João Filipe Clemente

Vinho Paulista é Show!

Pode? Eu não acreditava não!! Nelson Rodrigues já dizia que “toda a unanimidade é burra”, então quando o auê é demasiado e unânime eu tenho que conferir, sou discípulo de São Tomé, e foi o que fiz. Para não ser uma ação apenas pessoal, coloquei à prova duas garrafas de um vinho paulista para lá de celebrado pelos grandes nomes de nossa vinosfera tupiniquim com alguns de meus confrades e amigos, uma delas num desafio ás cegas e a outra aberta. O produtor, imagino que já saibam, Guaspari localizado em Espirito Santo do Pinhal e a uva, a Syrah!

No primeiro caso, do Desafio, coloquei ás cegas os seguintes vinhos Syrah: Loma Larga (Chile), Passionate Wines Diverso (Argentina), Las Moras Gran Syrah (Argentina), Hope Shiraz  (Austrália) e Guaspari Vinhedo Vista da Serra. Os confrades presentes foram os da Quinta Divina, grupo bastante experiente, e o eleito da noite foi ele, sim o Guaspari Vista da Serra Syrah! Para mim o segundo, mas com esse patamar de adversários um grande resultado.

Syrahs QD

Na segunda vez, na Confraria Saca Rolha, provamos dois syrahs mais básicos e dois mais top. No primeiro flight o australiano Richland Shiraz e o chileno El Milagro seguido do Passionate Wine Diverso e o Guaspari Vista do Chá. Melhor vinho da noite, novamente um Guaspari e, na minha opinião, o melhor dos dois provados.

Syrahs SR

Duvidas? Nenhuma mais! Negar? Não dá! rs Esses dois vinhos são de primeiro nível internacional e tire-se o chapéu ao empreendorismo e atrevimento de buscar realizar algo onde ninguém jamais pensou possível! A Colheita é inversa, no inverno, e vale fuçar o site deles (link em negrito acima) para conhecer um pouco mais da história da vinícola e de quem está por trás dessa “aventura” paulista. O ápice, até agora, dessa curta história está na Medalha de Platina e na de Bronze recentemente obtida por estes dois vinhos na respeitada Decanter Wine Show.

Óbvio que ainda é muito cedo para cantar vitória, afinal como já disse o barão Philippe de Rotschild; “fazer vinhos é fácil, difícil são os primeiros 100 anos”, mas a se confirmar a tendência ao longo dos próximos anos, espero que assim seja, estamos diante de algo muito especial que merece não só um brinde, mas acima de tudo nosso respeito. Falam muito bem dos outros vinhos deles, porém ainda não tive a oportunidade de os conhecer. Assim que prove compartilho com os amigos.

Entre os dois rótulos, tendo a compartilhar da mesma opinião da banca degustadora da Decanter Wine Show, o Vista do Chá possui um pouco mais de tipicidade da cepa e, especialmente, uma acidez mais presente (apesar de que por questões de terroir, granito, o Vista da Serra deveria mostrar melhor esse quesito) que deixa uma impressão melhor de boca, mais fresco, com taninos muito finos, elegante, com ótimo meio de boca, equilibrado e bem persistente. Dois belos vinhos que recomendo.

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Me perguntaram sobre o preço e se não é caro? Essa é sempre uma questão quando falamos de vinhos bons nacionais, o preço tende a extrapolar. Quando premiado então, mais ainda pois a demanda aumenta e a oferta tende a se manter estável. Agora, o que é caro? Na minha opinião caro é aquilo que não vale o que um pagou pelo produto adquirido. Quando um vinho bate seus pares de valor igual ou mais alto e custa menos que eles, então penso que não, pois entrega mais valor. Tendo dito isso, por aqui em Sampa o vinho custa ao redor de R$160,00 mais ou menos 10 o que é uma boa grana, mas em minha opinião, não é caro sendo condizente com os vinhos de qualidade similar de outras origens. Tendo a grana, certamente estará bem aplicada numa garrafa dessas, recomendo.

É isso, hoje falei de vinho brasileiro, falo um monte porém tem gente que acha que sou contra (??!!), na Sexta volto a falar de brancos e minha experiência no Encontro Mistral. Saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando por aí, inté!

 

Incrível Costela!

