João Filipe Clemente

Abreu Garcia Chardonnay e O Almoço de Domingo!

Neste Domingo, a sós com minha loira, decidi preparar um prato que qualquer cozinheiro meia boca, tipo euzinho aqui, pode fazer e se dar bem! Para acompanhar já tinha img_20161106_144348376separado minha última garrafa de Abreu Garcia Chardonnay que, lamentavelmente, terei que esperar um bom tempo até ter outra para tomar e vender, porque a safra não deu este ano devido a pésssimas condições climáticas e a de 2015 esgotou. Sou fã deste vinho sem madeira nenhuma, melhor que o amadeirado deles que acho excessivo, e de bom preço (R$60) que me dá especial prazer por seu equilíbrio sem perder a tipicidade do que se espera de um bom chardonnay. Já falei dele aqui quando o harmonizei com Fondue de Queijo, mas desta feita optei por acompanhá-lo com filé de Pintado coberto por um refogado (super simples de executar) de cebola, alho, tomate cereja, azeitona preta portuguesa e um punhado de alcaparras, acompanhado de purê de batata, ficou da hora!

Desta feita vou dar o passo a passo desta gostosa receita para quem estiver a fins, não requer grande habilidade, afinal, se eu que sou um zé mané na cozinha consigo,qualquer um consegue e é bastante rápido. Para duas ou três pessoas, separe dois ou três filés de pintado, uma cebola média fatiada fina,um dente de alho picado fino, umas oito azeitonas picadas, dez a doze tomatinhos cereja cortados em pedaços pequenos, 3 colheres de chá de alcaparra. Tempere os filés a gosto, eu uso um pouco de sal, pimenta branca moída na hora, um pouco de suco de limão, um fiozinho de vinho branco e uma pitada de tomilho. Deixe marinar uma meia hora. Enquanto isso prepare os outros ingredientes.

Primeiro dê uma selada dos filés usando uma frigideira com um fiozinho de azeite e meia colher de manteiga enquanto esquenta o forno. Depois de selados os filés (tipo 2 minutos de cada lado), separe e guarde numa forma que posteriormente irá ao forno. na mesma frigideira coloque mais um pouco de azeite e uma colher de manteiga, sobre o qual jogue toda a cebola e quando ela começar a ganhar cor, jogue o alho, em seguida o tomate e as azeitonas, refogue bem e no final termine com as alcaparras.

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Jogue esse refogado sobre o peixe de sua escolha (eu gosto muito do Pintado – peixe de rio) e leve ao forno já quente, 180º, por no máximo dez minutos. Retire sirva com purê ou arroz, tem gente que gosta dos dois, você escolhe. Isso tudo não dura mais do que meia hora, enquanto isso vá acompanhando com umas taças de vinho e um queijinho ou patê com torradas, porque cozinhar sem vinho não tem graça! rs O problema é que, como já comentou no face meu amigo Rui Miguel, quando sentamos à mesa já sobrou pouco espaço para acomodar mais comida, “but what the hell”, Domingo é mesmo para esses abusos gastronômicos! Prato sem frescura, mas o sabor!!! Estava bom demais da conta.

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Não precisa dizer que o vinho harmonizou perfeitamente e que o condimento principal, a presença de minha loira, fez a diferença. Essa última, a companhia, cabe a você achar a sua ou seu, mas garanto que faz a diferença porque sózinho não tem a mesma graça! Gente, uma ótima semana para todos e na Quarta tem mais, kanimambo e saúde, fui!!

Ps. Ia me esquecendo, vai fazer bonito, garanto!! rs

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Os Vinhos da Confraria Frutos do Garimpo

Todos os meses, ou quase porque nem sempre as pepitas pintam, compartilho alguns confraria-frutos-do-garimpo-logo-para-e-mailkits de 4 garrafas com aqueles que se filiaram a essa confraria virtual que promovi aqui no blog. Sem obrigações mensais e poucos kits, compra quem quiser e quem tiver disponibilidade naquele mês, esta seleção com preços especiais, exclusiva aos confrades, em parceria com os importadores participantes, teve alguns rótulos muito interessantes que ainda não tinha compartilhado com vocês.

