João Filipe Clemente

Dicas e Oportunidades

Um pouco de tudo! Viagens, promoção, leitura …..

Promoção na Vino & Sapore. Cerca de 40 rótulos em promoção com descontos de até 35% e um “regalo” de 5% adicionais para quem pagar em dinheiro, cheque ou depósito bancário! Para quem puder dar uma passada melhor, porém listo abaixo doze destaques. Quem tiver interesse na lista completa (são pouquíssimas unidades por rótulo) me envie um comentário que lhe envio por e-mail (ou inbox no face) a lista completa sujeita a vendas logicamente. The early bird catches the worm, dizem os ingleses, então não deixe para amanhã!

wine sale

  • Luis Canas Gran Reserva 2001 – safra magnifica em Rioja e o vinho segue cheio de vida De R$240 por R$195,00
  • Torres Manso de Velasco Cabernet Sauvignon 2007 – 92 pontos do Guia Descorchados custava R$220 agora R$180,00.
  • Punto Final Rosé de Malbec 2012 – de R$59,00 por R$51,00
  • Foral de Montemor branco 2010 – do Alentejo um branco raçudo estava por R$69,00 e agora está por R$58 na promoção.
  • Benegas Malbec 2009 – de Mendoza, custava R$95,00 e na promoção está por R$82,00
  • Palavrar Vinha Velhas Douro 2008 – de R$65,00 por apenas R$54,00 na promoção
  • Solar dos Lobos 2007 – vinho alentejano de R$79,00 por R$64,00
  • I Castei Valpolicella Ripasso Clássico Superiore – tudo deste produtor é de primeira e este não nega a raça. De R$118 por R$92,00.
  • Herdade de São Miguel Touriga Nacional – uva clássica portuguesa numa versão alentejana de muito boa qualidade. De R$105,00 por R$82,00
  • Las Moras Mora Negra 2006 – safra esplendorosa e um grande vinho corte de Malbec com Bonarda. De R$ 145,00 por R$110,00
  • Van Zeller’s Porto Tawny 10 anos – um dos famosos Douro Boys que produz grandes vinhos, entre eles o incrível CV tinto, numa versão fortificada, um delicioso vinho do Porto. De R4125,00 por R$95,00.
  • Caballo Loco XIII – clássico e ícone chileno que dispensa apresentações. De R$345,00 por R$275,00

Mas ainda tem; Lassia Pinot, Caballo Loco Grand Cru Apalta, espumante Vértice Gouveio 2006, Montes Alpha Syrah, Luis Canas Crianza safras 2007 e 2008, Brunel de La Gardine St. Joseph entre outros.

Sugestões de leitura de alguns posts de amigos e um antigo meu (2008) porém sempre atual.

  1. Diário de Baco – O amigo Alexandre Frias (father to be!) publicou uma lista de vinhos sobre vinho indicação de alguns especialistas da área. Me sento honrado com o convite e também dei minha sugestão de um livro que foi o divisor de águas para mim. Um livro escrito por meu mentor que um dia disse “ o vinho foi feito para te dar prazer, se te deu, então ele cumpriu seu papel”, o saudoso Saul Galvão. Clique aqui para ler.
  2. Falando de Vinhos – Estamos na época das promoções, inclusive a da Vino & Sapore acima, ótima oportunidade para repor estoques consumidos nas festas de final de ano e férias inclusive porque os importadores já começaram a aumentar preços em função da taxa cambial! Pense, não se deixe levar por descontos mirabolantes que indicam, normalmente, algo de errado. Lembre-se, se o desconto é demais o Santo desconfia, faça contas e não compre desconto, compre vinho! Leia o posto aqui.
  3. Além do Vinho – Peter Wolffenbütel fala muito de vinhos brasileiros e do Rio Grande do Sul, sua terra natal, mas aqui ele dá algumas dicas muito interessantes sobre compras de regiões famosas e caras, como não comprar gato por lebre. Li e achei bastante interessante. Clicando aqui você acessa seu post.
  4. Confraria 2 Panas – Meu amigo Evandro publicou sua lista de 25 destaques de vinhos em sua taça, vale conhecer clicando neste link!
  5. Pingas no Copo – Uma referência em vinhos portugueses e amante do Dão, meu amigo Rui também publicou seus destaques de 2014 e, como ele bem diz, “os melhores, aqueles que mais gostei, os que marcaram determinada ocasião, sendo que algumas vezes sem qualquer justificação justificável”. Um dia ainda quero escrever como ele, o mestre da pena! Quem gosta de vinhos portugueses não pode perder a oportunidade de dar uma olhada, ótimas referências, acesse por aqui.

Adesivo_WFTESAVE THE DATE! Nova viagem a Mendoza comigo e a Wine & Food Travel Experience para o feriado de Tiradentes em Abril. Em uma semana o roteiro completo porém a principio será repetido o mesmo deste mês, com uma alteração a confirmar. Aguardem, mas faça já sua pré reserva sem custo. Valor estimado USD2100.00 por pessoas incluso todos os almoços, um jantar, todas as degustações top (vinhos escolhidos por mim e pelo enólogo da casa), hotel taxas aeroporto e transporte em Mendoza. Restrito a 14 pessoas.

