João Filipe Clemente

Presente de Dia dos Pais

Acordei inspirado e me lembrei que Dia dos Pais está aí, no dobrar da esquina a menos de 15 dias de distância, não vai esquecer né?! É, digo isso porque Dia das Mães cai em Maio, verão, mês das Noivas, e é o segundo melhor dia de faturamento para o comércio, já o dos pais?!! Agosto, inverno, mês do cachorro louco! Toda a Sexta treze é dia de azar, se cair em Agosto, então, é puro mau agouro!! Pai é tão desprestigiado que seu dia cai em meio ao período de liquidação. Pois bem, foi neste malfadado mês que decidiram instituir o Dia do Pais, sacanagem gente!!! rs Brincadeirinha gente, só para quebrar o gelo e lembrá-los de caprichar no presente. Nóis merece!fathers-day-sign

Já elaborou sua listinha ou já pediu para seu pai a fazer? Nããão!!! Ó, aqui vai uma dica para os pais mais novatos ou de primeira viagem, listinha é essencial! É, eu sou pai velho, por sinal, de três que cresceram e se tornaram pessoas muito especiais de que me orgulho muito. Aliás, já sou até avô então a dica é de Pai com experiência! Aqui em casa tem listinha, e se não tiver, ó, está perdendo, depois não reclame da caixinha de lenços, meias, chinelos ou pijama que ganhou pela enésima vez! Difícil é elaborar essa listinha em função da enormidade de opções disponíveis e, por outro lado, ninguém acredita que você ficará feliz com “mais” um vinho.

Aí, matutando com meus botões, me lembrei, novamente, das Mães! Quer fazer uma mulher feliz, presentei-a com um par de sapatos. Quer fazê-la duplamente feliz? Dê-lhe dois pares de sapatos!!rs De acordo com uma amiga enófila, pode ser também um par de sapato e um vinho! Essa reflexão me fez recordar de uma famosa e profunda frase dita por um desconhecido sábio, “o vinho é a vingança masculina aos sapatos da mulher”, que, apesar de não explicar, serve de embasamento para meu conselho de presente para o Dia dos Pais neste e em todos os próximos anos se seu pai, obviamente, for um apreciador.

Não sei para vocês, mas aqui em casa não falta espaço para tantos e interessantes rótulos disponíveis no mercado, sempre se arruma um cantinho para mais umas garrafas, questão de jeitinho! Falta de espaço nunca foi problema para as mulheres e seus sapatos, então, até porque também somos criativos, não será para nós pais. Mais uma coisa, todo o apreciador tem lá sua famosa “Wish List” com verdadeiros objetos de desejo. Deixe-a, como quem não quer nada, impressa em cima da mesa.

Ah, mas você é o filho(a) que vai presentear o pai que, inadvertidamente, não fez sua listinha? Bem, então veja se desenvolve a criatividade e, se ele aprecia vinhos, nada de meias, pijamas, gravatas ou cuecas vá direto no néctar! Existe um mundo de rótulos, livros e acessórios que seu velho certamente curtirá, o importante é manter em mente que, sua presença é obrigatória e presentei-o com o que ELE gosta, por mais absurdo que isso lhe possa parecer. Preste atenção no que ele toma ou tem guardado. Não prestou atenção não é? Pecado, e pior, ele não tem nada guardado nem “esqueceu” sua wish list sobre a mesa! Bem, neste caso, pense um pouco em sua personalidade e jeito de ser.

É do tipo clássico e tradicional? Neste caso seja mais conservador, vá de rótulos do velho mundo; Espanha, França, Itália ou Portugal ou da origem/uva que ele sempre compra, só mude o rótulo.

O velho é do tipo inovador, inventivo, sempre buscando coisas novas e provando novidades? Então vá de vinhos de regiões diferentes como Hungria, Grécia, Líbano, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul ou, talvez, alguns vinhos da nova região produtora no Brasil, Santa Catarina, e vinhos de cepas menos comuns elaborados nos países vizinhos como um Bonarda, Carignan, País, Petit verdot, etc..

Nem lá nem cá? É chegado mas não fissurado? Nesse caso jogue no seguro, vá de vinhos de nossos vizinhos Chile, Uruguai e Argentina ou, ainda, um dos bons rótulos nacionais.

As opções são enormes, basta procurar comprar numa loja especializada de sua confiança! Não tem uma, bem minha sugestão fica então para que você garimpe aqui no blog, tem dica para dedéu! rs Não quer dar vinho? Tudo bem, que tal; livros para ele se aprofundar no assunto, uma caixa de boas taças, uma adega climatizada, acessórios que facilitem o manuseio, serviço e conservação do vinho ou um curso básico de vinhos? Melhor ainda, faça o curso junto! Ah, tá com uma sobra, quer caprichar, então que tal uma viagem enogastronomica?

Enfim, opções é que não faltam, basta querer e usar de sua imaginação. Para todos os bolsos e todos os gostos, há de tudo no mercado, basta garimpar um pouco, também não vai querer tudo de mão beijada, não é?! A parte principal do presente é o esforço em correr atrás, do tempo que você gastou buscando algo que o faça feliz, não o valor em si, mas o fato de que você se esforçou para satisfazê-lo dando-lhe mostras de seu imenso amor, só não deixe para a última hora e por isso o post hoje, dois fins de semana antes para que você não diga que não teve tempo!

