Degustações

Castas Italianas em Santa Catarina

Deixa eu ver; Sangiovese, Teroldego, Grechetto, Ribolla Gialla, Montepulciano, Aglianico, Rebo, Refosco dal Peduncolo Rosso, Pignolo, Vermentino, Garganega, Verdello, Nero d’Avola, Rondinella, Pinot Nero, Malvasia e deve ainda ter mais. A cada viagem à região, cresce meu entusiasmo e desta vez quis focar nestas castas e compartilhar isto com os amigos com uma degustação seguida de jantar. A região, no entanto, não é só de castas italianas que vive produzindo ótimos Sauvignon Blanc e Chardonnays, bons Cabernet Sauvignon, ótimos blends e até Touriga Nacional e Tinta Roriz sendo, na minha modesta opinião, o futuro dos vinhos finos brasileiros junto com a Campanha Gaúcha. Na Páscoa/2020 virá mais um Tour por la, aguarde e já deixe seu registro para não ficar de fora!

Lamentavelmente, talvez não para mim (rs), esta degustação já nasce esgotada, mas se tiver interesse em estar presente numa próxima ou tiver uma confraria em que deseje que eu faça essa mesma apresentação me diga que entro em contato. De qualquer forma, eis o que vai rolar neste próximo dia 9 de Dezembro no Gola Solta, a duas quadras do Metrô Hospital São Paulo na Vila Clementino/SP.

Degustação de 6 vinhos (50ml cada), entre eles um espumante para iniciarmos os trabalhos, seguido de jantar acompanhado de mais um vinho harmonizando o prato escolhido.

Vinhos

Abreu Garcia Geo Brut 2015 – 100% uva Vermentino 1650 gfas produzidas

Villaggio Bassetti Roberto 2016 – 100% Sangiovese. 1860 gfas produzidas

San Michele Barone 2017 (outsider) – 100% Nebbiolo 2000 gfas produzidas

Leone de Venezia Refosco dal Pedunculo Rosso 2017 – 100% Refosco 1300 gfas produzidas

Villaggio Conti Pignolo 2017 – 100% Pignolo 1500 gfas produzidas

Villaggio Conti Real d’Altezza 2017 – Blend de Sangiovese, Montepulciano e Teroldego. 2700 gfas produzidas

Para acompanhar o jantar (taça de 100ml), Leone di Venezzia Montepulciano 2017 (2600 gfas produzidas) para quem escolher carne ou pasta e um branco à minha escolha (rs), porém também de castas italianas produzidas por lá,  para quem pedir o peixe.

Jantar:

Durante a degustação. Couvert (manteiga temperada, mussarela de búfala, patê, tomate cereja com manjericão, pão de calabresa da casa e pão de queijo)

Pratos, escolha de um destes.

Medalhões grelhados molho funghi e risoto parmesão ou Tortelli recheado de Alcachofra molho pomodoro ou Robalo gratinado com crosta de siri e risoto de arroz negro. Preço desta esbórnia enogastronômica que inclui águas e café, apenas R$220,00 pagos no ato da reserva e vagas limitadas a 12 amantes do vinho e da boa gastronomia. ESGOTADO

Kanimambo e logo, logo início a série de posts sobre o último tour realizado nos Vinhedos de Altitude de Santa Catarina, 1200 a 1400 metros de altitude.

Prem1um Wines na Prova de Vinhos & Queijos.

No primeiro post sobre os vinhos que estarão em Prova no evento Vinhos & Queijos na Vino & Sapore no próximo dia 31, das 16 ás 19:30h, falei dos vinhos da Berkmann Wine Cellars, hoje falo e compartilho com vocês os vinhos da Prem1um, tradicional importador mineiro recheado de bons e diversos rótulos.  A PREM1UM iniciou suas atividades em 1999 e se tornou referência em vinhos da Nova Zelândia, seu foco inicial. Hoje, seu portfólio oferece uma ampla gama de vinhos finos, selecionados meticulosamente de nove países desde vinhos ícones até vinhos para o dia a dia, em todas as faixas de preço. É minha parceira faz tempo e juntos selecionamos alguns vinhos que demonstram essa versatilidade.

Arenile Pecorino – Não, não é queijo, é vinho mesmo! Uma uva branca autóctone da região de Abruzzo e também presente em Marche, resulta em vinhos frescos, cítricos, minerais e muito aromáticos. Um achado e de bom preço.

Arenile Montepulciano d’Abruzzo – A uva Montepulciano, não confundir com a região que fica na Toscana, pode gerar vinhos raEis a seleção de vinhos do segundo expositor (Premium) feita para o evento Vinhos & Queijos no próximo dia 31, lembrando que os convites estão acabando” rslinhos, baratos e de pouco atrativo para os apreciadores de vinhos. Este é o oposto de tudo isso, possui bom preço , porém também entrega conteúdo. Frutos silvestres, taninos macios, corpo médio, ótima companhia para pastas.

De Lucca Tannat/Merlot – célebre corte uruguaio em que a Merlot serve para amansar a tânica Tannat deixando o vinho mais palatável. De Lucca por outro lado, é um amante dos vinhos com o mínimo de interferência possível. Aroma de frutas vermelhas silvestres, como framboesa e notas de ameixa seca, mentol e café torrado. No paladar, é elegante, saboroso e equilibrado.

La Consulta Malbec Reserva – Da região do Vale do Uco em Mendoza, Argentina, Aromas intensos, frutados com toques florais sutis, combinados com as notas provenientes da passagem por madeira (4 meses). Os taninos são amáveis e conferem ao vinho um final delicado e persistente

Domaine de Petit Cassagne – Presença francesa nesta Prova, um vinho da região sul do Rhône, um blend de 50% Syrah, 30% Grenache, 10% Carignan e 10% Mourvèdre com 90 pontos de Robert Parker. Aroma de frutas negras e cerejas ácidas. Na boca é redondo, leve, equilibrado, fresco e muito agradável. Os taninos são sedosos, revelando intensos sabores de frutas vermelhas maduras.