 

Uma ótima semana para todos, em breve a programação de minhas novas degustações e desafios. Cheers, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou em algum dos caminhos de nossa vinosfera.

Melhores Vinhos de 2014

Todo ano publico algumas listas em cima dos vinhos provados no ano e não poderia deixar este ano em branco, mesmo porque foi especialmente rico. Em função das muitas provas de vinhos argentinos e algumas viagens a Mendoza com a Wine & Food Travel Experience, uma grande parte dos rótulos em destaque vieram de lá. A lista é em função do que provei no ano, posso repetir rótulos de outros anos, e a cada ano essa lista tem maior ou menor influência de determinado país ou região de origem (dependo das oportunidades de prova) e sempre levando em consideração o preço, porque acredito ser meu papel compartilhar com os amigos vinhos minimamente viáveis ao consumidor que dá um duro danado por seu din-din e sabemos que tudo, não só os vinhos, está pela hora da morte neste nosso Brasil sofrido e arroxado.

Pois bem, afora os meus 12 Deuses do Olimpo do ano, normalmente listo meus destaques por faixa de preço pois em cada uma delas existem vinhos que se sobressaem dos outros, mas este ano farei algumas outras mudanças dividindo-os também por tipos de vinho e começo por vinhos de sobremesa e espumantes.

Vinhos de Sobremesa:

Invariavelmente os bons têm preços algo altos, mas isso é muito relativo pois se falarmos de um elixir dos deuses datado de 1973 custa algo ao redor dos R$350,00 não me parece fora de propósito! Mas vamos a esta curta lista com, sempre, seus preços médios de referência São Paulo.

  • Nederburg Noble Late Harvest – África do Sul – R$89 a 95,00. Um achado e a melhor relação qualidade x https://falandodevinhos.files.wordpress.com/2014/08/nederburg-noble-late-harvest.jpgpreço x prazer neste quesito. Precioso com queijos azuis Leia mais clicando aqui, Amazing Grace!
  • Vinserus Cosecha de Otono – Argentina – R$55,00 colheita tardia de Malbec uma grande pedida com bolo de chocolate e frutas do bosque.
  • H&H Bual 15 anos – Portugal/Madeira – R$250,00 para tomar de joelhos harmonizando com uma torta de nozes, figos e maçãs.
  • Susana Balbo Signature Late Harvest – Argentina – R$110,00 também de Malbec, muita classe e complexidade que foi grande parceiro para um panetone de chocolate.
  • Quinta da Bacalhôa Moscatel Roxo 1998 – Portugal/Setúbal – R$200,00 envelhecido em barricas de whisky trazidas da Escócia, é marcante e inesquecível. Com panetone de frutas ficou divino, mas solo é também inebriante.
  • Taylor’s Porto Tawny 10 anos e Graham´s Porto Tawny 30 anos – Portugal/Douro – Dois grandes vinhos. Um provado em confraria direto da origem e o outro provado em evento, ambos sem preço, mas bons demais!

Espumantes:

Todas as reuniões de Confraria são abertas com um espumante que é uma bebida que me seduz. Dos mais simples aos mais complexos, cada ocasião tem o seu e eu me esbaldo! Quase todo o fim de semana abro uma garrafa, neste verão então!

