Brancos & Rosés

Minha Adega de Brancos & Rosés

adega-2fQuando termino o tema do mês ou neste caso, do bimestre, já que foram muitos os rótulos provados, relaciono uma lista daqueles que compôem minha Seleção de Adega. Neste caso, selecionei os 35 vinhos que mais me entusiasmaram entre os bons rótulos que provei ao longo do mês e constantes dos meus posts Tomei e Recomendo, Vinhos Verdes, Desafio Torrontés, etc., publicados neste período. Dois ainda estou por comentar, o Valduga Gran Reserva Chardonnay e o Albariño Don Pedro de Soutomaior, mas já adianto sua seleção entre os meus preferidos desta incrível viagem por Brancos & Rosés disponíveis no mercado.

Os preços listados foram pesquisados junto aos importadores e lojas, tanto virtuais como fisicas, e são um retrato do momento. Alguns já aumentaram, outros ainda estão por sofrer algumas mudanças. Outros, ainda, se encontram por preços inferiores como o Crios que está or R$40,00 na BR Bebidas ou o Varanda do Conde na Casa Palla por R$28,00 ou o Quinta da Ameal Loureiro na Vinho Seleto por R$44,50 para os leitores de Falando de Vinhos, valores que negociei. Agora, porquê estes rótulos e não outros? Primeiramente porque só falo sobre minhas experiências, ou seja vinhos tomados. Segundo, porque dentro do universo desses vinhos tomados pontuo cada um deles com uma nota RB (Relação de Beneficio) de 1 a 5, que é o que, em ultimo caso, faz a diferença e o faz ser ranqueado numa lista de Melhores do Ano ou de uma Seleção de Adega. Para quem ache que isso tem a ver só com preço, ledo engano e permitam que esclareça. A nota de RB de cada vinho, que até hoje usei para uso pessoal e doravante comecarei a publicar, está diretamente relacionada com a equação pessoal e puramente subjetiva encontrada entre a Qualidade o Preço e a Satisfação que o vinho me tráz.

        Para que não pairem duvidas sobre a forma destas escolhas, cito o exemplo de um vinho que me agradou muito, o Fonte do Nico Fashion 07, que poderia estar aqui se o preço fosse mais baixo, só que existiram outros vinhos de igual qualidade e índice de satisfação (I.S.P), porém de melhor preço resultando num RB superior. No outro dia provei um Sauvignon Blanc de R$75,00 vindo da Nova Zelândia, preço até que razoável para um vinho desta origem, porém seu RB foi 3 enquanto um incrível Riesling da Austrália por R$93,00 teve um RB de 4, ou seja, superior a um vinho mais barato. A diferença entre eles é que posso comprar diversas boas opções de Sauvignon Blanc com qualidade similar a preços muito mais baratos, e não necessariamente do Riesling. Só para que não pairem duvidas. Espero que possam desfrutar de alguns desses ótimos rótulos de vários preços, para vários tamanhos de bolso, ocasiões e gostos. Em minha modesta opinião, certeza de satisfação. Salute!

Rótulo

Cepa

País

Estilo

Imp. / Prod.

