto 2011, um vinho de “entrada” elaborado com Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Vinhas Velhas vinificado e envelhecido em balseiros de 10 a 15.000 Qta do Pessegueirolitros o que dilui a influência da madeira que mal se sente. Um tinto de boa intensidade aromática, muito vibrante, muita fruta fresca, ótimo frescor, muito equilibrado, médio corpo, taninos finos e macios, com um final apetitoso que pede a próxima taça. Um vinho realmente sedutor que me encantou. Vinho na casa dos R$120 a 140,00

A seguir tive o prazer de rever o Quinta do Pessegueiro 2012, um vinho de outro escalão, galgamos alguns degraus a mais aqui. Vinhas velhas com mais de 80 anos às quais se unem as, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz vinificadas em balseiros e lagares de concreto e posteriormente envelhecido em barricas francesas de 225ltrs e austríacas (carvalho alemão) de 600ltrs por um período de 18 meses. Paleta olfativa intensa e complexa, daqueles vinhos de ficar na dúvida se se bebe ou se funga, demais!! rs Maior estrutura, taninos mais presentes porém já mostrando muita elegância e finesse, fruta presente com notas mais terrosas, um meio de boca de bom volume sem excessos mostrando muita harmonia, acidez bem equilibrada e um final de longa persistência com um toque algo Qta do Pessegueiro Portomineral e fresco. Tremendo de um vinho na minha opinião, jovem com anos de vida para nos fazer sorrir e o preço acompanha a qualidade, por aqui em terras brasilis na casa dos R$260 a 280,00.

Porto Vintage 2014 – este ainda não está no Brasil, mas a marca da elegância e finesse se mostrou na minha taça com tudo. Como um vinho fortificado, a estrutura e o álcool estavam lá, porém tão bem harmonizados, integrado e macio na boca que me surpreendeu num vinho tão jovem ainda. Um Porto Vintage diferenciado, que ainda adicionarei à minha pequena mas seleta coleção, pois gostarei de o rever daqui a alguns anos. Esta Quinta, que agora entra em meu wish list de visitas, deixa uma marca que esta pequena prova deixou bem clara para mim, a busca pelo equilíbrio e a finesse dos vinhos apresentados.

Apesar da idade, certamente já uma Quinta a se ter conta quando se fala de vinhos top do Douro em linha com os grandes vinhos da região e muito ainda haverá de vir. Uma ótima semana a todos, kanimambo pela visita, saúde e nos vemos por aqui ou em algum dos muitos caminhos de nossa vinosfera.

 

 

 

Cachaça e Queijos da Europa Por Uma Dupla de Peso

José Osvaldo Amarante e Renato Frascino, uma dupla da pesada em nossa enogastronomia, gente de respeito, de muito conhecimento adquirido e compartilhado ao longo de décadas. Unir essas duas figuras nesse projeto foi uma jogada e tanto do CNIEL (Centro Nacional Interprofissional da Economia Leiteira) e União Europeia, através da campanha “Abra Seu Paladar” dos Queijos da Europa.

Queijos e cachaça

O objetivo foi mostrar a versatilidade dos queijos europeus em suas diferentes características de sabor, textura, aroma e sua fácil combinação com as nossas cachaças. O estudo mostrou, por exemplo, que:

Os queijos de massa mole e casca florida, representados nessa harmonização pelo Camembert e Brie – e que incluem também especialidades como Coulommiers, Neufchâtel, Chaource, Saint-Marcellin, Brillat-Savarin [França] – quando unidos à uma cachaça branca sem madeira, mineral e cítrica com aroma de doce de laranja, apresentam um resultado surpreendente. Uma deliciosa combinação surge ao fundir o gosto de cogumelo e avelãs dos dois protagonistas dessa categoria, às notas desta rica aguardente envelhecida em tonéis de Jequitibá.

Os queijos de massa mole e casca lavada como Pont-l’Évêque, Livarot, Époisses, Mont d’Or, Munster, Maroilles [França]; Taleggio [Itália]; Vacherin Mont d’Or [Suíça]; Limburger, Romadur [Alemanha], casam perfeitamente com cachaças envelhecidas em tonéis de castanheira e bálsamo. Os queijos Pont L’êveque e Taleggio, mostram ser levemente menos moles e úmidos do que os de casca florida. O sabor e o odor estão entre os mais pronunciados de todos, as vezes lembrando estábulo. Eles combinaram harmoniosamente com a citricidade láctea, acidez e álcool balanceado, toque de ligninas terciárias e frutos secos e ligeiro amendoado cremoso com gorduras do álcool e celulose da cana, encontradas nesse tipo de cachaça, detentora também de um toque tostado bem definido no paladar e frescor digestivo.

Na vez dos queijos de massa prensada não cozida ou semidura, caso do  Reblochon, Saint-Paulin, Saint-Nectaire, Morbier, Tomme de Savoie, Abondance, Mimolette, [França]; Gouda, Edam [Holanda]; Manchego, [Espanha]; optou-se por combiná-los com cachaça envelhecida em tonéis de amburana, típica por apresentar aroma e sabores de coco, cocada e cacau fruta. Estas características se harmonizaram perfeitamente com a natureza mais suave de alguns deles, caso do Saint-Paulin e do Mimolette, os eleitos do dia.

