A busca por vinhos de boa relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer) não cessa nunca e desta feita a origem é o Chile e uma só marca que já comentei aqui em outra ocasião com vinhos de valor algo mais alto, pero no tanto! Chegaram a fazer parte, como estes dois, da confraria Frutos do Garimpo numa parceria com o importador, a Lusitano Imports que acertou em cheio na escolha do produtor. São os vinhos Nancul, desta feita da linha Elegant com preço no mercado entre os R$45 a 50,00 e, na minha opinião, duas gratas surpresas que valem muito o preço. Aliás, do ponto de vista de percepção de valor, a resposta tem sido sempre bem acima do valor pago e recomendo. Vamos lá, vamos falar dessas duas pepitas que caíram na minha peneira! rs
NANCUL Elegant Merlot – aquele vinho que não tem erro, agrada a gregos e troianos sendo super versátil no quesito harmonização. Eu tracei com pizza, num final de tarde fria de Sábado, mas podia ser um hamburguer ou nada, só um encontro harmonizando amigos e um bom bate papo. O Elegant no nome creio que foi uma escolha acertada do produtor que buscou e conseguiu exatamente isso. Um vinho de corpo médio, taninos macios, meio de boca rico e saboroso, fruta madura sem cair naquela geleia enjoativa, acidez equilibrada, média persistência que deixa na boca uma sensação de prazer (valor) maior ao preço pago o que hoje em dia é cada vez mais raro!
NANCUL Elegant Carmenére – O que mais me atraiu nele foi o fato de ele não apresentar aquelas nuances verdes agressivas que costumam ser bem presentes nos vinhos desta cepa nesta faixa de preços. Muito pelo contrário, o vinho se mostrou muito equilibrado, de corpo médio e aromas frutados com um leve toque de especiarias no final de boca, taninos aveludados, gostoso de tomar! Mostra cuidado em sua vinificação, colheita no tempo certo de madurez, um Carmenére para quebrar preconceitos e mostrar que seguir provando é essencial. Deu-se bem com bifes de chorizo na brasa e pelo preço, em minha opinião, uma tremenda barbada para um vinho desta qualidade
Dois bons vinhos, muito agradáveis de tomar que satisfazem sem deixar rombos no bolso. Acerto do Fernando da Lusitano Import em ter garimpado estes vinhos e ter adotado uma política de precificação adequada que deixa, em nós consumidores, um sorriso a mais no rosto fora o prazer. Linha que vale ser explorada sem temor, tudo o que provei até agora tem me agradado bastante e espero que possa também ter essa experiência e depois comente algo por aqui, sempre bom ter esse feedback dos leitores.
Estes vinhos fizeram parte dos Frutos do Garimpo de Agosto. Saúde e kanimambo pela visita.
Para os Frutos do Garimpo do mês passado a escolha foi por vinhos mais acessíveis, dois do velho mundo e dois do novo mundo, especificamente chilenos. Do velho mundo em parceria com a importadora Almeria, escolhi um vinho que é sempre uma grata surpresa na taça pois entrega muto mais do que se paga por ele, é a tal de percepção de valor!
Pois bem, minha escolha para compor a seleção do mês foi um tempranillo, uva de diversos nomes na península ibérica, da região de La Mancha onde é mais conhecida como Cencibel! Não é das regiões produtoras espanholas de maior destaque, apesar de ser a maior, porém é de lá que vêm alguns dos melhores custos benefícios do mercado nos dias de hoje. Muitos vinhos nesta faixa tendem a ser algo esqueléticos, ligeiros e sem qualquer estrutura, porém o Campos Reales é uma prova viva de que se pode tomar bons vinhos sem arrombar o bolso no processo assim como comprova que os vinhos ibéricos compõem hoje algumas das melhores relações PQP (Preço x Qualidade x Prazer) no mercado brasileiro. Nove meses de passagem por madeira (americana e francesa de segundo e terceiro usos), taninos sedosos, boa estrutura, corpo médio, fruta fresca abundante (cereja bem presente), acidez presente e bem balanceada um ótimo gama de entrada para esta uva, um vinho que diz a que veio! Para acompanhar carnes grelhadas, queijo manchego, chorizo (lingüiça) fatiado, tapas & pinchos, risoto de funghi, até uma morcilla!