Vejam o que rolou em Agosto:

Da Toscana , Badia di Morrona Rosso dei Poggi – A protagonista é a Sangiovese, que aqui é complementadarosso-dei-poggi por Cabernet Sauvignon, Merlot e um tico de Syrah. Um vinho que desde a primeira fungada me seduziu e o produtor tem história pois se situa num outrora mosteiro beneditino do século XI. Sem passagem de madeira, mostra-se muito aromático e intenso no nariz com aromas de frutas vermelhas e ervas aromáticas. Médio corpo, rico, saboroso, macio e equilibrado é uma ótima companhia para massas e pratos de carne menos estruturados ou condimentados, um vinho que meu dá muito prazer tomar. No mercado o preço gira em torno dos R$90 a 95,00 e a distribuição é feita pela Lusitano Import.
 
De Mendoza, Vicentin Backbone, com o perdão da palavra, um vinhaço! Um inusitado corte de Cabernet Franc (30%), Petit Verdot (30%), Cabernet Sauvignon (30%) e 10% de Malbec. Grande volume de boca, vicentin-backbonepotente porém sem excessos de extração, taninos firmes mas aveludados e um final que parece não terminar nunca. Para tomar com calma e deixar evoluir enquanto o papo rola ou para acompanhar um prato mais untuoso e marcante. Há muito que falo que os blends são os vinhos do momento na Argentina e este só vem comprovar essa premissa. Ainda vai chegar ao mercado, por enquanto compunha parte de um kit (caixa) com seis vinhos diversos comercializada pelo produtor por um valor ao redor dos R$800,00. Quando chegar vai ficar na casa dos R$165 a 180,00 , uma importação da Galeria de Vinhos. Para tomar agora ou guardar por alguns anos, uma experiência marcante que deixa para trás muito rótulo famoso por aí.

Em Setembro por mais que eu tenha garimpado, não apareceu nada que conseguisse suprir as exigências básicas para compor o kit, Qualidade + Preço, então pulei e retomei em Outubro quando novas pepitas apareceram no meu garimpo, mas sobre elas eu falo na Segunda! Kanimambo pela visita e nos vemos por aí, nessas estradas de nossa vinosfera. Saúde e bom fim de semana.

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Burson Rosé Brut de Longanesi na Taça!

Adoro ser surpreendido tão positivamente e, paralelamente, descobrir como nossa vinosfera é grande permitindo que mesmo com tanta litragem taça degustada ao longo dos últimos dez anos de estudo, ainda aparece uma uva que não conhecía!

longanesi-burso-e-acino-verdeLonganesi é o nome da uva e a Itália está repleta destas surpresas regionais para quem topa se aventurar além da Toscana e Piemonte. Regiões de excelência sem dúvida alguma, porém há muito mais a ser descoberto por lá. No último encontro da Confraria Vinhos de Segunda em São Paulo (por sinal com vaga aberta para quem esteja interessado) que realizamos na Lusitano Import mensalmente, abrimos os “trabalhos” com este espumante de distribuição exclusiva deles aqui em Sampa que todos presentes curtiram bastante. Obviamente fui atrás de saber mais da uva!

Burson (apelido de Antonio Longanesi) é o nome dado pelos produtores ao vinho longanesi-cartello-burson-3-773x580elaborado com a uva Longanesi na Emilia Romagna (mais conhecida entre nós pela produção de lambruscos), tendo como epicentro a cidade de Bagnacavallo. A uva possui uma história recente tendo sido “descoberta” por Antonio Longanesi ao comprar uma propriedade na região onde encontrou essa vinha que subia num grande carvalho, lá nos idos de 1920. Encantado com a uva, após quase 30 anos nos anos 50, começou um processo de reproduzir esse clone desenvolvendo uma produção para a especifica elaboração de vinhos. Homologada em 2000, desde 1997 possui um Consorzio regulador para proteger e preservar os vinhos e região que hoje é liderado por Daniel Longanesi, possuindo cerca de 17 produtores. A uva também é conhecida pelo grão verde que é o que indica que o cacho está no ponto de colheita (foto acima).