Os queijos de massa prensada cozida ou dura, como Beaufort, Comté [França]; Emmental [França, Suiça], Gruyère [Suíça]; Maasdam [Holanda], flertam lindamente com cachaça envelhecida em carvalho francês e americano, como mostrou, a harmonização de um Emmental e um Maasdam, ambos com características mais frutadas. Baunilha, mel, manteiga queimada, entre outros elementos da cachaça escolhida levaram a união dos protagonistas a um final mais que feliz.

As especialidades de massa azul, exemplo do Roquefort, Fourme d’Ambert, Bleu d’Auvergne, Bleu des Causses, [França]; Gorgonzola [Itália]; podem ser interessantes ao lado de uma cachaça envelhecida em canela sassafrás e um blend de 7 tonéis, incluindo carvalho francês, carvalho americano, bálsamo, cabreuva, amburana, grapia, canela, e sassafrás. Para contrabalancear o sabor picante e salgado desses queijos, cai bem esta cachaça com aromas de bolo inglês com frutas secas, passa, ameixas, açúcares demerara e toques de frutas carameladas, como se notou ao juntar a bebida a um bom Roquefort.

As feras responsáveis por esse gostoso estudo prático sensorial, para quem ainda não conhece, são os amigos:

José Osvaldo do Amarante (Esq.) – Afora ser um profundo conhecedor de vinhos com livros publicados sobre o tema (entre eles  “os Segredos do Vinho” que está na minha biblioteca) é também pesquisador sobre universo dos queijos e autor do livro “Queijos do Brasil e do Mundo para iniciantes e apreciadores”, 2015.
Renato Frascino (Dir.)– Técnico sensorial de bebidas (de águas e vinho a cachaças) e alimentos, fundador do Clube Brasileiro da Cachaça de Alambique e com litragem para dar e vender! rs

Amarante e Frascino

 

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Blanc de Piel e Blanc de Alba, Que Blanc Experiência!

A convite da VinhoMix, jovem importadora que começa a trazer alguns dos rótulos dos irmãos Michelini, tive o prazer e privilégio de almoçar no restaurante Chef Vivi (adorei e falarei dele em outro momento) na Vila Madalena aqui em Sampa, na companhia de alguns jornalistas o Matías Michelini e mais dois produtores amigos dos quais um já falei aqui (post anterior). Cada vinho uma emoção e sensações diferentes, razão porque esse almoço ainda vai gerar diversos outros posts por vir. Hoje vou falar só desses dois brancos que, para variar, me encantaram.

Os irmãos Michelini são um caso à parte na competitiva e criativa vinicultura argentina, uma lufada de ar fresco numa indústria que busca sair do lugar comum com uma série de jovens enólogos comprometidos com excelência e mudanças assim com a busca de maior presença dos terroirs nativos em seus vinhos. O resultado de mudança de métodos, processos e filosofias tanto nas bodegas como nos vinhedos, é uma consequente e clara mudança no estilo dos vinhos com Malbecs “menos” Malbec e uma diversidade de novos experimentos que estão dando, na minha opinião, muito certo!

blanc de albaBlanc de Alba 2014 – um projeto a dois, Juan Pablo (Juampi) Michelini e a sommelier argentina Augustina Alba. O vinho se ajustará ao resultado da safra dependendo de como as castas se apresentem, neste ano de 2014 foi Sauvignon Blanc, Riesling e Semillon porém a nova safra de 2015 vai ser de Sauvignon Blanc, Semillon e Chardonnay todas de Gualtallary e biodinâmicas. Quantidade limitada a cerca de 2400 garrafas em 2014, fermentado em ovo de cimento de 2000 litros, sem correção, leveduras selvagens e um certo tempo sur lie resultam num vinho untuoso, muito aromático, bom volume de boca mas mantendo uma certa leveza e ótimo frescor com final longo mieral e muito, muito agradável. Um vinho verdadeiramente sedutor que pede bis, Suenõs Blancos de Gualtalarry!

Via Revolucionaria Sauvignon Blanc de Piel 2015 – para falar deste vinho tenho que começarRevolucionaria Blanc de Piel falando de Água de Roca, um incrível Sauvignon Blanc que o Matías Michelini faz na Passionate Wines, sobre o qual já falei e você pode rever clicando aqui, tenho uma tara por esse vinho!! rs O Água de Roca não passa por prensagem com imediata retirada do mosto (suco da uva) para obter o mais puro e fresco caldo. Sobram as películas ainda com um monte de mosto dentro que é então prensado ficando o mosto em maior contato com as borras (sur lie) e películas. O resultado é que de cada 1000kgs dessas películas se extraem apenas cerca de 100 litros de mosto o que resulta num vinho que nada tem a ver com aquela leveza do Água de Roca. É um vinho delicioso que mantém a acidez característica da cepa e do terroir, porém com mais corpo e complexidade, ás cegas dificilmente diria que é Sauvignon Blanc. Surpreendente, mais uma vez, o Matías tem essa mania! rs

Mais dois vinhos para meu arsenal de brancos que tanto aprecio e mais uma mostra que o Vale do Uco y Gualtalarry em especial, são ótimos para estes vinhos. A família Michelini tem hoje cerca de 84 vinhos diferentes em seu portfolio e muitos deles de pequenas produções. Fazem vinhos de que gostam e, por suerte como disse o Matías, tem outros que gostam! rs Eu sou um deles e mais uma vez me rendo a seus vinhos, dois brancos que certamente farão parte de minha adega assim que possível. Tem mais, mas essas experiências compartilharei mais tarde .

Kanimambo pela visita, saúde e nos vemos novamente por aqui em breve, tenham uma ótima semana.

 

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