Ah, querem ter uma idéia de preço, então aqui vai, no mercado de Sampa se encontra entre R$65 a 70,00 e vale cada centavo em minha opinião, mas talvez os confrades que adquiriram o kit do mês possam reiterar, ou não, minha opinião. Depois falo dos outros três rótulos que compuseram o kit, por hoje fico por aqui. Kanimambo, saúde e seguimos nos encontrando por aqui ou em qualquer outro canto de nossa vinosfera, fui!
Já faz um tempinho que não comento vinhos chilenos, porém pretendo mudar isso a partir de hoje compartilhando com vocês alguns rótulos chegando ao Brasil agora e outros há tempos aqui porém pouco conhecidos. Hoje começo falando do Nancul, uma linha de vinhos produzida pela Hugo Casanova e importada pela Lusitano Import com exclusividade para o Brasil.
Nancul Family Reserve 2012, um jovem ainda em plena adolescência! Na minha percepção de valor é um vinho para algo ao redor de uns R$150 a 160,00 e só por isso já me dá muita satisfação apresentá-lo aqui pois seu preço médio é de R$115 a 125 ou seja, ficamos com a sensação de que nos demos bem! rs
Um blend de Cabernet Sauvignon com Syrah, Ainda novo, mostra bastante estrutura com taninos firmes, robustos mas finos, bom volume e textura de boca, sem goiabas nem pimentão (apesar de chileno – rs), fruta abundante, complexo e denso na boca, aromas de frutos do bosque negros (mirtilos e coisas do tipo) com um toque de especiarias, a meu ver um vinho que poderia até passar por uns 30 minutos de aeração ou até guardar por mais uns dois anos, mas acho isso tarefa das mais difíceis! rs Dez meses em tanques de inox, depois passa for 15 meses de barrica e descansa 10 meses em garrafa para afinamento e nosso deleite, senhor vinho!
Nancul Collection Reserva Malbec 2015 – Gama média desta linha e arriscaria dizer que a percepção de valor deste vinho andaria ao redor de 70 a 75,00 a garrafa, porém para nosso deleite o preço final ao consumidor está em torno de 60 pratas, mais uma ótima compra.
A Malbec, de um terroir menos conhecido mas que gera varietais muito interessantes só que em estilo diferente do que estamos acostumados da Argentina. Pessoalmente achei muito legal este Malbec chileno num estilo menos potente e mais elegante de taninos finos e fruta abundante porém sem aquela fruta super madura muitas vezes encontrada nos vinhos argentinos de baixo preço. Um vinho que surpreende, até em função do preço, muito agradável de tomar, de corpo médio e sedoso final de boca, para tomar sem parcimônia e muito versátil de harmonização, do hamburguer, passando pela pizza até um bacalhau ao forno! Para tomar muitas sem cansar, o que nem sempre se consegue com os vinhos argentinos similares, com os amigos num bate papo informal, um vinho que fez minha cabeça nesta gama de preços.
Este primeiros dois vinhos fizeram parte dos Frutos do Garimpo de Junho, mas já tive oportunidade de conhecer o Cabernet Sauvignon da linha básica deles, a Classic, que está numa faixa de preços entre R$40,00 a 45,00. Mostrou boa densidade de boca, aromas convidativos típicos da cepa, taninos aveludados, médio corpo, apresentando características de um vinho de valor mais alto. Dei a degustar a mais dois amigos que fizeram uma avaliação muito positiva pois o acharam um vinho de uma faixa entre R$60 a 70,00. Nessa faixa encontrar qualidade está cada vez mais difícil, então fiquei bastante feliz ao me deparar com este rótulo.
