Catena – Uma Visita Surpreendente!

Talvez um dos maiores preços que uma empresa paga ao crescer demasiado, é a perda de sua alma, daquilo que a fez chegar lá. Dependendo do produto, creio que essa perda é mais sentida e aí eu falo desde um escriba do vinho, que somente se atém a pontuar e a ficar nas repetitivas descrições estereotipas, até grandes produtores e seus vinhos padronizados, mesmo que eventualmente lucrativos. Em algum momento perde-se a paixão, a capacidade de se emocionar, de vibrar, de viver o momento, vive-se tão somente em prol do caixa, torna-se chato e previsível. Em geral, é essa constatação que me faz escolher para os tours enogastronomicos que elaboro, dentro do possível logicamente, produtores menores onde essa alma e paixão se encontrem presentes e onde a pessoa não seja tão somente mais um número passando no caixa. Sonho, ingenuidade, talvez um pouco de cada, mas sigo perseguindo o fim do arco-íris! rs Acredito na convivência das necessidades do caixa e de crescimento com o sonho e a paixão através de um trabalho cultural onde a alma não se perde e serve, sim, como elo de união e de preservação da identidade criando uma áurea que transcende o produto e gera resultado, a essência do negócio, uma conjunção de valores difícil de encontrar.

Esta introdução tem tudo a ver com a Catena que recém descobri em minha última visita por lá. Já tinha passado por aquelas bandas algumas vezes e sem duvida alguma é um marco na vitivinicultura argentina onde a qualidade impera e não é à toa que 70% dos visitantes a Mendoza por lá passam para obter a benção na catedral de baco. Grandes vinhos, mas …….. sentia falta de algo! Onde estava a alma do lugar?! Desta feita esteve tudo lá, do jeito que eu aprecio mostrando que meu sonho não é utópico, é viável sim! Não há necessidade de se deixar de lado a paixão e alma ao se tornar grande, muito pelo contrário, isso só vem enaltecer a qualidade de seu produto agregando-lhe valor e vem com as pessoas. Óbvio que o exemplo vem de cima, porém basta uma para fazer uma tremenda diferença e isto foi feito pela simpática Cecilia a quem agradeço publicamente, por resgatar a alma da Catena dando-a conhecer a um privilegiado grupo de pessoas que Catena Estiba Reservadapor lá passou em Abril deste ano, show! Os vinhos, que já são excelentes, ganharam ainda mais, ganharam alma e persistiram além da taça.

A visita foi genial, executada com paixão, e a “recorrida” pela sala de barricas foi única com prova de alguns dos grandes vinhos que hoje produzem, do incrível Malbec Adriana, que posteriormente degustaríamos na sala de provas, passando pelo magnifico Nicolás (obra prima) e o Estiba Reservada que há muito fazem minha cabeça (são presença constante em meu wish list) e têm como protagonista a Cabernet Sauvignon. Por trás de tudo isso, uma família e a mão de seu enólogo chef Alejandro Vigil que dispensa apresentações, um dos TOP 30 enólogos do mundo de acordo com a conceituada e respeitada revista inglesa Decanter.

Na Sala de Provas, provamos e degustamos de uma forma diferente, em função da apresentação da Cecilia, a linha Angelica Zapata e o Adrianna Malbec, grandes vinhos que resumo rapidamente.

Angelica Chardonnay – Um vinho que se encontra numa fase magnifica e provado em dois momentos, mostrou que a temperatura faz sim uma tremenda diferença. Este branco de muito boa estrutura, melhora muito se tomado entre 10 a 12º quando seus aromas explodem e os sabores se acentuam. Quase 14% de teor alcoólico, vindo do vinhedo Adrianna em Gualtallary, passa por 14 meses em barrica francesa das quais 40% nova. Untuoso, encorpado, complexo é vinho que pede comida e se pensar num vinho para aperitivar, esqueça, este é protagonista! Até quem não era chegado em brancos se curvou perante a realidade na taça!

Angelica Malbec – a classe de sempre, um Malbec que é uma referência no mercado brasileiro e que apresenta de forma muito regular, safra após safra, tudo o que se espera dele. Aquela fruta mais madura, bonita cor violáceia típica, taninos finos, tudo no seu lugar sem excessos, muito agradável de tomar.

Angelica Cabernet Franc – Um dos bons e primeiros Cabernet Franc que hoje fazem sucesso na argentina sendo a uva do momento. Boa tipicidade da uva com a violeta bem presente, bom corpo, textura de boca muito agradável, um vinho rico, complexo e muito convidativo à próxima taça! Me gusta mucho!! rs

Adrianna Single Vinyard Malbec – para mim, um dos melhores Malbecs argentinos vindo de um dos mais altos (1.400m) vinhedos da região de Gualtalarry no Vale do Uco. Extremamente equilibrado, uma acidez natural na medida certa que lhe dá um frescor e mineralidade marcantes num contraponto á concentração e taninos vivos, finos e aveludados que este vinho possui. Micro fermentação em barricas novas francesas e mais 18 meses de amadurecimento também em barricas francesas novas. Sedutor e instigante, vinho para namorar!

Mais uma etapa de nossas visitas ás bodegas mendocinas em Abril e grandes momentos vividos, gracias Cecilia! Próxima parada, já atrasados, Norton estamos chegando calma!! Kanimambo

Casarena, Surpreendente Bodega!

Surpreendente não pelos seus vinhos, que já mencionei aqui e cas0 tenha interesse em rever digite Casarena em pesquisa (search), mas pelo complexo Casarena 1como um todo. A Bodega, a paixão de quem nos recebeu e já mencionei em meu post Vinhos com Alma, a refeição, nossa experiência na criação de um blend próprio e grandes vinhos obviamente! Depois da “grande” Achaval Ferrer foi a cereja no bolo e o final de um dia incrível!

