João Filipe Clemente

Um Branco Com 24 Anos, Pode!

É, sempre falaram para você que vinho branco tem que ser tomado jovem, gelado e ser bem clarinho né? Pois é, não se for um Viña Tondonia Reserva Branco! Existem diversos brancos que envelhecem bem, mesmo sendo a minoria, porém este vinho é para lá de especial e, como me falaram há dias numa degustação, “é um branco que é tinto”!! Lógico que não na cor e tão pouco nos seus aromas e sabores, mas em sua complexidade e conceito. Chega a ser um vinho cult, objeto de devoção de muitos, inclusive eu que o acho bem superior à sua versão tinta.

Este ano já o coloquei em duas degustações Best of 2014 e em ambas ele roubou as atenções o que não é coisa fácil já que vem à mesa com outros grandes vinhos e, tenho que reconhecer, só é batido na hora em que sirvo o fantástico Henrique e Henriques 15 Anos Bual, um madeira excepcional que obteve minha indicação como melhor harmonização do ano em 2014, com uma torta de figos, maçã e nozes obra do amigo Ney Laux.

Best of 2014 - Saca Rolha Abril 2015

Quem não conhece pode estranhar a cor, os aromas e, até, os sabores. É um branco com alma de tinto e quem o experimenta tem que estar preparado para algo muito diferente para que, como já aconteceu com um amigo, não o descartar no ralo pensando estar estragado devido à cor e ao forte aroma de oxidação que são sua marca registrada. Notas salgadas, uma complexidade aromática e de boca ímpares, untuoso, acidez ainda bem presente formando um conjunto de muito equilíbrio, sensações difíceis de serem transformadas em palavras! Meu sonho ainda é abrir um Grande Reserva, será que consegue ser melhor?! Quem sabe um dia quando o bolso o permitir ou conseguir um portador da Espanha? De resto, é puro gozo, uma experiência hedonística que precisa ser vivida, mais do que lida.

Tondonia branco com jamon serrano

O produtor desde 1877, R. López de Heredia, cidade de Haro em Rioja, a tradição como fonte de inspiração e filosofia enológica. Ali, 12900 barricas guardam preciosidades em cave subterrânea cavada num bloco de pedra de arenito a mais de 10 metros de profundidade. Fermentação em tonéis de madeira de 60.000 litros, leveduras naturais, seis anos de barricas de carvalho americano de 225ltrs e mais alguns anos de garrafa até que algumas dessas poucas garrafas, cerca de 10.000 anuais, deem o privilégio de aparecer em nossas taças permitindo que passemos por esses verdadeiros momentos de deslumbramento ao tomar uma verdadeira obra de arte engarrafada!

Acho que matamos este ano duas das últimas garrafas da safra de 1991 disponíveis no mercado. Em alguns lugares a de 1993 poderá ainda ser encontrada, porém não sei que safra a Vinci (importadora desta preciosidade) tem em estoque. Como sempre, servi o vinho com tiras de Jamon Serrano e uns canapés de brie com o mesmo jamon e acho que fica perfeito, em linha com o que faria com um Jerez Manzanilla. Quanto ao restante dos rótulos, todos de grande qualidade e personalidade, a confreira e amiga Raquel Santos falará desse momento em breve aqui no site, ela que é a porta voz da Confraria Saca Rolha.

Kanimambo, salud e não esqueça; dia 18 embarco para Mendoza para mais 5 dias de puro êxtase enófilo e só temos 4 vagas sobrando, vem comigo?

Uma Páscoa da Hora!

Mais do que mesurarmos nossa Páscoa pelo consumo, fica a certeza de que a reunião familiar e a curtição de algumas tradições são o que realmente nos enche o coração de felicidade. Ontem foi um dia assim e mais do que nunca reiterei minha convicção de que alimentar a imaginação das crianças, deixando-as serem crianças, é essencial. Tudo tem seu tempo e o tempo de 5 anos é acreditar no Coelho!

Isso, obviamente, não impede que junto com as celebrações não possamos nos esbaldar em pratos e taças cheias do que de melhor podemos elaborar e/ou comprar. No nosso caso aqui em casa os dois! Para iniciarmos os trabalhos alguns queijinhos e patés enquanto esperávamos todo mundo chegar, devidamente regado com um saboroso Contessa Borghel Rosé Dry Spumante do Friulli (Itália). Como é fácil e gostoso este espumante, agrada até quem é chegado tão somente nos Brut da vida. Muito fresco, acidez muito bem balanceada faz com que a doçura acabe ficando em segundo plano. Gosto bastante, é muito versátil (comida japonesa, frutos do mar grelhados ou fritos, comida Thai, etc) e já escrevi aqui sobre ele.

Como preparo para o prato principal de Bacalhau à Brás, que aqui em casa leva batata frita mesmo não palha (argh!), abrimos uma relíquia de 1999, um Quinta da Bacalhôa. Um clássico português da região Setúbal, mostrou-se cansado, já arrastando os pés! Sem taninos nem fruta, notas acentuadas de evolução, um prazer porém sem vibe! Seguramos um pouco para ver se encarava o prato, mas acabamos por abrir o que seria o vinho da refeição, um ótimo Dão, o Casa da Passarela Vinhas Velhas CAM017462008 que estava tinindo. Como complemento ao Bacalhau à Brás, modéstia à parte ficou da hora, uma travessa só de batatas ao murro, pedido do neto que as queria esmurrar, e que mesmo não sendo o acompanhamento tradicional do prato, nos souberam muito bem!!