  • Don Bonifácio Brut – Brasil/Caxias do Sul – um achado, pois não chega nas 40 pratas e é super fresco e vibrante. Ótimo em festas e eventos ( satisfaz a gregos e troianos), verão, em casa é coringa e tem sempre uma garrafa na geladeira!
  • Don Bonifácio Moscatel – Brasil/Caxias do Sul – a versão docinha do produtor, porém bem balanceada por uma acidez intensa que atenua o residual de açúcar típico deste estilo de espumante. Bom com queijos azuis, sobremesas ácidas (tortas de frutas como kiwi e framboesa ou cheese cake de frutos vermelhos) ou salada de frutas com sorvete de creme. Combina com beira de piscina de também!
  • Campos de Cima Extra-brut – na verdade da Campanha Oriental no extremo sul do Rio Grande do Sul, uma grata surpresa no ano passado (13) que comprovou e mostrou consistência ao longo de 2014. Bem seco sem perder o frescor, equilibrado com ótima perlage. Na casa dos 50 a 55 reais é uma tacada certeira.
  • Villaggio Grando Rosé Brut – para mim o melhor rosé nacional que conheço, excetuando o Orus que é de outra galáxia, e que costuma dar banho em seus concorrentes importados como o bom 3B da Filipe Pato (português). Creio que teve um leve aumento agora e ficou perto dos R$60,00 mas vale muito a pena, um espumante vibrante e muito bem feito por este importante produtor da Serra Catarinense.Borghel e camarão
  • Villaggio Grando Brut – o único com as três uvas de champagne ( Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meuniere) produzido no Brasil. Na mesma casa de preço do Rosé, mais uma vez muita qualidade presente, complexo, bom volume de boca e perlage persistente. Muito bom.
  • Valmarino & Churchill Nature NV – Também tem o Prestige que passa o dobro do tempo em barrica, mas este NV (não safrado) com o vinho base passando 3 meses em barrica americana, é um espumante diferenciado e possui uma relação de preço mais interessante. Uma experiência diferente que seduz facilmente quem tem uma queda por espumantes mais complexos e de personalidade própria. Anda na casa do R$70 a 75,00.
  • Collin Cremant de Limoux – Para quem quer um espumante francês mas não quer Champagne, eis aqui um belo exemplar de Cremant (espumante francês elaborado pelo método clássico Champenoise fora da AOC Champagne) por um preço bem mais camarada, na casa dos R$95,00. Gosto muito; sofisticação e equilíbrio com um preço bacana, difícil não gostar.
  • Contessa de Borghell Rosé – um espumante dry italiano da região do Friulli (norte do país, região de bons brancos e espumantes) com um residual de açúcar algo maior, porém com uma acidez marcante que gera um balanço muito agradável. Ótimo aperitivo e uma boa companhia para comida japonesa (sushis e sashimis da vida) ou até uns camarões empanados bem sequinhos numa tarde de verão! Preço ao redor de R$45,00, para ter em casa sempre.
  • Luis Pato Maria Gomes Brut – afora o nome inusitado da uva que no sul de Portugal atende pelo nome de Fernão Pires, é um espumante da Bairrada que surpreende a maioria que o prova. Tem umas notas sedutoras algo florais nos aromas e na boca mostra-se jovial porém maduro, fresco, equilibrado e muito rico. Mais um que me atrai por suas diferenças! Na casa dos R$95 a 98,00 é um belo espumante a ser servido para quem gosta de provar coisas menos comuns, recomendo.
  • Cave Geisse Terroir Nature – entra ano, sai ano sempre um grande espumante na taça fazendo muito champagne corar. Complexo, equilibrado, citrico com toques de brioche, seco, longo com ótima perlage é certamente um dos melhores se não o melhor espumante nacional da atualidade. preço na casa dos R$125,00.
  • Champagne Barnaut Grand Cru Grand Reserve Brut – França – R$250,00, um vinho para momentos especiais. Custa o mesmo dos champagnes genéricos que fazem a cabeça dos amantes de marca, porém dá de dez! As comunas Grand Cru são somente 17 das mais de 300 da AOC e premiam os melhores terroirs da região. Complexo, um grande champagne com o qual brindarei a meus 60 anos daqui a alguns dias, eu mereço!! Rs

Bem, por hoje é só e no fim de semana já dá para curtir alguns destes, o que acham? Semana que vem finalizo minhas listas de Melhores de 2014 que, como de costume, não sei quantos serão, porém aqui já compartilhei dezesseis rótulos! Cheers, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou em qualquer esquina de nossa vinosfera. Bom fim de semana.

Só Vinhos Tops nas Taças dos Confrades do Saca Rolha!

Final de ano é época em que as confrarias quebram seus porquinhos e torram suas economias provando grandes vinhos! Este ano não fugiu à regra e cada uma das cinco confrarias que administro chutou o balde com muita classe e joie de vivre! A Saca Rolhas, da qual faço parte também, nos permitiu (todos os 12 participantes) provar alguns grandes vinhos numa noite encantadora, uma verdadeira esbórnia enófila! Eis o que a nossa porta voz, confreira e amiga Raquel Santos, tem a nos dizer sobre suas impressões pessoais sobre estes vinhos que encantaram e seduziram a maioria!

Mais um ano que se foi, e ainda bem que sempre tem “aquele” vinho que ainda não conhecemos e queremos saber qual é a dele! Já que o clima era de festa, resolvemos levar alguns convidados a mais para garantir a animação. Além dos da casa, recebemos convidados da Turquia, Espanha, Portugal, etc…

Começamos muito bem, como sempre, com um belo espumante:
Cave Geisse Terroir Nature 2009. Esse é aquele que impressiona os paladares mais exigentes. Quebra todos os preconceitos em relação ao vinho nacional, e confunde aqueles que só se arriscam nos padrões das grifes internacionais. Vale lembrar que a qualificação “Nature”, significa que estamos falando do mais seco dos espumantes, ou seja, tem no máximo 3g de açúcar residual por litro. Eu particularmente acho a mais sincera expressão que um vinho espumante pode oferecer. Não que eu não goste de doçuras, mas acho um sabor muito fácil de assimilar, que costuma mascarar a percepção de todos os outros, se não estiver em perfeito equilíbrio com seu contraponto: A acidez. Sempre penso na sorte que nós brasileiros temos, de ter nosso solo/clima propício para esse tipo de vinho. Duas tacinhas e a festa já está estabelecida. E com qualidade garantida!