Gosto que me enrosco nessa tal de costela. Seja suína, seja de vaca, é uma carne suculenta que permite as mais variadas formas de preparo e foi na Rodovia Regis Bittencourt em Itapecerica da Serra, uns poucos kms depois do posto rodoviário passando a entrada de Embu, que encontrei o Nirvana das costelas. Fazia tempo que andava aguado por conhecer a casa e finalmente há pouco mais de mês finalmente fui conhecer a casa do amigo Celso Frizon, show o Dr. Costela, que um dia já foi Rancho do Vinho!! (clique no link em negrito para conhecer o lugar e ver como chegar)

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Fomos em família e nos esbaldamos no buffet que traz junto um rodizio de carnes, porém pela primeira vez me abstive de sequer provar a picanha que veio, meu foco era um só, as costelas!! Tá, não sou xiita e me deliciei  também com uma linguiça elaborada por eles, porém a festa mesmo foi com a costela na brasa, costela no bafo, hamburguer de costela, e por aí foi até que o Celso chegou com uma costela suína em molho agridoce absolutamente divina!!! De lamber os beiços, meus amigos.

Dr. Costela 1

O Celso é um chef de mão cheia e quando trouxe uns cubinhos de tapioca com geléia de tomate e pimenta (receita dele) saidinha do fogo naquele momento, foi um outro auê na mesa! Pena que na excitação do momento esqueci da foto, porém imperdível assim como sua banana flambada e adorei o sagu!! Não dá para ficar aqui falando de aromas e sabores, só indo lá mesmo.

Clipboard Dr. Costela

Tinha levado um Lagarde Primeras Vinas Malbec para acompanhar e a combinação com essa costela suína foi perfeita. Boa comida, bom vinho, boa companhia, a simpatia do Celso, o lugar aconchegante, não tem como dar errado! Recomendo aos amigos que sejam chegados nessa carne, um ótimo passeio de fim de semana podendo dar uma passada antes em Embu e almoçar tarde no Dr. Costela, um belo programa e, importante sempre, com preços módicos.

Kanimambo pela visita e nos vemos por aqui durante a semana ou em qualquer esquina de nossa vinosfera. Saúde!

Harmonização, Um Ato Pessoal, mas …

Harmonizar é uma arte pessoal que requer mais que tudo, prática, porém o “x ” da questão é buscar a harmonia que Quinta de Baldias 008contente ao maior número de pessoas, o que nem sempre é viável e, por outro lado, isso não deve ser uma obsessão, mesmo que seja algo aconselhável.  Há, no entanto, alguns princípios básicos a serem seguidos que podem ajudar a diminuir erros nessa busca pelo Nirvana.

Eu adoro essa busca e experimento muito, nem sempre acertando, sempre partindo de alguns desses preceitos básicos, porém sempre tendo em mente; as pessoas envolvidas, o momento, o local, o prato e o vinho. Quando o Nirvana é alcançado, é porque conseguimos Riesling e eisbeinharmonizar à perfeição todas essas varáveis mostrando que nossa vinosfera não é nada binária, graças a Deus, pois o resultado final  é bem superior à soma dos fatores. Eis algumas dicas básicas, mas nada bate experimentar!

Por Similaridade – pratos doces são combinados com vinhos doces; carnes vermelhas de sabor intenso com tintos intensos; pratos ricos em aromas de especiarias com vinhos aromáticos; peixes grelhados de sabores delicados com brancos leves.. Exemplos – doce com doce (porto tawny com pudim de amêndoas), salgado com salgado (Jerez Manzanilla com presunto cru) .

Por Contraste – Doce com salgado, experimente um espumante Mosctael com queijo azul, Porto com queijo Stilton inglês e Sautern com Foie gras são clássicos

Por Peso – Pratos densos, ricos e encorpados, requerem vinhos do mesmo estilo.

Por Origem – Vinhos e pratos regionais tendem a se harmonizar favoravelmente como Riesling e Eisbein!

Pratos condimentados precisam de vinhos refrescantes – Brancos frescos com comida asiática.

Pratos untuosos pedem vinhos de boas acidez ou taninos – Ex. Tannat ou Vinho Verde com feijoada, Tannat com carnes gordas, etc..