A Casa da Passarela é um dos cultuados produtores do Dão de quem meu amigo Pingus Vinicius é fã incondicional e eu, mesmo não os conhecendo com a mesma intimidade, aos poucos também me transformo num. Que belo vinho; rico, fino, de grande equilíbrio que casou com o prato à perfeição e nos encheu de prazer. O que faltou de “vibe’ no primeiro, sobrou aqui, um vinho para se tomar sem parcimônia. Também já falei dele aqui, então não vou me alongar mais do que o costume (rs) e você poderá ler mais no link. Bão demais, mas ainda não estava contente, faltava algo!

Cada um tem seu Secret Spot, este é o meu! Rs Moscatel do Douro, 40 anos, Casco VII. Elixir dos Deuses, poesia engarrafada, daqueles vinhos que deveriam vir acompanhados de uma almofada para nos ajoelharmos em preces de agradecimento. Impressionante este vinho elaborado pelo amigo Rui Cunha e que me foi trazido por um outro, o Leandro quando de sua viagem a Portugal. Acompanhou o Toucinho do Céu à perfeição, um verdadeiro nirvana, uma pena que só tinha uma garrafa, vai deixar saudades! Ontem não dava para comer mais nada à noite, então ficamos só nos chocolatinhos que o Easter Bunny nos trouxe e mais uns goles dessa preciosidade única! Rs

Eta Domingo de esbórnia enogastronomica! Muito bom, mas o melhor foi o sorriso estampado na cara de meu neto ao lhe lermos a cartinha que o coelho tinha deixado para ele pedindo sua ajuda na distribuição dos ovos! Como ajudante do Easter Bunny, se sentiu nas nuvens e nós viajamos com ele torcendo para que tenhamos pelo mais um ano destes, pois com cinco aninhos, em breve sabemos que o sonho se transformará na realidade e o dia perderá um pouco de seu encanto! Saúde a todos, kanimambo pela visita e ainda temos 4 vagas para o grupo que ira comigo a Mendoza no feriado de Tirandentes, vem comigo?!

Imperdível!

Na Vino & Sapore estou reformulando portfolio e me sobraram algumas unidades de rótulos de primeira grandeza para os quais estou dando 25% de desconto e mais 5% se pagos à vista (dinheiro, transferência ou cheque) porém válido tão somente nesta semana que antecede a Páscoa. Se sobrar, vão para casa! rs

CAM01691

Mendoza no Feriado de Tiradentes, só restaram três vagas no grupo que me acompanhará nesta saborosa viagem de descobrimentos de novas emoções enogastronomicas. Uma seleção de bodegas muito especiais com degustação de vinhos escolhidos por mim em parceria com nossos parceiros nas bodegas. Certamente uma viagem imperdível e inesquecível! Veja mais clicando na imagem abaixo.

Mendoza logo

Degustação de Malbecs às Cegas! Um Desafio Argentina x Chile para comemorar o DIA DO MALBEC. Como viajo para Mendoza junto com um grupo de 14 pessoas no dia 18, não será possível montar nada para dia 17, porém porquê não um dia antes? Afinal, quem sabe faz hora, certo?! Pois bem Dia 23 de Abril a partir das 20 horas na Vino & Sapore, comemoraremos o Dia do Malbec, criado pela Wines of Argentina, com um Desafio às Cegas, um Argentina & Chile! Para tanto vou selecionar três rótulos de cada região e a degustação se dará com flights de dois vinhos.

Escolherei dois rótulos em cada faixa de preço com variação máxima de 10% no valor; por volta dos R$80, por volta dos R$110 e a mais alta ao redor de R$150,00. Durante a degustação será servido água mineral, pão, queijo, azeite e chorizo espanhol. Ao final será servido um festival de empanadas, seguido de café. Tudo isso já com estacionamento (gratuito) incluído, por R$125,00 por pessoa que deverão ser pagos no ato da reserva.

Devido a degustação ser ás cegas, os rótulos somente serão divulgados após a prova, então terão que confiar naquilo que eu escolhi! rs As vagas estão limitadas a somente 12, então não deixe para a última hora porque estas costumam acabar rapidamente. Enquanto apuramos o resultado do Desafio às Cegas, servirei um Malbec que trarei da Argentina (o Tour por Mendoza para Loucos Por Vinho retorna dia 22) especialmente para o evento.

?????

Cheers, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou nas sempre agradáveis estradas de nossa vinosfera.

Quebrando Preconceitos na Argentina

Mesmo os mais experiente enófilos certamente têm lá suas cismas com alguns vinhos, produtores, regiões, uvas, etc.. Eu sempre falo que jamais se deve dizer que não se gosta de uma uva ou estilo de vinho, país ou região, porém não sou diferente de ninguém e neste último ano “quebrei” a cara algumas vezes porque tinha me deixado levar por atitudes que critico!

1 – Não era chegado em Malbecs! Não gostava de vinhos em que existe uma sobre extração e madurês das uvas que gera vinhos com taninos doces e enjoativos depois de duas taças, sigo não gostando, só que generalizei quando não devia. Para minha grata surpresa, nestes últimos dois anos viajando por aquelas terras descobri vinhos que me fizeram mudar meus conceitos; alguns mais potentes que outros, mais robustos, outros mais polidos porém em todos prevaleceu o equilíbrio e finesse de taninos. Há Malbecs e Malbecs, só tem que achar os seus e eu andava tomando os errados! Isso não me faz gostar menos dos blends que tanto venho elogiando e que seguem sendo minha preferência, porém certamente me fez rever opiniões formadas que tinha.

