João Filipe Clemente

Dicas e Novidades de Nossa Vinosfera

Taxa de Rolha – onde beber sem pagar rolha (taxa cobrada por restaurantes para você levar seu vinho) ou taxaderolhaonde tem a melhor taxa para você levar seu vinho sem surpresas desagradáveis ou saias justas, sabe onde?! Pois bem, meu amigo Alexandre Frias (Enoblogs, Diario de Baco, etc) acaba de inventar mais uma que acho que vai solucionar suas dúvidas, um aplicativo, já disponível para iOS e Android, bem fácil de usar, onde você pode:

  • verificar se há lugares perto de você
  • buscar lugares específicos
  • cadastrar a taxa de rolha (ou rolha free) do local que você já conhece
  • marcar seus locais favoritos

É muito fácil de usar e, de forma colaborativa, tem a missão de mapear o roteiro dos restaurantes amigos do vinho pelo Brasil. Aliás, os próprios restaurantes que têm políticas amigas do vinho e seus fiéis seguidores deveriam usar esta ferramenta para atrair novos clientes. Além de tudo isso, é grátis! Baixe agora o TAXA DE ROLHA em seu smartphone e comece a mapear seus lugares favoritos. Bela sacada do Alexandre!

16 de Maio é Dia de Encontros de Vinhos em Ribeirão Preto – No Hotel JP. a cidade recebe a sexta edição deste gostoso evento promovido pelos amigos Beto Duarte e Daniel Perches. Uma ótima opção para o público que deseja unir vinho, gastronomia e lazer.

Já estão confirmadas as presenças de dezenas de expositores, entre eles produtores e importadoras, que apresentarão seu portfólio de produtos a uma expectativa de público de 600 convidados. Vinhos exclusivos da Borgonha, produtores de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, importadores de renome e a presença expressiva da Wines of Argentina serão uma pequena amostra do que será apresentado no evento.

Este ano, o Encontro de Vinhos conta ainda com a participação de food trucks oferecendo boas opções de alimentação e outras atrações culturais. Essa nova formatação do evento iniciou em 2015 e está tendo recorde de público desde então:

“ Nós deixamos de ser uma feira itinerante de vinhos focada no público profissional e nos tornarmos um evento que agrega cada vez mais valor cultural e oferece ao nosso visitante opções de lazer para a família toda” cita Daniel Perches, idealizador do evento.

Você da região não sabe o que fazer nesse Sábado, então agora já sabe Encontro de Vinhos Ribeirão Preto!

Horário: das 14H as 22H

Local: Rod Anhanguera, km 306,5

Ingressos: R$ 80,00 inteira e R$ 40,00 meia (válida para estudantes e terceira idade).

Acesse: www.encontrodevinhos.com.br ou Curta: www.facebook.com/encontrodevinhos

 

Saí o Anuário de Vinhos Brasileiros – Maior degustação às cegas de vinhos e espumantes brasileiros, a Grande Prova Vinhos do Brasil teve o seu resultado divulgado no Anuário Vinhos do Brasil 2015, lançado na edição deste ano da Expovinis, em São Paulo, e que chega às bancas esta semana. Para eleger os melhores em 22 categorias, um júri internacional, composto por sommeliers e enólogos, avaliou cerca de 700 rótulos de 87 produtores de sete estados, com a curadoria do jornalista Marcelo Copello.
Editado pela Baco Multimídia em parceria com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Anuário Vinhos do Brasil 2015 traz a compilação e a análise dos números da produção e do mercado com dados detalhados, consolidados e atualizados. A publicação, com 164 páginas, também apresenta matérias sobre o universo do vinho, como gastronomia, saúde, comportamento, consumo, história, negócios e enoturismo, além de entrevistas com profissionais e dirigentes ligados ao setor. “O Anuário atinge sua maturidade junto com o sucesso da Grande Prova Vinhos do Brasil, que apresentou vinhos de incontestável qualidade, muitos conquistando medalhas de ouro e prata e outros se mostrando extremamente promissores “, comenta Sérgio Queiroz, um dos organizadores do Anuário e jurado do concurso.

Conselheiro do Ibravin e presidente do Sindicato da Indústria do Vinho, do Mosto de Uva, dos Vinagres e Bebidas Derivadas da Uva e do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (Sindivinho RS), Gilberto Pedrucci acredita que o Anuário Vinhos do Brasil pode ser uma base para consumidores e compradores de hotéis, restaurantes e lojas de bebidas. “É uma publicação que já se tornou referência para o mercado e que mostra a evolução na qualidade dos produtos brasileiros. Além disso, a Grande Prova coloca lado a lado pequenos e grandes produtores, o que permite que todas sejam valorizados da mesma forma”, avalia.

O Anuário Vinhos do Brasil 2015 poderá ser adquirido a partir do dia 9 de Maio nas principais livrarias do país e em bancas selecionadas. O preço de capa é R$ 45.

Confira o resultado da Grande Prova Vinhos do Brasil 2015:

· Melhor Espumante Brut Branco: Cave Geisse Brut 2012, Vinícola Geisse, Pinto Bandeira-RS

· Melhor Espumante Brut Rosé (Empate): Espumante Bossa Nº3, Vinícola Hermann, Bento Gonçalves-RS e Espumante Yoo Boutique Brut Rosé, Décima, Caxias do Sul-RS

· Melhor Espumante Extra-Brut/Nature: Espumante Extra Brut 2014, Vinícola Geisse, Pinto Bandeira-RS

· Melhor Espumante Prosecco/Glera: Espumante Aurora Prosecco, Aurora, Serra Gaúcha-RS

· Melhor Espumante Moscatel Branco: Espumante Moscatel Pedrucci 2013, Pedrucci, Garibaldi-RS

· Melhor Espumante Demi-Sec Branco: Espumante Demi-Sec, Courmayeur, Serra Gaúcha-RS

· Melhor Espumante Moscatel/Demi-Sec Rosé: Espumante Casa Perini Aquarela Moscatel Rosado, Perini, Farroupilha-RS

· Melhor Chardonnay: Cerro Da Cruz Chardonnay 2012, Nova Aliança, Campanha Gaúcha-RS –

· Melhor Sauvignon Blanc: Miolo Reserva Sauvignon Blanc 2014, Miolo Wine Group, Campanha Gaúcha-RS

· Melhor Gewüztraminer: RAR Collezione Gewürztraminer 2011, Miolo Wine Group, Campos de Cima da Serra-RS

· Melhor Moscato: Moscato Giallo 2014, Giacomin, Flores da Cunha-RS

· Branco de Outras Castas e Cortes: Quiron Chardonnay / Sauvignon Blanc 2013, Cattacini, Serra Gaúcha-RS

· Tinto Cabernet Sauvignon: Aurora Cabernet Sauvignon Millesime 2011, Aurora, Serra Gaúcha-RS – http://www.vinicolaaurora.com.br

· Melhor Merlot: Monte Paschoal Dedicato Merlot 2013, Basso, Serra Gaúcha-RS – www.vinicolabasso.com.br