Agora, a crise tá brava não tá dando para comprar nada. Bem nesse caso vai aqui mais uma dica no pé do ouvido, pai adora um carinho! É, sério, não é sacanagem não, especialmente pai velho! Ele, que nasceu há dez mil anos atrás, não tem nada neste mundo que ele goste mais do que um abraço, um beijo carinhoso e um valeu velho!! Nesse dia ele até se deixa chamar de velho numa boa, mas que pare por aí, ok? Tá longe, liga, pega um busão, mostre que você se importa e valorize o dia mesmo sendo em Agosto, fazer o quê!

Seu velho não está mais por aqui, aí fica mais complicado mas também tem solução. Nesse dia abra uma garrafa do vinho que ele mais curtia em sua homenagem. Se tiver irmão/s, juntem-se e façam isso juntos, garanto que, se der para ele ver, isso o deixará imensamente feliz apesar da distância!

É isso e curti demais escrever este post hoje. Quero finalizar com uma dica mais séria para todos que são pais; não basta participar, tem que dar o exemplo! Pensem nisso e semana que vem tem mais, aguardem. Kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí, nas esquinas desta nossa incrível vinosfera.

Sacando a Rolha de Vinhos da Crise

A Confraria Saca Rolha se reuniu para sua 47º reunião tendo como objetivo degustar vinhos da crise! A inspiração do tema veio de uma matéria lida num site de loja nos Estados Unidos quando há alguns anos montaram uma degustação de “Recession Wines” (abaixo de USD10). Nas confrarias é natural que os patamares de preço e qualidade subam com o tempo, afinal essa é sua essência, então quando propus este tema o Uncorking-Old-Sherry-Gillrayprimeiro impacto foi surpresa, porém todos rapidamente toparam o desafio de um choque de realidade e na hora toparam, afinal há vida nos rótulos mais em conta?! Há tempos que falo disso aqui e afirmo, sem hesitação, que sim, só que o garimpo é maior. Cada um teve seus preferidos, eu também, que podem ser diferentes um dos outros, porém nossa porta voz é a amiga Raquel Santos cabendo-lhe a missão de colocar na tela e compartilhar com você o resultado de nossas aventuras pelos caminhos de Baco, então fala aí Raquel, o que você achou?

Estamos vivendo tempos difíceis e até o governo já admitiu que este ano será marcado pela crise econômica, onde a adaptação é a palavra de ordem. Saber se preparar é o primeiro passo para garantir a sobrevivência. Não importa que sacrifícios isso possa envolver, mas uma coisa é certa, se você quer se preparar para a crise de 2015/16, a primeira providência é reduzir a todo custo seu grau de endividamento.

Ninguém deixa de tomar banho porque a água está escassa nem pára de comer porque os preços dos alimentos estão pela hora da morte. Nós, amantes dos vinhos, acreditamos que esse consumo regular e cotidiano, não é uma prática supérflua e desnecessária. É um hábito que adquirimos inicialmente por puro deleite e prazer, mas com o passar do tempo e ganho de conhecimento, descobrimos que além disso, trata-se de uma bebida que complementa a boa alimentação trazendo muitos benefícios à saúde.

Em tempos de vacas magras seria prudente revisar nossos padrões de consumo de vinho sem que seja necessário eliminá-lo. Pensando nisso, a ideia de juntarmos vinhos a preços razoáveis e com qualidade, pareceu-nos uma reflexão bem proveitosa tanto para nós como para outras pessoas que evitam o seu consumo apenas pela questão do preço.

A escolha dos vinhos foi baseada na relação qualidade x preço x prazer selecionada pelo João, devendo ficar numa faixa de preços entre 50 e 70 Reais. Foram eles:

Gouguenheim Bubbles Rosé– Um espumante argentino da região de Mendoza.
Elaborado com a casta Malbec, tem uma bela tonalidade rosada. O rótulo indica a categoria Extra Brut (3 a 7g/l ), porém percebe-se um leve residual de açúcar que não chega a incomodar pois tem acidez equilibrada o que, por outro lado, evidencia uma agradável presença de frutas silvestres frescas. Preço: R$67,00.

William Fèvre Espino Pinot Noir 2012 (Chile) – A vinícola, que leva o nome do enólogo da Borgonha, já indica um estilo de vinificação tradicional francesa, porém com sotaque chileno. O Espino-Pinot Noir, é um típico Pinot do velho mundo (de menor extração), com muita mineralidade, frutas e bom equilíbrio entre a acidez, taninos e corpo. Leve e agradável. Preço: R$63,00.

Domaine Perrin La Vieille Ferme (França) – Um vinho simples mas muito bem feito. Da região do Rhône, pode-se dizer que é aquele vinho “pau pra toda obra”. Fácil de beber, sozinho ou acompanhado por aperitivos ou uma refeição. Destaque para sabores de frutas vermelhas (morangos e cerejas) e especiarias doces (canela, funcho). Preço: R$65,00.