2 – Os vinhos da Andeluna não faziam minha cabeça! Aí provei o Passionado 4 Cepas, um blend de Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot dos quais a bodega produz apenas 5000 garrafas por safra, quando dá! Um vinho de lamber os beiços e pedir mais, apesar do preço algo salgado. Não importa, mais um preconceito no ralo e não foi o único, porque tinha a mesma impressão dos vinhos da Cobos e aí provei os vinhos Bramare Regiões (single vineyards) também me surpreenderam, especialmente o Marchiori!

3 – Grandes conglomerados do mundo do vinho só produzem vinhos padronizados e sem personalidade, as famosas “coca-colas” do mercado. Eh, eh, mais uma vez me danei! Visitei a Norton que até produz alguns vinhos básicos bem legais e descobri um novo mundo. Já tinha provado e elogiado sua linha Finca Predriel, mas agora viajei por um mar mais amplo e vim de lá apaixonado por seus vinhos e sua bodega. Tanto que fiz questão de a incluir na minha próxima viagem a Mendoza, uma forma de compartilhar com os amigos que virão comigo o que eu vivenciei!

Aprendi há muito anos de que em nossa vinosfera não existem verdades absolutas, porém existem momentos em que me deixo levar pela onda esquecendo o meu racional que é tão importante quanto o emocional nessas horas! Mantenha sempre a porta aberta, navegue sempre, porque navegar é preciso, descobrindo novos sabores e novas emoções, nunca se deixe “enquadrar”, pois o nirvana poderá estar na próxima curva, no próximo porto ou na próxima taça! Bon Voyage, um ótimo fim de semana, cheers e kanimambo pela visita. Vem comigo a Mendoza?!

Sacando Rolhas de Vinhos Uruguaios

Mais uma vez a Confraria Saca Rolha viajou por águas desconhecidas para a maioria, os vinhos do Uruguai. Gosto bastante do estilo dos vinhos deste simpático país, algo mais tradicionais com uma tocada mais europeia do que novo mundista já tendo escrito aqui sobre ele, já faz um par de anos! Não é só de Tannat que o mundo vitivínicola uruguaio é composto, porém nossa experiência deste encontro se debruçou sobre ela e alguns blends onde ela é protagonista. Ainda faremos outras incursões por estas terras, mas hoje a surpresa foi grande, pois ninguém botava muita fé não! Eis o que nossa porta-voz, confreira e amiga tem a compartilhar conosco sobre mais esta gostosa noite!

Quando decidimos escolher os vinhos do Uruguai como tema do nosso encontro, confesso que senti pouco entusiasmo geral da turma, ou mesmo uma postura “burocrática”, como quem pensa: Afinal, temos que conhecer de tudo!

O Uruguai é um país pequeno, que faz fronteira com o Brasil e Argentina. Tem sido destaque na mídia, seja pelo estilo de governo implementado por seu ex-presidente, José Mujica, ou como a nova rota turística que tem atraído muitos visitantes, que agora não mais procuram só cassinos ou praias. Entre polêmicas e excentricidades que caminham na contra mão das altas performances, tecnologia de ponta, consumo sem freios, via-se uma ação mais voltada ao humano, simples e verdadeiro. O fato é que o Uruguai está na moda e o franco desenvolvimento do enoturismo faz parte de tudo isso.

A historia da vitivínicultura no Uruguai começa em 1870, quando os imigrantes bascos trouxeram mudas da cepa Tannat. O clima temperado com influência marítima do Atlântico e do rio da Prata, o solo argiloso e calcário, garantindo a drenagem, os ventos das correntes marítimas dissipando o alto índice de umidade, favoreceram o desenvolvimento das vinhas. Atualmente a Tannat que tem como berço o sudoeste francês (Madiran), é sua uva ícone. Sua principal característica é a tanicidade, por isso o nome, muito presente. Pode-se comparar até com a Baga portuguesa, cuja vinificação exige muito trabalho para domá-la. É sempre um desafio transformá-la em vinhos dóceis e macios.

Chegada a data, já com a seleção dos vinhos feita, partimos para desvendar essa terra ainda desconhecida.
Para preparar as papilas, tivemos o elegante espumante italiano Contessa Borghel Rosé Dry. Sua delicadeza com aromas de rosas e frutas de bosque nos colocou no ponto inicial do que vinha pela frente.

Saca Rolha Uruguai

A principal região produtora, Canelones, fica ao sul do país, próximo à Montevideo. E o primeiro vinho veio de lá: Pisano – Rio de los Pájaros – Tannat 2011.
Sutil no nariz demonstrando alguma fruta e traços defumados. Na boca é bem equilibrado, com boa acidez, taninos macios e bom corpo. Evolui bastante na taça. Fácil de beber.

A região de Carmelo, à sudoeste, tem se desenvolvido muito nos últimos tempos por conta do turismo nos arredores de Colônia do Sacramento. Com pequenos produtores investindo no local, apareceram novas vinícolas e entre elas está a Narbona que tem a assessoria do enólogo Michel Rolland. Narbona Blend I 2013 é um vinho assinado por ele, cujas variedades e safras não são divulgadas (faz parte do marketing). A cor intensa e aromas complexos reforça esse mistério. A princípio aparecem aromas de tabaco e cacau. Depois vai se abrindo num leque intenso e bem amalgamados de frutas em compota, defumados e algo mineral. Na boca tudo isso se confirma com um toque alcoólico que se evidencia, sem atrapalhar o equilíbrio. Muito aromático e longo.