Foi nesse clima que fomos apresentados ao nosso convidado Turco.
O nome dele era Sarafin – Sauvignon Blanc 2013, do produtor Doluca. Apesar da expectativa de algo exótico, mostrou-se um típico Sauvignon Blanc. De cor bem clarinha, com um leve reflexo rosado, a primeira impressão foi o aroma exuberante, com muito frescor, de grama cortada e cítricos. Um misto de casca de limão com grapefruit e lima da pérsia, que evolui para sabores calcários, minerais bem fundidos com ervas aromáticas e especiarias (baunilha). Muito persistente na boca e refrescância que pede um novo gole.

Partimos então para o primeiro tinto da noite. Veio para ajudar nossa concentração, já que estávamos um pouco dispersos…. Alguns vinhos tem essa função, e um português do Dão tem sobriedade suficiente para nos colocar na terra. Com muita sutileza, foi mostrando à que veio. Corpo médio, madeira bem incorporada, taninos bem delicados e longo na boca. Aos poucos foi se mostrando com muita retidão e personalidade. Acidez que fez salivar e deu vontade de comer. Seria um ótimo companheiro para refeições. Quinta dos Roques, Garrafeira 2003.

E quando eu estava bem focada naquela taça, foi-nos apresentado o próximo: Aalto 2006. Esse nome soou nos meus ouvidos como uma música! Já havia provado um tiquinho desse vinho há algum tempo atrás, e nunca mais o esqueci. Já flertei com ele nas prateleiras de algumas lojas com sérias intensões, mas nunca fui às vias de fato. É um vinho caro, muito bem feito, pelo renomado enólogo Mariano Garcia ( Vega Sicília ), que segue a nova tendência em Ribera del Duero: Vinhos encorpados, mas mantendo a leveza. Ótima acidez que proporciona um frescor cativante, com muita personalidade e elegância.

Junto com ele, estava um outro espanhol, só que este da região de Rioja. Apesar se serem regiões próximas, possuem características bem diferentes, que dividem sua notoriedade na Espanha; à beira do rio Duero nascem vinhos classudos, com um ar de modernidade e quase sempre colocados entre os melhores do mundo, em Rioja, à beira do rio Ebro, a produção é mais tradicional, com ares de austeridade e mais voltada à expressão do seu terroir. Esse Rioja era um La Rioja Alta Gran Reserva 904 – 2001, que mostrou muito bem toda sua tipicidade. Cor granada profundo, com halo alaranjado, demonstrando seu tempo de maturidade. Aromas vibrantes com notas de couro, cacau, café e frutas que iam se revezando como uma seção de fotos. Bem estruturado, com frescor e taninos bem colocados, domados pelo longo estágio em barricas de carvalho.

Só TOPS Dez 2014

E mais uma vez, para colocarmos o pé no chão, chegou um português, desta feita do Douro. Desconhecido do todos que ali estavam, se apresentou e foi muito cortês e educado. Quase não emitia opiniões e parecia que gostava mais de ouvir a nossa conversa. Com o passar do tempo, foi relaxando e ficando mais doce, como um caramelo. Mas nem um pouco enjoativo ou pesado. Tinha uma boa acidez ao fundo que combinava todos os sabores ( frutas negras, como ameixas e amoras ), num corpo médio e fácil de beber. O nome dele era Mazouco Reserva 2012.

Festa rolando solta, e partimos para o 7º vinho da noite! Muita expectativa na entrada triunfal do brasileiro: Casa Valduga Gran Reserva Storia 2005. Esse vinho mereceu destaque no mercado e à partir daí tornou-se um ícone nacional pela qualidade, e realmente cumpre o que promete. Já havíamos provado o 2006 na nossa primeira degustação desse ano (Merlots Premium Brasileiros às cegas), e novamente não nos negou o prazer esperado: Muito equilibrado, com bom corpo que sustenta frutas carameladas, chocolate, café e um tostado no final. Ainda com muito tempo de vida pela frente! *(para mim de longe o melhor Storia já produzido e talvez tenha alcançado seu auge agora – melhor prova das quatro que já fiz desta safra – mesmo com ainda alguns bons anos de vida pela frente mostrando que todos os outros já produzidos após esta primeira safra estão a léguas de distância atrás dele)

Já podíamos nos dar por satisfeitos, mas sempre tem alguém querendo mostrar coisas novas. Partimos então para a Austrália, de onde veio um Shiraz muito interessante: John Duval Entity 2007. O enólogo que dá nome ao vinho, foi o criador dos premiados Penfolds Grange, que nos anos 90 mereceram destaque mundial, quando se equipararam com os “grandes” do velho mundo. E realmente mostrou-se muito elegante. Com o primeiro ataque bem seco na boca, um toque mineral que se funde com frutas maduras dando-lhe corpo e temperado com especiarias. No final um leve defumado mostrando a madeira bem colocada. Um exemplo de como o menos é mais, com muita categoria. O da safra de 2012 entrou nos TOP 50 vinhos de 2014 da Revista Decanter.