Ainda tenho mais dois vinhos a provar, o Merlot e o Carmenére da linha Elegant, vinhos que ficarão colocados num segmento entre o Classic e o Reserva. Deles falarei em outro post semana que vem, mas o que começa a se firmar como marca característica desta família de vinhos é de que estamos diante de rótulos muito competitivos em todas as faixas de preço entregando bem mais do que pagamos por eles, verdadeiros achados que fazem a alegria de nós consumidores. A precificação, ainda mais nos dias de hoje, é essencial e acho que a Lusitano Import (importador da marca Nancul) acertou a mão, pelo menos do ponto de vista do consumidor, trazendo-nos vinhos com excelente relação Qualidade x Preço x Prazer!
Por hoje é só, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí numa das muitas esquinas de nossa vinosfera. Fui, saúde e boa semana a todos.
Porém algo diferente, mostrando a versatilidade da uva que produz os mais diversos estilos de vinho. Para ilustrar isso e contando com a parceria da Wine Lovers e da Galeria de Vinhos assim como da Barrica Negra que lamentavelmente encerrou as atividades como importadora, trouxe aos confrades e confreiras cadastrados um espumante, um vinho tradicional tinto e um late harvest. Vejam abaixo o que rolou:
Vicentin Rosado de Malbec Brut, da Galeria de Vinhos, elaborado pelo método clássico, 12 meses de autólise, com um mix de uvas de cinco vinhedos diferentes em Lujan de Cuyo (Mendoza). Linda cor salmonada, fresco, ótima perlage, cítrico, bom volume de boca, acidez equilibrada que combinou ás mil maravilhas primeiramente com o bate papo entre os amigos e posteriormente com uma deliciosa Burrata sob uma cama de tartar de salmão. Um espumante que surpreende por sua textura e de que gosto muito e olha que provo de montão! rs Preço sugerido pela importadora, R$148,00
Penedo Borges Reserva Malbec é isso, um vinho de boa pegada, porém refinado. Elaborado com um toque de Cabernet Sauvignon e Syrah que lhe dá um tempero especial, o vinho passa por envelhecimento em barricas francesas (70%) do vinho e americana por 8 meses e posteriormente afina em garrafa por mais uns seis meses antes de sair ao mercado. Muita fruta negra (ameixa), ótima textura de boca com uma entrada marcante, boa estrutura de meio de boca terminando com toque de especiarias e notas tostadas com taninos finos bem presentes, mas sem ferir o palato. Extração no ponto, sem exageros, harmônico, um vinho que dá prazer tomar e certamente acompanhará um bom bife de chorizo com galhardia. O preço de mercado indicado pela importadora parceira (Wine Lovers) é de R$99,00
Vinserus Malbec de Otono, da Barrica Negra (com ativididades encerradas), um colheita tardia tinto que surpreende quem o prova em função da qualidade que ele entrega por um preço bem camarada. Os bons colheitas tardias tintos de Malbec existentes no mercado costumam andar na casa dos 100 reais e este a cerca de 60 já era um achado, pena que acabou! Desde o primeiro momento que o conheci há um bom par de anos atrás, me encantei, doçura no ponto, muito equilíbrio balanceado por uma acidez muito bem trabalhada. Notas frutadas típicas da malbec, porém compotada, toque levemente doce de açúcar mascavo e taninos aveludados, macios já muito bem integrados ao longo de seus dez anos de vida, pois este é de 2007.
Para acompanhar o Vinserus, excepcionalmente, um saquinho das famosas (aqui na Granja Viana) Ballas de Chocolate da Isabela Amaral, receita de família elaborada artesanalmente com muito esmero e absolutamente deliciosas, para você harmonizar. No entanto, sobremesas de chocolate a nível geral são uma ótima pedida e se tiverem um toque de frutas vermelhas então! Costumo dizer que esta Ballas vão muito bem acompanhadas de um bom vinho de sobremesa, Porto Ruby, Banyuls, Late Harvest de Malbec, etc., mas o gostoso delas é que também vão muito bem só! De qualquer forma, a Balla já escolhida, o acompanhamento fica por sua conta ou, neste caso, por minha! Clique no link para ver mais e fazer suas encomendas, rs.
Um bom fim de semana para todos, com ou sem Malbec (rs), porém sempre com boa companhia pois faz muita diferença! Saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou em qualquer esquina desta vasta vinosfera, fui!