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Por Cor, mesmo que  com base menos técnica e mais empírica, a verdade é que a prática tem me ensinado que, na dúvida, apele para a combinação de cor do vinho com a do prato. Vinhos  com peixes e carnes brancas, Vinhos rosés com salmão (branco vai bem também), camarão e frutos do mar, tintos com carnes vermelhas e massas com molhos vermelhos. É meio tosco (rs) mas funciona na grande maioria das vezes,

IMPORTANTE: em muitos pratos, como por exemplo bacalhau e e massas, temos que pensar no que vai na elaboração dos pratos. Numa massa os molhos são, a liga no bacalhau os ingredientes e forma de preparo.

Seja lá que for; pessoas, comida, vinho, cerveja, tapas, etc.,harmonizar é sempre um exercício complexo que envolve uma série de sentidos e é muito pessoal já que cada um de nós tem seus próprios gostos, cultura e idiossincrasias. Por outro lado, mais do que nunca, é vero que em nossa vinosfera não existem verdades absolutas e a experimentação pessoal é necessária para que possamos encontrar nossos caminhos, mas se não der certo não se desespere e aproveite o momento! Como já disse Jean-Luc Thunevin, respeitado e conceituado produtor francês, “Na França bebemos vinhos com comida. Se se harmonizaram bem, fica ótimo. Se não se casarem bem, não tem nenhum problema, pois o vinho é antes de mais nada um alimento! O foco de harmonização é mais forte no Brasil do que na França!”.

Não sou xiita, mas quando a soma dos dois ultrapassa o mero resultado matemático, a experiência boa se torna marcante e inesquecível! Essa busca me intriga e o resultado me encanta, mas quando não dá certo, me divirto da mesma forma!! rs Kanimambo pela visita, saúde!

Degustação Temática Queijo & Vinho!

SÓ RELEMBRANDO, FALTAM POUCOS LUGARES ENTÃO RESERVE JÁ, VENHA!!
Olá amigos, bom dia. Como sempre cá estou para falar de mais um evento de degustação e harmonização que armei na Vino & Sapore no próximo dia 7 de Julho. A Vino & Sapore se uniu á Autour de la Table de minha au tour de la tableamiga de longa data Eliza Leão para montar uma noite de alegria e conhecimento. A Eliza  e eu montaremos uma noite interativa que, espero, será muito proveitosa!
Entre uma Tábua de Queijos artesanais da Queijo com Arte e do Capril do Bosque (Cabra e Vaca), iremos testar harmonizações na prática!   Paralelamente, será uma noite de conhecimento onde todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a história do queijo, sua fabricação e diferentes variedades poderão matar um pouco de sua curiosidade. Eis o que eu e a Eliza armamos para você degustar e harmonizar, 5 queijos e 5 vinhos, não necessariamente nessa ordem:
Queijo de Vaca massa cozida de longa maturação – Amalaya Riesling/Torrontés (Argentina)
Queijo de Cabra massa não cozida – Cantagua Sauvignon Blanc (Chile)
Queijo de Vaca massa não cozida e casca com cinzas – Vistamonti Barbera (Itália)
Queijo de Vaca massa não cozida casca lavada – Quinta da Prelada Porto Ruby Reserva (Portugal)
Queijo de Cabra Azul do Bosque – Anselmann Spatlese (Alemanha)
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    Ao final ainda serviremos um caldinho para esquentar e finalizar a noite. Quem estiver a fins, como sempre, aviso que estaremos limitados a no máximo 24 pessoas e os primeiros a efetivarem suas reservas  garantem seu lugar. O custo do investimento será de R$125,00 por pessoa (pagos no ato da reserva) que cobrirá os queijos, vinhos, pães especiais, água e caldo. No dia a Eliza também disponibilizará alguns kits para venda.
Local, Vino & Sapore, (Rua José Felix de Oliveira 875, centrinho da Granja Viana, KM 24 da Rodovia Raposo Tavares) estacionamento livre no local e inicio previsto para as 20:30h. Aguardo sua reserva, me contate pelos comentários aqui, envie seu e-mail para comercial@vinoesapore.com.br ou me ligue na Vino & Sapore de Terça a Sábado das 14 às 19 horas (tel. 011-4612.6343 ou 1433). Kanimambo e uma pergunta só, vai dar mole! rs