Existem basicamente três estilos de vinhos sendo elaborados com esta uva; Burson burson-rosatoEtichetta Blu (tintos secos), Burson Etichetta Nera (vinhos doces Passito) e espumantes, porém você pode ampliar seu conhecimento sobre esta uva e região clicando no link do Consorzio acima. Nós provamos na confraria e, neste último Domingo, tomamos brindando os 42 aninhos de meu genro (Márcio), este gostoso exemplar de espumante Rosé e mais uma vez confirmou minha primeira impressão. Randi Burson Rosato Brut, perlage fina (seis meses de Charmat), boa espuma, cor coral acobreada bonita, vivaz e paleta olfativa de boa intensidade. Na boca surpreende com um meio de boca bastante rico e complexo, seco, boa acidez e um final mais ligeiro e fresco compondo um conjunto bastante harmonioso e diferente (mais para frutos negros que vermelhos) com leve toque de especiarias que seduz. Na Confraria a percepção de valor apurada bateu com o preço sugerido pela Lusitano, entre R$85 a 90,00 o que acho bem razoável pela qualidade na taça.

Enfim, começando a semana com novidades Falando de Vinhos diferentes, de uva pouco conhecida produzida tão somente num local, gosto disso e gostei do vinho. Vale a experiência para quem busca sempre algo pouco comum, recomendo e na Vino & Sapore também tem. Uma ótima semana para todos e kanimambo pela visita, saúde!

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Nederburg Noble Late Harvest – Amazing Grace!

No Facebook, todo o dia recebemos um lembrete de alguma lembrança legal postada. Hoje me deparei relendo este texto e me deu uma vontade danada de tomar um gole de um bom Late Harvest com uma fatia de panetone de frutas (tá na época), daí ter tomado a liberdade de compartilhar este texto novamente com os amigos. Alguns já leram, outros não, enfim, está aí! rs

Depois que participei daquele evento promovido pela Wines of Argentina harmonizando vinhos e música, fiquei mais ligado nesse lance e ontem, ao tomar este vinho de agradecer de joelhos, me veio essa canção à mente que, tal qual o vinho, não me sai da cabeça!! Já faz um bom tempo que esta garrafa estava aqui em casa, porém só ontem a oportunidade apareceu para tomá-la e que grande vinho de sobremesa!

Adoro ser surpreendido desta forma e me empolgo quando acontece nessa intensidade. Não é aquele energético não, Nederburg Noble Late harvestmas que me deu asas, deu! rs Aromáticamente envolvente, de grande intensidade e absolutamente sedutor, daqueles que você não sabe se funga ou se bebe! A presença de aromas de casca de laranja confeitada é bem marcante, mel de laranjeira já mostrando um lado cítrico bem marcante e notas de damasco em passa. Chenin Blanc (73%) responsável pela ótima acidez, Muscat de Frontignan (26%) a doçura e inebriantes aromas e 1% de Semillon para aquele toque especial, esse blend explode na boca com redobrada intensidade e nos faz cair de joelhos em preces de agradecimento ou ataques egoístas querendo tomar conta da garrafa! rs Muiiiito bom!!!

Um vinho perfeitamente harmônico em que a Botrytis* (Podridão Nobre, daí o nome do vinho) se faz sentir de forma elegante, extremamente equilibrado (uma acidez de quase 10 grs/l que se contrapõe muito bem às 200 grs/l de açúcar residual) e um leve toque de baunilha no retrogosto mesmo não havendo maturado em madeira. Na minha infância na África do Sul eu adorava Peach Rolls (pêssego desidratado e prensado depois enrolado em rolinhos, um certo toque azedinho doce) e me senti transportado a essa época.

Aí, inebriado que estava de tanto prazer, entrei na net para pesquisar um vídeo com a canção “Amazing Grace” e me deparei com esta linda gravação do grupo  “Celtic Woman” que vale muito ver, espero que curtam. A gravação é longa, cerca de cinco minutos de puro deleite, mas garanto que acaba antes de você terminar sua garrafa de Nederburg Noble Late Harvest, um vinho que me seduziu e é para ser curtido sem pressa. Recomendo, ainda mais pelo preço na casa dos R$80 a 85,00. O principal crítico de vinhos sul africanos, John Platter, lhe deu cinco estrelas e tendo a concordar com ele. Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui. Uma ótima e doce semana para todos se possível harmonizado com um pedaço de de um destes deliciosos queijos que harmonizam à perfeição; Bleu d’Auvergne, Gorgonzola ou Stilton!