Bodegas Staphyle Gea Malbec 2010 – Argentino, da região de Lujan de Cuyo. Aromas discretos que crescem com tempo na taça ( frescor de mentol, eucalipto). Na boca mostrou-se denso, cheio de frutas, chocolate e notas animais (couro). Um típico Malbec dessa região. Preço: R$59,00.

Vinhos da crise

Canforrales Tempranillo Clássico 2013 – Espanhol, da região de La Mancha. Mostra bem a tipicidade da uva e da região: Nariz seco e amadeirado com final terroso e ervas aromáticas. Na boca mostra corpo médio, sabores bem integrados e equilibrados. Preço: R$ 51,00.

Hécula 2011 – Espanhol, da região de Yecla. Feito com a uva Monastrell que é típica do mediterrâneo, e na França é conhecida como Mouvèdre. Tem um caráter bem mineral que lembra carvão e brisa marinha. Com taninos fortes, foi o mais equilibrado de todos. Corpo frutoso e erva verde bem aromática. Preço: R$65,00.

Pérez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2012 – Valle do Maipo, Chile. Bom corpo, frutado, correto. Apesar de ser elaborado por um bom produtor no Chile, foi o que menos agradou. Talvez pelo álcool evidente e a falta de tipicidade que lhe daria mais personalidade. Preço: R$66,00.

Uma questão que devemos sempre levar em consideração quando escolhemos um vinho, é saber quem o produz. Fazendo uma analogia à indústria automobilística, quando queremos comprar um carro e temos várias opções de fabricante, escolhemos um que por alguma razão nos dá a segurança de qualidade e entre seus produtos escolhemos um que esteja de acordo com a nossa necessidade e que podemos pagar, certo? Por exemplo: Se acredito que um “Volkswagen” é uma boa marca de carros posso escolher desde um Gol 1.0 até um Touareg 4×4 turbo. Ou se prefiro um “Ford” tenho a opção de um Fiesta 1.0 até um Ford Ranger Automático. Com vinhos não é muito diferente. Um bom produtor tem uma gama de vinhos que vai desde os mais simples, para o dia a dia até os tops de linha para ocasiões especiais ou mesmo para aqueles que podem comprá-los.

Uma das boas lições que se pode extrair de uma crise é que com criatividade e conhecimento de causa podemos adaptar as necessidades individuais ao respectivo bolso. Estar aberto a novas sugestões e mudanças é um sinal positivo que impulsiona o desenvolver da vida cotidiana. De resto, como já dizia o Superman: “Up, up & away!

Pelo andar da carroça já, já vamos montar uma de até R$50,00 e certamente vamos descobrir bons rótulos aí também, aliás já os tenho, o que só vem demonstrar que há bons vinhos nas mais diversas faixas de preço, só precisa garimpar com mais cuidado e são mais raros. Por outro lado, o tradicional é que aos confrades tomem no seu dia a dia, fim de semana ou momento de celebração, vinhos num patamar de preço algo mais baixo, então o exercício foi muito proveitoso. Aproveito para dar uma dica, prove e conheça os rótulos de entrada de um produtor. Se os vinhos forem bons, suba a escala numa boa pois o porto é seguro e nesse produtor fica certamente mais garantido o investimento em rótulos algo mais caros. Saúde e kanimambo!

Salta, Visitando os Verdadeiros Vinhos de Altitude Argentinos. Vem Comigo!

É gente, uma viagem única que se inicia dia 3 de Setembro e termina dia 8! Para Mendoza, que adoro, tem até voo direto agora, é bem mais fácil de ir a qualquer hora e no inicio de Novembro estarei com uma nova viagem para lá, aguardem! Salta é diferente, pois não basta ia a Cafayate! Tacuil e Colomé são visitas obrigatórias para quem quer conhecer vinhedos dos mais antigos e mais altos do mundo, 2650 metros de altitude e a bodega mais antiga da Argentina. A Van nos pega no aeroporto e nos deixa no aeroporto depois de mais de 600 kms rodados entre as diversas regiões e bodegas, não dá para fazer isso solo ou em três ou quatro pessoas, por isso eu ter montado esta viagem.Me apaixonei pela região quando por lá estive em 2012, parte dos cerca de 5.000 quilômetros percorridos em terras argentinas desbravando regiões, vinhos e bodegas!

A partir de terça o roteiro detalhado com links para hoteis e bodegas já estará pronto, mas quis já colocar este “SAVE THE DATE” para que você possa se programar. Quem já viajou comigo sabe que os roteiros e detalhes são esmerados e não fugi à regra neste, com visitas especiais e sempre vinhos de primeira linha baseado nos rótulos que já conheço e selecionei em conjunto com os enólogos de plantão por lá. Um roteiro por paisagens diferentes, quase lunares, passando por picos de mais de 3400 metros de altitude, altiplanos, vales e vinhedos obviamente!