Preço R$

Obikwa Rosé

Pinotage

África do Sul

Rosé

Interfood

24,00

Cono Sur

Riesling

Chile

Branco

Wine Premium

24,00

Salton Volpi

Sauvignon Blanc

Brasil

Branco

 Salton

24,00

Valduga Gewurtz

Gewurtzraminer

Brasil

Branco

 Valduga

24,00

Misioneros del Rengo

Sauvignon Blanc

Chile

Branco

Épice

27,00

Quinta da Aveleda

Assemblage

Portugal

Branco

Interfood

27,00

Umani Ronchi Dei Castelli di Jesi Classico

Verdichio

Itália

Branco

Expand

28,00

Sucre

Sauvignon Blanc

Chile

Branco

Wine Company

29,00

Varanda do Conde

Alvarinho/Trajadura

Portugal

Branco

Casa Flora

30,00

Terras d”Uva

Assemblage

Portugal

Rosé

Lusitana

30,00

Artero

Tempranillo

Espanha

Rosé

Decanter

31,00

Pascual Toso

Sauvignon Blanc

Argentina

Branco

Interfood

32,00

Goats do Roam

Assemblage

África do Sul

Rosé

Expand

35,00

Fabre Montmayou

Chardonnay

Argentina

Branco

Wine Premium

35,00

Vega Los Zarzales

Verdejo

Espanha

Branco

Wine Premium

36,00

Trio Chardonnay

Assemblage

Chile

Branco

Expand

37,00

Muralhas de Monção

Alvarinho/Trajadura

Portugal

Branco

Barrinhas

38,00

Reflejo de Syrah

Syrah

Argentina

Rosé

Vinea

38,00

Familia Gascon

Chardonnay

Argentina

Branco

Wine Company

39,50

Crios

Malbec

Argentina

Rosé

Cantu

45,00

William Cole Mirador

Sauvignon Blanc

Chile

Branco

Ana Import

45,00

Melipal

Malbec

Argentina

Rosé

Wine Company

45,00

Crios

Torrontés

Argentina

Branco

Cantu

45,00

Quinta do Ameal

Loureiro

Portugal

Branco

Vinho Seleto

49,50

Muros Antigos

Loureiro

Portugal

Branco

Decanter

50,00

Valduga Gran Reserva

Chardonnay

Brasil

Branco

 Valduga

50,00

Forste Mariengarten

Riesling

Alemanha

Branco

Decanter

51,00

Domaine Sorin Terre Rouge

Assemblage

França

Rosé

Decanter

55,00

Dr. L

Riesling

Alemanha

Branco

Expand

55,00

Vinha da Defesa

Assemblage

Portugal

Rosé

Qualimpor

55,00

Protos Rosado

 Tinta del País (tempranillo)

Espanha

Rosé

Peninsula

56,00

Protos

Verdejo

Espanha

Branco

Peninsula

56,00

Abadal Rosado

Cabernet Sauvignon

Espanha

Rosé

Decanter

57,00

Rutini

Chardonnay

Argentina

Branco

Zahil

66,00

Don Pedro Soutomaior

Albariño

Espanha

Branco

Peninsula

112,00

 

Quer contatar importadores ou lojas aqui mencionados, veja detalhes em “Onde Comprar” .

Vinho Verde

Nada mais português que um bom Vinho Verde que, lamentavelmente, o Brasil ainda não descobriu. O Vinho Verde branco, sim porque há tintos que muito se bebem pelo interior de Portugal afora, tem tudo a ver com nosso clima e com nossa alimentação, especialmente nas regiões litorâneas. Da região do Minho, norte de Portugal fronteira com a Galicia (Espanha), especialmente da sub-região de Monção e Melgaço, vinhos gostosos, amistosos, sempre muito frescos, tradicionalmente de baixo teor de álcool, com uma acidez cortante, alguma agulha na ponta da língua, é ótima companhia para frutos do mar em geral, bolinhos de bacalhau, casquinhas de siri e coisas do gênero, perfeito com sardinhas assadas na brasa! Neste painel de quase dois meses em que provei uma série de vinhos brancos e rosés, não poderia deixar de fora estes deliciosos vinhos, bem apropriados para o nosso verão e, ainda por cima, com ótimos preços.

 