Castillo de Eneriz – uma das mais gratas surpresas deste inicio de ano. Corte de 60% Graciano com Garnacha, vem da região de Navarra na Espanha. Apresenta grande intensidade aromática, com predominância de frutas vermelhas e negras com notas minerais e de especiarias. No paladar, é equilibrado, aveludado, fresco e elegante de médio corpo.

No total, doze vinhos diversos em Prova para você ampliar sua litragem sem gastar muito, afinal são apenas R$50 por pessoa e ainda recebe de volta um voucher de 15 Reais para usar na compra de qualquer um dos vinhos em Prova que tenha gostado. Depois, ainda tem os queijos da Trem Bom de Minas, Os Pães da Raquel Santos, as geléias da Pé de Geleia e o Pesto do Zé Roberto, todos produtos artesanais produzidos com carinho e ingredientes de primeira.

Kanimambo pela visita e se tiver interesse não espere muito para garantir seu convite, as vagas são limitadas. Se não tiver a possibilidade de vir, será uma pena, circule entre os amigos! Saúde e até o próximo vinho

Prova de Vinhos

Ando relapso, sei, mas as prioridades neste momento são outras, sorry. Tenho um monte de experiências por compartilhar e em breve o farei, mas hoje quero falar deste evento que montei com vagas limitadas que pretende explorar novos sabores e espero que tenha a oportunidade de vos ver por aqui lembrando que a melhor escola de vinhos é a taça e uma garrafa! rs

No próximo dia 31, um Sábado, das 16 às 19:30 em parceria com as importadoras Berkmann Wine Cellars e a Prem1um, vamos dar à prova 12 vinhos que selecionei com carinho para apresentar aos amigos que estarão presentes. Eis a lista desses vinhos.

Berkmann Wine Cellars:

Mendraka Txacolina – Txacoli é o estilo, Bizkaico é região demarcada na área rural de Biscaia e as uvas Hondarrabi Zuri e Zerretua, simples assim! rs Na boca explode em sensações vibrantes e frescas, acidez lá em cima, limão, maçã verde. Um branco diferente que levanta o astral!

J. Bouchon Reserva Rosé de País – O primeiro vinho de País (uva regional também conhecida como Criolla Chica por aqui no Chile e Criolla Grande na Argentina) 100% de que realmente gosto. A uva País traz consigo uma certa rusticidade que aqui se completa com muito frescor num vinho seco e bem elaborado.

Casa Roja Tempranillo – da região de Navarra, uma tremenda surpresa nesta faixa de preço e quando olhamos o contra rótulo sacamos o porquê, o produtor; Bodegas Valdemar! Amplamente conhecida e respeitada em Rioja, ela mostra aqui o porquê de um bom produtor ser reconhecido como tal quando se prova seus vinhos de gama de entrada.

Terras do Pó Tinto – porque um vinho luso não pode faltar e este retorna depois de uma longa ausência. Blend de Castelão (majoritariamente) com Syrah e Touriga Nacional vem da região Setúbal. Concentrado, cerca de seis meses de barricas de carvalho bem integrada fazem aparecer notas de baunilha entremeadas com fruta madura, rico e complexo meio de boca com taninos bem presentes com final de boa persistência.

Visconti della Rocca Primitivo de Salento – menos valorizado que seus irmãos de Manduria, sub região vizinha, ambas na Puglia / Itália, é um vinho que costuma surpreender em função de sua relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer). Intenso e frutado, de boa textura e corpo médio, taninos aveludados.

J. Bouchon Block Series Cabernet Sauvignon – acho que a Cabernet Sauvignon é, junto com a Syrah, a melhor uva do Chile. Um vinho de boa tipicidade sem aquela marca que me incomoda (coisas do Tuga! rs) de pimentão e goiaba que faz a cabeça de alguns. As notas vegetais são suaves, a fruta se mostra mais presente, notas tostadas um vinho de 2015 com ainda muitos anos pela frente de evolução.

No próximo post os vinhos da Prem1um, mas não esqueçamos que afora os vinhos há Queijos Artesanais da Trem Bom de Minas, Pães da Raquel Santos,  Geléias da Pé de Geléia e Pesto de meu amigo Zé Pedreira em prova e venda.

Apenas R$50,00 o convite individual e você ainda recebe de volta um voucher que vale R$15 para uso na compra de qualquer dos vinhos em prova, válido para uso no dia. Vagas limitadas, então não dá mole não que pode esgotar! rs Não pode vir, ok, mas então repassa para os amigos vai, o tuga aqui agradece a atenção.

Local: Vino & Sapore, Rua José Felix de Oliveira 875, Centrinho da Granja Viana, Km. 24 da Rodovia Raposo Tavares sentido Cotia,

Horário: das 16 às 19:30

Dia: 31 de Agosto, 2019

Contato/Reservas: vinoesapore@gmail.com. , por aqui nos comentários ou nos telefones (11) 4612-1433 ou 9.9600-7071.

Kanimambo desde já e um bom fim de semana. Saúde

Cheers, Prosit, Santé, Salud

Destaques do Guia Descorchados na Taça!

A Vino & Sapore promove degustação com alguns dos Destaques Chilenos do Guia Descorchados 2018 e 2019 no próximo dia 1 de Agosto.

A partir das 20h na Vino & Sapore, Granja Viana, degustação para explorar alguns dos rótulos que foram destaque no Guia Descorchados, o principal guia de vinhos da América Latina. Selecionei vinhos que pudessem representar um pouco da diversidade chilena sem que pesassem demasiado no bolso. Veja a seleção que fiz:

1 – Melhor Blend Branco Descorchados 2019, Laberinto Vistalago Mezcla Blanca 2019, 94 pontos.

2 – Vinho Revelação Descorchados 2019, Las Veletas Cabernet Sauvignon – Cabernet Franc 95 Pontos safra 2016 e 93 pontos safra 2015 que é a safra disponível hoje no Brasil e portanto a que provaremos.

3 – Vinho Revelação Descorchados 2019, Odfjel Orzada Carmenére 2017, 94 pontos.

4 – Vinho Revelação Descorchados 2018 De Martino Single Vineyard La Cancha Cabernet Sauvignon 2015, 95 pontos

5 –  Melhor Vinho de Pirque (Alto Maipo) Descorchados 2019, Andes Plateau 700 blend 2016, 96 pontos.