Para começar fomos recebidos com uma taça do surpreendente e saboroso Ramanegra Extra-brut elaborado pelo método charmat, porém eles já trabalham num rótulo champenoise do qual provamos algo do vinho base ainda no inox. Fruto de um inusitado blend de Chardonnay, Viognier e Sauvignon Blanc, é um espumante de boa intensidade aromática, fino e fresco, sedutor tanto no olfato como no palato, com boa perlage e persistência. Uma grata surpresa que não vem para cá, mas que o importador deveria analisar trazer, eu me encantei com ele e trouxe na mala, mas já acabaram! sniff!!

Após uma breve visita à bodega, fomos para uma sala exclusiva onde tivemos o prazer de praticar um exercício diferente, desenvolver um blend próprio. Na mesa, pipetas e três garrafas de vinho base todos de Agrelo; Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot. Cada dupla desenvolveu sua sensibilidade provando primeiro cada vinho individualmente e depois montando seu blend sendo que a maioria optou por um protagonismo do cabernet que realmente estava muito bom. Super divertido e um exercício muito bacana que já tive o prazer de montar, de forma algo mais lúdica, em uma de minha degustações ao montarmos cortes bordaleses, sempre uma ótima e divertida forma de desenvolver nosso conhecimento e aguçar nossos sentidos. O ganhador (batizado com o nome de September) foi escolhido pelo grupo ás cegas, pois de cada rótulo foram feitas duas garrafas, uma para a prova e a outra para a dupla que elaborou levar para casa.

Já embalados a esta altura do campeonato, nos dirigimos ao restaurante para uma deliciosa e muito criativa refeição harmonizada com menu degustação de seis pratos. Afora os vinhos relacionados, ainda tivemos o privilégio de provar dois vinhos top adicionais. De forma reduzida e concisa , eis meus comentários:

  • 505 Chardonnay – levemente amadeirado, fresco, um vinho muito agradável de uma linha de gama de entrada.
  • 505 Rosé de Malbec com Cabernet Franc – o mercado não é muito chegado em rosés, mas eu gosto e este me encantou, sedutor e muito saboroso.
  • Ramanegra Blend – um de meus vinhos favoritos, junto com o Cabernet Sauvignon, que a Bodega produz. Gama média alta, boa complexidade, meio de boca muito rico, um vinho muito agradável, quase tanto quanto o September! Rs

Para completar tivemos o privilégio de tomar os 4 vinhos top da casa, os Single Vineyard:

  • Lauren’s Malbec – de Agrelo, mais robusto e maior estrutura, um Malbec mais clássico e de muita categoria.
  • Jamilla’s Malbec – de Perdriel, potência e elegância em perfeita harmonia, um vinho marcante! http://www.falandodevinhos.com/2014/04/17/hoje-e-dia-mundial-da-malbec-resultado-do-desafio-as-cegas/
  • Lauren´s Cabernet Franc – de Agrelo, a uva da moda na Argentina, a Cabernet Franc com todo o seu esplendor e mostrando aqui a virilidade do vinhedo que já produz um Malbec bem robusto. Muito jovem (creio que foi 2012 que provamos), um belo vinho de guarda, que deve crescer ainda mais dentro de uns três a quatro anos.
  • Lauren´s Petit Verdot – mais uma vez o berço fala mais alto, vinhaço! Boa tipicidade da uva, encorpado, vinho para guardar devendo atingir todo o seu esplendor com uma meia dúzia de anos nas costas. Se for servir agora, 2011/2012. Aeração de uma horinha vai bem ou umas três passagens pelo magic decanter quem o tiver.

Quanto ao almoço, sugiro dar uma olhada aqui, no blog do Ricardo Gaffrée (Amigo Gourmet) que nos acompanhou e é fera em gastronomia! Por sinal, as fotos dos pratos no vídeo show abaixo, são dele. O que posso dizer, dentro de meu limitado conhecimento técnico gourmet, apesar de um apaixonado por essa arte, é que o menu é bem criativo e executado com esmero resultando num complexo leque de sabores que harmonizou muito bem com os vinhos servidos, recomendo. Bem, por hoje é só e na semana tem mais, kanimambo pela visita, saúde e seguimos nos encontrando por aqui lembrando que dia 23/07 tem degustação de Uvas Pouco Comuns! Boa semana e curtam o video show abaixo.

Que Bela Segunda-feira em Mendoza!

Estava demorando, mas finalmente voltei a Mendoza para falar um pouco mais da incrível viagem que fiz em Abril com o grupo Huuuuummmmm! É, cada grupo com que viajo escolhe um nome e não preciso dizer do porquê deste né? A cada taça uma surpresa e huuuummmm! rs Bem, mas vamos lá a um belo inicio da semana e nosso terceiro dia de viagem.

Falar de Achaval Ferrer é chover no molhado. A mais premiada Bodega mendocina dos últimos anos com nada mais nada menos do que cinco dos dez mais pontuados vinhos argentinos na Wine Spectator. Há vinhos em seu portfolio em que se necessita de 4 plantas para gerar uma garrafa de vinho e seu processo de “raleio” que reduz a produção através da eliminação de cachos é enorme beirando os 40% para os vinhos “normais” chegando a 80% para os top! Qualidade é o nome do jogo aqui e isso tem seu preço, obviamente, porém justificável. Tudo isso numa Bodega que não tem 10 anos, de tirar o chapéu não?

Iniciamos por uma “cata” em barricas onde provamos três de seus vinhos Malbec TOP de linha quase prontos; Altamira (vinhedo de altitude mais alta), Mirador (vinhedo mais baixo) e Bella Vista (vinhedo intermediário) onde a bodega está instalada. Soberbos, mas eu sigo apreciando mais o Bella Vista entre esses vinhos top, mesmo que o Mirador 2006 tenha sido um dos Malbecs de que mais gostei até hoje.