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  • Quinta do Ameal Loureiro 06 (Vinho Seleto) – uva Loureiro, autóctone de Portugal, vínificado em extremo (varietal) apesar de tradicionalmente ser usada como corte nos vinhos verdes aportando-lhes uma melhor estrutura. O estilo deste Ameal faz lembrar muito a delicadeza e sutileza dos bons vinhos do Mosel, na Alemanha, incluindo o teor alcoólico de 11.5º. Deliciosamente refrescante, grande intensidade aromática em que sobressai um encantador bouquet floral. Na boca é leve, suave, um toque de seda no palato em que aparecem frutos cítricos, toques de limão com um final de boca algo amendoado. Muito mineral, ótima acidez, alguma agulha muito sutil e bem típica dos vinhos verdes. Encantador e de grande finesse!
  • Loureiro Muros Antigos 06 (Decanter) – de Anselmo Mendes, uns dos papas da região, vem este delicioso, floral e refrescante vinho com a mesma cepa do Ameal, porém de maior corpo, mais franco e vibrante com um teor alcoólico de 12%. Inicia cativando pelo olfato suave e elegante, com notas cítricas e florais. Na boca, é exuberante, intenso, fresco, textura macia e muita fruta. Muito harmonioso, é um vinho imperdível, que fará bonito escoltando um peixe grelhado com arroz de tomate ou uma caldeirada de lulas. Mais uma maravilha, mas acho que está na hora de esperar safra mais nova, pois achei-o menos fresco e vibrante que há seis meses atrás, ou compre agora e tomo logo.
  • Muralhas de Monção 07 (Barrinhas) – um dos vinhos verdes mais consumidos em Portugal e por aqui tem os seus seguidores também, como eu e meu amigo Antonio. Corte de Alvarinho com Trajadura, muito cítrico com nuances florais, sempre apresentando grande frescor e muito balanceado, é um vinho que safra pós safra mostra uma consistência impar e substância, algo nem sempre disponível nos vinhos verdes disponíveis no mercado. Tem um final de boca muito agradável e de boa persistência apresentando um retrogosto de frutas tropicais e algo mineral. Não é de grandes complexidades, mas é certeiro, direto diz logo ao que vem e nos deixa bem felizes e satisfeitos, missão cumprida com honras e bom preço, por volta dos R$38,00.
  • Varanda do Conde 07(Casa Flora) – uma enorme surpresa e uma paixão ao primeiro gole. Mais uma vez um corte com as casta autóctones Alvarinho e Trajadura que, já nos aromas, mostra-se sedutor com suas nuances florais e o que me pareceu ser casca de laranja. Na boca mostra uma acidez bem cortante com alguma mineralidade, deixando o vinho muito fresco, leve e fácil de tomar, muito equilibrado, leve agulha, saboroso com um muito agradável final de boca de média persistência que me lembrou nectarinas e deixa aquele gostinho de quero mais, e mais, e…… Um vinho feito para o nosso verão acompanhando camarõezinhos grelhados, lula à doré ou carne de porco na brasa, enquanto o sol se põe sobre as águas do mar tranqüilo. Fico aguado só de pensar!
  • Deu La Deu 07 (Barrinhas) – um dos mais tradicionais e muito consistentes vinhos monocasta elaborados com Alvarinho. De cor dourada brilhante e límpido, possui uma paleta olfativa bem frutada que nos leva a viajar por terras tropicais em que aparecem aromas de melão e algo de pêra cercado por nuances florais. Acidez muito boa o que lhe aporta um grande frescor, copo médio, cremoso, com final de boca guloso e mineral de média persistência com retrogosto que me lembrou maçã verde. Uma ótima companhia para um churrasco, muito yummy! Está no mercado por preços variando entre R$58 a 70,00 ou seja, há que pesquisar.
  • Quinta da Aveleda 07 (Interfood) – divide com o Varanda do Conde o titulo de melhor relação Preço x Qualidade x Satisfação desta lista de Vinhos Verdes. Corte de Loreiro, majoritariamente, Trajadura e Alvarinho com 11,5%, é mais um daqueles clássicos da região que se torna irresistível com umas sardinhas assadas e batatas cozidas. Gostosos aromas frutados e cítricos com algo herbáceo, na boca é harmônico, balanceado e muito saboroso com uma certa complexidade de sabores em que aparece algo de frutas tropicais, melão,talvez maçã verde tudo com muito frescor e vivacidade. Não possui corpo para encarar pratos muito evoluídos, mas certamente será grande companhia para pratos de peixe grelhados e, obviamente, as sardinhas já comentadas. 
  • Portal do Fidalgo 06 (Casa Flora) – Nariz agradável, citrico de boa intensidade. Na boca apresenta corpo médio, é suculento, vivo, muito equilibrado e fresco mostrando bem todas as características da cepa, um vinho para abrir o apetite e preparar as papilas gustativas para o que está por vir, ou, preferencialmente, para acompanhar um bacalhau grelhado ou na brasa com batatas ao murro ou um belo prato de lulas grelhadas na manteiga com batatas cozidas. Aqui o teor de álcool é mais alto, em torno de 13.2%, porém sem se notar já que está muito bem equilibrado. Com preço rondando os R$50,00, é um dos Alvarinhos mais baratos do mercado e uma boa introdução à cepa.
  • Casal Garcia 07 (Interfood) – talvez o mais conhecido Vinho Verde e um dos que mais vende mundo afora. Um corte das uvas Trajadura, Loureiro, Arinto e Azal muito leve e suave, descompromissado, magro, um estilo de vinho que costumo denominar de “beira de piscina”. Nariz tímido que se repete na boca com boa acidez, acentuado frescor e algo cítrico. Para tomar bem gelado e aos goles, não chega a entusiasmar, mas para o que se propõe é bastante agradável. No mercado por volta de R$25 a 28,00.  
  • Promoções válidas somente até ao final de Março.

Para os que gostam de encarar coisas diferentes, eis uma dica; como sugeri no Deu la Deu, harmonizar com churrasco, prove um destes deliciosos vinhos acompanhando uma costela de porco na brasa. Estranhou? Tente e comente aqui depois. O frescor e acidez cortante destes vinhos, equilibra-se maravilhosa e refrescantemente como contrapeso à gordura da carne. Agora vá um pouco mais longe ainda, sirva-o com feijoada (Cristiano, já adiantei a minha escolha)! Uma última coisa, com algumas exceções, como os bons Alvarinhos, para aproveitar todos os seus predicados estes vinhos devem ser tomados preferencialmente jovens, quanto mais melhor, preferencialmente não deixando passar dos dois anos. Como a grande maioria do que está no mercado é 2007, aproveitemos bem este primeiro semestre enquanto aguardamos as safras mais novas chegarem só que, provavelmente, com novos preços. Se quiser conhecer um pouco mais sobre Vinhos Verdes, clique aqui.