Serão seis dias de viagem com um grupo pequeno, entre 10 a 12 pessoas:

São Paulo/B.Aires/Salta dia 3 de Setembro, bem cedinho para aproveitar lá!
Salta > Molinos – Bodega Tacuil (RD) dia 4 (com almoço)
Bodega Colomé dia 5 (com almoço)
Colomé>Cafayate – Bodeka Tukma dia 5 degustação e jantar (Tolombon/Cafayate)
Dia 6 – El Esteco degustação – Almoço e degustação na El Porvenir – Final de tarde na San Pedro de Yacochuya com degustação.
Dia 7 – Salta/Buenos Aires – Final de tarde com assado exclusivo e degustação na vinoteca JÁ de meu amigo Joaquin Alberdi, o embaixador do vinho argentino!
Dia 8/09 – Livre em Buenos Aires com retorno ao Brasil às 19:30

Cinco noites, três almoços, dois jantares, degustações top, van acompanhando toda a parte terrestre, aéreo, hoteis, total USD2.450,00.Quer ter um gostinho de por onde passaremos, clique na imagem e veja o vídeo show que preparei. Até semana que vem!

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Casarena, Surpreendente Bodega!

Surpreendente não pelos seus vinhos, que já mencionei aqui e cas0 tenha interesse em rever digite Casarena em pesquisa (search), mas pelo complexo Casarena 1como um todo. A Bodega, a paixão de quem nos recebeu e já mencionei em meu post Vinhos com Alma, a refeição, nossa experiência na criação de um blend próprio e grandes vinhos obviamente! Depois da “grande” Achaval Ferrer foi a cereja no bolo e o final de um dia incrível!

Para começar fomos recebidos com uma taça do surpreendente e saboroso Ramanegra Extra-brut elaborado pelo método charmat, porém eles já trabalham num rótulo champenoise do qual provamos algo do vinho base ainda no inox. Fruto de um inusitado blend de Chardonnay, Viognier e Sauvignon Blanc, é um espumante de boa intensidade aromática, fino e fresco, sedutor tanto no olfato como no palato, com boa perlage e persistência. Uma grata surpresa que não vem para cá, mas que o importador deveria analisar trazer, eu me encantei com ele e trouxe na mala, mas já acabaram! sniff!!

Após uma breve visita à bodega, fomos para uma sala exclusiva onde tivemos o prazer de praticar um exercício diferente, desenvolver um blend próprio. Na mesa, pipetas e três garrafas de vinho base todos de Agrelo; Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot. Cada dupla desenvolveu sua sensibilidade provando primeiro cada vinho individualmente e depois montando seu blend sendo que a maioria optou por um protagonismo do cabernet que realmente estava muito bom. Super divertido e um exercício muito bacana que já tive o prazer de montar, de forma algo mais lúdica, em uma de minha degustações ao montarmos cortes bordaleses, sempre uma ótima e divertida forma de desenvolver nosso conhecimento e aguçar nossos sentidos. O ganhador (batizado com o nome de September) foi escolhido pelo grupo ás cegas, pois de cada rótulo foram feitas duas garrafas, uma para a prova e a outra para a dupla que elaborou levar para casa.

Já embalados a esta altura do campeonato, nos dirigimos ao restaurante para uma deliciosa e muito criativa refeição harmonizada com menu degustação de seis pratos. Afora os vinhos relacionados, ainda tivemos o privilégio de provar dois vinhos top adicionais. De forma reduzida e concisa , eis meus comentários:

  • 505 Chardonnay – levemente amadeirado, fresco, um vinho muito agradável de uma linha de gama de entrada.
  • 505 Rosé de Malbec com Cabernet Franc – o mercado não é muito chegado em rosés, mas eu gosto e este me encantou, sedutor e muito saboroso.
  • Ramanegra Blend – um de meus vinhos favoritos, junto com o Cabernet Sauvignon, que a Bodega produz. Gama média alta, boa complexidade, meio de boca muito rico, um vinho muito agradável, quase tanto quanto o September! Rs

Para completar tivemos o privilégio de tomar os 4 vinhos top da casa, os Single Vineyard:

  • Lauren’s Malbec – de Agrelo, mais robusto e maior estrutura, um Malbec mais clássico e de muita categoria.
  • Jamilla’s Malbec – de Perdriel, potência e elegância em perfeita harmonia, um vinho marcante! http://www.falandodevinhos.com/2014/04/17/hoje-e-dia-mundial-da-malbec-resultado-do-desafio-as-cegas/
  • Lauren´s Cabernet Franc – de Agrelo, a uva da moda na Argentina, a Cabernet Franc com todo o seu esplendor e mostrando aqui a virilidade do vinhedo que já produz um Malbec bem robusto. Muito jovem (creio que foi 2012 que provamos), um belo vinho de guarda, que deve crescer ainda mais dentro de uns três a quatro anos.
  • Lauren´s Petit Verdot – mais uma vez o berço fala mais alto, vinhaço! Boa tipicidade da uva, encorpado, vinho para guardar devendo atingir todo o seu esplendor com uma meia dúzia de anos nas costas. Se for servir agora, 2011/2012. Aeração de uma horinha vai bem ou umas três passagens pelo magic decanter quem o tiver.