Amazing Grace Na Versão Celta com Gaita de Foles – “Celtic Woman”

Aumente o som!

* Botrytis -De forma simplista, é um fungo que dá na uva gerando perfurações que “esvaziam” o suco da uva fazendo com que ela se desidrate e concentre açucares. Para quem quiser saber mais a fundo o que é e como ele influencia os vinhos, siga esse link para a ótima matéria escrita pelo respeitado José Luiz Alvim Borges da ABS >  http://www.artwine.com.br/edicoes/wine-style-6-botrytis-cinerea-um-fungo-de-multiplas-facetas.pdf

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O Valor dos Pontos No Vinho!

Semana passada um cliente novo pediu para ver vinhos com 90 pontos ou mais, daí eu voltar a este tema! Já comentei este tema por aqui e repito, são interessantes indicadores de qualidade a serem digeridos com uma boa dose de parcimônia! São muitos os críticos que dão notas a suas avaliações, alguns até por aqui, já eu somente pratico pontuação quando participo de concursos ou bancas degustadoras e isto se torna absolutamente necessário. No blog não o faço por uma questão filosófica! Já tomei vinho de 100 pontos e ….. nada. Nesse mesmo dia tomei um outro de 94 e UAU!! Mas tem gente que compra vinho por ponto, fazer o quê, cada um com sua neura e tudo bem, há espaço para todos e para todas as tendências, mesmo que eu não seja simpatizante da causa. Nesse caso, lembro que um vinho de 86/87 pontos é um muito bom vinho, pelo menos na minha avaliação, não se pode ficar restrito aos vinhos acima de 90. Eu, por exemplo, sou munheca dando nota, tem que ser um grande vinho para eu dar mais de 90 pontos!

Há críticos bons e outros nem tanto, há os que confio e outros nem tanto, tudo é uma questão de confiança e conceito. Uma vez mudaram os críticos convidados num importante evento de vinhos no Chile. Anualmente eram os críticos americanos os convidados e nesse ano foram europeus, para variar um pouco. O que se viu foi uma reviravolta geral nas premiações dadas! Uns preferem um estilo (maior extração e potência) e outros buscam um outro (maior elegância e complexidade), tudo acaba se resumindo numa questão de preferências individuais e por isso essa notas são tão relativas.

Pior é que uns dão notas de uma forma e outros de outras, então como entender e compará-las? Um dos críticos que acompanho, especialmente quando se trata de Espanha, é Penin  que, por uma questão didática, adotou desde 1992 a pontuação americana como seu padrão e não a europeia que segue a tendência de pontuar de 0 a 20. Neste padrão americano a pontuação começa em 50 e é a que mais comumente usamos por aqui em nossa vinosfera tupiniquim. Veja o que significam estes pontos:

50 a 59 é um vinho defeituoso/ruim

60 a 69 não recomendável

70 a 79 um vinho correto/honesto

80 a 84 um vinho bom

85 a 89 um vinho muito bom

90 a 94 excelente

95 a 100, vinhos excepcionais lembrando que a perfeição não existe então, em meu conceito, 100 pontos não dou para nenhum vinho! rs Aliás, vinhos desse calibre (próximo dos 100 pontos) não são para serem pontuados e sim apreciados e contemplados preferencialmente de joelhos agradecendo a Baco pela oportunidade! Na tabela (elaborada pela www.delongwine.com) abaixo, uma equiparação das principais formas de pontuação. A imagem pode ser vista ampliada aqui > http://srv.delongwine.com/how_we_rate_wines.pdf .

wine-ratingsMinha dica; use com cuidado pois tem muito vinho que não participa de concursos e a pontuação é muito relativa. Muitos destes concursos são de qualidade e reputação duvidosa, outros não possuem qualquer relevância, então devagar com o andor e, especialmente, cuidado com os tais vinhos “melhores do mundo” engodo marqueteiro!! Podem até ser bons, mas longe do que afirmam até porque tal coisa inexiste.

Saúde e kanimambo pela visita, ótima semana para todos.