Um duo Luso-Argentino de 2010; vigores diferentes, sabores diferentes, patamares de preço diferentes, mas similares no prazer que despertam.
Ruca Malen Petit Verdot Reserva 2010 – Venho ao longo dos tempos verificando os benefícios que um pouco desta cepa bordalesa nos cortes de diversos vinhos consegue fazer por eles. Sempre em pequenos porcentuais, a Petit Verdot aporta cor, sabor e corpo aos vinhos dando-lhes uma riqueza e complexidade que muito me satisfazem. É uma cepa difícil em sua terra natal, Bordeaux, de amadurecimento muito tardio o que muitas vezes faz com que boa parte da colheita se perca tornando seu uso escasso e caro devido à quebra de produtividade. Nos países mais quentes no entanto, esse tempo de amadurecimento se dá de forma mais administrada devido ás condições climáticas. Um exemplo no Velho Mundo são os vinhos espanhóis, região de verões mais quentes e longos, elaborados com ela. Já no Novo Mundo, de condições climáticas mais adequadas, a cepa vem sendo vinificada como varietal com a ocorrência de um fato que já verificamos na vinificação de vinhos Tannat, que é a “amansada” dos vinhos através de micro oxigenação e um período mais adequado de amadurecimento, produzindo rótulos mais harmônicos, menos tânicos enquanto preserva suas características de estrutura e riqueza de sabores.
No Desafio de Petit Verdot de 2010, a melhor relação Custo x Beneficio foi exatamente este vinho, na época o de safra 2007, que apresentou uma paleta olfativa com forte presença de frutas negras compotadas com um leve toque químico, mostrando-se bastante convidativa. Na boca possui a boa estrutura típica da casta, vigoroso, bom volume de boca, taninos finos ainda presentes, mas sem qualquer agressividade, frutado, equilibrado com uma acidez interessante e gastronômica, tabaco, final saboroso ainda que a madeira tenha aparecido um pouco, aerar por uma meia hora num decanter certamente fará aflorar todo seu potencial. Uvas de dois vinhedos, um de Agrelo e outro do Vale de Uco, com passagem de 12 meses por barrica francesa e americana, certamente um vinho para prazeres à mesa com uma boa carne.
Casa da Passarela Dão, a Descoberta 2010 tinto – A principio relutei, poderia um vinho de entrada de gama deste bom produtor ainda mostrar vigor após cinco anos de garrafa? Já o conhecia, mas como será que ele teria resistido ao tempo? Bem, bastou apenas um gole para que quaisquer dúvidas minhas se dissipassem ! Três uvas típicas da região; Alfrocheiro, Tinta Roriz, Jaen e Touriga Nacional perfazem o “quarteto fantástico” das uvas do Dão que aqui resultam num tinto bastante aromático com notas de fruta vermelha, terra seca, madeira e um toque floral. Na boca acidez correta e controlada, uma certa rusticidade nos taninos que não ferem porém ainda se mostram bastante presentes se abrindo na taça. Frutado com algumas notas vegetais suaves, especiarias e boa persistência. Mais um vinho que pede comida e nada tem de ligeiro, mostrando personalidade e bom corpo.
Faz tempo que digo que a maior parte dos vinhos portugueses, mesmo os de gama de entrada (quando o produtor é bom!) ganham muito com um tempinho de guarda e mesmo para os mais simples e corriqueiros, três anos é padrão. A estrutura das castas adicionadas à tradicional boa acidez é a razão por trás dessa característica. Quando o produtor tem qualidade e o terroir ajuda, esse tempo cresce um pouco mais e este vinho, na minha opinião, comprova isso.
Esses foram mais dois rótulos que estiveram presentes nos Frutos do Garimpo de 2016 e são vinhos que merecem ser conhecidos ainda dentro do conceito que tanto insisto, da diversidade! Diversidade de países, uvas, estilos, tem tanta coisa boa em nossa vinosfera, por quê se limitar à mesmice? Como já diz o ditado, quem não arrisca não petica, então vamos nos arriscar um pouco mais?