Quanto ao almoço, sugiro dar uma olhada aqui, no blog do Ricardo Gaffrée (Amigo Gourmet) que nos acompanhou e é fera em gastronomia! Por sinal, as fotos dos pratos no vídeo show abaixo, são dele. O que posso dizer, dentro de meu limitado conhecimento técnico gourmet, apesar de um apaixonado por essa arte, é que o menu é bem criativo e executado com esmero resultando num complexo leque de sabores que harmonizou muito bem com os vinhos servidos, recomendo. Bem, por hoje é só e na semana tem mais, kanimambo pela visita, saúde e seguimos nos encontrando por aqui lembrando que dia 23/07 tem degustação de Uvas Pouco Comuns! Boa semana e curtam o video show abaixo.

Que Bela Segunda-feira em Mendoza!

Estava demorando, mas finalmente voltei a Mendoza para falar um pouco mais da incrível viagem que fiz em Abril com o grupo Huuuuummmmm! É, cada grupo com que viajo escolhe um nome e não preciso dizer do porquê deste né? A cada taça uma surpresa e huuuummmm! rs Bem, mas vamos lá a um belo inicio da semana e nosso terceiro dia de viagem.

Falar de Achaval Ferrer é chover no molhado. A mais premiada Bodega mendocina dos últimos anos com nada mais nada menos do que cinco dos dez mais pontuados vinhos argentinos na Wine Spectator. Há vinhos em seu portfolio em que se necessita de 4 plantas para gerar uma garrafa de vinho e seu processo de “raleio” que reduz a produção através da eliminação de cachos é enorme beirando os 40% para os vinhos “normais” chegando a 80% para os top! Qualidade é o nome do jogo aqui e isso tem seu preço, obviamente, porém justificável. Tudo isso numa Bodega que não tem 10 anos, de tirar o chapéu não?

Iniciamos por uma “cata” em barricas onde provamos três de seus vinhos Malbec TOP de linha quase prontos; Altamira (vinhedo de altitude mais alta), Mirador (vinhedo mais baixo) e Bella Vista (vinhedo intermediário) onde a bodega está instalada. Soberbos, mas eu sigo apreciando mais o Bella Vista entre esses vinhos top, mesmo que o Mirador 2006 tenha sido um dos Malbecs de que mais gostei até hoje.

Quimera 2008De volta à sala de degustação, provamos outros rótulos entre eles o Malbec Mendoza, o ‘básico’ da casa que já é um tremendo vinho, o delicioso e, a meu ver, a melhor relação Qualidade x Preço X Prazer que eles produzem, o Quimera! Um blend que extrapola todos os preceitos do nome pois é um sonho alcançado, um vinho de enorme prazer na taça! Ainda ontem abri uma garrafa da safra 2008 que trouxe de lá direto da adega deles para a minha, sem rótulo mesmo. Vibrante na boca, complexo, cheio de vida, ótimo volume, taninos finos, um vinhaço que realmente me encanta fruto de um blend de malbec, cabernet Sauvignon, merlot, cabernet franc e, nem sempre presente mas neste 2008 deu o ar de sua graça, um toque de Petit Verdot. Para variar, sempre peço isso, terminamos a degustação com seu Achaval Dolce de Malbec que não é um Late Harvest e sim um Passito, influência direta do enólogo que dispensa apresentações, o Roberto Cipresso. Adoro esse vinho e creio ser uma ótima forma de terminar um momento desses, só faltou um queijinho! Indo a Mendoza, não dá para perder e da próxima vez vou armar uma degustação especial por lá, uma vertical de um de seus ótimos vinhos e já tenho algo em mente, aguardem, quem sabe em Novembro! Como já detalhei os vinhos em minha cobertura da última viagem, não quis ficar repetindo aqui, mas se desejar dê uma passada por aqui.

Menção honrosa a seus bons azeites, especialmente o Arauco, só vendidos lá devido à pequena produção. Bem, terminamos a visita a Achaval e pé na estrada para nossa próxima parada que já sei que será longa pois armei um montão de atividades por lá! Vamo, que vamo, hora de Casarena, uma bodega que poucos conhecem, mas é imperdível. Ótimos vinhos e um restaurante de primeira abençoados por uma paisagem que nos deixa sem palavras. Na semana que vem falo dessa experiência, mas por enquanto, clique na imagem abaixo e curta o slide show da visita à Achaval. Um ótimo fim de semana e kanimambo, sempre!

Achaval Taça - Foto Roberto - Show

 

 

2.5 Milhões de Page Views – Maningue Kanimambo!

Kanimanbo

Muito obrigado a todos que desde Dezembro de 2007 me receberam tão bem e me prestigiaram com seus acessos. As atribulações do dia a dia nem sempre têm me permitido retribuir adequadamente vosso apoio, mas mesmo assim são uma média de 1300 page views diários, baita responsa! Só de seguidores estou quase chegando nos mil, uma baita honra, e espero seguir sendo digno de contar com vossas visitas. Por sinal, para o milésimo a subscrever o site haverá uma surpresa!