A família Carrau tem grande tradição na produção de vinhos na região de Rivera e em Canelones (39 kms de Montevideo) onde se encontram seus primeiros vinhedos. Rivera, por outro lado, está localizada no centro-norte do país, quase na divisa com o Brasil. Bodegas Carrau – Grand Tradicion 1752 foi uma edição comemorativa aos 250 anos de existência da vinícola. Essa safra, de 2010 mescla as melhores uvas Tannat, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc obtidas no ano. O resultado foi um vinho delicado, com elegância e sutileza. Mostra equilíbrio com taninos muito finos, acidez e corpo médios. Vale ressaltar que durante a degustação ficou a impressão de tratar-se de um vinho inferior. Mas a meu ver ele ficou prejudicado pela forte presença e opulência do anterior. Isso acontece quando comparamos vinhos e mostra que a interferência da situação deve ser levada em conta.

A região de Maldonado, já em direção às praias banhadas pelo Atlântico, bem conhecida pelo turismo próximo à Punta del Leste, também tem se desenvolvido na área vitivínicola. A Alto de la Ballena é uma nova bodega, estabelecida nos anos 2000 nessa área, e teve sua primeira colheita em 2005. Um dos destaques da sua produção nos foi apresentado: Alto de la Ballena – Reserva Tannat/Viognier 2010.
Muito aromático, cheio de flores e frutas. Leve tostado e frescor mineral. Na boca mostrou-se bem equilibrado, com taninos presentes, corpo com muita fruta e acidez que fez salivar. Evolui bem na taça realçando a madeira bem colocada, com especiarias e final herbáceo.

Também da região de Canelones, a Bouza Bodega Boutique se destaca como produtora familiar que investe numa pequena escala de produção em prol de qualidade. Elaborado com 100% Tannat, provenientes de uma única parcela dos vinhedos:Tannat A8 Parcela única 2011.A cor muito escura e a densidade quase sem transparência já chamou a nossa atenção de imediato! Nariz complexo, mostrando sua passagem por madeira, onde os aromas tostados e de especiarias dão abertura para os vários que ainda vieram na sequencia. Quando provamos dava até a sensação de viscosidade, pelo grande volume que apresentava em boca. Os taninos bem presentes, equilibravam-se na mesma proporção com a acidez. Um vinho “musculoso”, potente, que sustentaria muito bem uma refeição com carnes gordurosas, defumados, queijos maturados, etc. Muito bem feito e agradável, apesar da sua robustez, que mostra à que veio.

Definitivamente, acho que aquela pré- disposição de pouco interesse em conhecer os vinhos do Uruguai, caiu por terra com tanta qualidade na taça! O clima propício, continental de influência marítima(que vai desde ao norte do país com verões quentes e invernos muito frios, até à beira do estuário do rio da Prata), já foi até comparada com a mesma situação geográfica existente em Bordeaux. E apesar das comparações, sua história é única, assim como seus vinhos. Seja pela simplicidade de seu povo de alma camponesa, espírito de luta, ou pelas paisagens pampas com horizontes a perder de vista. O desejo de conhecer muito mais esse país que tem nos surpreendido tornou-se maior. E tudo isso por conta do que vimos refletido dentro daquelas garrafas.

Mais dos TOP 200 da Revista Gosto

No último post comentei os tintos que a Revista e seus especialistas degustadores escolheram como seus vinhos de destaque no ano que passou, hoje falo dos brancos e outros vinhos mencionados.

gosto top 200

Vinhos Brancos – neste segmento conheço menos os vinhos destacados do que nos tintos, andamos tendo experiências diferentes, porém dá para dar alguns pitacos que talvez lhes sejam úteis.

Acima de R$230,00 – nenhum dos vinhos em destaque eu provei, porém dois em especial me chamaram a atenção. O Catena Alta White Bones Chardonnay que a critica mundial tanto elogia e o Palácio do Buçaco Branco (nobre luso) que está na minha adega aguardando a companhia da amiga Ana Silvia e do Claudio que tão gentilmente me deram a garrafa em comemoração aos meus 60 anos.

De R$229 a 71,00 – acho a faixa ampla demais, porém o jogo é deles (bola e campo) rs, então esse é só um comentário critico que pode ou não ser corrigido numa próxima edição se acharem válida a sugestão. De Martino Quebrada Seca Chardonnay (Chile) era um vinho que não atraia apesar da critica ser sempre muito positiva, porém achei que com a mudança para barricas de segundo uso, o vinho fiou muito melhor com a presença da madeira sentida de forma mais elegante e sutil. Excelentes o Soalheiro, um dos melhores Alvarinhos lusos, o chileno Terrunyo Sauvignon Blanc (também destaque nos meus top de 2014) e o clássico alentejano Esporão Private Selection branco elaborado só com uvas francesas.

Até R$70,00 – um vinho me deixou muito curioso, Fabre Montmayou Chardonnay Reserva pois não o conheço e gosto muito do produtor (vai entrar na minha lista a “a degustar”) junto com o Aquitania Reserva Chardonnay que no ano passado me surpreendeu muito positivamente com seu Reserva Syrah. Little Quino Sauvignon Blanc de William Févre do Chile (que já faz o excelente Espino Gran Cuvée Chardonnay) e Anselmo Mendes Muros Antigos Escolha (vinho verde) são mais dois vinhos a conferir desta lista.

Espumantes – aqui a lista é quase só de grandes Champagnes a partir de R$450 a cerca de R$1000 então não há muito o que comentar, salvo umas duas ou três dicas de espumantes nacionais, entre eles um que me chamou a atenção e pretendo conferir em breve, o Giacomim Brut de algo ao redor de R$25 que imagino seja lá no Sul. O Cave Geisse Brut 98 é raridade, então sugiro buscar o Cave Geisse Nature que vale muito a pena e o Geisse Terroir Nature que foi meu destaque e é considerado um dos melhores do Brasil.