Bodegas Valdemar, Constatações e Surpresas

Recentemente fui convidado pela Mistral, importador desta bodega espanhola, e participar de uma degustação com diversos rótulos por eles importados, oito no total. A Bodega riojana tem ampla reputação no mercado, porém nunca tinha tido a oportunidade de provar seus vinhos. Me recordo que ainda nos idos do inesquecível Saul Galvão, creio que foi ele, o Conde de Valdemar Crianza 09 (USD40,00) foi apontado como um ótimo acompanhante a pratos de bacalhau e realmente tenho que concordar pois seus taninos finos, riqueza de sabores,corpo médio, mostram muito equilíbrio e boa persistência que devem fazer frente a um gostoso bacalhau de forno, belo vinho e boa relação Custo x Beneficio.

Tínhamos, no entanto, mais sete vinhos a provar, então eis minhas anotações feitas ali, na hora. Quem sabe lhes possam ser úteis em algum momento.

Inspiración Valdemar Tempranillo Blanco 2013 – não, não é um blanc de noir não, é um vinho elaborado com uma mutação da uva tinta, coisa rara e muito apreciada pela maioria dos presentes. Gosto de provar coisas diferentes e gostei deste, porém não fez a minha cabeça como fez da maioria.Gordo, seco, bom corpo, me fez lembrar da Viognier. USD50,00

Conde Valdemar Viura  Fermentado em barricas 2012 – nunca tomei um Viura barricado como este, muito bom! Bom volume de boca, fresco, complexo e longo, um vinho que surpreende e seduz! USD45,00

Conde Valdemar Rosado 2014 – de Garnacha com Tempranillo, groselha, aromas doces que se repetem na boca, não me agradou, porém quem gosta de rosés mais docinhos vai se dar bem com ele. USD26,00

Fincas Valdemar Roble 2012 – huummm, esse me pegou! Uma experiência fora de Rioja, este Ribera del Duero me encantou por sua vivacidade e frescor sem perder  a característica regional. Taninos muito finos, guloso, fruta abundante, frescor muito presente, talvez até um leve toque mineral que me seduziu e tomaria muitas dele! USD40,00

Inspiración Valdemar 2010 – ótima paleta olfativa de boa intensidade, taninos finos, algo defumado, bom corpo, macio, firme sem ser austero, boa textura de meio de boca, um Rioja mais moderno, fácil de agradar e bastante saboroso. Gostei, bom vinho. USD50,00

Conde de Valdemar Reserva 2006 – vinho marcante, freco, notas mentoladas, salumeria, rico e complexo, vinho de outro patamar mostrando bem a tipicidade dos vinhos de Rioja com um final algo abaunilhado. USD56,00

Conde de Valdemar Gran Reserva 2005 – uau, vinhaço, daqueles com “V” maiúsculo mesmo! Escalamos um bom número de degraus o que também se confirma no preço (USD97,00), mas para quem pode e aprecia os vinhos da região, certamente satisfação garantida. De cara um vinho com 11 anos de vida, porém vendendo saúde sem grandes mostras visuais de sua idade ou evolução a não ser nas notas terciárias tanto nos aromas como na boca. Complexo, um nariz incrível, daqueles que dá gosto ficar fungando (rs),ótima entrada de boca, concentrado sem excessos, algo mais encorpado sem ser pesado, frutos negros, notas especiadas, com nuances terrosas e animais, grande vinho, gostei e muito, um clássico.

Tendo passado rapidamente por eles, complementaria minhas observações dizendo que, pensando na relação Preço x Qualidade x Prazer, certamente me esbaldaria com o Finca Valdemar Roble e em seguida com o Conde de Valdemar Viura fermentado em barrica que me encantou assim como o Inspiración tinto. Não são necessariamente os melhores vinhos, mas são os que eu compraria, os que se destacaram e me chamaram a atenção. Ótima linha de produtos, mas estes três me seduziram por completo e possuem preço algo mais condizente com o tamanho de meu bolso, ou quase! rs

Bodega Valdemar na Mistral

Ah, os preços arredondei, ok? É isso amigos, por enquanto é só e espero vos encontrar por aqui novamente em breve ou pelas esquinas desta nossa vinosfera. kanimambo, saúde e explorem, porque navegar é preciso!