6 – Melhor Carignan Descorchados 2018, De Martino Vigno 2015, 96 pontos.

As vagas são limitadas a 12 pessoas sendo que metade delas já se encontram reservadas, então se quiser participar dessa experiência melhor correr logo. O valor é de R$158,00 e cobre a degustação mais “acepipes” (pão, antepasto, embutido, azeite e queijo), água, café e o estacionamento é gratuito no local. Pagamento deverá ser efetivado no ato da reserva in loco ou via depósito/transferência bancária. A Vino & Sapore fica na rua José Felix de Oliveira 875, centrinho da Granja Viana com acesso pelo Km 24 da Rod. Raposo Tavares sentido Cotia, aguardo você.

Encontro Mistral Review Parte II

Estou de volta para falar um pouco mais e de forma suscinta sobre alguns dos destaques deste Encontro Mistral 2019. Começo sempre pelos brancos e por falta de tempo os tintos acabam passando para um segundo plano, mas algo consegui provar e a maioria, rs, Lusos!

A Quinta da Pellada de Álvaro de Castro dispensa apresentações para a maioria dos aficionados pelos vinhos portugueses especialmente os do Dão, região ainda pouco conhecida e de reputação duvidosa em função do monte de zurrapa que andou chegando por aqui mas que faz alguns anos começa a mudar e o consumidor precisa baixar a guarda e explorar a região. Eu tenho uma queda especial pelos vinhos da região onde tem muita gente produzindo vinhos de altíssimo nível entre eles este que é de tirar o chapéu para todo o seu portfolio. Aqui foram 4 os vinhos de destaque num portfolio todo muiiito bom. Um branco excepcional elaborado de vinhas velhas, dizem que devem existir algo como umas 40 diferentes castas num verdadeiro field blend, que é de cair o queixo dos amantes de bons vinhos em especial dos brancos, soberbo é o menor dos adjetivos a ser usado aqui! Primus (USD149,50) é o nome da fera, um tremendo de um vinho com grande potencial de guarda, mas que já se mostra estupendo. Aromas frutados com toques cítricos nuance de pera, algum floral, dá para fungar um tempão aqui, mas a prova numa situação destas não propicia isso. Na boca é cremoso, rico meio de boca para deixar deslizar com calma e curtir cada segundo, mineral, acidez marcante sem agressividade, macio e muito longo, vinho para dar muito prazer de tomar e foi uma novidade para mim.

Três tintos divinos que foram uma revisita e estão certamente sempre entre os melhores do Dão sendo que um é um projeto que envolve o Douro também. Pape (USD127,90), Carrocel (USD225,00) e o DODA (USD135 o 2012) que é um projeto conjunto com o Dirk Niepoort e junta vinhas velhas do Douro e do Dão, vinho que consegue harmonizar a potência do Douro com a elegância e frescor dos vinhos do Dão, demais! Neste dia o que mais me agradou entre os três, mas certamente três grandes vinhos que todo o aficionado por vinhos portugueses deve conhecer e colocar em seu wish list. Se não der para pagar por aqui, compre na sua próxima viagem a Portugal, as não deixe de mergulhar nestes vinhos clássicos do Dão. Buscando um DODA 2011 para meu niver de 65 anos em Janeiro, presente antecipado será mais que bem vindo! rs

Quinta da Lagoalva – meu porto seguro no Tejo e o Diogo sempre nos trás uma surpresa, desta vez um vinho com Tannat e um surpreendente Sauvignon Blanc fermentado em Barrica. Não fotografei tudo, bobeei (!), mas quero ressaltar dois outros vinhos.Lagoalva Branco (USD18,90) – o vinho do Tejo mais parecido com um vinho verde que conheço. Muito fresco e frutado é um tremendo de um achado nessa faixa de preço, para tomar muitas. O Lagoalva de Cima Alfrocheiro Grande Escolha (USD55,50) é para mim um dos melhores se não o melhor Alfrocheiro vinificado como varietal que eu já tomei e este 2011 está soberbo. Complexo, denso, aromático com muita estrutura e corpo, mas de taninos aveludados e de muito boa persistência, literalmente bato ponto no estande sempre que lá vou só para revê-lo e aí me surpreendo com as outras coisas que ele traz. Outro vinho que é uma baita relação PQP (preço x Qualidade x Prazer) é Quinta da Lagoalva Castelão/Touriga Nacional (USD27,50) sempre um porto seguro. Agora vamos às surpresas:

Dona Isabel Juliana 2012 (USD135,00) – Uau, vinhaço! Ainda fechado, precisando de tempo para mostrar todo seu potencial, mas já marcante um vinho de grande personalidade proveniente de um blend de Alfrocheiro, Alicante Bouchet, Tannat e Syrah, nascido para durar! rs Fermentado em barricas francesas novas e de segundo uso onde estagia por 14 meses, estas castas potentes se uniram para compor um conjunto de muita qualidade e equilíbrio, carnudo, ótimo volume de boca, notas tostadas, frutos negros, taninos aveludados, final interminável, vinho com grande potencial de guarda para voltar a provar daqui a uns três ou quatro anos.

Lagoalva Barrel Selection Branco 2014 (USD69,90) a grande surpresa para mim, um Sauvignon Blanc fermentado em barricas francesas de primeiro uso onde estagia por quatro imperceptíveis meses. Cinco anos de idade e vendendo frescor para quem quiser comprar, grama, frutos tropicais, notas vegetais sutis, prazeroso para enganar muitos “especialistas” se colocado às cegas em degustações da casta. Portugal e seus incríveis terroirs e enólogos talentosos sempre nos trazendo uma surpresa a mais quando achamos que nada mais vai sair daquela cartola. Adorei o vinho, porém não sei quanto a guarda, mais um ou dois anos certamente, mas eu tomava é já!!