Ao deixar de ser trader internacional e executivo de comércio exterior depois de 30 anos de labuta, me dediquei a compartilhar o pouco que aprendi nesta vinosfera, minha experiências, meus erros e meus acertos enogastronomicos com o propósito de divulgar a causa de Baco. De Baco, de nós consumidores, não de uma indústria especifica, de uma origem ou de um produtor ou importador especifico. Aliás, faço questão de não carregar nenhum banner deles já para evitar percepções equivocadas, minha independência é essencial e não abro mão dela, jabá aqui não rola! Por sinal, sigo buscando anunciantes em outros setores, ou coligados, o que ajudaria na evolução do site. Se alguém tiver interesse, sou todo ouvidos! rs

Posteriormente abri minha loja, uma extensão de minha sala, na Granja Viana, onde coloco em prática tudo o que escrevo sobre garimpo, a Vino & Sapore. Lá, disponibilizo a diversidade e rótulos com boa relação Qualidade x Preço x Prazer, em todas as faixas de preço, que encontro por aí. Complicada essa vida de comerciante; concorrência desleal de tudo o que é lado, contrabando, baixas margens, impostos na casa do chapéu, enfim faz parte da escolha que fiz. A presença na loja me tem impossibilitado participar de muitos eventos fora, mas mesmo assim experiências se acumulam e sempre que consigo aqui as compartilho com vocês, novos e “velhos” leitores e amigos.

Curto administrar e montar confrarias, curto montar e administrar cartas de vinho, curto montar degustações com os mais diversos temas, curto demais explorar a imensidão do complexo universo enogastronomico quebrando preconceitos e paradigmas, descobrindo novos sabores! Curto as minhas viagens enogastronomicas com a Wine & Food Travel Experience, projeto recém retomado depois de quase dois anos da perda irreparável de minha saudosa sócia e motor motivador desta parceria a amiga Inês, e ainda busco um parceiro operacional para alçar voos mais altos nessa área.

Curto demais quando o pensamento consegue se traduzir em alguns textos interessantes que aqui publico, mas num país cada vez mais complicado de se ganhar o pão de forma honesta e coerente, há que se buscar novas formas de buscar ganhar nosso sustento e em breve haverão novidades.

A todos os que de alguma forma contribuem para que eu ainda esteja por aqui e por aí nos mais diversos caminhos de nossa vinosfera, fica aqui o meu muito obrigado (Maningue Kanimambo). Este site segue sendo um dos mais lidos neste segmento no Brasil, que responde por 80% dos acessos, mas tem mais! Dos Estados Unidos vêm 7% dos acessos, seguido de Portugal com 4%, Argentina com 2%, Chile e França mais 1% cada e os restantes 5% se dividem entre mais 15 países. Merci, Thanks, Danke, Gracias, Grazzie, tudo é Kanimambo!

Nesta Sexta, mais uma etapa de minha última viagem a Mendoza em Abril com o grupo Huuuummmm! Até lá e semana que vem falo com vocês sobre a viagem que elaborei para Salta na Argentina em Setembro, é meus amigos, há vida para além da linda Mendoza!!

Conhece a Uva Lacrima?

Eu também não, mas já comecei a pesquisar e no dia 23 de Julho pretendo prová-la junto com quem estiver presente em mais uma degustação que armei! Em parceria com a logoMARCA_almeria-OK importadora Almería de meu amigo Juan e seu filho Alexandre, montei uma degustação que tem como tema a exploração de novos sabores provando vinhos elaborados com essa uva rara e outras pouco conhecidas, vai dar mole? São só 12 vagas e nem lancei e só sobraram 8! Ainda não consegui um local em Sampa, então esta também será realizada na Vino & Sapore na Granja Viana a partir das 20 horas.

Recepção: Espumante Gouguenheim Bubbles Brut, um Rosé de Malbec. Argentina

  • Degustação:
    Lolo Albariño – uva branca da região da Galicia, Rías Baixas, Espanha (R$87,00)
    Paco Vintage Garnacha/Tempranillo – a Garnacha é a uva de Navarra, mas junto com a Tempranillo são as mais importantes uvas tintas do país. Espanha (R$98,00)
    Hecula Monastrel – Monastrel é nascida e criada nas regiões próximo a Valencia; Yecla, Alicante e Jumilla na Espanha (R$65,00)
    Orgiolo Lacrima di Morro d’Alba – olha ela aqui! Lacrima é uma uva rara que só se encontra em vinhedos na cidade de Morro d’Alba na Puglia, Itália (R$98,00)
    Perez Cruz Cabernet Franc Edición Limitada – esta uva ganha espaço nas taças dos enófilos porém ainda não é de conhecimento geral. Esta versão vem do Chile (R$105,00)
    Chaski Petit Verdot – A Petit Verdot segue sendo uma incógnita para a maioria e é tradicionalmente usada em blends, no entanto tem despontado como varietal em algumas regiões com grande sucesso. (R$148,00)

Almeria Uvas Pouco Comuns

Pequeno resumo sobre as características das uvas e suas origens será fornecido no dia com espaço para anotações. Para acompanhar, as tradicionais travessas com queijos e frios, água, pão e café ao final. Tudo isso por apenas R$90,00 , pagos no ato da reserva, dos quais R$20 ficam disponíveis como crédito na compra de qualquer um desses vinhos nessa noite. Diversidade sempre, vem desbravar nossa vinosfera você também! Kanimambo pela visita e espero te ver dia 23. Telefone para contato na Vino & Sapore de Terça a Sábado das 14 às 20 horas (11) 4612-6343.