 

 

Chocolates Nugali São Boa Companhia aos Vinhos

Sim, tanto aos Vinhos do Porto Ruby quanto a alguns colheitas tardias de Malbec que também tendem a harmonizar bem. Eu curto um ou dois quadrados de chocolate amargo ou meio-amargo, no caso 70% Cacau com uma taça de Vinho de Porto Ruby antes de deitar. Aliás, no caso dos chocolates da Nugali, o 70% Flor de Cacau com crocante de açaí, é de implorar por mais, mas há que se ter um pouco de controle! rs

Gente, abri esse espaço hoje aqui para falar de chocolate porque é um alimento como qualquer outro e este blog trata de enogastronomia, mesmo que o foco maior seja no vinho. Conheço estes chocolates há muito tempo e me apaixonei por eles quando passei por Pomerode lá em Santa Catarina, cidade não muito distante de Blumenau. Quando montei a Vino & Sapore (há mais de cinco anos) quase fechei uma parceria com eles, mas a Valrhona há época fazia sucesso e eu acabei traindo meus instintos, antes não tivesse!

Agora, depois do tour que fizemos por Santa Catarina no carnaval, de novo mantive contato e a chama reacendeu! rs Acabei introduzindo no portfolio e quem gosta de chocolates, falamos de algo diferenciado, fora da curva e muiiito melhor que algumas grandes e famosas marcas por aqui em São Paulo, vale conhecer e por aqui no pedaço (Cotia/Granja Viana) sou o único que trabalha com eles. Agora deixa eu lhe mostrar quem é a Nugali através de seu sucesso recente na International Chocolate Awards e algumas fotos de alguns de seus saborosos produtos. (clique na imagem para ampliar)

Nugali Clipboard

A International Chocolate Awards é a principal competição mundial de chocolates de alta qualidade e as centenas de amostras de produtos são avaliadas às cegas pelos maiores experts em chocolate no mundo, como sommeliers, chefs e críticos de gastronomia. O painel de avaliação inclui juízes da Europa, Japão, América do Sul e o grande júri da entidade. São selecionados apenas 14 finalistas, que são aqueles considerados os melhores, passando por uma seleção técnica inicial e por quatro dias de avaliação. A marca brasileira está entre os finalistas concorrendo com marcas como Pacari (Equador), Amano (EUA) e El Rey (Venezuela), que são referência de chocolate exclusivo e de qualidade no mundo.

A Nugali é a única marca brasileira entre os finalistas nas categorias de chocolates puros da International Chocolate Awards, que em 2016 está sendo realizada em New Jersey (EUA). A empresa catarinense concorre pelos chocolates amargos de origem e foi selecionada entre os melhores das Américas, Ásia e Pacífico, competindo com centenas de marcas de vários países. O ganhador será divulgado no dia 27 de julho em New Jersey, vamos torcer e enquanto isso abrir um Porto e um Flor de Cacau 70% da Nugali! Afinal, “As pesquisas sobre os flavonóides no chocolate têm mostrado benefícios como a diminuição do risco de doenças cardiovasculares, diminuição do colesterol e melhoria no sistema imunológico”, revela a engenheira de alimentos Priscila Efraim, da Universidade de Capinas (Unicamp). Juntou com uma taça de Porto e bingo!!

Não tem Nugali, tudo bem, escolhe uma outra boa marca, mas não deixa de fazer essa harmonização não!  O Porto você escolhe, tem diversos bons produtores entre eles os da Quinta do Infantado, Niepoort, Graham’s, e Taylors entre outros. Para meu gosto, deixemos claro, os Ruby vão melhor com os chocolates amargos e meio-amargos, já o Tawny encara melhor os ao leite, mas há controvérsias! rs Saúde e uma ótima semana para todos, kanimambo pela visita.

RODA DE AROMAS E SABORES

Roda de aromas no chocolate

 

Noticias de Nossa Vinosfera!

JFC - Hats Off 007A Zahil completa 30 anos, motivo de celebração, especialmente no Brasil onde a vida das empresas tende a ser algo curta, especialmente neste ramo. Por isso esta divulgação, reconhecimento a um trabalho bem feito por gente de bem. Eis a mensagem recebida que agora transmito, tirando o meu chapéu para essa gente guerreira.