· Melhor Tannat: Tannat Casa Venturini Reserva 2012, Venturini, Campanha Gaúcha-RS – www.casaventurini.com.br

· Melhor Pinot Noir: Viapiana Pinot Noir 2012, Viapiana, Serra Gaúcha-RS

· Melhor Cabernet Franc: Dunamis Cabernet Franc 2012, Dunamis, Campanha Gaúcha-RS

· Melhor Marselan: Cave Antiga Marselan 2007, Cave Antiga, Cotiporã-RS

· Melhor Tinto de Outras Castas: Ancellotta Reserva 2014, Giacomin, Serra Gaúcha-RS

· Melhor Tinto Corte: Épico, Guatambu, Campanha Gaúcha-RS

· Melhor Rosé: Macaw Tropical Frisante Rosé, Perini, Farroupilha,RS

· Melhor Doce/Fortificado: Reggio Di Castela 2004, Irmãos Molon, Serra Gaúcha-RS

Senti falta de vinhos de Santa Catarina nesta lista! De qualquer forma, quem se liga nos vinhos brasileiros eis aqui uma interessante fonte de consulta.

Kanimambo pela visita, um ótimo fim de semana e no inicio da próxima falo um pouco das peripécias enogastronomicas vividas em Mendoza. Cheers!

Mendoza, Quanto Mais lá Vou Mais me Enamoro!

Mais uma viagem realizada, sensação de dever cumprido e mais um monte de conhecimento acumulado. Nesta vinosfera estamos sempre descobrindo coisas novas, basta estar aberto para tal e eu venho, desde 2012, descobrindo novos sabores e uma Argentina vinícola que eu desconhecia. Recentemente um amigo do face comentou de que Mendoza não faz vinhos com alma, que são só vinhos de super extração, chipados, etc. sem personalidade e que só em outras regiões do país se poderiam encontrar coisas diferentes. Tudo aquilo que eu achava antes de iniciar minhas viagens por lá (foram mais de 2500 kms já percorridos pelas mais diversas regiões, Patagônia, Salta, Mendoza, La Rioja e San Juan), porém existe de tudo em tudo o que é lugar e vale para aqui também!

Como gosto de diversidade, sempre trabalhei isso em meus escritos tanto em jornais, revistas quanto aqui no blog, minha mente está sempre aberta para novidades e, consequentemente, acabo descobrindo muita coisa boa (vinhos e pratos) e encontrando pessoas especiais com projetos especiais por muitas vezes inusitados. Parte disso estará na degustação que montei e postei ontem, mas a imensidão do mar a ser desbravado, coisas de Luso (rs), requer colocar de lado preconceitos e estereótipos desenvolvidos ao longo do tempo. Eu tento fazer isso sempre, mesmo me pegando na contra mão vez em quando, é fácil não, vai contra a nossa natureza. tem que deixar rolar! rs

Mendoza é uma babilônia do vinho, tem gente de tudo o que é lugar do mundo e muita gente nova conectada com uma visão diferente do mundo. Isso, obviamente, gera uma enorme diversidade de conceitos aplicados nos vinhedos e nos vinhos! Existem os tradicionalistas e aqueles que fizeram a história vitivínicola do país, existem os produtores comerciantes que visam mercado, existem os puristas, os jovens idealistas, os inovadores, etc., tudo isso num festival de terroirs digno dos grandes países produtores do velho mundo. A cada vez que lá vou, podia passar uma semana por lá todos meses e mesmo assim seguir descobrindo e aprendendo coisas novas, venho com algo a mais na bagagem para compartilhar com os amigos então aqui vão algumas das “descobertas” desta curta viagem de 5 dias em que nos envolvemos com grandes vinhos, pratos de grande esmero e sabor e, mais importante aí, pessoas que fazem com que esses momentos sejam especiais e Inêsquecíveis dando alma aos vinhos e aos momentos vividos.

Região – os vinhos do Vale do Uco, com uma enormidade de grandes produtores ativos na região que é hoje a grande meca da vitivinicultura argentina e mendocina, uma diversidade de terroirs muito grande. Gente como Achaval Ferrer, Andeluna, Cobos (Bramare), Catena, Clos de los Siete, Cuvelier de los Andes, Diamandes, Doña Paula, Finca Sophenia, François Lurton, Lindaflor, Manos Negras, Masi Tupungato, Mendel, Monteviejo, O Fournier, Passionate Wines, Piattelli, Riglos, Rutini, Salentein, Trapiche, Val de Flores, Zorzal e Zuccardi ou estão por aqui ou possuem vinhedos neste pedacinho de céu. O Catena Adrianna Single Vineyard Malbec, um vinho sedutor que me encanta, vem de Gualtallary (pé dos Andes), sub região de grandes vinhos e a mais alta da região com vinhedos a 1500m de altitude, assim como diversos vinhos do Matías Michelini e irmãos. Normalmente vinhos mais frescos, minerais e vibrantes, ojo! Dá para passar uns quatro dias por aqui numa boa e até hotéis e bons locais para comer há disponíveis, mas a tentação de Mendoza é maior, mesmo que a uma hora e trinta de distância! Olho nos vinhos de Tupungato, Gualtallary, Altamira e Vista Flores.

Mendoza Vale do Uco

Sempre algumas surpresas na taça, não tem por onde! Nem sempre por vinhos exuberantes e top de gama, mas por mostrarem sensações inesperadas em vinhos que pouco deles se esperavam, mas não há que escapar dos grandes vinhos! Aos poucos vou escrevendo sobre esse tour por terras mendocinas e visitas às diversas bodegas que escolhi para este tour, porém eis aqui um tiragosto.

Casarena Ramanegra Extra-Brut , argentinos adoram extra-brut,é um espumante de boa intensidade aromática, fino e fresco, sedutor tanto no olfato como no palato. Boa perlage e persistência, elaborado pelo método charmat com um corte que nunca tinha visto; Chardonnay, Viognier e Sauvignon blanc, tava bom demais e pelo preço, acho que a Magnum devria estudar a importação. Ao preço certo, eu certamente compraria. Trouxe duas garrafas, uma para a degustação Vinhos da Mala e a outra já tomei!

Casarena 505 Rosé de Malbec com Cabernet Franc – Vinho de gama de entrada da vinícola, muito bem feito, sem nada de docinho, para quem não é chegado eu diria, um rosé que é vinho! Muito frescor, bom corpo, rico meio de boca, uma ótima companhia para chouriço português (provei), queijos, frios, comida thai, peru, eu gostei bastante!

Calcáreo Bonarda do projeto SuperUco de Michelini Bros, de produção limitada, encorpado, complexo, um vinho que surpreendeu a todos e é para ficar de olho. Não tem por aqui não, mas na Argentina é uma bela pedida. Biodinâmico, elaborado em ânforas de 5.000 litros projetadas pelo próprio Matias e uma produção que não ultrapassa as 6000 garrafas, me arrependi de não trazer uma, mas acho que chegará a para a degustação de Vinhos da Mala.