Quimera 2008De volta à sala de degustação, provamos outros rótulos entre eles o Malbec Mendoza, o ‘básico’ da casa que já é um tremendo vinho, o delicioso e, a meu ver, a melhor relação Qualidade x Preço X Prazer que eles produzem, o Quimera! Um blend que extrapola todos os preceitos do nome pois é um sonho alcançado, um vinho de enorme prazer na taça! Ainda ontem abri uma garrafa da safra 2008 que trouxe de lá direto da adega deles para a minha, sem rótulo mesmo. Vibrante na boca, complexo, cheio de vida, ótimo volume, taninos finos, um vinhaço que realmente me encanta fruto de um blend de malbec, cabernet Sauvignon, merlot, cabernet franc e, nem sempre presente mas neste 2008 deu o ar de sua graça, um toque de Petit Verdot. Para variar, sempre peço isso, terminamos a degustação com seu Achaval Dolce de Malbec que não é um Late Harvest e sim um Passito, influência direta do enólogo que dispensa apresentações, o Roberto Cipresso. Adoro esse vinho e creio ser uma ótima forma de terminar um momento desses, só faltou um queijinho! Indo a Mendoza, não dá para perder e da próxima vez vou armar uma degustação especial por lá, uma vertical de um de seus ótimos vinhos e já tenho algo em mente, aguardem, quem sabe em Novembro! Como já detalhei os vinhos em minha cobertura da última viagem, não quis ficar repetindo aqui, mas se desejar dê uma passada por aqui.

Menção honrosa a seus bons azeites, especialmente o Arauco, só vendidos lá devido à pequena produção. Bem, terminamos a visita a Achaval e pé na estrada para nossa próxima parada que já sei que será longa pois armei um montão de atividades por lá! Vamo, que vamo, hora de Casarena, uma bodega que poucos conhecem, mas é imperdível. Ótimos vinhos e um restaurante de primeira abençoados por uma paisagem que nos deixa sem palavras. Na semana que vem falo dessa experiência, mas por enquanto, clique na imagem abaixo e curta o slide show da visita à Achaval. Um ótimo fim de semana e kanimambo, sempre!

Achaval Taça - Foto Roberto - Show

 

 

Chegamos na O. Fournier do Vale do Uco!

Sim, porque eles possuem mais bodegas em outras partes do mundo! Esta foi a segunda parada de nossa gostosa viagem a Mendoza num ensolarado Domingo, saímos da Decero e rodamos pouco mais de uma hora até chegarmos à incrível O. Fournier com seu projeto arquitetônico ímpar, moderno e marcante. Conheci a O. Fournier e o José Manuel Ortega Fournier, em uma degustação aqui em Sampa no ano passado (relatado aqui) e me encantei por seus vinhos e diversidade de uvas trazendo um pouco da cultura ibérica para este longínquo recanto de Mendoza no extremo sul do Vale do Uco. Em função do atraso, a visita á bodega e suas instalações foi algo corrido, porém sua estrutura e design, das torres de concreto que são tanques, à enorme e incrível sala de barricas e coleção de arte, um momento realmente marcante que nos deu sede e abriu o apetite para o que estava por vir, um delicioso almoço harmonizado no restaurante Urban capitaneado pela Chef Nadia, esposa do José Manuel.

O Fournier 2Chegamos na O. Fournier e realmente é de encher os olhos valendo toda a distância percorrida. Um projeto arquitetônico impressionante e arrojado, vista linda e eu bem que fiquei de olho num lote de 2 hectares bem de frente ao lago, mas o caixa anda baixo! rs A O. Fournier é de José Manuel Ortega Fournier um ex executivo internacional de bancos renomados, espanhol que entrou para o mundo do vinho com este projeto em Mendoza nos idos de 2000. Depois, em 2002 veio o projeto de Ribera del Duero na Espanha e mais recentemente iniciou um projeto no Chile onde produz algumas preciosidades também.

À primeira vista parece que um OVNI pousou por aqui, o projeto da bodega é realmente diferente e marcante. Por aqui, fazendo companhia às “mais comuns” Malbec, Syrah e Cabernet, encontramos a Tempranillo que fala mais alto em seus vinhos e um pouco de Touriga Nacional (ambas presentes no B Crux que me encanta e já mencionei em outro post) que dão uma personalidade diferente a seus vinhos.

Num almoço divino e marcante, tivemos a possibilidade de provar alguns vinhos e CAM01807sermos presenteados com uma raridade que me seduziu em meu primeiro encontro com os caldos desta vinícola. A bodega é rodeada de lotes que estão à venda (veja aqui) e podem fazer de você um “vinheteiro” em Mendoza no Vale do Uco, eu fiquei tentado,mas falta bala na agulha para este escriba. Tivesse e certamente encontraria meu cantinho por lá onde outros já têm seus lotes e fazem seus vinhos com rótulos próprios!! Agora tá na hora é de falar dos vinhos que escolhi para serem servidos pois mostram bem a diversidade de sua produção:

B Crux Sauvignon Blanc – um vinho marcante e cheio de personalidade sem perder a tipicidade da casta. Grama molhada, frescor, é fechar os olhos e lembrar de um gramado pós chuva. Intenso, fresco, cítrico, boa textura, um Sauvignon Blanc de manual que agrada sobremaneira

Urban Blend Tempranillo/Malbec – o melhor desta gama de vinhos médios, há uma linha de entrada abaixo desta, que mostra um grande equilíbrio e riqueza de sabores. Leve passagem por barrica (3 meses), nos presenteia com uma certa complexidade em que a fruta madura se mistura com notas de especiarias, tosta, corpo médio, um vinho muito prazeroso com preço módico que seduz palato e bolso! rs

B Crux Blend – já comentei este vinho e o acho o melhor custo x beneficio desta vinícola, um grande vinho que surpreende os mais incautos. De gama média alta, frutado, sem excessos, boca de boa estrutura e complexa, taninos finos presentes, médio corpo par encorpado, bom volume de boca um vinho de muita personalidade que vale bem o preço. sempre algo a considerar! Corte de Malbec, Tempranillo e Touriga Nacional, gooosto!