A essa altura já estava passando pela cabeça de todos, os bons vinhos que conhecemos durante o ano. E como não podia faltar um italiano nessa festa, chegou o Barbaresco Piero Busso 2008, para nos lembrar da deliciosa degustação de julho (Um encontro do Saca Rolha com a Nebbiolo). Foi bem interessante o reencontro com esse vinho, num contexto diferente. Aqui, onde o foco foi a diversidade, ele me pareceu mais descompromissado com suas esperadas características de personalidade. Sem deixar a elegância de lado, pareceu mais leve, fácil de beber e adaptável à qualquer situação.

Finalmente, para encerrar nosso último encontro do ano, um vinho recém chegado do Porto para adoçar nossos encontros e fortalecer nossos laços de amizade. O escolhido foi um Taylor’s Tawny 20 anos, que acompanhou muito bem um Panettone Loison Clássico, perfumado e úmido. O vinho, servido na temperatura correta, tinha aquela cor âmbar, típica dos Tawny, pelo seu longo envelhecimento em cascos de carvalho velho. Seus aromas de frutas secas, amêndoas, nozes e principalmente figo Ramy, me fazem lembrar o Natal. Essas referências das frutas invernais europeias, que foram trazidas por nossos antepassados. E mesmo aqui nos trópicos, não conseguimos ficar sem elas, apesar do calor. Acho que nem devemos, pois assim como foi esse encontro com a diversidade do mundo, o vinho nos leva sempre para onde queremos estar. E assim como nos alegramos ao ouvir um estouro da rolha dos espumantes, podemos também sentir a melancolia das lágrimas que escorrem numa taça de Porto. Que venha 2015!

Top 50 Vinhos de 2014

Estou de volta, mas ainda não com os meus destaques do ano (estou trabalhando neles), mas sim os da respeitada revista inglesa Decanter. Dos cerca de 4800 vinhos provados, cinquenta deles tiveram um destaque especial e estão listados por ordem alfabética de país de origem. Diferentemente de outras renomadas revistas, a Decanter não promove um número 1.

Cada um dos listados possui um “Q” de destaque que o diferencia de seus pares e eu fiquei especialmente interessado no espumante inglês, pois sei que há uma série de bons rótulos despontando por lá e que o terroir, depois de tantas mudanças climáticas, começa a despertar o interesse de produtores de Champagne que lá começam a investir, mas tem mais e comento algumas coisas que me chamaram a atenção:

  • A quantidade de vinhos italianos do Veneto
  • A quantidade de vinhos de Navarra na Espanha
  • A quantidade de vinhos de Grenache / Garnacha varietais ou com esta cepa no corte
  • Feliz por ver o John Duval Entity Shiraz ( da KMM e tenho na Vino & Sapore) nessa lista, pois acho um Shiraz inebriante que arrebata corações (incluindo o meu) quando o abro.
  • Especialmente feliz por meus amigos Wilton e Martin (Dominio Cassis) e Luiz e Javier (La Calandria) por ver seu sonho ser reconhecido internacionalmente pela critica internacional. Curti aqui e tenho na Vino & Sapore.
  • Feliz por ver diversidade e um TOP 50 com muita coisa diferente; regiões, produtores e uvas!
  • Só dois espumantes, mas uma ótima seleção de brancos!
  • Há tempos falo dos ótimos Syrahs do Chile, bom saber que não estou solo nessa avaliação. Veja aqui.
  • Curti ver a Atamisque aqui, ela que já teve o Viognier de sua linha Serbal em destaque em listas de 2014.