Saúde, kanimambo pela visita e seguimos nos enconrando por aqui ou pelos diversos caminhos de nossa vinosfera.
A seleção que consegui fazer para este inicio do Ano Novo, Janeiro, foi especialmente grata de montar porque adoro brancos e porque achados de ótimo preço são sempre um prazer encontrar quando no garimpo! O quente verão, apesar destas última semanas para lá de chuvosas, tem tudo a ver com eles assim como a gastronomia da época que pede alimentos mais leves. Minha opinião sobre estes vinhos segue abaixo.
Rotas do Alentejo Branco 2015 – Do Alto Alentejo sendo composto de Arinto (45%), Antão Vaz e Verdelho que resultam num vinho fresco, seco, com bom final de boca que pede bis. Leve para médio corpo, com rico meio de boca, boa acidez sem agressividade, muito bem equilibrado com um teor imperceptível de 13% de álcool, cítrico com toques de nectarina (ou algo similar). Boa intensidade olfativa em que a fruta fresca dita o tom, mesmo não sendo exuberante é muito convidativa e reflete bem o que está na taça. Na minha opinião um achado, possui densidade de boca sem o peso que costuma caracterizar os brancos de região quente alentejanos. Muito agradável e sedutor, já o tinha comentado aqui. Preço de mercado sugerido pela importadora GAL em Floripa, R$60,00.
VSE Chardonnay Reserva 2014 – um vinho de altitude, menos comum no Chile, de vinhedos a cerca de 900 metros no Vale de Aconcagua nas encostas dos Andes. Só 30% é fermentado em barricas sendo o restante em tanque de inox o que permite que a madeira no vinho seja muito sutil e elegante. Dias quentes e ensolarados, à noite desce uma brisa gelada dos Andes, resultando em boa variação térmica que gera as condições ideais para a maturação da uva e boa acidez. O que mais me seduziu neste vinho é seu equilíbrio, mostrando tudo o que esperamos de um bom chardonnay sem a forte presença de madeira que ofusca a fruta. Aqui os aromas frutais estão bem presentes, na boca mostra a cremosidade típica da uva, frutos tropicais, aquele toque de abacaxi muito bem balanceados pela boa acidez. Boa textura, um vinho que transmite, como a maioria dos vinhos desta seleção, uma percepção de valor superior ao preço de mercado. Um bom Chardonnay com preço idem e na confraria melhor ainda! Preço de Mercado sugerido pela importadora Almeria, R$69,00.
Apaltagua Reserva Sauvignon Blanc 2015 – este e o Pinot Grigio abaixo, são dois achados do ano de 2015, a essência dos vinhos com relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer)! O vale de San Antonio a apenas 30 kms da costa e a sul de Casablanca, solo granítico, recebe toda influência da corrente de Humbolt que vem do oceano transformando a região como uma das melhores no Chile para a produção de brancos aromáticos (ótimos Sauvignon Blanc, Gewurztraminer e Rieasling) e Pinot Noir. Expressivo no nariz com notas cítricas, lima e sutis notas herbáceas nos convidam a levar a taça à boca onde o vinho confirma tudo o que anuncia na paleta olfativa. Os frutos cítricos despontam com um toque mineral de final de boca, muito balanceado, fresco, um vinho que agrada demais, pelo menos a mim e que acompanha muito bem frutos do mar, risoto de aspargos com brie ou só um bom bate-papo torradinhas e queijo de cabra! Preço de mercado sugerido pela importadora GAL em Floripa, R$60,00.
Apaltagua Reserva Pinot Grigio 2015 – mais que um achado, uma grande surpresa porque nunca tinha tomado um Pinot Grigio chileno e gostei muito. Intensa paleta olfativa com toques florais e frutado. Depois de fermentado em tanques de inox, passa cerca de 3 meses sur lie para intensificar aromas e ganhar um pouco mais de estrutura enquanto preserva seu caráter frutuoso onde apareceu de forma um pouco mais vibrante as notas de maçã verde. Bom frescor, balanceado, com o mesmo final algo mineral do Sauvignon Blanc, porém aqui senti algo de salinidade, interessante e gostaria de ver se você acha isso também. Algo mais dourado na cor, o meio de boca me seduziu, gostosa textura e volume, um belo vinho nessa faixa de preço e assim fecho esta seleção. Preço de mercado sugerido pela importadora GAL em Floripa, R$60,00.