Pão e Vinho – Broa, uma tradição Portuguesa.

Ontem estive na Bienal Rouxinol e me deliciei com a deliciosa Broa Portuguesa que lá, entre poucos outros lugares em Sampa, fazem. Lembrei-me deste post de há quase 7 anos que decidi reviver e compartilhar com os amigos mais recentes. Eta coisa boa e quem conhece e gosta, certamente um grande reencontro lá na Bienal do João!

“Numa casa Portuguesa fica bem, pão e vinho sobre a mesa …….” já dizia a canção popular. Desconsiderando-se o valor litúrgico e religioso deste casamento, o que daria pano para manga, a verdade é que esta dupla sempre esteve presente desde os primórdios da história da humanidade. Em Portugal, o pão é essencial às refeições assim como o vinho, o azeite e, porquê não, um punhado de azeitonas pretas, daquelas bem pequenininhas e, eventualmente, um queijinho fresco. São dois os principais pães sobre a mesa Portuguesa, o papo-seco (“nosso pãozinho”) ou um pedaço de broa de milho.

Sempre estranhei que, apesar da imensa maioria das padarias no Brasil estarem em mão de Portugueses, era impossível se encontrar uma broa como feita em Portugal. A broazinha de fubá que se encontra por aqui é uma outra coisa. Em Portugal era o pão do campo, aquele que, durante a escassez de alimentos da segunda grande guerra, era o alimento energético dos camponeses. Com a falta de trigo, se desenvolveu este pão baseado em farinha de milho branca que se denominou como Broa de Milho. Nessa época, anos 40, se tornou famosa a sopa do Cavalo Cansado, tomada pelos camponeses na árdua lide do campo. Pedaços de broa embebidos em vinho verde tinto, com açúcar salpicado por cima. Muitas vezes se adicionava, em vez do açúcar, um pouco de azeite e eventualmente um ovo. Não tenho a mínima idéia se esta sopa era boa, cá tenho minhas duvidas, mas que deveria levantar defunto, lá isso deveria. Por outro lado, é um pão resistente que dura três a quatro dias sem quaisquer problemas.

Bem, voltemos á broa de hoje em dia, com cavalos menos cansados, que acompanha o café da manhã com um pedaço de queijo, um prato de bacalhau, coelho à caçadora ou, em especial, um bom caldo verde com paio ou chouriço. Hoje em dia, a broa é parte integrante do folclore gastronômico Português e, em especial, nas regiões do interior e Norte de Portugal como a Beira Litoral e Minho. Região de bons vinhos, confunde-se com a Bairrada, de onde vem nosso personagem o Sr. João Correia. Mais precisamente do Concelho de Vale de Cambra no distrito de  Aveiro onde sua mãe preparava broas para consumo da família. No Brasil, o nosso amigo, dono de padaria, na foto com suas crias, morria de saudades da broa da mãe. Minha mãe não tinha essas habilidades, tinha outras também muito apetitosas, mas até hoje sinto saudades das broas que como em Portugal. Minha tia que o diga. Quando lá vou, encontro sempre uma broa fresca sobre a mesa aguardando a Carne de Porco à Alentejana, sua especialidade, e um manjar dos deuses. Um dia ainda falo disso! Na casa de meus queridos primos no Cardal, idem, gosto de uma boa broa.

Pois não é que nosso perseverante amigo João, conseguiu! Ele e dois amigos conterrâneos da mesma região, conseguiram encontrar, no interior de Minas Gerais, um produtor de farinha de milho branca e compram tudo o que ele produz. A Broa da padaria Bienal de Moema na Av. Rouxinol,  819, é um achado que gostaria de compartilhar com os amigos. Muito saborosa, com a côdea, diga-se casca, bem crocante e deliciosa, é uma delicia com um pouco de manteiga ou ao natural com azeite. Normalmente o pequeno lote de broas sai do forno por volta do meio-dia, algumas vezes um pouco mais tarde, e é impossível deixar de quebrar e comer uns bons nacos de broa ali, na horinha, ainda quente. Como a quantidade produzida, em função da limitação de matéria prima, é pequena, sugere-se ligar (tel. 5054-3692) antes e reservar. Fui conferir; comi, gostei e recomendo. Para quem conhece e gosta, é um prato cheio. Que aromas, que aromas!!!

Ah, o vinho? Bem, esse foi só para compor já que o titulo é Pão e Vinho, mas é bom! rs Kanimambo pela visita e uma ótima semana para todos!

 

Dicas de Serviço do Vinho

Depois de publicar algumas dicas de como comprar vinho, gostaria de compartilhar com aqueles que estão iniciando seu caminho pelas estradas de nossa vinosfera, um pouco wine Snobde minha experiência sobre o tema. O Serviço do Vinho, isso pode fazer a diferença entre você se apaixonar por estes caldos ou virar o nariz para eles e, em último caso, espantar alguns iniciantes.