Alfa Crux Malbec – recentemente premiado internacionalmente, é um dos grandes malbecs argentinos da atualidade tendo sido classificado em 25º lugar entre os TOP 100 da Wine Spectator do ano passado. Textura aveludada, taninos macios, untuoso, frutos negros, muito bom equilíbrio, baunilha, final de boca especiado e longo, um belo vinho que se mostrou muito bem integrado.

Alfa Crux Blend Magnum 2001 – um regalo com que fomos premiados ao final de um estupendo almoço. Este vinho, raro por aí, obteve o troféu na Wines of Argentina Awards em 2004 e hoje existem pouca e raras garrafas escondidas por aí nos mais remotos recantos do mundo e uma pequena quantidade na adega especial do José Manuel na bodega em Mendoza. Um deleite hedonístico de pura elegância e finesse absolutamente sedutor. Já falei dele aqui no blog, mas nunca é demais repetir: “seu primeiro vinho produzido em Mendoza do qual sobram poucas garrafas no mundo e que detem um Troféu de Melhor na Categoria na Wines of Argentina Awards. Tempranillo de 70 anos de idade, Malbec de 80 anos e Merlot de vinhedos mais jovens. Acidez bem presente ainda mostrando que ainda terá alguns anos pela frente, fino, sofisticado, daquele estilo de vinho que deveria vir á mesa de fraque e cartola.”

Domingaço!! Por estas e por outras é que vale a pena seguir “viajando” por esta nossa vinosfera! Abaixo o tradicional slide show com algumas lembranças desta agradável visita que vale cada quilômetro rodado. O almoço foi excelente, mas um prato realmente me impressionou a rabada. Ela é desfiada e depois de pronta volta ao osso no prato se desfazendo na boca! O risoto estava divino e os croquetes de couve flor “exquisitos”, uma delicia que recomendo aos amigos conhecer numa próxima viagem a Mendoza. Quem sabe até lá o hotel deles não esteja pronto?!

10IMG_8320Salud amigos e kanimambo.

Um Domingo em Mendoza!

Dia complicado de visitas a bodegas em Mendoza, pois tem gente por lá que também precisa de descansar! Afora isso era dia de eleições locais, mas mesmo assim, dois grandes momentos; a visita á Decero e à O. Fournier onde também almoçamos. No dia anterior tínhamos iniciado nossas atividades com uma visita para lá de especial, à Michelini Bros então estávamos ávidos por mais neste lindo dia de Domingo e as surpesas que ele nos traria.

finca-decero-logo-rgbA Decero é uma Bodega muito jovem começada do zero em 1999 por um casal de Suiços que tinham em mente um projeto especifico a executar e por isso mesmo queriam algo que eles mesmos pudessem moldar ao seu jeito e forma. É linda, perfeitamente integrada a uma paisagem encantadora. Uma voltinha rápida para uma visita às instalações da bodega, prova de barricas com o enólogo residente Tomás Hughes e chegamos numa linda sala de degustações com uma vista que faz com que qualquer vinho tenha um gosto para lá de especial, imagina quando os vinhos possuem esta qualidade!

Os vinhedos chamados de Remolinos, em função dos redemoinhos (foto no slide show abaixo) que se formam no campo, começaram a ser plantados em 2000 e as primeiras colheitas experimentais realizadas em 2004 e 05. Finalmente em 2006 as primeiras colheitas comerciais foram realizadas, lançadas ao mercado dois anos depois e o sucesso veio rapidamente. Hoje se produzem cerca de 420 mil garrafas anuais e os troféus e medalhas começam a se amontoar. Para quem não conhece, recomendo a visita, o lugar e os vinhos merecem atenção sem desmerecer o atendimento muito simpático e eficiente, porque isso é essencial!

Já esteve presente no Brasil, porém em função do fechamento da importadora, busca outro representante para nossas terras e eu espero que achem logo, pois seus vinhos valem muito a pena, dois deles em especial são grandes destaques e vinhos inesquecíveis. Localizada em Lujan de Cuyo em uma de suas principais sub-regiões; Agrelo, só produz vinhos tintos. Você pode ver mais da bodega clicando aqui, mas agora deixa eu compartilhar com vocês os vinhos que lá provamos e nos foram apresentados pela simpática Daiana.

Decero Malbec 2012 – Boa tipicidade, floral, taninos finos bem presentes, boa persistência e harmônico, acidez bastante equilibrada. Bom vinho

Decero Cabernet Sauvignon 2013 – Frutos negros bem presentes, especiarias, jovem, taninos firmes e elegantes, gostei muito e, a meu ver, entre os três desta gama o vinho mais vibrante que mais me entusiasmou mostrando que estas terras de Agrelo realmente dão ótimos Cabernets!

Decero Syrah 2012 – Taninos doces, especiarias, boa intensidade e textura, amável na boca, um vinho bastante agradável, bem feito e fácil de tomar.

Decero Mini Ediciones Petit Verdot 2011 – somente cerca de 12.000 garrafas produzidas e um vinho surpreendente para a maioria que o prova pela primeira vez. Não é a toa que na safra 2012 levou o Troféu de melhor Vinho de Mendoza na Wines of Argentina Awards e Melhor Vinho Argentino entre USD30 a 50! Absolutamente sedutor, na contramão de tudo o que, a principio, se espera de um varietal 100% desta uva. Sem excessos, fino, nariz intenso e boca extremamente elegante com taninos de grande finesse. Uma garrafa é pouco!!