Vinhos Nacionais – pouca coisa, entre eles alguns clássicos como o Salton Talento e Miolo Lote 43, os cult Era dos Ventos Peverela (branco) e Vinho Velho do Museu, porém consta aqui um vinho mais recente, creio que foi lançado em 2010, o Gran Raízes Corte da Valduga que já provei ás cegas umas duas vezes e em todas o avaliei muito bem.

Sobremesa – O destaque fica por conta do Nederburg Winemaker´s Reserve Noble Late Harvest (meu destaque também e um elixir dos deuses) parceiro inigualável para queijos azuis e fiquei curioso para provar o Alois Kracher Cuvée Beerenauslese de preço mais moderado considerando-se o padrão tradicional deles.

Bem, com isto finalizei meus comentários e acho que nestes dois posts há mais uma série de rótulos que valem muito a pena serem conferidos. Bom proveito, cheers e kanimambo pela visita. Uma ótima semana para todos.

Comentando os TOP 200 da Revista Gosto

Gente de primeiro nível prova para esta conceituada revista de enogastronomia e ontem passando pela banca vi esta edição. Como curioso que sou, não resisti! Óbvio que cada mídia só lista o que provou então muita coisa que poderia estar por lá, não está, porém é uma lista de respeito. Alguns comentários me vieram á mente enquanto lia e decidi compartilhá-los com você, meu amigo leitor e, alguns, companheiros de taça! rs

Os Melhores do Ano

Quinta do Vale Dona Maria – prefiro o CV que é um outro grande vinho do Van Zeller, mas importante ter um vinho Luso por aqui. Só lamento que os bons vinhos portugueses estejam ficando tão caros! Uma pegada legal que estes vinhos tinham é que mesmo sendo grandes, eles estavam sempre com um preço bem abaixo de seus congêneres italianos, espanhóis e franceses, mas não mais. Talvez seja a estratégia comercial que optaram por colocar em prática de um tempinho para cá, porém como consumidor não me agrada.

Pizzato Merlot DNA 99 – como melhor vinho nacional. Feliz de o ver por aqui! Em 2009 (ou 08 me lembro de ter provado o 2005 ainda na barrica e comentei de sua grandeza. Depois disso já tomei o 2005 (realmente grande!) e também o 2008. Não comparei com outros, depois das Salvaguardas meu relacionamento com os vinhos brasileiros nunca mais foi o mesmo, porém atesto e assino em baixo, grande vinho este DNA, daqueles para dar a provar a gringo e ver seu queixo cair! rs

Melhor Sobremesa , mais um Luso, Moscatel de Setúbal Alambre 20 anos – Os moscatéis de Setúbal são grandes vinhos de sobremesa, este ainda não conheço, então feliz que isso seja reconhecido publicamente pela grande mídia com esta escolha!

Melhores Vinhos por faixa de Preço – Tintos

Acima de R$400 – Gostei de ver um vinho do amigo José Manuel Ortega Fournier nesta lista, o I Sodi Di S. O. Fournier e o Abandonado de Domingos Alves de Sousa, um Douro de primeira, mesmo que eu prefira seu Quinta do Lordelo 2007 que tomei recentemente nas celebrações de meus 60 anos. Vinhaço!

De R$200 a 399,00Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas, um dos melhores vinhos produzidos por esta conceituada casa, sempre uma garantia de qualidade. No mesmo patamar, Luis Pato Vinha Barrosa é a uva Baga em sua quintessência e não por acaso destaquei dois Lusos nesta faixa!

De R$130 a 199,00Aliara, vinho da chilena Odjfel (gosto muito de seu Carignan), é um topo de gama que provei pela primeira vez neste ano que passou e me encantou, muito complexo e rico. Il Bruciato, Bolgheri/Toscana, do antonori é um grande vinho e não é de hoje, uma opção de supertoscano a preço moderado e não podia deixar de mencionar mais um clássico luso, o Reguengos Garrafeira dos Sócios, um alentejano de muita raça!

De R$70 a 129,00 – uma faixa de preço que gosto de explorar onde descubro algumas preciosidades! Não provei a maioria dos que eles listaram, porém tenho que destacar o Quinta dos Termos Talhão da Serra, um vinho diferenciado elaborado com a pouco conhecida uva Rufete e o Lot 35 Carignan da Garage Wine chilena associada ao MOVI que também produz um ótimo Cabernet Franc! Não poderia deixar de mencionar o Atamisque Malbec (prefiro o blend) de uma bodega Mendocina que visitei em Agosto com a primeira viagem feita com a WFTE (Wine & Food Travel Experience). Da Austrália, o Yalumba Y Series Shiraz/Viognier que acaba de chegar à Vino & Sapore, vinho robusto e marcante.

Até R$69,00 – escolhas muito diferentes aqui! O único que provei e posso comentar é o Fabre Montmayou Malbec Reserva de sua propriedade em Mendoza (também tem na Patagônia) que possui uma ótima relação de Preço x Prazer x Qualidade. O Morandé Pionero Pinot Noir, é uma boa opção nessa faixa de preços, e foquei curioso por provar o Baga/Touriga Nacional da Filipa Pato que normalmente entrega bons vinhos, assim como o Quinta da Garrida Reserva já que sou gamado num vinho do Dão!

Uma outra hora falo dos brancos e outros vinhos listados. Cheers, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui, provedor permitindo!!