“O início da caminhada foi em 1986 com a importação de alimentos e enlatados. Em 1999 passaram a se dedicar exclusivamente à importação de vinhos de alta qualidade e, desde então estabeleceram rigoroso critério de seleção de vinhos assumida por uma competente equipe técnica.
Hoje contam com 50 funcionários, 4 distribuidores exclusivos e uma rede de distribuição nacional que permite que seus vinhos sejam encontrados em mais de 2000 restaurantes, empórios, lojas especializadas e supermercados, além da loja em São Paulo e um e-commerce dedicados ao consumidor final.
Sobreviver por tanto tempo enfrentando crises, criando oportunidades e alcançando o reconhecimento dos profissionais é um verdadeiro triunfo que motiva a seguir em frente.”
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Bueno Paralelo 31 safra 2013 com a mão de Roberto Cipresso chega agora ao mercado. aliás, não só o Paralelo como também o Pinot Noir. eis o que a Bueno Wines tem a dizer sobre os vinhos.

Produzidos na região do Seival, Campanha Gaúcha, os vinhos chegam para harmonizar com as temperaturas mais amenas esperadas para essa época do ano, quando dias mais frios pedem vinhos tintos e mais encorpados.

Na safra de 2013 o winemaker da vinícola, o italiano Roberto Cipresso, cuidou das fases finais do processo de produção, como o planejamento do assemblage, a definição final e o engarrafamento. “O ano de 2013 foi bastante regular e interessante, com uma Primavera chuvosa e um Verão quente e tranquilo, assim a boa disponibilidade de água permitiu uma maturação equilibrada das uvas”, comenta.

Segundo Cipresso, a nova safra do Paralelo 31 foi elaborada com corte de 50% Merlot, 42% Cabernet Sauvignon, 8% Petit Verdot. “A Merlot é a uva que se apresenta mais adaptada para o território da Bellavista Estate, e dá mais continuidade e coerência a todo o projeto da vinícola”, diz.

A característica do Paralelo 31 é de um vinho potente, equilibrado, com notas balsâmicas. Apresenta aromas de frutas maduras de casca escura, notas de tosta e de tabaco. Acompanha bem carnes, como porco, e queijos fortes como o gorgonzola.

Já o Bueno Bellavista Estate Pinot Noir é um vinho elegante, com aromas frutados e leve complexidade adquirida pelo estágio em barris de carvalho. É elaborado 100% com a Pinot Noir. Acompanha muito bem todos os tipos de carne, legumes, frutas e queijos como o brie.”

Bem, agora cabe-nos conferir e eu fiquei mesmo é ligado no Paralelo 31 já que tem 8% de Petit Verdot, essa casta mágica que faz milagres nos blends!

 

NATUREBAS 2016 – A Lis e o Ramatis vêm investindo forte neste segmento de mercado em seu bonito recanto no Itaim, Enoteca Saint-Vin-Saint, que vale a pena conhecer., mesmo que você não seja um devoto dos naturebas. Para quem é, no entanto, e para quem tem curiosidade em conhecer, certamente um evento imperdível!

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Eis o release recebido deles e passando por lá certamente também deverás poder encontrar o Didu, afinal não só é da família como é “promoter” dos vinhos puros!
“Já na quarta edição, quem veio, sabe. Quem não veio, não sabe o que está perdendo.
Vinhos naturebas do braza e do mundo. música ao vivo. Vendas direto do produtor. Um monte de gente muito interessante. Um caos divertido e ébrio, só com gente que se interessa pelo tema. Produtos orgânicos e agroecológicos. Comidinhas lá na enoteca pra amenizar a embriaguês.
 
Lá na Enoteca? Pois é. Tivemos tanta procura nos últimos anos que tivemos que passar a Naturebas para um local maior (um espaço de eventos beeem na frente), portanto a Enoteca ficará aberta para alimentar os famintos e embriagados enquanto a feira corre solta do outro lado da rua.
 
A IDÉIA DA NOSSA FEIRA É COLOCAR OS VISITANTES EM CONTATO DIRETO COM OS IMPORTADORES E OS PRODUTORES DE VINHOS NATUREBAS DO BRASIL E DO MUNDO.
 