Decero Amano 2011 – baita vinho, encantador, conheci pela primeira vez na degustação Premium da Wines of Argentina em Setembro/14 (veja aqui meus destaques) e depois voltei a prová-lo em Novembro quando em Mendoza e agora novamente. Em todas as vezes senti enorme prazer ao tomá-lo, um grande vinho, um assemblage de primeira linha em que o viés velho mundista mais tradicional de perfeito equilíbrio, elegância, daqueles vinhos que já nos seduz na primeira fungada! Blend de Malbec, Cabernet Sauvignon, Tannat e Petit Verdot é um grande vinho, complexo e sedoso na boca, fruta exuberante um vinho que me encanta e não é à toa que foi o único vinho argentino a ganhar por três vezes o troféu de Melhor Red Blend acima USD50 na Wines of Argentina Awards!!

Clique na imagem abaixo para ver o slide show da visita à Decero. Dia lindo e a imagem é a vista que tínhamos da mesa de degustações, não é deslumbrante?!

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O. Fournier – saímos da Decero e rodamos pouco mais de uma hora até chegarmos à incrível O. Fournier com seu O Fournier logoprojeto arquitetônico ímpar, moderno e marcante. Conheci a O. Fournier e o José Manuel Ortega Fournier, em uma degustação aqui em Sampa no ano passado (relatado aqui) e me encantei por seus vinhos e diversidade de uvas trazendo um pouco da cultura ibérica para este longínquo recanto de Mendoza no extremo sul do Vale do Uco. Em função do atraso, a visita á bodega e suas instalações foi algo corrido, porém sua estrutura e design, das torres de concreto que são tanques, á enorme e incrível sala de barricas e coleção de arte, um momento realmente marcante que nos deu sede e abriu o apetite para o que estava por vir, um delicioso almoço harmonizado no restaurante Urban capitaneado pela Chef Nadia, esposa do José Manuel.

Deles, no entanto, falo em um post em separado porque este já tá longo demais. Inté, saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou em qualquer outro lugar de nossa vinosfera. Uma ótima semana para todos.

Mais Que Vinho, Um Conceito de Vida – Família Michelini

Em Mendoza existe gente fazendo coisas diferentes de forma diferente, só precisa ter a mente aberta e a indicação certa para descobrir essas coisas. Mais do que vinho, este projeto é um conceito de vida então permitam-me lhes apresentar, para quem ainda não conhece, o Matías Michelini e sua família. São quatro irmãos, três enólogos (Matías, Gerardo e Juan Pablo) e o Gabriel, que têm a pureza da terra como preceito maior, seja no vinhedo, na bodega, mesa e na vida como um todo. Mas vão além disso, são revolucionários na busca de suas quimeras e liberdade de criação.

Na primeira parada de nossa visita de Abril a Mendoza, tivemos o privilégio de sermos recebidos pelo Matías Michelini em suas novas instalações em Tupungato, no condomínio The Vines, onde ele mantém a sede da Michelini Bros em que produz com seus irmãos algumas preciosidades em seus tanques de cimento (ovos) e ânforas que ele próprio desenhou. Este novo projeto é todo biodinâmico, buscando a essência e pureza da natureza em volumes limitados. É um local para deixar fluir a inspiração e criatividade num processo de plena liberdade possuindo uma energia especial. Aqui ele pacientemente esperou por nossa chegada com quase uma hora e meia de atraso devido a problemas de voo, nos recebendo com o fogo aceso e uma taça de espumante na mão, incrível simpatia, homem de poucas palavras e muito carismático, cativou a todos os presentes. Por aqui tudo é pequeno; instalações, numero e tamanho de tanques, sala de barricas e produção, as exceções são a grandeza dos personagens e a qualidade de seus produtos.

A comida, tudo orgânico, estava maravilhosa, os vinhos divinos e os convivas radiantes, não poderíamos ter começado melhor e em pouco tempo as agruras da viagem tinham ficado para trás! Hoje, compartilho virtualmente com vocês alguns desses  momentos e os vinhos provados aproveitando para dar uma dica, quando comprarem um vinho, tentem conhecer o enólogo por trás dele. Se estiverem frente a frente com um vinho do Matías, Gerardo ou Juan Pablo podem mergulhar de cabeça pois a experiência certamente será diferente do que estão acostumados a provar de caldos mendocinos! Ainda farei uma matéria sobre eles, mas por enquanto fiquem com seus vinhos e o vídeo abaixo com imagens de nossa visita.

A Passionate Wines é um projeto do Matías tão somente e melhor nome não poderia ter escolhido, pois é fruto de sua paixão e inquietude refletida em cada garrafa. Provamos vinhos dos diversos projetos dos irmãos, porém foi através de minha introdução à Passionate Wines que aqui viemos parar.

Espumante Zorzal Extra-Brut – devido ao atendimento a um de nossos companheiros de viagem que não estava bem, perdi esta prova, porém os comentários de quem o tomou foram altamente elogiosos. Elaborado com Semillon (cerca de  2/3) com Chardonnay. Da El Zorzal e um vinho a rever!

Montesco Água de Roca Sauvignon Blanc – pura mineralidade e sutilezas num vinho único fermentado em tanques de plástico de 1000 litros! É a natureza em sua forma mais pura em Gualtallary, uma das partes mais altas de Mendoza no Vale do Uco na base dos Andes, onde a acidez também aflora. A uva é colhida em 5 diferentes momentos durante o mês de colheita, de forma a poder-se retirar delas diversas características que comporão esta obra de arte engarrafada. Limitado a 5000 garrafas ano, é um vinho único e diferenciado até no teor alcoólico, meros 9,5%!! Vibrante, sutil e elegante, adoraria ter sempre em casa! Projeto Passionate Wines

Matias Clipboard Bodega

Calcáreo Bonarda – fermentado em ânforas desenhadas pelo próprio Matías, únicas no pedaço, uvas advindas de um vinhedo orgânico de Gualtallary plantado em 2005, amadurece em barricas de 1º e 2º uso francesas passando posteriormente por um estágio de 6 meses de garrafa antes de finalmente chegar a nossas taças. A Bonarda em sua quintessência, uva de pouco valor até cerca de 15 anos atrás, mostra aqui todo o seu valor de forma apaixonante e marcante. Mineral mostrando bem seu terroir, fruta abundante, ótima estrutura tânica e textura agradável que enche a boca, alguma especiaria, concentrado longo, um belo vinho que surpreendeu a maioria dos presentes e precisa de tempo para mostrar todo seu esplendor. Projeto Michelini Bros e produção limitada a apenas 6.000 garrafas por safra.