Montesco Água de Roca – um Sauvignon Blanc de lamber os beiços e pedir bis. Incrível mineralidade e sutileza num vinho fino e marcante.

Alma Negra Viognier – por aqui não tem e tomamos no delicioso restaurante La Rosa Nautica em Puerto Madero (não perca), tremendo vinho! Achava que a Mistral trazia e, para minha tristeza, não! Sniff

Angelica Chardonnay – abalou corações na Catena, inclusive de quem não é chegado em brancos, e olha que provamos grandes vinhos, do Nicolás (Ícone do produtor) a este vinho num total de oito provas!

Gastronomia de alto nível. Dos mais simples, preparado com grande esmero, aos mais complexos ou didáticos pratos da terra, foram experiências gastronômicas incríveis para todos. Como diz o amigo Pablo del Rio do Siete Cocinas, para mostrar que a cozinha argentina não é só de empanadas e assados, mesmo que sejam ótimos! Para ver um pouco mais destas incríveis experiências gastronômicas sempre regadas a grandes vinhos, sugiro que você navegue pelas posts do amigo Ricardo Gaffrée (Amigo Gourmet) que nos acompanhou e registrou esses momentos melhor que ninguém porque esse entende! Só para aguçar sua curiosidade, copiei dele algumas fotos (clique para aumentar), o resto você vê lá.

Gastro Clipboard

Tem mais, mas não vou antecipar meus posts né?! Cada bodega tem seus destaques, aqueles que se sobressaíram entre outros grandes vinhos tomados, mas isso vou falando e compartilhando com calma. Kanimambo pela visita e em breve novos capítulos de mais essa viagem de descobertas pela linda Mendoza, seus vinhos, sua comida e sua gente! Cheers.

Argentina sem Malbec e Cabernet Sauvignon.

A cada viagem que faço gosto de trazer na mala algumas garrafas de vinhos provados que se destacaram na minha taça e que gosto de compartilhar com 12 de meus amigos apreciadores de vinhos, clientes e leitores do blog, são as degustações Vinhos da Mala. Desta feita o tema que escolhi é Argentina sem Malbecs e Cabernet Sauvignon e se realizará na Vino & Sapore no próximo dia 19 de Maio (Terça-feira) a partir das 20 horas. Ainda não encontrei o lugar para montar estes eventos em Sampa, então por enquanto só por aqui na Granja Viana mesmo, porém espero já em Junho ter solucionado isso, aguardem! Os vinhos provados não estão disponíveis no Brasil, salvo uma ou outra exceção e o foco, como sempre, é no inusitado e na diversidade, principal objetivo de todo o meu trabalho em nossa Vinosfera. Eis a seleção que fiz para este evento.

Ramanegra Espumante Extra-brut – os hermanos adoram espumantes extra-brut e este elaborado pela Casarena com Chardonnay, Viognier e Sauvignon Blanc , um blend inusitado, me chamou a atenção. Espero que também vos surpreendam.

Montesco Água de Roca Sauvignon Blanc– como a água que nasce entre rochas, a mineralidade é seu principal chamariz, mas tem muito mais neste vinho que mostra uma Sauvignon Blanc argentina diferente e tratada com esmero pelo Matías Michelini um enólogo revolucionário que anda na contramão das modas na busca pela pureza.

Cara Sur Criolla – poucos conhecem a uva Criolla e muito menos haverão de ter tomado um vinho elaborado com ela. Este descobri jantando no delicioso Siete Cocinas do amigo Pablo del Rio que também gosta de “viajar”! Com apenas 900 garrafas produzidas, este é um projeto dos enólogos Sebastian Zuccardi e Francisco Bugallo no vale de Calingasta em San Juan com uvas de vinhedo com mais de 80 anos de idade. Um pinot autóctone?! Só provando para tirar conclusões.

Decero Petit Verdot – Um clássico vinho que recentemente ganhou em sua safra mais nova o Troféu de Melhor Vinho Tinto de Mendoza escolhido na Wines of Argentina Awards. Divino é pouco para falar deste que mostra uma Petit Verdot mais cordata e extremamente elegante, porém sem perder sua tipicidade. Soy un incha deste vino!

Zaha Cabernet Franc – a uva da vez na Argentina e este exemplar nos vem pelas mãos de mais um enólogo importante da nova geração, Alejandro Sejanovich com uvas da sub-região de Altamira no Vale do Uco, Mendoza. Um vinho em que as uvas são colhidas em três diferentes momentos de maturação para compor uma sinfonia engarrafada. Provei e gostei, muiiito.

*Calcáreo Bonarda – mais um vinho marcante do amigo e enólogo Matías Michelini em sua nova empreitada com seus irmãos na Michelini Bros. Somente 6.000 garrafas produzidas num vinhedo de apenas 2 hectares todo cultivado de forma biodinâmica. Uma obra de arte que desperta emoções especiais com uma uva não tão nobre, mas que gera alguns grandes vinhos quando bem trabalhada. Para você conferir.

Decero Tannat – Para finalizar, deste vinho a Decero produz apenas 700 garrafas e neste caso vamos provar juntos, pois ainda não o conheço, porém não resisti e tive que trazer uma garrafa para compartilhar com os amigos presentes. Este só se compra na bodega ou na Suíça para onde os proprietários (suíços) levam o restante. Conheço ótimos Tannats argentinos de Salta, porém por Mendoza não abundam, então vamos curtir juntos esta experiência?

Sorry sold OutEsses serão os protagonistas da noite e se você, como eu, gosta de provar coisas diferentes sentir novas emoções e se deixar levar pelo desconhecido, então não deixe de participar. As vagas estarão limitadas aos primeiros 12 amigos que efetivarem suas reservas, seis ja tomadas, então não dê mole! O valor a ser pago no ato da reserva é de R$120,00 por pessoa e inclui os vinhos, água, pãozinho, queijo e chorizo espanhol, café e na Vino & Sapore o estacionamento é gratuito. O *Cálcareo virá direto da Argentina e ficamos sujeitos a que ele chegue a tempo, caso não aconteça, este será substituído por um outro grande Bonarda, o El Enemigo de Alejando Vigil, só que este já tem por aqui.

Fico no aguardo de sua confirmação, Kanimambo e amanhã tem mais. Cheers!

Onze Vinhos Australianos em Dois Tempos

Em parceria com a KMM, principal e histórica importadora de vinhos australianos no Brasil promovemos encontros de duas confrarias para mostrar um pouco da diversidade dos vinhos de “down under”! Sim, por lá também existe diversidade e, mesmo com a Shiraz sendo a protagonista dos melhores vinhos, há opções outras a serem exploradas. Vinhos para todos os gostos e bolsos pois já podemos nos “divertir” a partir dos 50 Reais. Quebramos alguns paradigmas e descobrimos alguns ótimos vinhos, vejam só:

Quinta Divina – alguns dias antes da viagem a Mendoza, uma noite para lá de saborosa com a Marli (KMM) iniciando os trabalhos com uma curta apresentação sobre o vinho nessa ilha continente em que o consumo chega a cerca de 30 litros per capita ano. Seis vinhos que comentarei muito resumidamente

Austrália - Deg Quinta Divina

Oxford Landing Chardonnay 2011 – amadeirado sem exageros, cremoso, balanceado com nuances cítricas porém os frutos brancos dão suas caras por aqui de forma mais acentuada. A galera gostou bastante e se surpreendeu, mas os australianos também são bons de brancos e consomem bem!