Bem, parece que afinal não fui tão sucinto assim (rs), mas vai faltar mais uma parte, sim mais lusos, mas não só! rs Kanimambo pela visita, saúde

Encontro Mistral Review Part I

Já faz algumas semanas e mal e mal publiquei umas fotos (no Face) de alguns dos vinhos que para mim foram destaque e alguns nem fotografei, gente demais e nem sempre fácil sequer tirar uma foto. De qualquer forma, hoje, finalmente, consegui um tempo para falar um pouco dessa experiência imperdível que é participar deste evento. Visitei alguns produtores já previamente selecionados e me esbaldei nos brancos, para variar, mesmo com alguns grandes tintos na parada.

Vallontano do amigo poeta e “fazedor” de vinhos Luis Henrique Zanini – primeiramente uma prova para matar as saudades de seu divino espumante L.H. Zanini Extra-Brut 2015 (R$100,00), sobre o qual já falei aqui, excelente como sempre e uma compra segura sempre, complexo, fresco, delicia! Do Espumante, só safras especiais e um produção ao redor de 4 mil garrafas, lançado em 2008, 10, 11,12, 13, 15 e 16. Lançamento novo, seu L.H. Zanini Tinto 2013 (R$128), blend de Ancellota, Tannat, Teroldego, Alicante Bouschet e Tempranillo. Pelas uvas já dá para ver que estamos diante de um vinho poderoso, de grande estrutura que requer algum tempo de aeração. Elaborado com uvas parcialmente passificadas no melhor estilo do Veneto, apresenta-se com um ótima intensidade aromática, muito rico, equilibrado, denso de ótima textura, um vinho de respeito que precisa ser apreciado com calma e esta prova só me fez querer tomar mais porque lá não dava. Um vinho de classificação pessoal “I” de Incuspível! rs Certamente um vinho que em breve encontrará seu caminho para minha Adega e na foto o mestre com sua obra.

Joseph Drouhin Borgonha na veia – bons Chablis, mas o Chassagne-Montrachet Marquis de Laguiche 2013 (USD269), um Premier Cru, estava um espetáculo mostrando porquê esses vinhos serem um marco no mundo dos Chardonnays. Um privilégio que deu vontade de pegar uma cadeira e sentar do lado, cuspir esse jamais, mais um classificação “I” coisa que é quase praxe neste evento, mas deste vou ficar na vontade mesmo, tenho cacife não! rs Quem tiver bala na agulha pode mergulhar de cabeça sem medo de ser feliz, tremendo vinho.

Conde de Valdemar Viura Barricado (USD45)- namorava fazia tempo e tive que rever, bom volume de boca, fresco, complexo e longo, um vinho que surpreende e seduz. Muito boa acidez, nariz exuberante, longo final com um toque abaunilhado tipico da fermentação em barrica, um vinho marcante que fez a minha cabeça e que possui um preço justo considerando preços Brasil ou seja, esse dá para tomar volta e meia.

Catena Adriana White Bones (USD159,50) – tremendo chardonnay de Gualtalarry a cerca de 1500 metros de altitude que lhe aporta uma acidez magnifica. Fermentado e envelhecido em barricas de 225 e 500 litros com parcial formação de flor (tipo Jerez) o vinho apresenta notas salinas, cítricas, mineralidade, muito boa estrutura mas a madeira ainda precisa se integrar neste 2015, excelente mas um par de anos mais certamente o transformará num vinho magnifico e assim a que está na minha adega (2014) irá descansar por mais um ano quando a abrirei para comemorar meus 65 anos. Não é “só” um grande Chardonnay, é um dos grandes vinhos argentinos da atualidade com notas altíssimas de tudo quanto é critico. Por sinal, tudo o que sai desse vinhedo é especial, uma preciosidade que preciso visitar!

Tem mais, obviamente, porém não dá para colocar tudo em um post então vou alternando porque tenho bastante coisa acumulada, mas acho que já deu para você entender o nível do evento né? Por outro lado, se vocês desdenha brancos (estação do ano não tem nada a ver!) não sabe o que está perdendo e precisa provar algumas destas preciosidades. Para quem gosta, se esbalde e tem mais a caminho! rs

Abraço, kanimambo pela visita e desculpem minha ausência, tenho andado bastante ocupado e para escrever aqui preciso de tempo, não dá para compartilhar qualquer coisa de qualquer modo, eu não consigo fazer isso e você não merece essa falta de cortesia de minha parte.

Saúde

Adquirindo Litragem e Conhecimento Sem Perder a Noção.

A primeira vez que tratei do tema foi em algum momento em 2012, depois repassei em 2015 e agora volto ao tema porque segue atual e entramos na época das degustações das importadoras, eventos, feiras, etc. e saber nos comportar nesses eventos é essencial para aproveitá-los adequadamente. Sem querer passar por pedante, enochato ou coisas do gênero, porém há normas, escritas ou não, de convívio em sociedade que em determinadas ocasiões devem ser seguidas e nossa vinosfera não é diferente não. Aliás, como falamos de bebida alcoólica, mais importante ainda pois perder o discernimento no processo é facin, facin! rs

Algumas delas são essenciais quando degustamos ou vamos a eventos do tipo onde um monte de gente acotovelada ‘briga” por mais alguns ml em sua taça, mas tenho visto nas inúmeras degustações que organizo ou que visito, que poucas são praticadas então cheguei à conclusão que este post tinha novamente vez, sempre é bom relembrar. A experiência tem me mostrado uma série de “senões’ que devemos levar em consideração quando nos propomos a encarar esse tipo de evento. Em cima dessa experiência, sem querer ditar regras, elaborei uma curta lista de dicas (só 12) que, por mais óbvias que sejam, nem todos as praticam e lhe podem ser úteis nesses momentos para melhor usufruir desses eventos.

1 – Coma um lanche cerca de meia hora, algo neutro sem grandes temperos não vá se entupir de curry apimentado (rs), antes só para que a degustação não ocorra com estômago vazio. Tendo a possibilidade de ir mordiscando algo ao longo dos eventos, melhor ainda!

2 – Evite perfumes e colônias. Atrapalha a análise olfativa dos vinhos e, muitas vezes, até o vizinho. Incrível como até gente envolvida no business do vinho se atém pouco a esse essencial aspecto de uma degustação. Já vi importador de vinho chegando num jantar degustação e, de tanto perfume, acabar com ambos!