Todos nós iniciamos como tomadores de vinho, qualquer coisa baratinha no super tá bom, para depois começarmos a prestar atenção no que colocamos no copo ou taça, mesmo que ainda baratinho, e um monte de duvidas começam a tomar conta de nós. Mas quanto mais nos metemos a tentar entender essa incrível e complexa vinosfera, mais vemos o quanto ainda há para aprender e mais riscos corremos de nos tornar enochatos antes de enófilos! As dicas de hoje então, são válidas também para alguns já mais experientes que volta e meia me consultam aqui no blog ou me pedem ajuda na loja mesmo depois de uma litragem já relativamente alta, então espero que aproveitem. O objetivo é alcançar prazer em cada taça e é uma contribuição que podemos dar aos caldos de Baco.

1 – Taças de Vinho – não precisa exagerar, mas nesta fase o copo de requeijão (rs) é deixado de lado e está no momento de escolher umas taças. Para bater uma bolinha de vez em quando qualquer raquete dá conta, mas quando a coisa fica mais séria e seu jogo melhora, tem que caprichar, certo? Bem, o mesmo vale para suas taças que podem fazer uma enorme diferença nos vinhos que toma. Tá certo, comprar a raquete do Nadal, Djoko ou Federer não o transformará num astro das quadras se for um perna de pau, mas ajuda se já for competitivo! Se os vinhos que compra e toma normalmente já ganharam qualidade e você está na fase de prestar atenção no que bebe, então vale a pena pensar nas taças, a qualidade da “ferramenta” depende da “Qualidade” de seu jogo ! Leia mais em Taças de Vinho, Sem Elas não Dá!

2 – Temperatura do Vinho– A temperatura errada pode acabar com um vinho. Tinto alcoólico quente só vai aparecer o álcool, o tânico resfriado demais vai se tornar um pesadelo na boca, o branco gelado demais perde todos seus aromas. Aliás, o “estupidamente gelado” não nasceu à toa! Meia boca (cerveja, vinho branco, espumante), gela bem que se toma numa boa, não se sente nada!! É incrível como algo tão importante recebe tão pouca atenção já tendo tido diversas decepcionantes experiências de degustação até em produtores e importadoras! Aliás, isso vale para as taças também. Veja mais aqui em Temperatura do Vinho, Necessidade ou Frescura?

3 – Decantar Vinho – recebo um montão de perguntas de tudo o que é nível de consumidor. Primeira coisa a saber é o que é decantar e aerar, pois não são a mesma coisa. Quando e porquê aerar seus vinhos ou decantá-los, isso você poderá descobrir aqui, num de meus posts mais lidos,Decantar Vinhos – Quando e Porquê?

4 –Por último, ao receber convidados evite abrir vinhos desconhecidos para não ter surpresas quanto a eventual necessidade de aeração o que levará muito tempo. Opcionalmente, há a possibilidade de usar um Magic Decanter que é um aparato que turbina essa aeração, mas isso é papo para outro post. Se forem amigos também apreciadores que tenham um perfil de descobertas, aí tudo bem, aventure-se sem medo e tenha uma garrafa “porto seguro” de stand by para embalar o papo enquanto as estrelas do momento não fica pronta!

Saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí nos caminhos de nossa vinosfera. Um ótimo fim de semana para todos e quem quiser agregar algo já sabe, manda bala!

 

 

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Lisboa e Buenos Aires num Bailado Atlântico

A bandeira das coisas lusas sempre teve aqui presente e ultimamente tem dividido espaço com as argentinas, exceção feita à seleção de futebol obviamente, num bailado atlântico, algo que me fez lembrar este fado canção na voz do grande Carlos do Carmo. Peque uma taça de um bom vinho dos hermanos ou da terrinha e curta! Um dia com vinho, mas com a alma algo mais leve buscando algo que não sei! De Gil do Carmo e Fernando Araújo, Dois Portos:

Para acompanhar a letra e show de imagens de Lisboa e Buenos Aires o video do Al Mouraria abaixo é divino. Aliás, esse grupo formado em 2002, tem o Fado Tango como título de um CD. Para quem curte estes sons, vale a pena conhecer clicando aqui

DOIS PORTOS

La plata
E o tejo á baila
Dois portos
Que a história nos fez juntar
Recorda
Que viagens feitas
Que buscas
Que o meu fado-tango cantou.

Guitarra e bandonéon
Numa dança de amantes
Fado teu bailado
Tango da cor
De um xaile amado.

Lisboa e buenos aires
Num bailado altântico
Trocando as moradas
Portos de amor
Linhas traçadas

Piazzolla
Diz-me tu o canto
Memória
De um povo numa tanguédia

Maior
Ou menor o fado
Do tango
Que esta música eternizou

Guitarra e bandonéon
Numa dança de amantes
Fado teu bailado
Tango da cor
De um xaile amado

Lisboa e buenos aires
Num bailado altântico
Trocando as moradas
Portos de amor
Linhas traçadas

E “ah fadista” eu digo”