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Vamos Baixar a Soberba em Nossa Vinosfera??

wine SnobIsso vale especialmente para os críticos e colunistas de salto Luis XV que andam por aí, mas também para mim e para você. Vale também para produtores, enólogos, enófilos, editores, assessores de imprensa, sommeliers, donos de lojas, atendentes, restauranteurs, enfim todos aqueles atuantes em nossa vinosfera. Descrições complicadas, a glamorização do vinho e seu metiê (basta olhar os posts de ostentação pura no facebook!), pontuação de vinhos, tudo só atrapalha, não ajuda em nada a desmistificar nossa vinosfera só complicando e dificultando a obtenção de mais seguidores à causa, especialmente em países ainda por desenvolver uma cultura enófila como o Brasil, mas não só!

Hoje o recado é curto e grosso, direto ao ponto, usando este vídeo abaixo que encontrei na net, neste excelente canal que é o Estrategias & Mercados. Fala-se tanto em descomplicar o vinho para o consumidor, iniciantes ou não, e cada vez vejo mais distanciamento daqueles que deveriam ter uma postura mais pró ativa no mercado. Descer do pedestal em que alguns se colocaram, menos soberba, esse é o nome do jogo, o caminho a seguir, parar de falar complicado! Mais vinho, mais experiências, menos afetação e ostentação, menos falácias tipo “Melhor do Mundo” (o marketing pode ser honesto!!), mais verdade e pé no chão!

Menos cereja e morango, caixa de charuto e alcaçuz, mais emoção na taça, mais adjetivos, mais gosto não gosto, tesão, saboroso, vibrante, qual o problema?? Porquê temos que sentir tantos aromas? Se não sentir qual o problema? Lembro quando Albert de Villaine (Sócio diretor da Domaine de Romanée Conti), em entrevista à revista Veja há alguns anos atrás, disse: “Não fico surpreso que as pessoas não identifiquem estes aromas todos nos vinhos que compram. Eu mesmo não sou capaz de reconhecê-los. Aliás, acho muito aborrecido. Não estou interessado nisso, e sim na personalidade do vinho”.  Vinho bom é o na taça e na boca amigos!! Vamos parar de frescuras, ás vezes até que há o que falar, mas não vamos impor essa chatice o tempo inteiro, afora ficar repetitivo cansa! Há vezes em que temos que simplesmente curtir a viagem, sem perguntas nem explicações demais. Aliás, meu amigo Rui (leia-se Pingas no Copo), é mestre nisso, sem tretas!!rs

Como já dizia o saudoso e insubstituível (o caderno Paladar do Estadão que o diga!) Saul Galvão, “Nada mais chato que um esnobe do vinho, que fala pomposamente, como se ele fosse o único ungido a entender termos herméticos.”. Isso não cativa, espanta!! Vamos virar esse jogo?? Quem fala de vinho que seja mais franco, mais honesto na sua mensagem, mais prático na linguagem falando com gente duma forma que ele entenda, aí sim estaremos colaborando com a desmistificação desses caldos de Baco, descomplicando!

Assista o que o Ricardo tem a dizer no vídeo, vale a pena escutar e, importante depois, PRATICAR!

Sáude, kanimambo e vamos todos descomplicar? Bom fim de semana e seguimos nos encontrando por aí nas estradas desse mundinho do mundo vínico tupiniquim ou por aqui. Fui, cheers!

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Blends de Malbec na Vino & Sapore