SÃO CERCA DE 40 EXPOSITORES E MAIS DE 200 RÓTULOS DE VINHOS NATURAIS, ORGÂNICOS OU BIODINÂMICOS PARA CONHECER, ALÉM DE CHOCOLATES, QUEIJOS, EMBUTIDOS, HORTIFRUTI, CHARUTOS Y OTRAS COSITAS MÁS. OS VINHOS E PRODUTOS PODERÃO SER DEGUSTADOS E COMPRADOS NO DIA COM DESCONTOS ESPECIAIS, DIRETAMENTE DOS PRODUTORES E IMPORTADORES .
 
A FEIRA NÃO TEM FINS LUCRATIVOS: TODO O DINHEIRO DOS INGRESSOS É REVERTIDO PARA O CUSTEAMENTO DA ESTRUTURA MONTADA E VINDA DOS PRODUTORES PARA SAMPA. 
 
Só nas pré-vendas boca a boca vendemos mais de 200 ingressos, sobrando apenas mais 100 para completarmos a casa cheia. 
 
Data: 30 de Julho de 2016, Sabadão
Horário: das 14hs às 20hs
Valor por pessoa: R$100
 
Os ingressos serão reservados apenas com depósito bancário e envio de comprovante.
 
Reservas e maiores informações no naturebas2016@saintvinsaint.com.br ou no 11. 3846 0384. Para dar uma espiada nas edições anteriores e ver quem vem esse ano, visite nosso site: http://www.feiradevinhosnaturebas.com/
 
Salute e kanimambo, um ótimo fim de semana para todos.

 

17 Vinhos Brasileiros Premiados na Decanter Wine Awards

Certamente um motivo de orgulho para nossa ainda “engatinhante” vitivinicultura de medalhas decanter wine Awardsvinhos finos tupiniquim. Afinal, a DECANTER WINE AWARDS é um evento que está entre os melhores, maiores e, principalmente, mais respeitados concursos de vinho internacional.

Este ano, algumas ótimas surpresas ao vermos alguns vinhos brasileiros pontuados. Só espero que não comecem com aquele marketing ridículo de “melhor do mundo” usando essa premiação como base, menos gente, menos! Enfim, isso não é importante, o que vale mesmo é que, como digo faz anos, aprendemos a fazer vinho (meu problema é com a estratégia comercial que adotam) e alguns rótulos são realmente muito bons e esse reconhecimento internacional em concursos sérios é primordial inclusive para o próprio mercado (consumidor) nacional. Vamos a alguns destaques brasucas entre os “apenas” (rs) 16.000 vinhos do mundo inteiro inscritos na edição 2016:

Medalha de Platina (2) – Valduga com dois rótulos > Leopoldina Chardonnay 2015 e Leopoldina Merlot 2012 (RS)

Medalha de Ouro  (1) – Guaspari Vista do Chá Syrah 2012 (SP)

Medalha de Prata (5)- Só espumantes; Aurora Brut, Valduga 130, Perini Moscatel, Salton Séries Brut Rosé e Salton Intenso Brut. (RS)

Medalha de Bronze (9)- Valduga Raizes Cabernet Franc e Raízes Gran Corte ambos 2012, Aurora Moscatel, Aurora Premium Selection Cabernet Sauvignon 2013, Aurora Procedências Chardonnay Brut, Aurora Reserva Merlot, Ponto Nero Conceptual Edition Brut Rosé de Noir, Ponto Nero Brut Rosé, Guaspari Vista de Serra Syrah 2012

Talvez este resultado sirva de incentivo a outras vinícolas investirem na participação deste renomado e respeitado concurso no ano que vem e aí, certamente, outros nomes aparecerão por aqui.

Para boa ordem, vejam a pontuação necessária para que uma medalha seja outorgada a um vinho no Decanter Wine Awards:

Platina – foi introduzida nesta edição e substitui o troféu de melhor vinho regional. Vinhos de altíssimo gabarito! Foram somente 130 vinhos os agraciados este ano.

Ouro – de 95 a 100 pontos / Prata – de 90 a 94 pontos / Bronze – de 86 a 89 pontos.