3 – Evite o uso de batom, inclusive os de cacau, pois atrapalhará sua análise gustativa, mas sem neuras, pelo menos aqui sua escolha não atrapalha mais ninguém

4 – Tome bastante água, ajuda a equilibrar e diluir o teor alcoólico consumido. A hidratação nestes eventos é fundamental.

5 – Coma paõzinho, normalmente disponibilizado nos eventos, que ajuda a dar “sustança” (rs), porém mais que isso, é auxiliar na preparação gustativa limpando a boca para o próximo vinho.

6 – Sempre prove do vinho mais suave para o mais estruturado. Comece pelos espumantes e brancos; rosés do evento e depois volte aos produtores para os tintos, terminando com o de sobremesa e fortificados.

7 – Não fique batendo papo com seus amigos em frente ao estande bloqueando o acesso de outros visitantes do evento ao produtor. Pegue sua “dose” e ceda espaço para outros chegarem.

8 – Dê uma chance ao produtor provando boa parte de seus vinhos em vez de só mergulhar no vinho mais conceituado ou top do produtor. Isso em nada melhorará seu conhecimento e os melhores produtores se mostram mesmo é nos seus vinhos de entrada, pois produzir grandes vinhos, a grosso modo, quase todos conseguem em escala limitada! Agora, quem produz bons vinhos de entrada certamente entregará grandes 021001_WineSpitting_Maincaldos nas gamas mais altas e esse cara você tem que conhecer! Ainda tem um plus, na maioria das vezes os grandes vinhos são acompanhados de grandes preços a maioria fora de nosso alcance, então provar o que podemos comprar é também um exercício de inteligência financeira num país onde tudo, inclusive o vinho, custa os olhos da cara.

9 – Numa degustação de muitos rótulos, cuspa a maior parte do vinho para evitar eventuais excessos etílicos. Todo mundo faz, não adianta torcer o nariz, faz parte! Já vi, no entanto, até “grandes” sommeliers se arrastando nesses eventos, juízo gente.

10 – Nesses eventos as provas (doses) são bem diminutas porque o objetivo é esse, provar! Não fique perturbando quem estiver servindo pedindo doses exageradas de vinho, não é bom para você e tão pouco é socialmente aceitável nesse tipo de evento. Existe o provar, o degustar e o tomar, cada um tem seus diferente ml em taça que devem ser respeitados. Na maioria destes eventos você foi convidado ou comprou convite para provar, respeite essa premissa.

11 – Quando a degustação é limitada, poucos rótulos e menos gente, dê chance aos vinhos.  Prove-os e depois deixe-os respirar enquanto prova outros, voltando ao vinho inicial posteriormente. Uma série de vinhos evoluem muito bem na taça então dê-lhes uma chance de mostrarem todo seu potencial com calma.

12 – Evite ir de carro! Metrô, taxi, ônibus, Uber e outros aplicativos, carona, invente algo e evite dirigir. Afora os possíveis problemas com a lei, você está mais propenso a causar acidentes e mesmo que o cara que te “acerte” esteja totalmente errado e você certo, podes crer que vai sobrar no teu colo!

Como em tudo na vida, etiqueta e boas maneiras, respeito ao próximo e civilidade, coisas que até andam meio que em desuso, também devem imperar em nossa vinosfera então lembre-se sempre que sua liberdade cessa onde começa a do outro. Por outro lado, existem formas bem mais baratas e mais eficientes de se tomar um porre e vinho não é uma delas, então prove com parcimônia e moderação até para poder efetivamente  aproveitar a viagem pelos caldos de Baco.

Boas degustações; respeite-se, respeite os outros, respeite quem lhe serve! Saúde, kanimambo pela visita e uma ótima semana para todos.

Encontro Mistral Está em Sua Nona Edição!

Tenho andado sem tempo para Falar de Vinhos, semana que vem retorno, porém não poderia deixar de comentar a nona edição do Encontro de Vinhos Mistral semana que vem e que, desta feita, trará 68 renomados produtores de vinho para o evento de 2019. Criado em 2003 e realizado a cada dois anos, o evento chega a sua 9ª edição como um dos mais respeitados eventos de vinho do Brasil. Em São Paulo, acontece nos dias 27 e 28 de maio, no hotel Grand Hyatt, e no Rio de Janeiro, no dia 29, no Belmond Copacabana Palace.

Vinícolas das principais regiões produtoras de 14 países serão representadas por seus proprietários ou enólogos, que apresentarão pessoalmente ao público mais de 450 grandes rótulos. Grandes nomes do vinho estarão presentes nesta edição. Entre destaques do Velho Mundo estão o espanhol Miquel Ángel Cerdà, proprietário da Ànima Negra e Terra de Falanis; o francês Jean-Louis Despagne, da Château Tour de Mirambeau; e os italianos Roberto Stucchi, enólogo da Badia a Coltibuono, Paolo Coppo, da Coppo, além de Paolo Campagnola, da Campagnola e Luca Speri, da Speri, duas vinícolas que entraram recentemente para o portfólio da importadora.

Portugal também tem representantes de prestígio no evento, como  o enólogo Luis Patrão, da Herdade de Coelheiros, Luis Cerdeira, proprietário da Soalheiro, e voltam ao país produtores já conhecidos do público, como Diogo Campilho, da Quinta da Lagoalva, Maria Castro, da Quinta da Pellada, e Luis Pato, uma das maiores celebridades do vinho português.

Do Novo Mundo, participam os chilenos Maria Paz e Matias Garcés, proprietários da Viña Garcés, e os enólogos Bernardo Troncoso, da Viña Montes, Emily Faulconer, da Viña Carmen, e Andrea Leon, da Lapostolle; o argentino Ernesto Catena, proprietário da Tikal; e os brasileiros Luís Henrique Zanini e Ana Paula Valduga, proprietários da Vallontano.

O público poderá também provar rótulos de consagradas propriedades, como as francesas Joseph Drouhin e Georges Vigouroux; as gregas Gaia, Boutari e Cambas; as espanholas Vega Sicilia, Alión, Pintia, Pesquera e Viña Bujanda; as alemãs Selbach Oster e Robert Weill; as sul-africanas De Wetshof e Boekenhoutskloof; a húngara Oremus; e as argentinas Catena Zapata, El Enemigo e Bodegas Caro.