Brokenwood Pinot Noir 2008 – bom pinot, aromaticamente complexo, frutado com notas tostadas e terrosas, equilibrado, um meio termo entre novo e velho mundo, taninos sedosos com boa tipicidade e algumas especiarias num final de boca longo.

Sandalford Premium Shiraz 2004 – mais de dez anos nas costas e vendendo saúde, este vinho é tudo o que se espera de um bom Shiraz australiano com especiarias, notas terrosa, boa fruta madura, equilibrado, textura gostosa, taninos ainda vivos e elegantes, médio corpo, longo final de boca, uma delicia.

Jim Barry Cover Drive 2010 Cabernet Sauvignon – Apaixonante e sedutor são dois adjetivos que cabem bem neste vinho fino e elegante que surpreende quem espera grandes estruturas tânicas. Todo ele muito sutil e aromaticamente muito rico, é daqueles vinhos em que uma garrafa em dois acaba rapidinho!

Calabria Saint Macaire 2012 – uva quase extinta, só dois hectares plantados na Calabria Wines e uma certeza, marcante e de muita personalidade! Diferentes aromas florais que aguçam nossa curiosidade , rico e intrigante, impossível ficar impassível a seus atributos.

Element Late Harvest 2009 – um Late Harvest diferente do que estamos acostumados. Primeiramente é um corte de seis uvas, mesmo que a Chenin Blanc e Verdello estejam mais presentes, depois é suave, leve, fresco com apenas 8% de teor alcoólico vai bem com queijos azuis e sobremesas frescas podendo até encarar uma beira de piscina ou pratos asiáticos mais condimentados. Vinho bastante polivalente.

Brinde à Vida – da confraria anterior trouxemos dois vinhos, mas nos restantes quatro exploramos novos rótulos e sabores.

Austrália - Deg Brinde à Vida

Angas Brut Cuvée – um bom espumante elaborado com Pinot com Cghardonnay, boa perlage, seco, complexo, brioche bem presente, amendoado com camadas cítricas e boa acidez surpreendem .

Poker Face Semillon/Sauvignon Blanc 2013 – um branco que me agrada muito e foi surpresa para a maioria. Blend típico de Bordeaux, a Semillon se dá muito bem na Austrália, é muito balanceado e refrescante, cítrico, notas de grape fruit, frutos tropicais tipo carambola me vieram à mente, vinho para pedir bis!

Three Steps Shiraz 2009 – um vinho de gama de entrada com cinco anos de garrafa e ainda respirando com vigor é algo surpreendente. Confesso que estava temeroso, mas mostrou estar muito bem integrado, saboroso, redondo, vale bem o que se paga.

Tatachilla Cabernet/Syrah 2010 – talvez o menos empolgante de todos neste dia. Bom, sem arestas, mas também sem nada que empolgasse. Fruta madura abundante, alguma especiaria, taninos bem integrados, fácil de agradar.

Jim Barry Cover Drive Cabernet Sauvignon – não vou me repetir, mas babo só de pensar! rs

Tatachilla MaClaren Vale Syrah 2004 – Mais um grande Syrah mostrando grande vigor e complexidade com já dez anos nas costas. Ótimo e balanceado volume de boca, rico com especiarias bem presentes, fruta madura (ameixa) , notas de café, vinho marcante com personalidade própria, talvez o vinho que mais encantou a galera e desafiou o Jim Barry Cabernet para levar o caneco de melhor da noite.

Element Late Harvest – Não vou me repetir, mas é uma boa opção para quem queira substituir o Moscatel!

Dois foram os paradigmas quebrados nesses dois dias. Primeiro o de que vinhos australianos são caros, provamos vinhos bem acessíveis. Segundo de que vinhos em garrafas com screw cap (tampas de rosca) somente para vinhos jovens e de qualidade inferior, tomamos belos vinhos com mais de dez anos ainda muito vibrantes e cheios de vida.

Bem, mais um monte de novos sabores mostrando que na Austrália, como na maior parte dos países produtores, procurando a gente sempre encontra diversidade. Recém cheguei de viagem a Mendoza, em breve começo a falar dessa experiência e de mais uma Degustação da Mala, e mais uma vez conferi isso! Por hoje é só, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou nas estradas de nossa vinosfera, cheers!

Vinhos Com Alma?

Um dia, na loja, ouvi uma pessoa descendo a lenha na cidade de Mendoza dizendo como era feia. Não sei onde a levaram, mas certamente não foi na cidade que eu conheço! Cidade limpa, ampla, verde, simpática, bons restaurantes e bodegas nem se fala! Enfim, como no vinho, cada um tem lá seu gosto então respeitemos, mas que quanto mais vezes eu lá vou mais me enamoro, disso não restam duvidas.

Enfim, retornamos depois de cinco intensos dias programados, que viraram seis devido a cancelamento de voos, que demandou resistência física de todos os presentes nesta verdadeira esbórnia enogastronomica que envolveu a prova de 66 diferentes vinhos, visita a 9 bodegas, das mais comerciais ás mais familiares e minimalistas, 4 almoços e 2 jantares harmonizados em bodegas, mais uma incrível viagem pela cozinha e sabores de diversas regiões argentinas. Ufa, muita coisa para comentar e muita foto a publicar (vou precisar da ajuda dos amigos que me acompanharam) o que demorará um tempinho, porém quero hoje fazer alguns comentários sobre , talvez, o maior destaque da viagem, a alma no vinho!

Vinho com alma, já ouviram falar? Pois bem, mais do que nunca ficou claro como isso pode mudar toda nossa percepção sobre um vinho. Digo isso porque a alma é colocada na taça por gente, vinho é um estado liquido derivado do mosto fermentado da uva e algumas cositas más, entre elas gente, parte integrante de qualquer terroir! Visitas com provas de grandes vinhos sem pessoas apaixonadas fazendo o elo entre eles, os vinhos, e nós, perdem um pouco da graça mesmo que sejam caldos excepcionais pois falta-lhes alma, emoção! Gente como a Cecilia da Catena que me devolveu a fé na bodega, Andrea da Dominio del Plata com sua sempre radiante e simpática energia, a presteza e hospitalidade da Constanza da El Enemigo, Matias Michelini da SuperUco e Passionate Wines (nome mais apropriado impossível) foi de uma atenção ímpar, Florencia da Casarena que nos incentivou na elaboração de nossos próprios vinhos, a jovem e dinâmica Daiana da linda Decero, Pablo del Rio do incrível Siete Cocinas, entre outros de que agora não me recordo (sorry) fizeram a diferença, obrigado. Essas experiências foram prova cabal de que o componente humano é essencial e não deve ser deixado de lado, pois corre-se o risco de perder boa parte do “sabor” na taça sendo tão importante como a fruta exuberante, os taninos bem colocados e o equilíbrio da acidez!