Curto meus Vinhos do Porto

CAM01583

Sou um apaixonado por Vinhos do Porto, sendo um deles o melhor vinho que já tomei na vida e olha que foram muiiiitos, tendo uma coleçãozinha em minha adega. Vinhos para abrir aos 50 anos (de meus filhos!), aos 40 de casado, aos 70 meus, enfim, até para os 40 anos de meu neto! Mas nem tudo no mundo de Vinhos do Porto é tão longevo assim e depende do estilo desses vinhos, da safra e do produtor. Como os Colheitas e os Vintages não são para tomar todo dia, gosto de volta e meia abrir um bom Tawny Reserva ou um bom LBV tendo há uns tempos comprado uma meia dúzia de meias garrafas de um LBV que me agrada muito, do Niepoort.

CAM01582Já gostava do 2000 e do 2001, mas a Niepoort extrapolou desta feita e elaborou um dos melhores de acordo com os críticos mais especializados, se não o melhor, LBV que já produziu, o de 2004. Estas meia garrafas têm o tamanho certo e estas trouxe de Portugal, mas por aqui quem a comercializa é a Mistral. A cada garrafa que abro, só me sobrou uminha (sniff!), fica melhor! Aromas intensos de frutos negros, chocolate, especiarias, uma paleta olfativa sedutora e complexa que convida a tomar. Na boca está cremoso, elegante, vibrante e rico, ótima textura e muito equilibrado com um final longo e muito saboroso. Engarrafado sem filtrar, os melhores, tomei até a última borra! rs. Uma tacinha destas e um quadrado de chocolate meio amargo toda a noite, ou quase, certamente acrescentam mais uma dezena de anos na vida!!

Sei que a esta altura, conseguir um 2004 vai ser difícil, pelo menos por aqui, mas sempre dá para tentar encomendar com um amigo, porém porquê não comprar de um ano mais novo? Novas experiências, novos sabores, novas emoções, com o mesmo vinho, esse é um dos baratos deste mundo de Baco!

Dizem que o LBV é o Vintage dos pobres (sic), porém eu digo que é dos ansiosos! O Vintage, afora o preço, precisa de bem mais tempo em garrafa para poder entregar todo seu esplendor enquanto o LBV nos dá prazer mais cedo, apesar deste já estar com 10 anos nas costas e os bons, como este, poderem evoluir muito bem por 15 a 20 anos em garrafa! Enfim, uma boa semana e abra um Porto, as opções são diversas, e garanta uma dose de felicidade diária! rs Cheers e kanimambo.

Gulfi Valcanzjria, Não Parece Mas É!

Poderia ser o nome de uma cidade ou algum bicho estranho, mas é vinho mesmo e dos bons! Gulfi é um produtor localizado na planície de Chiaramonte Gulfi na Sicília Oriental e mais do que uma vinícola é um resort onde a enogastronomia é protagonista. Produtor orgânico, trabalha com uma vasta coleção de cepas autóctones, apostando na tradição porém sem perder de vista o que a modernidade lhe pode oferecer inclusive no uso parcimonioso de uvas internacionais como neste caso.

Estava atrás de alguns vinhos brancos sicilianos para compor meu portfolio na loja, já tinha achado um gostoso Catarratto, e a Decanter me enviou este vinho para prova, uau! Como teste, para não ficar só com minhas impressões, o coloquei numa degustação de confraria em que o tema eram vinhos de uvas brancas autóctones da Itália. Provamos saborosos vinhos elaborados com Pinot Grigio, Rebolla Giallia, Verdichio dei Castelli de Jeisi Classico e Kerner (há controvérsias quanto à origem) culminando com este vinho que, mesmo com os bons rótulos apresentados até então, fez com que fisionomias se transformassem, vinhaço!

È branco, adoro vinhos brancos e há muito digo que é a pós-graduação no mundo do vinho, um blend de duas uvas autóctones que me eram totalmente desconhecidas, Caricanti e Albanello, com Chardonnay. As uvas brancas sicilianas mais conhecidas são as: Gracanico, Inzolia, Grillo e a Catarratto, então foi mais uma viagem de aprendizado e mais uma descoberta, adoro nossa vinosfera! Agora preciso provar as outras coisas desta vinícola, fiquei com água na boca.

Gulfi ValcanzjriaBem, mas falemos do vinho, mais sobre a vinícola e seus conceitos vocês podem fazer que nem eu que fiquei seduzido pelo que provei, visitem o site do produtor clicando aqui. Disse que fisionomias se transformaram e é vero, houve um uau generalizado ao levar a taça ao nariz e depois á boca, um vinho de muita personalidade em que o conjunto fala mais alto que as partes envolvidas. Um vinho marcante e muito equilibrado, boa intensidade aromática puxando para o cítrico porém com nuances de amêndoas tostadas e sutis notas florais. A ficha técnica fala só de inox e estágio sobre lias, porém acho que deve ter uma leve passagem por barricas usadas, sei lá, feeling! Na boca boa acidez, porém com uma certa untuosidade que creio vir da Chardonnay, seco, ótima textura, rico e complexo, um vinho que, em sendo 2010, creio estar no seu auge , nos traz muito mais do que só frescor e energia, traz muito boa persistência e maturidade, um vinho que nos deixa feliz! Uma grande surpresa que me agradou sobremaneira e fez a cabeça de todos presentes, mesmo com um preço estimado entre R$ 130 a 140,00.

Aliás, preciso montar um Desafio de Vinhos às cegas só de vinhos brancos nesta faixa de preços, um embate entre diversas uvas e países, acho que daria um encontro hedonístico da hora!! Enfim, queria compartilhar esta belezura com os amigos, bom proveito! Cheers, kanimambo e nos vemos por aqui ou por aí nas estradas abençoadas por Baco. Ah, na última hora achei esse vídeo com uma degustação do vinho por um sommelier italiano, interessante! Vejam e comentem, gostaria de vossa opinião.