A lista completa de expositores segue abaixo e dentro de tantos e tão bons, fácil se perder! A verdadeira escolha de Sofia e cada um tem a sua, mas eu já selecionei (com asterisco) aquelas que eu visitarei. Se der, ainda incluo mais umas duas ou três, mas vou ter que chegar cedo!! Programa para dois dias na verdade e se começasse às 16h melhor, vai faltar tempo para o papo. rs Para quem tiver bala na agulha um belo programa é os dois dias com jantar e pernoite no hotel, da hora né??

PAÍS PRODUTOR
África do Sul Barista
África do Sul Boekenhoutskloof*
África do Sul De Wetshof
Alemanha Domdechant Werner
Alemanha Hans Wirsching
Alemanha Robert Weill
Alemanha Selbach Oster*
Argentina Alamos / Catena Zapata
Argentina Bodegas CARO (Catena Zapata & Château Lafite-Rothschild)
Argentina El Enemigo
Argentina Ernesto Catena*
Áustria Riedel
Brasil Vallontano*
Chile Lapostolle
Chile Viña Carmen
Chile Viña Garcés Silva
Chile Viña Montes
Espanha Anima Negra / Terra de Falanis*
Espanha Bodegas Julian Chivite / Gran Feudo
Espanha Bodegas Luzón*
Espanha Bodegas Valdemar
Espanha Castell del Remei / Celler de Cérvoles
Espanha Pesquera/ El Vinculo / Dehesa La Granja
Espanha Vega Sicilia / Alión / Pintia / Macan
Espanha Viña Bujanda / Finca Valpiedra / Cosecheros y Criadores / Finca Antigua
EUA Drouhin Oregon*
França Chateau Tour de Mirambeau
França Georges Vigouroux
França Joseph Drouhin
França M.Chapoutier*
Grécia Boutari
Grécia Cambas
Grécia Gaía
Hungria Oremus
Itália Badia a Coltibuono *
Itália Berta (Grappa)
Itália Campagnola
Itália Castello di Montepó *
Itália Coppo
Itália Masciarelli
Itália Lungarotti
Itália Speri
Itália Tenuta Capezzana
Portugal Blandy’s
Portugal Symington (Graham’s / Altano / Prats&Symington)
Portugal Herdade de Coelheiros
Portugal Luis Pato
Portugal Quinta da Lagoalva*
Portugal Quinta da Pellada / Quinta de Saes*
Portugal Quinta do Côtto*
Portugal Quinta do Vale Meão
Portugal Soalheiro*
Uruguai Pisano*

Ainda dá tempo e vale muito a pena, mas corra que os ingressos estão se esgotando e não haverá venda no local. Fica a dica, kanimambo e saúde

ENCONTRO MISTRAL 2019

São Paulo: 27 e 28 de maio – Grand Hyatt (Av. das Nações Unidas, 13301)

Rio de Janeiro: 29 de maio – Belmond Copacabana Palace (Av. Atlântica, 1702)

Horário: das 17h às 21h30

Preço: R$350

Reservas e informações:

(11) 3372 3400

encontro@mistral.com.br

www.mistral.com.br/encontro

 

Explorando o Portfolio da Berkmann.

Vou falar um pouco sobre este gostoso evento promovido pela importadora Berkmann Wine Cellars de origem inglesa no sentido de mostrar a seus potenciais clientes e alguns formadores de opinião, blogueiros, sommeliers etc. um pouco de seu portfolio, tinha vinho para dedéu!! rs Consegui provar 50 dos quais 27 se destacaram, entre eles selecionei alguns que fizeram minha cabeça tendo descartado os que não cabem no bolso da maioria como o incrível Querciabella Batár 2013 um incrível blend de Chardonnay com Pinot Blanc, biodinâmico, vinho para bocas mais treinadas e bolsos cheios porque custa no mercado algo entre 800 a 900 pratas, mas se tiver mergulhe de cabeça, divino.

 

Áustria e Alemanha : Gosto bastante da uva austríaca Gruner Veltliner, sempre muito fresca porém algo cara para o que entrega, o Zero-G é uma grata exceção apresentando a notas típicas da casta com um uma textura bem gostosa e um preço estimado entre 120 a 125 pratas, o que mesmo não sendo barato, é um bom preço comparado ao mercado e outros rótulos disponíveis. Gostei bastante também do Riesling alemão White Rabbit em que nem o nome nem o rótulo ajudam muito (rs), mas o que interessa é o conteúdo e esse mostrou a boa mineralidade e tipicidade da casta, sem exageros, bem balanceado. Para vinho alemão de qualidade, os 150 a 160 Reais está de bom tamanho porque a maioria começa a partir de 180, gostei, apesar do rótulo. rs

 

Argentina. – De la Rioja a bodega San Humberto apresentou alguns bons vinhos entre eles um baita Petit Verdot raçudo e potente o Nina Gran Reserva, mas o que mais me seduziu foi o Nina Gold Torrontés. Tem gente que vira a cara para a Torrontés, eu não sou um deles, e há ótimos produtos no mercado entre muita zurrapa, tenho que reconhecer e estes não têm ajudado em nada na divulgação dos vinhos dessa cepa, mas estamos diante de um exemplar primoroso desta uva. De mais corpo, ótima intensidade aromática sem exageros que muitas vezes prevalecem nestes vinhos, boca de ótima textura, vivaz um vinho para quebrar preconceitos, pena que o preço seja algo puxado na casa dos 200 Reais.