Isso vale para o vinho, mas vale também para quase tudo mais na vida, já que onde existe paixão pelo que se faz, faz-se melhor! Por hoje é só, mas pensem um pouco nisso. Pensem nos restaurantes ou lojas que frequentam, no médico com que se consultam, no hotel onde se hospedam, etc. e busquem locais com alma, eles fazem a diferença, garanto!

Cheers, kanimambo e nesta semana voltando ao normal, sexta tem mais.

Ps. no site luso-poemas.net achei esta tradução de um poema escrito pelo poeta francês (falecido em 1867) Charles Baudelaire que quis compartilhar com os apreciadores do gênero que hoje me visitam

 

A alma do vinho assim cantava nas garrafas:
“Homem, ó deserdado amigo, eu te compús,
Nesta prisão de vidro e lacre em que me abafas,
Um cântico em que há só fraternidade e luz!Bem sei quanto custa, na colina incendida,
De causticante sol, de suor e de labor,
Para fazer minha alma e engendrar minha vida;
Mas eu não hei de ser ingrato e corruptor,Porque eu sinto um prazer imenso quando baixo
À guela do homem que já trabalhou demais,
E seu peito abrasante é doce tumba que acho
Mais propícia ao prazer que as adegas glaciais.

Não ouves retinir a domingueira toada
E esperanças chalrar em meu seio, febrís?
Cotovelos na mesa e manga arregaçada,
Tu me hás de bendizer e tu serás feliz:

Hei de acender-te o olhar da esposa embevecida;
A teu filho farei voltar a força e a cor
E serei para tão tenro atleta da vida
Como o óleo que os tendões enrija ao lutador.

Sobre ti tombarei, vegetal ambrosia,
Grão precioso que lança o eterno Semeador,
Para que enfim do nosso amor nasça a poesia
Que até Deus subirá como uma rara flor!”

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=201432 © Luso-Poemas

Saca Rolhas Degustando Tops de 2014

Desta feita a confraria Saca Rolhas escolheu como tema a minha lista de TOPS de 2014, uma tremenda honra e uma responsa danada! Mais uma razão para eu não abrir a boca e deixar a amiga Raquel falar por todos nós confrades.

Uncorking-Old-Sherry-GillrayAlém das confrarias, nosso amigo João Clemente proporciona outros encontros na sua Vino&Sapore como por exemplo, uma degustação prá lá de especial, dos melhores vinhos desarrolhados do ano. Ficamos com água na boca e taças vazias quando nos contou que o número de participantes já estava fechado. Antes que nossa tristeza tomasse corpo, alguém teve a brilhante ideia de “roubar” esse tema para o nosso próximo encontro! A lista, feita com rótulos degustados em diversas situações, tinham em comum aqueles vinhos que se destacaram, seja pela qualidade, pela novidade ou mesmo pela boa harmonização com algum prato. A noite prometia!

Um espumante australiano deu-nos as boas vindas. Elaborado com a casta Sémillon, já para nos prepararmos com a diversidade que tínhamos pela frente.
Eternity Cuvée Brut, produzido pela Westend Estate, Austrália: Bem clarinho, com borbulhas delicadas, chamou nossa atenção pela sua nacionalidade incomum a esse tipo de vinho. Seus aromas cítricos e herbáceos, conferiam ótimo frescor que compartilhavam com um bom corpo frutado, resultando num vinho muito sedutor e amigável.

Começamos a degustação propriamente dita com um mito já conhecido por nós, em outra ocasião (02/12/2013), porém de outra safra:

Viña Tondônia Blanco 1991 – Esse vinho pertence aquela categoria de brancos que sabem envelhecer. Essa garrafa de 25 anos, guardou tudo aquilo que esperávamos dele e mais alguma coisa. Desta vez, foi escoltado com jamóm serrano e queijo brie, que serviu de trampolim para suas peripécias. Um caleidoscópio de aromas e sabores intermináveis, onde a sua personalidade inusitada consegue juntar o doce, o salgado, o oxidado, o frescor, frutas e defumados, etc….. a lista é grande e muito já se falou dele aqui. E quem só o conhece de ouvir falar tem que experimentar, pelo menos uma vez na vida!

Partimos para um tinto, da conhecida bodega chilena Concha e Toro. A uva Carmenére é considerada sua maior representante, pois foi no Chile que ela foi redescoberta depois de quase se extinguir na Europa. Proveniente do Vale do Rapel, os vinhedos de Peumo produzem as melhores uvas desta casta.
Terrunyo Carmenére 2007 – Vinho muito bem feito, bem estruturado, que foge um pouco à regra do que se espera dos Carmenére chilenos. Sem perder as características da casta neste terroir, que via de regra remetem aos sabores herbáceos de pimentão, frutas maduras, entre outros, pode-se sentir tudo isso dentro de um corpo potente, porém com sutileza e elegância. Taninos e acidez presentes e bem equilibrados. Apresentou um álcool saliente de início que se dissipou com tempo na taça. Merecia uma decantação pelo potencial de evolução que apresentou.

Do Chile fomos diretamente para o norte da Espanha, mais precisamente na região de Navarra. Os produtores ( La Calandria ) recuperaram um último reduto de vinhas antigas de Garnacha com mais de 60 anos. De lá provem 4 vinhos diferentes, feitos exclusivamente desta casta: um rosé, um feito com maceração carbônica, um tinto leve e um mais potente, que representa o seu top de linha: Tierga 2010 – Esse vinho é o que se pode esperar de um retrato mais fiel de terroir e casta. Mostra toda a potencia da Garnacha, na cor muito escura, frutas maduras (geleia de cereja, ameixas pretas), especiarias (anis), notas balsâmicas e tostadas, evidenciando passagem por madeira. Tudo isso muito bem encaixado num corpo equilibrado com a acidez e taninos evidentes, bem lapidados. A produção muito baixa garante sua alta qualidade. Um vinho feito para surpreender.

De volta à América do sul, na Argentina, região de Mendoza: A Bodega Benegas produz vinhos nessa região desde 1883. E até hoje o negócio familiar se perpetua sob o comando do bisneto do seu fundador, o enólogo Federico Benegas. Seus vinhos refletem muito a personalidade do proprietário que a todo ano cria um vinho para um membro da família. Suas alquimias refletem características e vivências humanas, quase que contando histórias de vida. O resultado disso reforça e evidencia com muita diversidade e qualidade a estrutura da família. O vinho provado à primeira vista parecia um Bordeaux:
Benegas-Lynch Meritage 2006. Elaborado com Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot, mostrou-se muito fresco no nariz e uma complexidade que pedia tempo para ser destrinchada. Aos poucos aparecem frutinhas vermelhas silvestres, mostrando uma acidez que faz salivar. O corpo vai aparecendo conforme sua estrutura se abre. Madeira bem colocada, o tanino com pegada marcante e notas de alcaçuz , alcatrão e cinza. Com tempo torna-se mais opulento e consistente com muito equilíbrio e elegância. Boa persistência.