A Frutos do Garimpo é uma confraria virtual com oportunidades e achados garimpados já com o preço de mercado bem convidativo e que,com a participação do produtor ou importador parceiro, traz aos confrades uma oportunidade de tomar esses vinhos com preços ainda mais convidativos, porém em quantidade limitada, deixando à livre escolha de cada um comprar ou não, sem qualquer obrigatoriedade! Trabalhando na seleção de Fevereiro, que está por sair da peneira, e em breve compartilho com os amigos daqui de Falando de Vinhos, já que os confrades, esses têm prioridade e já até os deverão ter tomado até lá! rs Aliás, os comentários dos confrades e confreiras por aqui são mais que bem-vindos.
Para quem perdeu ou quer mais dos vinhos provados, pesquise no mercado. Sei que na Vino & Sapore (Granja Viana/Cotia/SP) tem algo e no Armazem Conceição em Floripa também, mas certamente outros bons estabelecimentos do ramo os deverão comercializar, uma ideia de preços você já tem! Saúde, kanimambo pela visita e espero seguir vos vendo por aqui ou pelas esquinas de nossa vinosfera. Uma ótima semana para todos!
A Espanha foi o país protagonista da seleção de Dezembro que se esgotou como sempre e a Almeria a parceira de sempre, ela que importa todos esses rótulos porém não atende consumidor final e respeita seus canais de distribuição, coisa rara hoje em dia! Quis selecionar rótulos que de alguma forma poderiam caber nas festas natalinas e de inicio de ano, de potencial harmonização com os pratos mais comumente servidos na época. Quem pode dizer se a escolha foi certa são os confrades que levaram os poucos kits disponíbilizados.
Eis os vinhos selecionados, sendo que desta vez optei por uma garrafa de cada vinho. Vinhos garimpados, provados por mim e que reunem as condições básicas para serem apontados como uma bela relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer), e que na confraria se tornam verdadeiros achados. vamos aos vinhos, uma viagem pelas regiões de Espanha, sem tempranillo, sem Rioja e sem Ribera del Duero, porque ampliar horizontes também é preciso!
Visigodo 2015 – a uva Verdejo é a alma dos vinhos de Rueda, autóctone da região mesmo que também plantada em outras, gosto bastante de seu frescor, de seu perfil olfativo intenso em que aparecem notas florais bastante sedutoras. Este vinho tem bem essa tipicidade com muita fruta tropical presente, tanto no nariz como na boca onde ele confirma as primeiras impressões, leve toque herbáceo, final fresco e de média persistência. A meu ver, um vinho vibrante que trará felicidade aos que curtem os Sauvignon Blanc da vida, o estilo é similar. Para ser tomado só, acompanhado de um bate papo entre amigos e até um belo risoto de aspargos e brie ou frutos do mar dos mais variados aproveitando o verão e as férias. Preço sugerido pela importadora, R$64,00.
Campos Reales Rosado 2014 – a uva é a Garnacha, muito comumente vinificada em rosé na Espanha, e a região é La Mancha. Notas de framboesa, acidez bem equilibrada que elimina eventuais sensações doces, uma mineralidade presente que me surpreendeu, boa textura com interessante volume de boca, mais corpo do que estamos acostumados quando falamos de vinhos rosés, e o escolhi em função de sua aptidão gastronômica. Mais do que aqueles rosés mais leves e ligeiros, este vi acompanhando o peru de Natal com frutas, talvez até o Tender em função de sua boa acidez e bom volume de boca, seco, final longo. Se quiser explorar, fica da hora com arroz de mariscos, paella, ….Preço sugerido pela importadora, R$62,00.