Demente – um projeto demente de unir uvas provenientes de quatro vinhedos distintos de Cabernet Franc e Malbec, de Diferentes alturas e solos. Depois, colhidas em tempos diferentes e adicionadas ao mosto já em fermentação. Um vinho decorrente da liberdade de criação e veia revolucionária de um enólogo em constante busca do diferente, do inusitado. O vinho arrebatou os presentes, eu já conhecia, confirmando toda a exuberância que eu já relatei; uma paleta olfativa intensa, um verdadeiro bosque de frutos silvestres com nuances florais. Entrada de boca marcante, ótima textura, acidez gostosa se fazendo presente e pedindo um teco de bife de chorizo (rs), taninos finos, final longo algo mineral e muito apetitoso. Doze meses de barrica francesa e limitado a apenas 3.000 garrafas e difícil de achar até por lá!

Já quase meia-noite e nós lá! Dó do anfitrião e sua equipe que tão bem nos recebeu, mas ele ainda tinha mais asas na manga. Como costume de alguns na Argentina, terminou a degustação com um branco seco que acompanharia a sobremesa, pouco doce, e daria uma refrescada na boca após dois vinhos tão intensos. Acho interessante esse conceito que vale usar em degustações.

Via Revolucionaria Semillon Hulk – não pela força, mas pelo verde! Sim, aqui a acidez é bem acentuada, vido de um vinhedo com pouco mais de 40 anos, sem passagem por madeira e com uma produção ínfima, não passa de 500 garrafas. Com apenas 11% de teor alcoólico, colhido cedo, preservou a fruta em sua essência. Nuances florais, cítrico, fresco e muito bem balanceado, só lamento que tão tarde e no final de uma incrível refeição e grandes vinhos tintos, muita emoção à flor da pele, não tivemos tempo de apreciá-lo com o devido cuidado. Na próxima passagem por lá vou querer comprar algumas par melhor curtir o vinho.

Matias Clipboard jantar

Bem, primeiro dia finalizado e de cara mostrando toda a diversidade de uma região produtora. Sem nenhum Malbec, viriam às taças em outros dias, mas descobrindo novos sabores pelas mãos de alguém muito especial e de uma família, tanto quanto ele, sonhadora e sem medo de ousar, nos presenteando generosamente com os frutos dessa picardia, da liberdade bem manejada e com conhecimento. Verdadeiros vinhos de autor, vinhos com alma que me fazem finalizar este texto de hoje, citando Gerado Michelini no livro do Matías (Los Otros):

Los padres son la tierra, el suelo, la raiz.
Los hermanos las ramas, los cargadores, la fuerza.
Nuestras mujeres, grandes compañeras, la brisa fresca de la mañana.
Nuestros hijos, la flor, la fruta dulce, el racimo que crece
El vino es el encuentro

Por hoje chega, já fiquei com uma saudade danada deste momento! Um ótimo fim de semana e kanimambo pela visita.

Fotos minhas e do amigo e companheiro de viagem, Godinho. Para ampliar clique nelas.

Mendoza, Quanto Mais lá Vou Mais me Enamoro!

Mais uma viagem realizada, sensação de dever cumprido e mais um monte de conhecimento acumulado. Nesta vinosfera estamos sempre descobrindo coisas novas, basta estar aberto para tal e eu venho, desde 2012, descobrindo novos sabores e uma Argentina vinícola que eu desconhecia. Recentemente um amigo do face comentou de que Mendoza não faz vinhos com alma, que são só vinhos de super extração, chipados, etc. sem personalidade e que só em outras regiões do país se poderiam encontrar coisas diferentes. Tudo aquilo que eu achava antes de iniciar minhas viagens por lá (foram mais de 2500 kms já percorridos pelas mais diversas regiões, Patagônia, Salta, Mendoza, La Rioja e San Juan), porém existe de tudo em tudo o que é lugar e vale para aqui também!

Como gosto de diversidade, sempre trabalhei isso em meus escritos tanto em jornais, revistas quanto aqui no blog, minha mente está sempre aberta para novidades e, consequentemente, acabo descobrindo muita coisa boa (vinhos e pratos) e encontrando pessoas especiais com projetos especiais por muitas vezes inusitados. Parte disso estará na degustação que montei e postei ontem, mas a imensidão do mar a ser desbravado, coisas de Luso (rs), requer colocar de lado preconceitos e estereótipos desenvolvidos ao longo do tempo. Eu tento fazer isso sempre, mesmo me pegando na contra mão vez em quando, é fácil não, vai contra a nossa natureza. tem que deixar rolar! rs

Mendoza é uma babilônia do vinho, tem gente de tudo o que é lugar do mundo e muita gente nova conectada com uma visão diferente do mundo. Isso, obviamente, gera uma enorme diversidade de conceitos aplicados nos vinhedos e nos vinhos! Existem os tradicionalistas e aqueles que fizeram a história vitivínicola do país, existem os produtores comerciantes que visam mercado, existem os puristas, os jovens idealistas, os inovadores, etc., tudo isso num festival de terroirs digno dos grandes países produtores do velho mundo. A cada vez que lá vou, podia passar uma semana por lá todos meses e mesmo assim seguir descobrindo e aprendendo coisas novas, venho com algo a mais na bagagem para compartilhar com os amigos então aqui vão algumas das “descobertas” desta curta viagem de 5 dias em que nos envolvemos com grandes vinhos, pratos de grande esmero e sabor e, mais importante aí, pessoas que fazem com que esses momentos sejam especiais e Inêsquecíveis dando alma aos vinhos e aos momentos vividos.