Tops 2014

Na sequencia, fomos para Portugal. A Casa Ferreirinha tem uma trajetória que quase conta a história da vitivinificação deste pais. Conhecida pelos vinhos produzidos no Douro, se destacou primeiramente pelos vinhos do Porto e após a segunda metade do sec. XX tem como ícone o Barca Velha. Esse vinho não é vinificado todos os anos e quando isso acontece recebe o rótulo do Reserva Especial. O vinho que degustamos aqui é o 3º dessa “linhagem”:
Quinta da Leda 2011 – Pela cor na taça já se pode supor a intensidade que teremos à frente. Aromas complexos que não se mostram de pronto. No primeiro gole podemos sentir a elegância e o equilíbrio entre os taninos aveludados, a acidez vibrante e o corpo potente que enche a boca de frutas, especiarias, algo de mineral e uma persistência bem longa. Puro deleite que torcemos para não acabar nunca!

Por fim, apesar de achar que se acabasse por aqui eu já estaria feliz e satisfeita, restava-nos a difícil tarefa de apreciar a melhor harmonização do ano!
Um vinho da ilha da Madeira e uma torta de maçãs com figos secos e nozes, criada pelo Ney Laux, que quem é da região da Granja Viana sabe bem do que estou falando! Madeira H&H – Boal -15 anos. Esqueça aquele vinho Madeira que a sua avó ou mãe usava para umedecer o pavê de natal! Conhecemos muito pouco destes vinhos aqui no Brasil e mesmo em Portugal é um pouco difícil de achá-los. A produção é muito pequena, além do tempo que se leva para ficar pronto. Neste caso, 15 anos. O preço é consequência de tudo isso. Mas como nessa vida tudo tem seu preço, nesse caso fica justificado quando se põe o primeiro gole na boca! Apesar da doçura, é nada enjoativo, pois a acidez faz o contraponto. É uma explosão de sabores de frutas que ficam muito evidenciadas quando comemos junto com a torta. Casamento perfeito! Um levanta o outro às alturas e o ambiente fica completamente envolto pelos aromas que sobram por não caberem neles mesmos. Felicidade é isso!

Vá de Taxi ao Encontro de Vinhos e Confira os TOP 5.

É amigos, na Sexta dei algumas dicas de comportamento em degustações e uma delas tinha a ver com evitar dirigir sob a influência por razões de absoluta segurança. A Expovinis demorou para encampar minha ideia de transporte de vans entre o metrô e a feira, mas já no ano passado a adotou, fiquei feliz, e repete este ano, eu vou usar!.
Agora é o Encontro de Vinhos, que já tinha adotado ações nesse sentido na edição do Rio, que agora promove o uso de taxi através de uma parceria com a 99táxis dando um voucher de R$ 15,00 de desconto para as corridas feitas no dia do evento. Deixe o carro em casa, pegue um táxi da 99taxis e vá provar todos os vinhos que quiser amanhã na Casa da Fazenda em Sampa. Veja abaixo como obter o seu voucher.

99taxi

Por outro lado saiu a lista dos TOP 5 vinhos escolhidos ás cegas por uma banca degustadora especializada, como sempre algumas surpresas que você deve conferir quando de sua visita ao evento. Confira:
Vencedor
Vinho: Facile 2012
Produtor: LPG Wines, Vale dos Vinhedos, Brasil
Castas: Malbec e Merlot
Preço: R$ 60,00
No evento: R$ 50,00Onde encontrar: Dist. Wine Soul, Restaurante Ravioli e Tre Bichieerre JK

Segundo lugar:
Vinho: Casa Valduga Raízes Gran Corte 2010
Produtor: Casa Valduga, Campanha Gaúcha, Brasil
Castas: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Tannat
Preço médio: R$ 110,00
Onde encontrar: Specialitá e Empórios Santa Joana e Frei Caneca

Terceiro lugar:
Vinho: Mairena Malbec 2013
Produtor: Família Blanco, Mendoza, Argentina
Importador: La Charbonnade
Casta: Malbec
Preço: R$ 70,00
No evento: R$ 55,00
Onde encontrar: Rep. Atílio de Simone, 11 99939 4947

Quarto lugar:
Vinho: Principal Grande Reserva 2008
Produtor: Bairrada, Portugal
Importador: Ideal Drinks
Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Touriga Nacional
Preço: R$ 525,00
No evento: desconto especial
Onde encontrar: Ideal Drinks, 11 2061 8529

Quinto lugar:
Vinho: Spettacolo Syrah 2011
Produtor: LPG Wines, Vale dos Vinhedos, Brasil
Castas: Syrah
Preço: R$ 105,00
No evento: R$ 80,00
Onde encontrar: Dist. Wine Soul, Restaurante Ravioli e Tre Bichiere JK

Não perca a oportunidade de degustar os vencedores do Top 5 e outras centenas de vinhos que estarão esperando por você neste feriado de Tiradentes na Casa da Fazenda em Sampa. Aproveitem, eu e um grupo de amigos estamos em Mendoza, mas em breve retorno. Cheeers, kanimamambo e eguimos nos vendo por aqui..

Dicas de Comportamento em Eventos de Degustação

Ontem postei sobre um monte de incríveis momentos a serem vividos pelos amantes do vinho e seguidores de Baco nesta próxima semana e daí me lembrei deste post que escrevi já faz uns anos mas que é sempre atual para momentos como estes. Sem querer passar por pedante, enochato ou coisas do gênero, porém há normas, escritas ou não, de convívio em sociedade que em determinadas ocasiões devem ser seguidas e nossa vinosfera não é diferente não.  Aliás, como falamos de bebida alcoólica, mais importante ainda pois perder o discernimento no processo é facin, facin! rs

Algumas delas são essenciais quando degustamos ou vamos a eventos do tipo onde um monte de gente acotovelada ‘briga” por mais alguns ml em sua taça, mas tenho visto nas inúmeras degustações que organizo ou que visito, que poucas são praticadas então cheguei à conclusão que este post tinha vez. A experiência tem me mostrado uma série de “senões’ que devemos levar em consideração quando nos propomos a encarar esse tipo de evento. Em cima dessa experiência, sem querer ditar regras, elaborei uma curta lista de dicas que, por mais óbvias que sejam, nem todos as praticam e lhe podem ser úteis nesses momentos para melhor usufruir desses eventos.

1 – Coma um lanche cerca de meia hora, algo neutro sem grandes temperos não vá se entupir de curry apimentado (rs), antes só para que a degustação não ocorra com estômago vazio. Tendo a possibilidade de ir mordiscando algo ao longo dos eventos, melhor ainda!