Punto Y Comma 2009 (RP 90)- mais uma vez a Garnacha só que desta vez vinificado em tinto e elaborado com vinhas velhas de mais de 40 anos com passagem de 4 meses em barricas francesas. De Calatayud, próximo a Saragoça, um vinho que apresenta um nariz inicialmente tímido, fruta escura, especiarias, notas balsâmicas, taninos bem macios, vinho redondo já plenamente integrado, uma ótima companhia ao Tender ou até o Bacalhau para os que curtem este prato nesta época do ano. Recentemente o coloquei com uma Paella Mista (carnes brancas e frutos do mar), tendo harmonizado muito bem, e penso que com uma massa no almoço também poderá se dar muito bem. Com sete anos nas costas, talvez esteja em seu apogeu e creio que uma garrafa será pouco! preço sugerido pela importadora, R$100,00.
Altos del Cuadrado Triple V 2010 – um delicioso e surpreendente blend de Monastrel (70%), Cabernet Sauvignon (20%) e Petit Verdot (10%) de vinhedos com mais de 50 anos da região de Jumilla e ainda com um par de anos de vida pela frente, vendendo saúde. O contra rótulo está com indicação de uvas errado, e a informação de dados do blend foram colhidas junto ao produtor. Revi recentemente e confesso, peguei uma caixa para mim! O tipo de vinho que me encanta; cativante entrada de boca, nariz complexo de boa intensidade e notas de frutos secos. Na boca mostra ótima textura e volume de boca, de médio corpo para encorpado, salumeria, taninos finos ainda bem presentes, frutado sem exageros, notas terrosas, alguma especiaria, acidez equilibrada, mineral, final longo um vinho que faz salivar e pedir mais.
Os doze meses de carvalho (francês e americano) se mostram presentes porém perfeitamente integrados e acho que pode ser uma belo companheiro para o pernil com farofa, ou só com bons amigos, família, curtindo cada gole. Um baita vinho que vale cada centavo e mais dos R$110,00 sugerido pela importadora!
Bem, esses foram os vinhos da Frutos do Garimpo em Dezembro, na sexta falo de um branco português, do Alentejo e com o quê o harmonizei, gostei muito e mais um achado, o primeiro de 2017! rs Fui, saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando pelos caminhos regidos por Baco.
Em Junho, numa parceria com a importadora Almeria de meu amigo Juan,tive o privilégio de compartilhar dois saborosos vinhos franceses, uma oportunidade e tanto para os amigos confrades e confreiras da Frutos do Garimpo. Uma mostra de que bons vinhos com preços idem estão presentes em todos os países, inclusive nos mais conceituados, só precisa garimpar e não se impor limites decorrente de preconceitos saindo fora de sua zona de conforto!
Hoje compartilho com os amigos leitores o que os confrades e confreiras provaram na taça, podem procurar por aí, os vinhos valem muito a pena! Os comentários dos confrades e confreiras que tiveram oportunidade de pegar o kit, se esgotaram rapidamente, serão super bem vindos.
Depois de um Setembro garimpando sem achar nada, ou preço ou qualidade não passaram no crivo, mais dois vinhos bastante interessantes pintaram na minha peneira. Um duo Luso-Italiano fruto de parceria com a Mr. T Vinhos e a Lusitano Imports sendo que o italiano veio da Lusitano! rs Um Alentejano de boa cepa e um vinho de Monferrato no Piemonte.
Agora, sempre com um mês de atraso, compartilharei com os amigos leitores, aquilo que alguns dos confrades e confreiras da Confraria Frutos do Garimpo tiveram oportunidade provar. Eis minha opinião sobre esses vinhos que disponibilizei no kit mês passado:
Bem, promessa feita, promessa cumprida, agora só Sexta, espero! rs Fui, como já dizia uma propaganda antiga, “O Mundo Gira e a Gente Roda” (rs) ou, ainda, de acordo com Ibrahim Sued, famoso colunista social do final dos anos 80, “Ádemã que eu vou em frente” . kanimambo, saúde e nos vemos por aí nas esquinas de nossa vinosfera, por aqui ou, porquê não, na Vino & Sapore onde meu leitor será recebido com uma taça de espumante cortesia em sua primeira visita!