Região – os vinhos do Vale do Uco, com uma enormidade de grandes produtores ativos na região que é hoje a grande meca da vitivinicultura argentina e mendocina, uma diversidade de terroirs muito grande. Gente como Achaval Ferrer, Andeluna, Cobos (Bramare), Catena, Clos de los Siete, Cuvelier de los Andes, Diamandes, Doña Paula, Finca Sophenia, François Lurton, Lindaflor, Manos Negras, Masi Tupungato, Mendel, Monteviejo, O Fournier, Passionate Wines, Piattelli, Riglos, Rutini, Salentein, Trapiche, Val de Flores, Zorzal e Zuccardi ou estão por aqui ou possuem vinhedos neste pedacinho de céu. O Catena Adrianna Single Vineyard Malbec, um vinho sedutor que me encanta, vem de Gualtallary (pé dos Andes), sub região de grandes vinhos e a mais alta da região com vinhedos a 1500m de altitude, assim como diversos vinhos do Matías Michelini e irmãos. Normalmente vinhos mais frescos, minerais e vibrantes, ojo! Dá para passar uns quatro dias por aqui numa boa e até hotéis e bons locais para comer há disponíveis, mas a tentação de Mendoza é maior, mesmo que a uma hora e trinta de distância! Olho nos vinhos de Tupungato, Gualtallary, Altamira e Vista Flores.

Mendoza Vale do Uco

Sempre algumas surpresas na taça, não tem por onde! Nem sempre por vinhos exuberantes e top de gama, mas por mostrarem sensações inesperadas em vinhos que pouco deles se esperavam, mas não há que escapar dos grandes vinhos! Aos poucos vou escrevendo sobre esse tour por terras mendocinas e visitas às diversas bodegas que escolhi para este tour, porém eis aqui um tiragosto.

Casarena Ramanegra Extra-Brut , argentinos adoram extra-brut,é um espumante de boa intensidade aromática, fino e fresco, sedutor tanto no olfato como no palato. Boa perlage e persistência, elaborado pelo método charmat com um corte que nunca tinha visto; Chardonnay, Viognier e Sauvignon blanc, tava bom demais e pelo preço, acho que a Magnum devria estudar a importação. Ao preço certo, eu certamente compraria. Trouxe duas garrafas, uma para a degustação Vinhos da Mala e a outra já tomei!

Casarena 505 Rosé de Malbec com Cabernet Franc – Vinho de gama de entrada da vinícola, muito bem feito, sem nada de docinho, para quem não é chegado eu diria, um rosé que é vinho! Muito frescor, bom corpo, rico meio de boca, uma ótima companhia para chouriço português (provei), queijos, frios, comida thai, peru, eu gostei bastante!

Calcáreo Bonarda do projeto SuperUco de Michelini Bros, de produção limitada, encorpado, complexo, um vinho que surpreendeu a todos e é para ficar de olho. Não tem por aqui não, mas na Argentina é uma bela pedida. Biodinâmico, elaborado em ânforas de 5.000 litros projetadas pelo próprio Matias e uma produção que não ultrapassa as 6000 garrafas, me arrependi de não trazer uma, mas acho que chegará a para a degustação de Vinhos da Mala.

Montesco Água de Roca – um Sauvignon Blanc de lamber os beiços e pedir bis. Incrível mineralidade e sutileza num vinho fino e marcante.

Alma Negra Viognier – por aqui não tem e tomamos no delicioso restaurante La Rosa Nautica em Puerto Madero (não perca), tremendo vinho! Achava que a Mistral trazia e, para minha tristeza, não! Sniff

Angelica Chardonnay – abalou corações na Catena, inclusive de quem não é chegado em brancos, e olha que provamos grandes vinhos, do Nicolás (Ícone do produtor) a este vinho num total de oito provas!

Gastronomia de alto nível. Dos mais simples, preparado com grande esmero, aos mais complexos ou didáticos pratos da terra, foram experiências gastronômicas incríveis para todos. Como diz o amigo Pablo del Rio do Siete Cocinas, para mostrar que a cozinha argentina não é só de empanadas e assados, mesmo que sejam ótimos! Para ver um pouco mais destas incríveis experiências gastronômicas sempre regadas a grandes vinhos, sugiro que você navegue pelas posts do amigo Ricardo Gaffrée (Amigo Gourmet) que nos acompanhou e registrou esses momentos melhor que ninguém porque esse entende! Só para aguçar sua curiosidade, copiei dele algumas fotos (clique para aumentar), o resto você vê lá.

Gastro Clipboard

Tem mais, mas não vou antecipar meus posts né?! Cada bodega tem seus destaques, aqueles que se sobressaíram entre outros grandes vinhos tomados, mas isso vou falando e compartilhando com calma. Kanimambo pela visita e em breve novos capítulos de mais essa viagem de descobertas pela linda Mendoza, seus vinhos, sua comida e sua gente! Cheers.

Feriado de Tiradentes em Mendoza Comigo, Topas? Join Me in Mendoza!

Amigos, mais um belo roteiro para Mendoza e das 14 vagas, já só restam 10 e só agora estou lançando mais este tour para amantes da boa enogastronomia! Negociei cada vinho que será tomado nessa viagem única por 9 diferentes e conceituadas bodegas mendocinas, todos caldos que já provei e assino em baixo. Veja abaixo um resumo do que a W.F.T.E (Wine & Food Travel Experience) está oferecendo neste roteiro que terá meu acompanhamento e gerenciamento operacional da Clube Turismo de Cotia capitaneada por meu amigo e confrade Rodrigo Loureiro.