Mais uma viagem de descobrimentos sensoriais na Vino & Sapore com uma passagem por vinhos argentinos  que tenham a Malbec como protagonista em seus cortes. Desta feita selecionei cinco vinhos de R$79,00 a R$195,00 em que a Malbec está presente com no mínimo de 50% do blend.
A Malbec surgiu em Bordeaux como uma uva de corte e mesmo em Cahors a uva leva normalmente um porcentual de outras coadjuvantes sendo difícil encontrar vinhos desta casta vinificados a 100%. Foi mesmo na Argentina que ela desabrochou como uma casta essencialmente usada como varietal, fazendo a fama dos “hermanos” e dando um boost na casta mundialmente .
Agora eles descobrem novamente a característica primária dela como uva de corte  e vêm apresentado belíssimos vinhos elaborados como blends que é o que visamos explorar aqui.  Vejam só o a seleção que estarei disponibilizando nesta degustação
Finca Altorfer Malbec/Cabernet Sauvignon  2013- 50/50%
Penedo Borges Reserva Malbec/Syrah e Cabernet Sauvignon 2014  – 50/40/10%
Amancaya Gran Reserva  Malbec/Cabernet Sauvignon 2012 – 50/50%
Vicentin Malbec Blend 2011 – um blend de quatro diferentes vinhedos de Malbec
O. Fournier B-Crux Malbec/Tempranillo/Touriga Nacional 2009 – 50/35/15%
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Para acompanhar, prato de Queijos artesanais e frios, pão, água e café. Para abrir os trabalhos, um espumante que é campeão de vendas por aqui o Santa Augusta Brut e lembro que o estacionamento é gratuito. Na Vino & Sapore, dia 27 de Outubro, uma Quinta-feira, a partir das 20 horas. Só 14 vagas disponíveis a R$100 por pessoa, pagos no ato da reserva, sendo que meia dúzia já foram reservadas no lançamento.  Vai dar mole?
Aguardo seu contato, abraço e já antecipo, reserve dia 24 de Novembro quando teremos uma degustação temática especial de final de ano, ESPUMANTES! O que é, como é elaborado, quais as diferenças, etc.. Aguarde, mas reserve o dia!! 
 
Vino & Sapore – Rua José Felix de Oliveira 875, Centrinho da Granja Viana, Km 24 da Rod. Raposo Tavares,  Tels (011) 4612-6343/1433 de Terça a Sábado a partir das 14 horas .

Bayanegra, Mais Um Tempranillo na Taça.

Se pudesse, meu negócio seria um estabelecimento Ibérico com vinhos, produtos gourmet, acepipes diversos da região, bar de tapas e iguarias só desses dois países que bayanegra-tacafazem a minha cabeça, Espanha e Portugal! Se algum investidor se interessar pelo projeto em Sampa, me liga!! rs

A Tempranillo tem papel preponderante na vinosfera Ibérica tanto na Espanha como em Portugal, com a Tinta Roriz no norte e a Aragonez no sul, tanto como varietal como em cortes, gosto muito desta casta que gera vinhos tradicionalmente de muita qualidade, dos mais simples e descompromissados, aos mais complexos e longevos mostrando grande versatilidade.

Muitos exemplares de tempranillo (clique para acessar um monte de posts sobre a uva e outros rótulos) já passaram em minha taça, e ainda na semana passada postei mais uma experiência, o Montes Reales, mas hoje quero compartilhar com vocês um outrobayanegra-tempranillo rótulo que me agradou bastante, é o Bayanegra Tempranillo que “ornou” tão bem com meu nhoque com picanha suína que quando me dei conta de tirar uma foto já só tinha um tico de carne no prato! rs Vem da região de La Mancha (Bodega Celaya), maior região produtora de Espanha, de onde costumam sair vinhos mais descompromissados, porém bem feitos, redondos, sem muita complexidade, produzidos para agradar à maioria. Este vinho reproduz bem o conceito regional, jovem, sem passagem por madeira, de fruta fresca abundante, sua boa acidez, que deu a liga no molho de tomate, me surpreendeu. Final de boca de taninos macios, redondo, com teor alcoólico baixo (12%) e com boa persistência para este estilo de vinho algo mais ligeiro, um vinho fácil de gostar devendo ser refrescado (algo em torno de 15º) para ressaltar esse frescor que ele apresenta. Pelo preço, entre R$50 a 55,00, certamente um vinho muito honesto que entrega o que se paga e se encontrar mais barato pode ser opção para comprar caixa!

É isso meus amigos, por hoje é só. Tenham uma ótima semana, saúde e kanimambo pela visita.

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Vinho na Dose Certa!

Às vezes, só ás vezes (rs), 187ml basta! Cá tenho guardadas umas garrafinhas dessas para aqueles momentos onde o vinho vai bem porém estou só ou minha loira só esteja a fim de bicar. Ás vezes me dou mal com esse “bicar”, rs, mas neste dia tudo nos conformes, deu certinho. Abrir uma garrafa, mesmo considerando que estas garrafas são, porcentualmente falando, mais caras que comprar uma normal de 750ml, evita o desperdício tanto de vinho quanto de din-din.