2 – Evite perfumes e colônias. Atrapalha a análise olfativa dos vinhos e, muitas vezes, até o vizinho. Incrível como até gente envolvida no business do vinho se atém pouco a esse essencial aspecto de uma degustação. Já vi importador de vinho chegando num jantar degustação e, de tanto perfume, acabar com ambos!

3 – Evite o uso de batom, inclusive os de cacau, pois atrapalhará sua análise gustativa.

4 – Tome bastante água, ajuda a equilibrar e diluir o teor alcoólico consumido. A hidratação nestes eventos é fundamental.

5 – Coma paõzinho, normalmente disponibilizado nos eventos, que ajuda a dar substância, porém mais que isso, é auxiliar na preparação gustativa limpando a boca para o próximo vinho.

6 – Sempre prove do vinho mais suave para o mais estruturado. Comece pelos espumantes e brancos; rosés, tintos e termine com o de sobremesa.

7 – Não fique batendo papo com seus amigos em frente ao estande bloqueando o acesso de outros visitantes do evento ao produtor. Pegue sua “dose” e ceda espaço para outros chegarem.

8 – Dê uma chance ao produtor provando boa parte de seus vinhos em vez de só mergulhar no vinho mais conceituado ou top do produtor. Isso em nada melhorará seu conhecimento e os melhores produtores se mostram mesmo é nos seus vinhos de entrada, pois produzir grandes vinhos, a grosso modo, quase todos conseguem em escala limitada! Agora, quem produz bons vinhos de entrada certamente entregará grandes 021001_WineSpitting_Maincaldos nas gamas mais altas e esse cara você tem que conhecer!

9 – Numa degustação de muitos rótulos, cuspa a maior parte do vinho para evitar eventuais excessos etílicos. Todo mundo faz, não adianta torcer o nariz, faz parte!

10 – Quando a degustação é limitada, poucos rótulos e menos gente, dê chance aos vinhos.  Prove-os e depois deixe-os respirar enquanto prova outros, voltando ao vinho inicial posteriormente. Uma série de vinhos evoluem muito bem na taça então dê-lhes uma chance de mostrarem todo seu potencial com calma.

11 – Evite ir de carro! Metrô, taxi, ônibus, carona, invente algo e evite dirigir. Afora os possíveis problemas com a lei, você está mais propenso a causar acidentes e mesmo que o cara que te “acerte” esteja totalmente errado e você certo, podes crer que vai sobrar no teu colo!

Como em tudo na vida, etiqueta e boas maneiras, respeito ao próximo e civilidade, coisas que andam caindo em desuso, também devem imperar em nossa vinosfera então lembre-se sempre que sua liberdade cessa onde começa a do outro. Por outro lado, existem formas bem mais baratas e mais eficientes de se tomar um porre e vinho não é uma delas, então prove com parcimônia e moderação até para poder efetivamente  aproveitar a viagem pelos caldos de Baco.

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos. Se tiver algumas dicas a acrescentar, por favor o faça, o espaço é para interação e sua participação e sugestão é importante sempre.

Semana Imperdível de Nossa Vinosfera!

Amigos, de 17 a 24 de Abril uma semana para enófilo nenhum que se preze perder, tem um monte de oportunidades para conhecer os mais diversos caldos de Baco. Eis uma lista dessas atividades, centradas em Sampa mas não só, para que você se programe, ainda dá tempo!

Dia 17 é dia do Malbec e eu vou celebrar em Mendoza com um grupo de mais dez amantes do vinho, então minha sugestão é para você que é da região, dar um pulo na Rosso Bianco de meu amigo Thiago. Quem não for, aguarde minha volta da Argentina que montarei uma degustação especial, um Desafio de Malbecs!

Rosso e Bianco Malbec Day

Dia 20 é dia da Premium, dia para os mineiros residentes em BH e região, se esbaldarem na feira que a Premium, um de meus fiéis parceiros, está promovendo na sede da empresa, em Belo Horizonte, contando com a presença de produtores de vários países e mais de 70 vinhos para degustação.

As principais vinícolas presentes serão: Espanha (Rueda) com a Vinos Sanz. Portugal será representada pela Casa da Passarela (Dão) e Quinta das Apegadas (Douro). A Itália virá com produtores da Campânia (Donnachiara) e da Toscana (Castello di Volpaia). A França contará com diversos produtores/vinhos da Borgonha (Domaine de Bellene, Maison Roche de Bellene, Hubert Lamy, Marquis d’Angerville, Nicolas Potel e Christian Moreau) e do Vale do Loire (Huet). Da América do Sul, o Chile com a Viña Casa Rivas, a Argentina com as vinícolas Benvenuto de La Serna, Ricardo Santos e Tercos; e do Uruguai, o produtor Reinaldo De Lucca.
Diz o Orlando, um dos proprietários, “Desde que iniciamos nossas atividades, em 1999, nosso catálogo sempre refletiu o imenso prazer que temos em descobrir opções menos convencionais, em vinhos que sejam capazes de surpreender. São os verdadeiros tesouros da viticultura, que queremos compartilhar com nossos clientes.” Tudo a ver comigo, por isso recomendo e o tenho como parceiro na Vino & Sapore!
Local: Rua Estevão Pinto, 351 – Serra, Belo Horizonte das 16 às 21 horas. Tel. (31) 3282-1588
Valor: R$ 150,00* (O ingresso dá direito a uma taça de cristal e caderneta para anotações) podendo 50% do valor do ingresso ser revertido em desconto nas compras acima de R$ 500,00 e 100% em compras superiores a R$ 1.000,00. Eu espero poder provar alguns desses na Expovinis dia 24, mas quem estiver em BH e região, NÃO pode perder!

 

Dia 21 é dia de Encontro de Vinhos na Casa da Fazenda em Sampa! Clicando no site Encontro de Vinhos, você poderá comprar seu ingresso e ver quem estará por lá dando a degustar seus vinhos e produtos afins mas a grande novidade é a parceria com food trucks e música, artes e enogastronomia, tudo a ver pois todas despertam emoções! Eu desde já sugiro que quatro mesas não devem ser perdidas; La Charbonnade, Adolfo Lona, Barrica Negra e Ideal Drinks, mas tem muito mais por descobrir. Eu não poderei estar presente, a primeira vez desde 2009, mas recomendo sobremaneira, pois meus amigos Beto e Daniel, os famosos Batman & Robin de nossa vinosfera tupiniquim (rs), conseguem sempre se superar edição após edição.

Encontro CF Clipboard

Casa da Fazenda Morumbi, Av. Morumbi 5594  (estacionamento com valet disponível). Das 14h às 22h e o preço por pessoa é de R$ 80 e a meia para estudantes e terceira idade, R$ 40. Bom proveito, eu assino embaixo e recomendo sempre.

Dia 22 começa a Expovinis que vai até dia 24, uma loucura! A maior feira de vinhos da América do Sul, quiçá do hemisfério sul, é para deixar qualquer um zonzo de tantas opções e pode, cuidado, terminar mal pois a tendência a exagerar na dose é mais comum do que se pensa, então juízo e ponderação, nada de pé na jaca!!