  • Viagem de 5 dias e 4 noites – saindo Sábado (18) e voltando Quarta-feira (22) final do dia, chegando Quinta de madrugada dando tempo para ainda ir trabalhar!
  • Visita a 9 vinícolas de primeiro escalão com degustação de pelo menos uns 50 vinhos diferenciados. Passionate Wines / Decero / O. Fournier / Casarena / Achaval Ferrer / Catena / Dominio del Plata / El Enemigo e Finca Perdriel-Norton.
  • Serão 4 almoços harmonizados e mais 2 jantares em bodega com assados
  • Hotel 4 estrelas (NH Cordillera) com café da manhã próximo a tudo no centro de Mendoza
  • Passagem aérea, taxas, seguro saúde e transporte local em Mendoza inclusos.

Para ver o programa de viagem completo clique no link acima da W.F.T.E ou aqui, onde também consta o preço que inclui tudo o acima listado. Qualquer duvida, me envie um comentário que terei o maior prazer em solucionar quaisquer duvidas eventuais que possam vir a ter. Quem estiver em outro país, pode se unir a nós em Sampa, fale comigo.

Cheers, kanimambo e vem comigo vai?! Por enquanto desfrutem da imagem (cliquem para ampliar) abaixo com um flash dos lugares onde estaremos.

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Mendoza Para Loucos Por Vinho!

Uma viagem diferente com foco na diversidade, nos produtores clássicos, mas também nos produtores boutique usufruindo de momentos únicos com vinhos e produtores revolucionários!  Ainda tenho vagas para este incrível roteiro a Mendoza em Janeiro. Quem quer vir junto?! Que tal um presente de Natal para lá de especial e inêsquecível, um Vale Viagem a Mendoza! Traga seus amigos, sua confraria e venha conversar com alguns dos principais enólogos da atualidade e provar seus vinhos. Acompanharei o grupo desde o embarque em Sampa até a volta, vem comigo! Clique na imagem para ver detalhes do roteiro. Come join us in an amazing trip to Mendoza wine lands, it’s people, it´s food and it´s great wines!

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Vem Comigo a Mendoza, Vem!

Amigos, igual a esse roteiro não tem igual, me desculpem a modéstia, e só indo comigo para poder usufruir desses vinhos e pessoas que irão, excepcionalmente, nos receber em suas casas. Dizer que alguém conhece Mendoza é no mínimo presunção, pois ter estado lá uma vez e visitado as bodegas turísticas, por melhor que sejam, não é conhecer este fantástico Oásis. São mais de 900 vinícolas e mesmo com meia dúzia de viagens mal se toca a superfície e pouco se conhece da enorme diversidade de vinhos, uvas e estilos que hoje se produzem ali.

Há viagens para tudo que é canto e com tudo o que é preço para tudo o que é gosto. Esta é para quem é realmente apaixonado por nossa vinosfera, pela diversidade e pela novidade buscando novas sensações com a possibilidade de conversar, provar e trocar ideias com alguns dos produtores mais interessantes de mundo do vinho mendocino. Ainda temos vagas, mas não deixe para a última hora esperando o Dólar baixar, mesmo que estivesse a R$3,00 ainda seria uma ótima, basta comparar!

Fora dos pacotes turísticos convencionais, fui fundo na negociação de cada rótulo que será provado e de nossos almoços harmonizados para que novas experiências e sensações sejam vividas e, preferencialmente, se tornem persistentes na memória. Creio que, pelo menos no papel e salvo eventual contratempo especialmente de alguns de nossos principais anfitriões, conseguimos isso e cabe a você conferir. A viagem será curta porém intensa e limitada a 14 participantes mais eu que acompanharei o grupo em todo o roteiro, vejam a síntese de como ficou e caso haja interesse estou à disposição para lhes enviar o roteiro detalhado ou você pode acessar o link para a Wine & Food Travel Experience.

Dia 21 de Janeiro/15 ás 11:40 saída de São Paulo Guarulhos (liguem para o Rodrigo da Clube Turismo em Cotia – (11) 9.9913-5462 ou (11) 4614.7153 – se estiverem em outras cidades do Brasil ou de Portugal para providenciar conexão) via Buenos Aires com destino a Mendoza onde chegaremos às 16:30. Direto para o hotel Diplomatic, 5 estrelas e um dos melhores de Mendoza!

  • Ás 18:30 saída para a Wine O’Clock onde participaremos de uma degustação temática sobre a Malbec em Mendoza e a influência dos diversos terroirs. Evento personalizado desenvolvido para este grupo.

Dia 22 às 09:45 saída para nosso primeiro, de três, compromisso do dia.

  • Achával-Ferrer / Belasco de Baquedano com almoço harmonizado e sala de aromas / Passionate Wines com Juan e Matias Michelini jovens revolucionários da nova enologia argentina. Jantar vendo o pôr do sol sobre os Andes

Dia 23 ás 9:45 todos prontos para mais um dia de intensas experiências

  • Catena Zapata / El Enemigo com a apresentação e almoço com Alejandro Vigil um dos principais nomes da atualidade na enologia argentina / Vina Alicia degustação e bata papo com Rodrigo Arizu sobre suas experiências nesta bodega boutique.

Dia 24 será um dia algo mais leve e mais lúdico porém não menos marcantes onde abundaram grandes vinhos na taça.

  • Benegas-Lynch e Casarena com almoço harmonizado, elaboração de um blend e degustação de vinhos top. Retorno no meio da tarde com passagem pelo Mercado Municipal e um pouco de garimpo gastronômico ou quem quiser, uma passada no shopping.

Dia 25 – Dia de retornarmos para casa porém sem antes participarmos de uma das mais saborosas experiências sensoriais em Mendoza.

  • Visita e almoço harmonizado na Dominio del Plata e o restaurante Osadia de Crear, um Grand Finale que, quem já participou, pode confirmar.

Mais detalhes, valores e outras informações adicionais acesse o blog da Wine and Food Travel Experience clicando aqui.

Salute, kanimamo e espero você em Guarulhos?

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