Kanimambo pela visita e, tendo a oportunidade, porquê não um vinho brasileiro na taça? A evolução na qualidade é fato, basta a gente perceber o vinho e seu preço (sim importante também) dentro de seu contexto. Saúde, tchin-tchin!

Um Novo Pinot na Taça, Gostei.

No extremo sul do Chile, três regiões vêm num crescendo como fronteiras ainda a serem melhor exploradas e conhecidas. Bío-Bío a mais conhecida de que maioria já ouviu falar assim como Malleco, mas o Vale de Itata é um pouco mais recente. Apesar de produzir vinhos desde os idos de 1600, somente em 1994 foi oficialmente designada como uma D.O. (denominação de origem).

O Vale de Itata está pouco mais que 500kms ao sul de Santiago onde, de acordo com especialistas chilenos, se geravam os melhores vinhos do país durante a era colonial. Situadas em pitorescas colinas, as vinícolas tentam agora resgatar esse antigo legado de vinificação introduzindo novas castas, recuperando antigos vinhedos e focando na produção orgânica de mínima intervenção. Solo de rocha granítica, terra úmida descartando necessidade de rega, clima mais frio, variações térmicas grandes, trazem aos vinhos um caráter mineral, de boa acidez e taninos suaves.

Casa Diego PinotFoi desta região que me chegou às mãos este Casa Diego Reserva Pinot Noir, vinho que se situa aí na casa dos R$55 a 60,00 e que provei junto com uma amigo visando colocá-lo, ou não, no portfolio da Vino & Sapore. Ao abrir e no primeiro gole já me veio à cabeça um certo preconceito que tenho contra os Pinots do novo mundo que geram até vinhos de qualidade, porém escuros, bastante extração de taninos e cor, a meu ver sem qualquer tipicidade da cepa e, se às cegas, poucos a identificariam. Mais um pensei eu, lego engano!!

Com passagem de dez meses por barrica, que imagino sejam de segundo e terceiro uso,a presença da madeira não se sente tanto, estando algo sutil. Na primeira fungada o que me veio à mente foi fruta madura, na boca médio corpo, com essa fruta aparecendo de forma mais compotada o que, a meu ver, não combina muito com a Pinot. Com um tempo em taça,no entanto, essa sensação de fruta mais madura foi sumindo e a tipicidade da Pinot começou a aparecer de forma mais convincente e sedutora. Frutos mais frescos e delicados, algumas notas animais, taninos finos, boa acidez, e um final algo mineral. Pelo preço achei bem bacana então acabei por tomar um tempinho a mais pesquisando a região para poder compartilhar o vinho com os amigos.

Mais um que passou pelo meu crivo e aprovou e lhes digo, cada vez mais complicado encontrar bons vinhos nessa parte mais baixa da pirâmide de preços, então fico contente quando acho um. Espero que quem tiver a oportunidade de o conhecer acabe tendo a mesma impressão que tive, saúde! Kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aí! Uma ótima semana para todos.

Expovinis 2016 – Melhores Vinhos Abaixo de R$70,00

O legal deste “concurso” levado a cabo na Expovinis pelos blogueiros do vinho no Brasil e organizado pelo amigo Cesar Adames, é extremamente interessante por três razões em minha opinião:

1 – A indicação é dos blogueiros (veja quem na coluna da direita abaixo) que vão selecionando seus candidatos mediante provas junto aos expositores. Os expositores não escolhem o que querem que seja provado.

2 – O preço cabe no bolso da maioria

3 – A gente fica sabendo da lista dos indicados, o que não ocorre e eu condeno, na escolha do TOP 10. Dessa forma acabamos tendo nas mãos uma lista de bons vinhos a provar, pois se chegaram aqui é porque já passaram por um bom filtro. Feliz de ver que tanto o Fausto Chardonnay e o Tannat (que eu já havia destacado) estão aqui. Também o Quereu Sauvignon Blanc que tenho na Vino & Sapore e acho muito bom.

Pois bem, este ano foram avaliados tintos e brancos separadamente independente de sua origem, o foco era apurar qualidade x preço. Eis a lista dos candidatos e os ganhadores estão destacados.

Expovinis 2016 Melhores abaixo de R$70

OS VENCEDORES

Expovinis 2016 Winners Abaixo de R$70