Noticias e Dicas do Mundo do Vinho!

Recebo um monte de press releases, poucos publico, mas eis alguns que acho valem a pena ser repicados. Também me enviam noticias, algumas bem velhas por sinal, mas algumas valem a pena ser compartilhadas, espero que curtam a leitura.

El Enemigo Chardonnay 2012 do craque Alejandro Vigil é destaque da revista Decanter como um dos grandes Chardonnays do Mundo. Quem vier comigo a Mendoza em Abril (veja aqui) terá o privilégio de o conhecer, vinho e Alejandro!

El Enemigo Chardonnay March 015 revista decanter

TOP 5 Encontro Rio 2015TOP 5 do Encontro de Vinhos etapa Rio de janeiro – Tive o prazer, sempre ótimo rever amigos e provar vinhos, de participar da avaliação e escolha dos TOP 5 entre 54 amostras apresentadas pelos expositores. Meus TOP 2 já dei no face (vejam foto), porém a maior surpresa ficou com o Leopoldo, vinho que já dei destaque aqui no blog em 2009 e 2011. Fiquei contente, porque tenho uma queda pelos vinhos de Santa Catarina, nossos vinhos de altitude. Veja mais clicandoe assistindo a mesa redonda do winebar em que participei.

 

Noite do Fado – Não, não vou dar uma canja (rs), porém já deixe sua noite de 14 de Março reservada para uma noite de fado e boa comida na casa de minha amiga Iva, A Quinta do Bacalhau que fica no Km 39 da Rodovia Raposo Tavares, estrada de Caucaia. Acesso site e veja mais clicando na imagem abaixo. Eu já estive lá numa noite dessas e recomendo.

Quinta do bacalhau

Finca Decero é ganhador de Troféu Regional no último Wines of Argentina Awards 2015. Mais uma das bodegas programadas para visita em minha próxima viagem com a W.F.T.E. (Wine and Food Travel Experience)  me envia esta ótima noticia sobre um vinho do qual sou grande admirador! “Es un placer para mí comunicarles que durante la reciente edición de Argentina Wine Awards 2015 el 13 de Febrero último, Finca Decero fue nuevamente reconocido como uno de los productores de algunos de los mejores vinos de Argentina no sólo por haber obtenido un trophy y una medalla de oro sino también el muy codiciado ‘Trophy Regional Valles de Mendoza’.

Decero Mini Ediciones Petit Verdot Remolinos Vineyard 2012 obtuvo el ‘Trophy Otras Variedades Tintas’ en la Categoría entre US$ 30 y 50 retail, pero además también fue premiado con uno de los tan sólo 4 Trofeos Regionales que se entregan en la competencia: el ‘Trophy Regional Valles de Mendoza’, siendo de esta forma considerado por los jueces como el mejor vino de la región de Mendoza de toda la competencia, independientemente de color, variedad o precio!

Comprobando la calidad de Argrelo como una sub-apelación para Cabernet Sauvignon, el cuidadoso y dedicado trabajo que hacemos en nuestro Viñedo Remolinos y el creciente nivel de atención que ha estado recibiendo recientemente Decero Cabernet Sauvignon, el Decero Cabernet Sauvignon Remolinos Vineyard 2013 obtuvo una Medalla de Oro.

Una lista complete de los premios puede verse en: http://www.winesofargentina.org/blogUploads/files/Listado_de_ganadores_AWA_2015.pdf

O. Fournier Wine Partner Weekend – recebo do amigo José Manuel Ortega Fournier (parceiro na viagem de Tiradentes a Mendoza) esta informação que é de dar água na boca. Quisera poder estar lá nessa data, quem sabe ano que vem, mas quem estiver por lá ou estiver programando uma visita para a época, não pode perder.

“Primeiro O. Fournier Wine Partners Weekend, que ocorrerá sempre no primeiro final de semana de abril de cada ano. Entre as atividades, O. Fournier, também incluirá a celebração de seu 15º aniversário, eventos como o programa “Top Chefs at O. Fournier”, concertos de música clássica e uma nova exposição de arte.
Após o sucesso de imprensa e da opinião pública em eventos de gastronomia dos restaurantes Mas Pau, Sacha e Zalacaín da Espanha, Bengal, Italpast, Casal de Catalunya e Sottovoce de Buenos Aires, junto com Astrid y Gastón, do Chile, Durski do Brasil, Pujol do México, niXe da Alemanha e Aquavit da Dinamarca, Quince dos EUA, Kinoshita do Japão-Brasil e Crowne Plaza Hotel – Shanghai da China, a Bodegas O. Fournier terá o privilégio de continuar com o programa “TOP CHEFS AT O. FOURNIER ” com Chef William Telepan, chef-proprietário do restaurante “Telepan” Uma-Estrela Michelin . “TOP CHEFS AT O. FOURNIER” traz os melhores tops chefs de todo o mundo para apresentar eventos de gastronomia na vinícola. O Chef Telepan vai cozinhar durante almoço de sábado 4 de abril e domingo 5 abril. Após o almoço, haverá uma explanação pelo Chef Telepan sobre o menu para os convidados participantes.

Antes do almoço de domingo, O. Fournier vai patrocinar um concerto de música clássica com a Camarata de San Juan e o Coro de Cámara of Universidad Nacional de Cuyo. Eles serão acompanhados pela talentosa soprano alemã Sophie Klussmann, junto com o tenor Fernando Ballesteros e a contralto Gloria López. Estes artistas irão entreter os convidados de O. Fournier com a OSTER-ORATORIUM (Oratório de Páscoa) BWV 249 e MISA BREVIS em Fá Maior.