Boekenhoutskloof, Semillon, Franschhoek 2010 África do Sul
Chamonix, Chardonnay Reserve, Franschhoek 2012 África do Sul
Kloster Eberbach, Hessische Staatsweingüter, Rüdesheimer Berg Schlossberg, Grosses Gewächs, Rheingau 2012 Alemanha
Atamisque Serbal Assemblage 2012 – Argentina
Chacra Barda Pinot Noir 2011 – Argentina
Zorzal Piantao Cabernet Franc 2011 – Argentina
Shaw & Smith, Shiraz, Adelaide Hills, South Australia 2012 – Australia
Heemskerk Chardonnay/Tasmania 2012 – Australia
Tolpuddle Chardonnay/Tasmania 2012 – Australia
Adelina Grenache/ Clare Valley 2012 – Australia
Ben Glaetzer Bishop Shiraz / Barossa 2012 – Australia
John Duval Entity Shiraz / Barossa 2012 – Australia
Leeuwin Estate Art Series Cab. Sauvignon / Margaret River 2010 – Australia
Schiefer, Eisenberg Blaufränkisch, Burgenland 2009 – Austria
Casa Marin, Syrah, Miramar Vineyard, Lo Abarca, San Antonio 2010 – Chile
Casas del Bosque, Gran Reserva Syrah, Casablanca 2011 – Chile
Gramona, Brut Nature Gran Reserva, Cava 2008 – Espanha
Contino Blanco / Rioja 2010 – Espanha
Bastión de la Luna, Tintos de Mar / Rias Baixas 2011 – Espanha
Bodegas Artazu, Artadi Garnacha, Santa Cruz de Artazu / Navarra 2009 – Espanha
Domaines Lupier, La Dama Garnacha / Navarra 2009 – Espanha
Dominio do Bibei, Lalama / Ribeira Sacra 2010 – Espanha
La Calandria, Pura Garnacha, Cientruenos, Navarra 2011 – Espanha
La Rioja Alta, 890, Rioja Gran Reserva 1998 – Espanha
Bodegas Hidalgo, Napoleon, Manzanilla Amontillado / Jerez – Espanha
Château Gruaud-Larose, Bordeaux / St-Julien 2010 – França
Château Haut- Batailley, Bordeaux / Pauillac 2010 – França
Château Prieuré- Lichine, Bordeaux / Margaux 2010 – França
Château de Rayne-Vigneau, Bordeaux / Sauternes 2009 – França
Domaine Jean Teiller, Loire / Menetou- Salon 2012 – França
Le Grand Cros, L’Esprit de Provence, Côtes de Provence 2013 – França
Bosquet des Papes, Chante le Merle Vieilles Vignes, Rhône / Châteauneuf-du-Pape 2012 – França
Domaine Les Grands Bois, Cuvée Maximilien, Cairanne / Rhône 2012 – França
Paltrinieri, Solco, Lambrusco dell’Emilia, Emilia- Romagna 2012 – Itália
Villa Medoro, Rosso del Duca, Montepulciano d’Abruzzo 2010 – Itália
Pietracupa, Greco di Tufo / Campania 2012 – Itália
Il Molino di Grace, Il Margone, Chianti Classico Gran Selezione / Toscana 2010 – Itália
Melini, Vigneti La Selvanella, Chianti Classico Riserva / Toscana2010 – Itália
Pian dell’Orino, Brunello di Montalcino / Toscana 2008 – Itália
Cà dei Frati, Brolettino, Lugana / Veneto 2011 – Itália
Cà Lojera, Lugana / Veneto 2012 – Itália
Selva Capuzza, Selva, Lugana / Veneto 2012 – Itália
Viviani, Amarone della Valpolicella Classico / Veneto 2008 – Itália
Greywacke, Pinot Noir / Marlborough 2012 Nova Zelândia
Kusuda, Riesling / Martinborough 2013 – Nova Zelândia
Ata Rangi, Pinot Noir / Martinborough 2011 – Nova Zelândia
Felton Road, Calvert, Pinot Noir, Bannockburn / Central Otago 2012 – Nova Zelândia
Fromm, Clayvin Vineyard, Pinot Noir / Marlborough 2011 – Nova Zelândia
Filipa Pato, Nossa Calcário Branco / Bairrada 2011 – Portugal
Sugrue Pierre, South Downs, England 2010 (espumante) – Reino Unido

Amigos, uma lista com muita coisa nova a experimentar, boa viagem por esses caldos e que Baco lhes seja especialmente generoso neste ano de 2015! Leia sobre cada um desses vinhos no site da Decanter Magazine Cheers, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui, nas viagens com a Wine & Food Travel Experience ou em qualquer outro caminho de nossa vinosfera.

Hoje é o Primeiro Dia de Um Novo Ano, Sáude, Serenidade e Sabedoria!

Feliz 2015, não poderia deixar de cumprimentar aqueles que tiveram a pachorra de dar uma passada por aqui?????????????????????????? no blog no dia de hoje, Kanimambo! Namastê meus amigos, uma mensagem de ano Novo que publiquei há cinco anos atrás, mas que segue mais viva que nunca! Bemvindos a 2015, que seja um ano especialmente frutífero e que a tempestade anunciada seja ultrapassada com muita Saúde, Serenidade e Sabedoria neste Ano Novo que se inicia, o resto é consequência.

Cultuemos a humildade, tem muita gente por aí precisando, e com ela o respeito por nosso próximo. Perseverança, trabalho e mais do que participar, vamos dar o exemplo. Vamos colocar na prática o que pregamos e fazer as mudanças que se fazem necessárias, eu certamente estarei nessa árdua busca por novos horizontes e espero poder contar com o apoio de vocês nesses projetos. Um brinde; à vida, às conquistas, à luta, à persistência, à renovação. Tim-tim, Prosit, Cheers, Salute, Salud,Kampai, Santé e meditem sobre o conteúdo da imagem abaixo praticando sua essência!

http://www.falandodevinhos.com/wp-content/uploads/2009/12/30110628/namaste.jpg

Fechado Para Balanço!

Amigos, sigo trabalhando na loja e projetando minhas atividades para 2015, porém como meu sócio está literalmente no bem bom da praia, não tá sobrando tempo para escrever, sorry! Me incomoda não conseguir publicar com a mesma assiduidade, mas certamente os leitores fiéis entenderão que há momentos e momentos. Aproveito o pouco tempo que sobra para curtir minha loira e pensar no que virá no ano de 2015 e quais os caminhos que irei percorrer. Pensar nos acertos, nos erros, nas rotas a traçar, tempo para meditar e refletir. Tempo para repassar tudo o que passou por minha taça e minha vida, tempo para elaborar minhas listas de vinhos e momentos TOP de 2014, enfim ………tempo de balanço geral!