 

Brasil: Vinhetica, franceses fazendo vinhos no Brasil e trabalhando com uvas dos dois melhores terroirs brasileiros, Campanha Gaúcha e Serra Catarinense. Dois vinhos me surpreenderam, um mais tradicional mas de corte fora dos padrões regionais e um blend de brancas não filtrado. O branco é o Terroir de Blanc, blend das uvas Sauvignon Blanc, Fiano de Avelino e Robolla Gialla da Serra catarinense, que poderá assustar os mais incautos por não ser filtrado sendo bem turvo, estilo visual Shweppes Citrus! rs Me fez lembrar os espumantes sem degorgment hoje disponíveis mercado, muito interessante, vinho a se descobrir com notas cítricas bem acentuadas e um toque vegetal que lhe aporta a Sauvignon Blanc que é mais presente no corte e boa textura de boca. Provei o filtrado também, bom, mas este me despertou mais a atenção e o preço na casa dos 75 a 80 Reais. O tinto Terroir d’Elegance é o, a princípio, mas tradicional com passagem em barricas por 12 meses porém um corte algo diferente; Cabernet franc, Teroldego, Cabernet Sauvignon, Ancellota e Tannat da Campanha com boa pegada, corpo médio, bom volume e taninos sedosos bom vinho com preço entre 80 a 85 Reais, bem honesto para o que entrega.

 

Chile – o produtor presente foi a J. Bouchon que depois de uma fase mais “popular” volta a presentar vinhos de muito bom nível que me agradaram bastante. Gostei bastante dos Canto Sur e Canto Norte, dois cortes muito bem feitos, O Norte bem bordalês com Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, porém foi o Sur que mais me seduziu com um corte diferenciado de Carmenére, Carignan e País bastante complexo, fresco, de taninos muito elegantes ambos na faixa de 130 Reais. A linha Block Series é um nível acima, vinhos mais robustos e estruturados, tanto o Malbec quanto o Cabernet Sauvignon, porém foi este último que mais me chamou a atenção. Belíssimo Cabernet de boa tipicidade sem aquela marca que me incomoda (coisas do Tuga! rs) de pimentão e goiaba que faz a cabeça de alguns. As notas vegetais são suaves, a fruta se mostra mais presente, notas tostadas um vinho de 2015 com ainda muitos anos pela frente de evolução, gostei muito e aqui já chegamos na casa dos 150 a 160 Reais que já começa a ser para poucos, mas vale a pena. A linha Granito é soberba, especialmente o branco de Semillon com 12 meses de passagem por barrica, tremendo vinho e o preço acompanha (talvez um pouco exagerado) chegando já na casa dos 350 Reais, mas tendo disponibilidade, compre logo a dupla! rs Seduzido mesmo fui pelo vinho mais barato desta leva provada o J. Bouchon Reserva Rosé de País 2018 que merece um post separado num futuro breve, o primeiro País (uva regional também conhecida como Criolla Chica por aqui e Criolla Grande na Argentina) 100% que realmente gosto, o resto não rolou nenhum até agora, e que é para tomar de caixa, delícia com preço de cerca de 89 Reais.

 

Espanha – Aqui separei dois vinhos que valem muito a pena, um bem barato o outro já na gama mais alta de preços porém condizente com seu status. O primeiro é um Tempranillo de Rioja o Casa Roja Tempranillo que possui um preço algo abaixo das 60 pratas e que nesta faixa mostrou que entrega algo a mais, muito bem feito, corpo mais leve mas cheio de sabor, bem bom! Já a Finca del Marquesado apresentou três vinhos também de Rioja, dos quais dois me chamaram a atenção, o Crianza com bons  135 Reais de custo ao consumidor o que o torna muito competitivo nessa classificação e é um vinho muito bem feito e rico, mas o Gran Reserva 2009 é da hora e o preço condizente com este nível de qualidade, idade e classificação, tremendo de um vinho que pode tranquilamente evoluir por mais uma meia dúzia de anos e fez minha cabeça. Preço beirando as 300 pratas. A grande surpresa e uma delicia de vinho, com uma acidez no nível dos Vinhos Verdes e vinhos da Galícia, estilo que me agrada muito, um vinho Basco, o Mendraka Bizkaiko Txacolina. Este vinho, como o Rosé de País da J. Buchon, vai merecer um post solo pois é deveras interessante. Txacoli é o estilo, Bizkaico é região demarcada na área rural de Biscaia e as uvas Hondarrabi Zuri e Zerretua, simples assim! rs Na boca explode em sensações vibrantes e frescas, acidez lá em cima, limão, maçã verde, adorei e tudo a ver com nossas regiões costeiras, frutos do mar, adorei! Vinho na casa dos 110 Reais e vale.

 

França – não me dediquei muito a este país e três foram os vinhos que achei bastante interessantes com preços idem, porque a busca é por qualidade com preço. Vinho bom e caro tem de monte, tem que garimpar por “acessibilidade vínica” rs! Guy Allion é o produtor de dois deles, o Les Quattre Pierres Cabernet Franc do Loire de boa tipicidade e preço razoável (130 a 140 pratas) e um belo Cremant do Loire Blanc de Blancs Brut 2016 na mesma faixa de preço e elaborado com um blend de Chenin Blanc (80%) e Chardonnay com autólise de 18 a 24 meses, método champenoise, mousse incrível, ótima perlage, fresco porém complexo, brioche, cítrico, o mais perto de champagne que provei nos últimos anos e por cerca de 140 pratas, menos de metade do preço destes!

 

Da Hungria – Produtor Sauska. Não sou chegado em Furmint seco, tomei poucos que me agradaram e este é certamente um deles, saboroso, ótima boca, aromas sedutores, por um preço de 110 pratas é uma boa pedida para quem gosta de brancos diferentes e explorar uvas menos conhecidas. Seu Tokaji Late Harvest Cuvée Sauska na faixa dos 350 Reais é muito bom, mas me parece que o 5 Puttonyos é bem mais negócio por cerca de 60 pratas a mais.

 

Portugal – Ermelinda de Freitas da região Setúbal é o protagonista e vi para minha alegria, mesmo não estando lá para prova, que os vinhos Terras do Pó Branco, tinto e Reserva estão de volta ao mercado pelas mão desta importadora com preços bem competitivos. Do que provei se destacaram dois rótulos da linha Casa do Rosário Branco e em especial o Rosé elaborado com Castelão cortado com Syrah e Touriga Nacional de cor mais intensa, bela pedida para companhar Paella Mista e a um preço bem moderado na casa dos 75 conto.