Antes do almoço de domingo, O. Fournier vai patrocinar um segundo concerto de música clássica para continuar com seu tradicional concerto do domingo de Páscoa com a “Music under The Wine Trails” (“Música por los Caminos del Vino”), em Mendoza. Este programa está também em seu 15º aniversário com mais de 500 concertos durante este tempo.

AGENDA DE O. FOURNIER WINE PARTNERS WEEKEND

Sexta-feira, 3 Abril
• 10h30 Passeio turístico a cavalo pela vinícola
• 11h30 Curso de gastronomia
• 13h00 Almoço no Urban de O.Fournier
• Tarde livre
• 19h30 Degustação de vinhos dos três países O.Fournier
• 20h30 Churrasco no restaurante O. Fournier

Sábado, 4 Abril
• 10h00 Prova às cegas de todos os vinhos produzidos pelos O. Fournier Wine Partners
• 12h00 Concerto de Música Clássica com a top soprano alemã, “Camarata” e “Coro de Câmara”
• 13h30 Almoço “Top Chefs at O. Fournier”
• 17h30 O. Fournier Harvest Festival (Festa da Colheita) com competições para adultos e crianças
• Jantar livre
• 23h00 Rafting lua cheia (se o tempo permitir)

Domingo, 5 Abril
• 10h30 Visita ao vinhedo
• 12h00 Concerto de Música Clássica
• 13h30 Almoço no restaurante Posada del Jamon ou um piquenique no vinhedo de cada parceiro
• 17h00 Tarde livre

Segunda-feira, 6 Abril
• 09h30 Transferência para a Estância El Puesto (grande propriedade no meio da Cordilheira dos Andes)
• 11h00 Recepção com café na Estância
• 11h45 Passeio a cavalo
• 13h30 Churrasco na casa da Estância
• 16h30 Tarde livre
• 20h30 Jantar de despedida no restaurante “Urban”

Para ver mais do incrível programa e das festividades do 15º Aniversário da Bodega, clique aqui.

original_logo_expovinis_2015Expovinis – já guarde as datas porque este evento é imperdível! Período de grandes negócios e novidades no mundo do vinho, o mês de abril tem destaque no calendário de produtores, importadores, enófilos e demais players do setor vitivinícola, que se reúnem em São Paulo para o principal evento de vinhos da América Latina que está em sua 19º Edição ocorrendo no Expo Center Norte entre os dias 22 e 24 de abril.

“A ExpoVinis é uma feira consolidada, que há quase 20 anos reúne no Brasil produtores e visitantes de todo o mundo. É um momento importante para o mercado, quando temos a oportunidade de apresentar as novidades e discutir o setor. Um dos nossos objetivos é manter a alta qualificação do público do evento, parte da nossa estratégia em 2014, ano em que recebemos uma quantidade elevada de profissionais de restaurantes e bares, importadores, distribuidores, atacadistas, varejistas e, claro, especialistas”, resume Ana Ishida, show manager do evento.

Abrangendo cada vez mais a cadeia que integra o mercado, em 2015 o ExpoVinis Brasil apresenta novos eventos paralelos e também outras atividades de grande êxito em edições anteriores, caso do Top Ten, o aguardado concurso que elege os melhores vinhos do evento, e das Degustações Premium, que trazem provas temáticas conduzidas por grandes nomes do setor e em 2015 serão gratuitas (para convidados e profissionais do setor).

Em breve serão divulgadas as informações sobre as inscrições, degustações programadas e especialistas que conduzirão cada uma das provas, mas o ExpoVinis já adiantou uma novidade em sua grade oficial: de Londres vem o único Master of Wine brasileiro, Dirceu Vianna Junior – MW (foto), que irá comandar a palestra ‘Ferramenta de vendas usadas em países europeus: como vender vinhos em um mercado competitivo’. Dirceu Vianna – MW é um dos poucos a ostentar o cobiçado título de ‘master of wine’, concedido pela tradicional escola britânica Wine & Spirit Education Trust. Desde a criação do curso, na década de 50, pouco mais de 300 pessoas conseguiram concluí-lo.

O júri, formado por importantes nomes do mundo do vinho, é presidido pelos consultores Jorge Lucki – único membro brasileiro da tradicional Académie Internationale du Vin – e José Ivan Santos, autor de livros sobre o setor – como ‘Conheça Vinhos’, escrito em parceria com Dirceu Vianna Jr. O resultado será divulgado na manhã do dia 22 de abril, primeiro dia da feira.

Também com foco no consumidor e no profissional iniciante, acontecerá, diariamente, o 1º Glass Tasting Riedel. A marca de taças, mundialmente reconhecida, fará demonstrações de como uma taça pode influenciar na degustação de diferentes tipos de uvas e onde a forma (tamanho do bojo e diâmetro da borda) pode alterar significativamente o vinho, interferindo na percepção de seus aromas.

Shuttle service – Em 2015 o evento volta a oferecer um serviço inaugurado no ano passado: o shuttle service, traslado gratuito da estação de metrô Portuguesa-Tietê ao Expo Center Norte, e do local do evento até a estação. O transporte começa a operar às 12h30 saindo do metrô para o pavilhão, e o trajeto Center Norte-estação começa a operar às 14 horas. O último shuttle sai às 21h30 do centro de exposições.

É isso, para quem conseguiu chegar até aqui (rs) um ótimo final de semana. Cheers, kanimambo e nos cruzamos por aí nas estradas de nossa gostosa vinosfera.