Se der, ainda deixo algo por aqui, mas o mais provável será tão somente um post de final de ano, para todos os efeitos o blog está em recesso! Kanimambo por compreenderem, salute e seguimos nos encontrando pelas estradas de Baco. No blog, na Vino & Sapore ou quem sabe na próxima  viagem a Mendoza ainda em Janeiro!

Uruguai 1 064

Feliz Natal / Happy Christmas /Feliz Navidad / Buon Natale

Neste mesmo dia há dois anos escrevi um texto com parte do qual gostaria de abrir este post hoje, véspera de Natal > “Mais do que um dia de paz e de celebração, para mim  esta é uma época de reflexão sendo um momento especial para compartilhar essa coisa cada vez mais escassa entre nós, TEMPO com quem amamos, nossa família e amigos. Mais do que falar de vinhos é tempo de falarmos com as pessoas, mais importante do que saber que vinho tomarei é saber com quem, mais do que valorizar presentes é tempo de valorizarmos pessoas!”, pode parecer fácil, mas não é! Nossa obrigação é seguir tentando e nesse sentido, nada como viver momentos de reflexão com a música certa, uma que nos permita “viajar” e liberar nossos pensamentos numa ode à vida independentemente de inclinação religiosa.

Minha mensagem a todos este ano, portanto, é musical. Através deles e das músicas interpretadas, revivo minha memória. Me emociono porque o final de ano com o Natal e o nascimento de um Ano Novo são sempre momentos de nostalgia e reflexão para mim e essas canções afora trazerem um pouco desses momentos de volta, são também verdadeiros hinos e clássicos natalinos, espero que gostem. Que seja uma época de paz, alegria, amor e harmonia entre todos. Feliz Natal amigos!

Aprendi na escola, um clássico numa versão atual.

Cada vez que escuto, esta me me traz uma lágrima ao rosto, pura emoção e essa versão algo mais nova e moderna de Lady Antebellum (não conhecia) me seduziu.

Nana Mouskouri, essa grega canta muito. A descobri há muitos anos atrás caminhando na Calle Florida em Buenos Aires passando por uma loja de CDs onde entoava o coro dos escravos da ópera de Nabucco, uma maravilha! Esta versão de Amazing Grace é especial.

Ave Maria de Gounod, sempre uma emoção ainda mais na voz de Kimy Scota, Sul Africana da cidade do Cabo.

Em tempo de Franciscanos, não deixe de ver ou rever > “Brother Sun, Sister Moon”, escutei recentemente este frei que tem uma voz abençoada, Adestes Fideles!

Kanimambo, salute e após o Natal tem mais!

Unchain My Heart – R.I.P. Joe

Nem sempre falo de vinho aqui e hoje, triste, quero mesmo é fazer uma pequena e singela homenagem a um cara que marcou minha adolescência (e não só) e me encantou com sua voz, ritmo e estilo inconfundíveis. Mais um grande nome do mundo musical se vai e nós ficamos com os MC’s da vida e o funkeiros de plantão! É, a vida segue e muitas vezes me pergunto se estamos num processo de evolução ou involução?! Enfim, coisas de um sexagenário (ou quase!) nostálgico poderão falar alguns porém quem se der ao “trabalho” de abrir esses próximos vídeos com algumas de suas marcas registradas entenderá o tamanho da perda, porém restam-nos as lembranças e a possibilidade de revivermos momentos ao escutarmos suas incríveis interpretações! Em tempos de efemiridade, sobretudo nas artes e na informação, dói perder gente deste calibre, porém resta-nos o consolo de saber que eles serão eternos. Senhores e senhoras, Mr. Joe Cocker !!

Namorei muito ao som desta

Elevando a fantástica música dos Beatles a um outro patamar, coisa que parecia impossível!

Feeling Alright? Not Feeling too good myself, especialmente hoje!

Unchain My Heart, um clássico!

Thanks for the trip Joe!

Grandes Vinhos de Sobremesa Lusos

Nas últimas semanas encerramos as atividades do ano com quatro confrarias que administro e dou consultoria, só com grandes vinhos (falarei deles no ano que vem) pois os saldos de caixa estavam excelentes. O incrível foi que terminamos as festividades de cada um com um vinho de sobremesa e em todas o final se deu com um vinho português mostrando, também aqui, uma enorme diversidade e singularidade, uma marca lusa! Vinhos doces, de sobremesa, fortificados, podemos chamá-los de diversos nomes porém em todos reina a excelência e o fator de que eles, por si só, já são a sobremesa. Na duvida, no entanto, qualquer um deles vai muito bem com tortas de frutos secos, amêndoas, nozes, doces conventuais portugueses e, certamente, queijos azuis!