Expovinis 2015

Dê uma olhada na lista de expositores aqui e programe sua visita tentando se manter fiel a seu roteiro, porque as tentações serão enormes! Eu só poderei ir no último dia, o que não é legal, porém é o dia que me sobrou depois da volta da Argentina, então minha visita será curta e objetiva visitando algumas coisas que acho imperdíveis; Aracuri Vinhos Finos de minha amiga Paula, Quinta da Bacalhôa e Casal Branco representantes lusos, Champagne H. Blin e também a Baudry, Chablis se tiver no estande francês, Lagarde da argentina, Miguel Torres espanhola e chilena, e obviamente dois dos melhores importadores e parceiros, a Premium (quem perdeu em BH, olha aqui!) e a Decanter! Provavelmente começarei pela frança com seus brancos e espumantes, depois seguirei no restante de meu roteiro. Mas ainda tem uma série de atividades de aulas, palestras e degustações temáticas que valem muito a pena e você pode conferir no site, porém eu, puxando a sardinha para as coisas lusas, recomendo escolher uma destas que a ViniPortugal promove:

A ViniPortugal, associação criada em 1997 para divulgar a imagem de Portugal como grande produtor de vinhos, fará um passeio pelas principais uvas e terroirs do país – são mais de 250 castas autóctones – na degustação “Portugal, Terra de Aromas e Sabores”. Com uma seleção de oito rótulos, a prova será apresentada nos três dias da feira, às 15h30, pelos seguintes especialistas: Carlos Cabral, consultor do Grupo Pão de Açúcar e colunista da revista Prazeres da Mesa (dia 22); Ricardo Castilho, jornalista e diretor editorial da Prazeres da Mesa (dia 23); e Christian Burgos, editor da revista Adega e Cavaleiro do Vinho do Porto Confrade do Alentejo (dia 24).

ViniportugalAlém das palestras promovidas pelos Vinhos de Portugal, serão apresentadas outras nove das diferentes entidades Portuguesas presentes no evento. Confira abaixo a programação completa. São 30 vagas por evento e para participar é necessário se inscrever pelo e-mail viniportugal@exponor.com.br.

22.04.2015 (quarta-feira)

* 14h-15h: Seleção de Vinhos de Lisboa (CVR LISBOA – Comissão Vitinícola da Região de Lisboa)
Com Vasco Avillez – Presidente da Comissão Vitivinícola de Lisboa desde 2011 e consultor na empresa Stilavi Consultadoria.
* 15h30-16h30: Portugal, Terra de Aromas e Sabores (ViniPortugal)
Com Carlos Cabral.
* 17h-18h: Brancos Surpreendentes (CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal)
Com Alexandre Lalas – Jornalista, escreve para as revista Gula e Wine (de Portugal) e assina carta de vinhos de diversos restaurantes.
* 18h30-19h30: Porto com queijos (IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto)
Com Carlos Cabral.

23.04.2015 (quinta-feira)

* 14h-15h: Douro – Novos Projetos (Quinta das Apegadas)
Com Rodrigo Assunção Fonseca – Sócio-gerente da PREM1UM, chef de cozinha e sócio-gerente do Taste-Vin, restaurante e loja de vinhos.
* 15h30-16h30: Portugal, Terra de Aromas e Sabores (ViniPortugal)
Com Ricardo Castilho.
* 17h-18h: Grandes Uvas de Portugal (CAP)
Com Rui Falcão – Crítico de vinhos em Portugal e autor do mais completo guia de vinhos anualmente publicado no país.
* 18h30-19h30: Porto com Chocolate (IVDP)
Com Carlos Cabral.

24.04.2015 (sexta-feira)

* 14h-15h: Porto com Chocolate (IVDP)
Com Carlos Cabral.
* 15h30-16h30: Portugal, Terra de Aromas e Sabores (ViniPortugal)
Com Christian Burgos.
* 17h-18h: Aragonez e Outras Castas do Alentejo (CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana)
Com Rui Falcão.
* 18h30-19h30: A Arte do Corte (CAP)
Com Alexandre Lalas.

A Expovinis ocorre Dias 22, 23 e 24 de Abril no Expo Center Norte – Pavilhão Azul R. José Bernardo Pinto, 333021001_WineSpitting_Main, Vila Guilherme – São Paulo. Das 13 às 21 horas para profissionais do setor nos dias 22 e 23 de abril, e das 13 às 20 horas no dia 24 de abril. Aberto ao consumidor final das 17 às 21 horas no dia 23 e das 17 às 20 horas no dia 24 de abril. Eu recomendo duas coisas básicas; CUSPIR e ir de METRÔ! A feira disponibiliza transporte gratuito para a feira saindo do Metrô Tietê e voltando a partir das 12h30.

Vais ser uma semana dura né?! Pois bem, aproveitem porque eu e meus companheiros de viagem certamente o faremos em Mendoza. Cheers, kanimambo e seguimos nos encontrando por aí nas estradas de nossa vinosfera.

Êta Trem Bão Sô!

A amiga Rejane, nossa “Garimpadora de Gostosuras” andava meio ausente destas páginas mas retorna com mais um restaurante de estrada, ou quase, um bom passeio de Sábado ou Domingo para os paulistanos. Este eu já conheço, aliás levado por ela, e assino embaixo de tudo o que escreveu sobre o lugar.

Sabe aquele lugar, com jeitinho e cheirinho de comida caseira, bem tipo casa da vovó ( para aqueles que tiveram, assim como eu a felicidade de ter avós que cozinhavam bem pra caramba…ai…ai …saudades!).

Êta trem bão! Pousada, restaurante, lazer, espaço para eventos sociais e corporativos. Eeeee… a melhor comida Mineira, feita com fogão a lenha, segredos culinários passados de geração a geração.

Dica: vá com roupas confortáveis e largas, esqueça o regime , comece na segunda…rsss…porque , o serviço é tipo buffet , a preço único. Ou sejaaaa, o paraíso!!! Cervejas artesanais, mesmo!!! Caipirinha feita com pura caninha de alambique!! Caramba, preciso voltar lá. Urgente…rs

O atendimento é muito acolhedor, logo na entrada você pode se servir do legítimo caldinho de feijão e incrementá-lo com: torresminho, couve picadinha e bem feitinha, alho torradinho…(fome!!) Preços ótimos.Para ir com a família e passar uma tarde deliciosa, porém só funciona sextas, sábados, domingos e feriados.

Vargas clipboard

Localização: Monte Verde – Estância Turística de São Roque – Km 48 – Raposo Tavares (passando o pedágio, sentido interior à esquerda. Têm painéis indicativos…facim…facim.

Site: http://www.casadosvargas.com.br Fones.: (11) 4714-0016 / (11) 4714-1135

Quando for, me conta!

Quem sabe Tiradentes, tudo a ver! só uma dica, quando você achar que já se perdeu, que não chega nunca, então está chegando, não desespera não! rs Depois que sai da estrada o caminho é meio tortuoso mas vale a experiência e a branquinha que te espera é da boa! Cheers, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.