 

Itália – Alguns bons vinhos de produtores renomados como Fenocchio (Barbera d’Alba duro e muito jovem) e Maculan (delicia de Vespaiolo) de preços algo mais salgados. Na linha mais acessível, o Villa Rossi Sangiovese,  ligeiro e gostoso, da Emilia Romagna por 59 Reais é um belo companheiro para o macarrão da mámma ou a pizza de Sábado e o Visconti della Rocca Primitivo de Salento, um primitivo fácil de gostar na casa dos 75 Reais, preço bem honesto para vinhos dessas uva no mercado

Fazia tempo que não dava essas saídas de garimpo, pena que tirei poucas fotos, estava com saudades e foi muito bom rever alguns amigos presentes. Diversos vinhos interessantes, outros nem tanto e isso faz parte do jogo, mas “overall” uma seleção que deixou algumas (diversas, rs) pulgas atrás da orelha e certamente esses acima destacados são para os amigos marcarem no caderninho na próxima visita a um restaurante ou loja preferida.

Um ótimo fim de semana, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui ou na Vino & Sapore, onde dou plantão de Quarta a Sexta das 14 às 20h ou aos Sábados das 10 às 19h dia em que sempre tenho algo aberto para receber os amigos. Fui, saúde

 

 

Deu Brasil, 2 x1!

Na Brinde à Vida, confraria que este ano fará cinco anos de muitos brindes e descobertas, este mês por sugestão de nosso querido Barão o tema foi Brasil x Outros. Às cegas, coloquei seis vinhos em disputa. Difícil conseguir mesma safra ou mesmo corte, mas para efeito da brincadeira a que se propunha, foi bem interessante porque paralelamente a nomear o melhor vinho, também exploramos descobrir qual o brasileiro, o país em disputa e a idade do vinho!

Os vinhos foram servidos em três “flights” de dois vinhos cada usando como parâmetro a mesma faixa de preço (mais ou menos 30 Reais) e as mesmas uvas no corte, dentro do possível.

Primeiro Flight, face a face o Villaggio Bassetti Montepioli 2011(SC) x o desafiante Santa Ema Barrel Selection 60/40 2016 chileno. Cinco anos separam os competidores, vinhos elaborados com um blend de Cabernet Sauvignon e Merlot, porcentuais levemente diferentes, um de São Joaquim e o outro do vale do Maipo na faixa de 85 a 90 pratas. Dois bons vinhos na faixa de preço, mesmas uvas com estilos totalmente diferentes. O chileno é vivo, vibrante, muito frutado com uma acidez muito interessante, um vinho que cativou a maioria por sua exuberância e taninos macios, um vinho fácil de se gostar. O brasileiro, mesmo com cinco anos a mais nas costas e com a cor já mostrando sua idade, encontrou-se mais encorpado, fechado, notas tostadas, bom corpo, taninos mais presentes, como meu gosto pende para vinhos mais evoluídos eu lhe dei “ganho de causa” (rs) porém a turma quase toda optou mesmo pelo chileno ficando o placar em 0 x 1.

Segundo Flight, face a face o Elephant Rouge 2014 (SC)x Michel Lynch Bordeaux Medoc 2014 (França), alguma diferença no corte mas a mesma safra. O Elephant Rouge já falei aqui e voltou a apresentar a mesma performance. Um vinho que começa tímido e se abre aos poucos num crescendo e neste flight a primeira reação dos confrades foi de preferência imediata pelo desafiante francês. Um vinho de frutado mais intenso, impactante, boca densa e franco. Por vezes as pessoas confundem força, potência, estrutura com complexidade, este foi um belo exercício nesse sentido. O francês mais objetivo e contundente tendo atingido sua “velocidade de cruzeiro” (rs) mais cedo, o brasileiro mais complexo atropelou no final ganhando a contenda, um é um sprinter e o outro corredor de meia distância (rs). Dois bons vinhos com características diferentes sendo que o francês custa R$138 versus 108 do brasileiro. Faixa, 130 mais ou menos 20 pratas e score empatado 1 x 1.

Terceiro Flight foi de varietal, dois Syrahs de respeito o Guaspari Vista da Serra 2015 (SP) x  Las Moras 3 Valleys Gran Reserva 2010. Os cinco anos de diferença fizeram uma diferença danada novamente, pois está mais vivo, fresco e frutado, confirmando a fama que o precede, O Guaspari é realmente muito bom. O Las Moras já demonstra uma certa evolução, notas terciárias começam a aparecer, boca mais densa, maior complexidade um tremendo de um Syrah em minha opinião. Para o os confrades deu Brasil, Guaspari, já para mim ganhou a o argentino, mas como não apito nada na confraria, só administro e coordeno, esta escolha deu vitória ao Brasil por 2 a 1! Faixa aqui era de 200 Reais mais ou menos 20, o argentino possui preço ao redor R$225 versus o brasileiro 195,00.

O interessante destas degustações às cegas, é que a gente acaba quebrando (na maioria das vezes) diversos preconceitos e até tabus, inclusive de preço e por isso mesmo sempre tento escolher rótulos de valores similares. Nosso produto nacional já há algum tempo prova que evoluiu muito e já pode, na mesma faixa de preços, disputar qualitativamente contra vinhos de diversas partes do mundo inclusive de nossos hermanos chilenos e argentinos. Lógico que existem alguns absurdos por aí, mas estes ocorrem com vinhos de todas as origens e quando subimos o sarrafo para vinhos entre 200 a 400 Reais, ou mais, aí acho que perdemos a mão.

Enfim, resultado legal, meu placar teria sido igual, só invertendo os ganhadores dos flights 1 e 3, e como sempre uma noite especial Brindando à Vida com a Turma do Fundão que foi quem determinou o resultado, valeu gente!!

Fui, ótima semana para todos, kanimambo pela visita e, se possível, um kanimambo especial do fundo do coração para quem puder ajudar as vítimas do ciclone que atingiu e destruiu o norte de Moçambique com a Beira, segunda maior cidade e capital do norte, sido 90% destruída! Dois links para organizações sérias a quem se interessar e puder ajudar lembrando, que uma garrafa de Reservado (rs) a menos não vai matar ninguém mas poderá ajudar e até salvar alguém. Action Aid e Unicef, your choice! Valeu

Saúde