Quatro vinhos, três regiões, porém a mesma excelência e sedução a cada fungada, a cada gole uma nova sensação e emoção. São elixires como estes que nos levam ao nirvana e surpreendem a maioria dos que desconhece essas preciosidades. As garrafas vazias foram para meu altar de Bacco, onde ficam as lembranças dos grandes vinhos tomados!

Henrique e Henrique’ Madeira Bual 15 anos – Os Madeira também são vinhos fortificados que em sua elaboração passam por um processo único, o “cozimento” ou como eles denominam por lá, “estufagem” que consiste em uma passagem por no mínimo três meses em tanques especiais de inox com serpentinas de água quente circulando dentro do tanque. Posteriormente são colocados em cascos de madeira para envelhecimento. Magnifico exemplar de madeira elaborada com essa uva que poucos conhecem; a Bual ou Boal. Desta uva saem vinhos meio doces com notas de frutos secos e este mostrava claramente figos secos que harmonizou magistralmente com uma torta de nozes com figos e maçã que o amigo Ney Laux, cozinheiro de mão cheia, fez na Confraria Vino Paradiso. Maravilha engarrafada, notas de caramelo, complexo com notas oxidativas, deixou muita gente suspirando!

Casa de Sta. Eufêmia Special Reserve Porto branco 1973 – uma obra do acaso e da qual sobram alguns poucos mil litros por engarrafar. Um Porto Branco Envelhecido de tirar o fôlego. Nos aromas, algo de pêssego, frutos secos, damasco tudo muito sedutor e delicado. Na boca demonstra mais uma vez todo o seu equilíbrio de uma forma untuosa, gorda e macia num ótimo volume de boca lembrando um tawny envelhecido, final muito longo em que as amêndoas, mel e frutos secos se apresentam muito presentes e com enorme persistência. Surpreendente e arrebatador! Se deu muito bem com o Panetone Loison Tradicional com frutos secos, que aliás também serviu de harmonização para outros vinhos. Um grande vinho que embalou as Enoladies em mais um final de ano, o quarto!

Quinta da Bacalhôa Moscatel Roxo 98 – de Setúbal, um vinho que passa 9 anos em cascos de whisky usados trazidos da Escócia, mais uma obra prima lusa advinda de uma uva com cultivo limitado á região. Gosto dos vinhos moscatel lusos, sejam eles de Setúbal, tradicionalmente melhores, ou do Douro de onde já provei alguns grandes exemplares, mas a Moscatel Roxo é diferente. Extremamente sedutor, com notas florais que me fazem recordar laranjeira e rosas, com algo de frutos secos e mel, talvez até influenciado pela incrível cor amarelo dourado, quase topázio, uma verdadeira preciosidade. Tudo isso, no entanto, não convence se quando chega à boca esses aromas morrem e são substituídos por um liquido xaropento, enjoativo e sem vida. Este Moscatel Roxo da Quinta da Bacalhôa é o oposto de tudo isso, pois possuí uma acidez maravilhosa que lhe aporta uma personalidade muito vibrante, elegante, de grande leveza e maciez que convidam ao próximo gole. Também acompanhamos com Panetone Loison, mas nem precisava e os amigos confrades da Quinta Divina não me deixam mentir!

Taylor’s Tawny 20 anos – sempre preferi os 20 anos á maioria dos 30 anos e quase sempre dos de 40 anos, não sei porquê então não me peçam para explicar! Este tinha provado recentemente num evento do Douro, porém tomá-lo e ainda por cima na companhia dos amigos da Confraria Saca Rolha teve um gosto para lá de especial. Grande Tawny de Idade que certamente a porta voz da confraria saberá descrever quando escrever o relato de sua experiência que publicarei aqui, como sempre. Por agora, só digo que este tinha um toque de especiarias que não apareceu em nenhum dos outros três. Um vinho de incrível harmonia, obrigado Raquel, um encerramento à altura dos outros grandes vinhos da noite!

Vinhos de Sobremesa Portugueses FV

Mais um ano se foi e mais um montão de bons vinhos provados enriquecendo a vida enófila dos participantes das confrarias. Vinhos baratos, vinhos caros, vinhos complexos, vinhos francos, vinhos tintos, brancos e rosés, de todas as origens, de diversos estilos e uvas, o foco é sempre a diversidade! Cada confraria conheceu no mínimo dez diferentes espumantes (todos os encontros são abertos com eles) e provou 80 diferentes vinhos então, pelo menos enófilamente falando, foi um ano bastante proveitoso. Por sinal, tenho amigos perguntando quando abrirei confrarias em São Paulo, pois bem eis uma noticia em primeira mão para quem estiver interessado, 2015 está chegando e há planos para duas novas confrarias mensais na zona oeste de Sampa. Quem tiver interesse em receber um grupo de até 14 pessoas mensalmente ou queira participar de uma destas confrarias, deixe seu interesse registrado nos comentários que entrarei em contato.

Salute e kanimambo pela visita. Espero seguir sendo merecedor de sua visita em 2015 e caso precise, estarei de plantão na Vino & Sapore até dia 24 ás 18 horas e se quiser começar o Ano Novo em grande estilo, venha comigo a Mendoza!