As garrafas de 375ml são práticas para o casal que não esteja a fins de tomar muito, mas aí sou fã e recomendo comprar a garrafa inteira de 750ml e na hora usar uma de 375 só para guardar o restante, compensa mais. Ah, mas como assim? Explico, calma! rs Ao abrir uma garrafa de 750 ml e já sabendo que é dia de moderação e não de pé na jaca, encho uma garrafinha de 375ml, de rosca e bem limpa, até a boca, fecho e geladeira nela. O vinho não tem tempo de aerar e tão pouco fica volume alto de campos-reales-e-risoto-funghioxigênio na garrafinha evitando potencial oxidação, o frio retarda a evolução tudo contribuindo para que esse vinho possa ser tomado normalmente em até a uma semana sem diferenças perceptíveis. Mais que uma semana não sei, os meus nunca duraram mais que isso! rs Muito melhor que qualquer VacuVin, garanto.

Voltando à minha garrafinha de 187ml, minha dose certa para Domingo passado. Estávamos só eu a loira, preguiça danada até para dar um pulo n mercado! Assei um hamburguer de Angus (passou demais! sniff) e preparei um risoto de Funghi que ficou da hora! Para acompanhar, o Montes Reales Tempranillo 187ml, foi perfeito. Acho esse vinho demais e até esta safra vinha ao Brasil sob o nome de Canforrales Classico. Como já mencionei antes, mas vale a pena repetir; “Vem de La Mancha,onde a uva é conhecida como Cencibel e é um vinho jovem (menos de 8 meses de barrica) , tem leve  passagem por madeira (americana e francesa de segundo e terceiro usos), taninos sedosos, boa estrutura, fruta fresca abundante (cereja bem presente), acidez presente e bem balanceada um ótimo gama de entrada para esta uva, um vinho que diz a que veio, porém com preço camarada!” Para acompanhar carnes grelhadas, queijo manchego, chorizo (lingüiça) fatiado,uma morcilla, gosto muiito, e deu muito certo com esse prato de risoto de funghi e hamburguer no prato.

Enfim, mais uma gostosa experiência que quis compartilhar com os amigos, porque há momentos para tudo e a enogastronomia não é só o glamour que muitos por aí lhe tentam impingir. Fui, ótimo fim de semana, saúde e kanimambo pela visita!

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Hoje É Dia das Crianças, Orgulho!

Hoje brindarei com vinho, mas não falarei dele. Não coloquei nenhuma foto preto e branco (rs) no face, porque hoje é Dia da Criança, no meu caso de “minhas” crianças! É dia dos filhos, uma história que se iniciou para mim e minha loira nos idos de 1978 quando nasceu minha primogênita, depois a cada dois anos mais até que encerramos a produção (rs) em 1982. Em 2010, para nossa imensa alegria, chegou o Bruninho para animar a família como uma lufada de ar fresco refrescando o verão. Moleque especial, muiiito especial!

Minhas crianças serão eternamente crianças com todas as alegrias e preocupações que acompanham o “pacote”! rs Sim, não é só festa e felicidade, como em tudo na vida existem os altos e os baixos que temos que tirar de letra. Mais que o Dia das Crianças, este devia se chamar o Dia da Família, pois são as crianças que nos unem, que nos dão longevidade em tempos cada vez mais efêmeres. Nós somos privilegiados, temos uma família unida apesar de nossas eventuais divergências, respeitamos nossas individualidades e hoje nos reunimos mais uma vez para louvar isso.

“Meus” filhos, “meu” neto, razões do meu viver, que hoje seja um dia feliz e, a pedido do “reizinho”, o meu pitico, hoje tem churrrasco do vovô. Obrigado por serem o que são e compartirem vossas vidas com os velhos aqui. Hoje é dia de celebração, que todos meus amigos leitores, com suas crianças ou como crianças “de alguém” que são, tenham um dia para lá de feliz na companhia de quem amam e vos amam.

Que o dia seja lindo, mesmo que só com lembranças! Dia de orgulho pelas crianças que tenho e hoje minha homenagem a todas as crianças se dá com este singelo post e clipboard das “minhas” entre aspas mesmo porque, como ja dizia Khalil Gibram;”Teus filhos não são teus filhos, São filhos e filhas da vida, anelando por si própria, Vem através de ti, mas não de ti E embora estejam contigo, a ti não pertencem.” . Saúde, kanimambo e volto a Falar de Vinho na Sexta, fui!

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