 

 

 

 

 

 

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Salute e kanimambo.

Ps. Se tiver oportunidade de se deparar com um Alvarinho Soallheiro 07 (Mistral), não negue fogo e compre. O Alvarinho Muros de Melgaço (Decanter) é outro que também não se deve perder, sendo vinhos mais complexos e elaborados, já numa outra liga saindo desta linha mais ligeira de vinhos, podendo inclusive envelhecer bem. Alvarinhos, no entanto, são vinhos de uma classe especial que merecem uma matéria especifica sobre a cepa. Questão de tempo!

Brancos & Rosés – Vinhos que Tomei e Recomendo entre R$50 a 80,00

Demorei, mas cheguei nos finalmente. Tanto que as garrafas vazias, como de praxe, que estavam sendo guardadas para a foto, a minha assistente do lar deu um fim nelas! A solução foi correr atrás de imagens na rede para fazer uma montagem. Enfim, o que importa, de qualquer forma, são mesmo os comentários do vinho então, tudo bem. Normalmente minhas faixas vão até R$120 (de 80 a 120), mas neste caso, parei em R$80,00 já que somente tive uma única prova acima deste valor, o estupendo Albariño Don Pedro de Soutomaior 07 (Peninsula), que tratarei com a devida vênia nos posts sobre a minha maratona de aniversário que publicarei dentro de alguns dias, e dentro do contexto de vinhos de verão refrescantes, acho que a seleção apresentada está de bom tamanho.

Entre os posts Tomei e Recomendo, Vinhos da Semana e Desafio Torrontés, foram cerca de 62 vinhos comentados entre brancos e rosés para todos os gostos, estilos e bolsos. Ainda me falta terminar um especial sobre Vinhos Verdes brancos, sim porque os há tintos, que espero publicar muito em breve. Espero que todas essas informações lhe possam ser úteis e finalizarei este tema com a elaboração dos vinhos Branco & Rosés provados que comporiam a minha adega. Agora falemos dos vinhos entre R$50 e R$80 que tomei e recomendo que não são muitos, porém são muito bons, com uma mineralidade que me empolga e os marcados com asterisco são os meus favoritos.

 

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Brancos – Alguns vinhos surpreendentes que realmente fizeram a minha cabeça. Começando pelo estupendo Protos Verdejo 07* (Península) da região de Rueda na Espanha, um vinho vibrante e sedutor dotado de enorme frescor, cítrico, saboroso e longo, que já comentei em maiores detalhes em post anterior, que deixa-nos aquele retrogosto muito especial de quero mais! O Rutini Chardonnay 07* (Zahil) da região de Mendoza na Argentina, traz uma surpreendente mineralidade que me encantou tanto nos aromas como no paladar, possuindo um estilo mais leve, delicado e sedutor com aromas de frutos tropicais e grande equilíbrio de boca com um final de boa persistência lembrando frutas brancas e nuances suaves de baunilha, um belíssimo vinho de muita finesse. Do Chile, o Caliterra Tribute Chardonnay 06 (Wine Premium) fermentado Sur Lie, mostrou uma paleta olfativa gostosa em que se destacam baunilha e algo de abacaxi, enquanto na boca mostrou ser muito balanceado, macio, algo cremoso mostrando boa acidez e boa estrutura com corpo médio, um belo vinho que pede comida e o muito interessante Concha y Toro Riesling Winemaker´s Lot 06 (Expand) algo floral no nariz, bem cítrico, seco, intenso, corpo médio, ótima acidez com uma mineralidade muito presente num final de boca longo e muito saboroso. Da Alemanha, temos um vinho muito especial e introdução aos grandes, finos e inebriantes Rieslings alemães, é o Dr. L 06* (Expand) o vinho “básico” da Dr. Loosen de aromas cítricos sutis e algo florais, enorme frescor, seco, balanceado, de enorme mineralidade, muito leve e agradável, um vinho de grande delicadeza, absolutamente sedutor e, completando este painel, o Aspire Sauvignon Blanc 06 (Expand) da Nova Zelândia, um vinho que possui toda a tipicidade e intensidade dos elaborados com esta cepa nessas terras distantes, mostrando aromas de frutas tropicais com algo de grama molhada num conjunto muito agradável, na boca é bastante cítrico, corpo médio, boa concentração de fruta, muito boa acidez e um final longo com retrogosto que me fez pensar em maracujá.

 

Rosés – na faixa de preços anterior já tomei alguns excelentes representantes deste estilo de vinho. Agora, finalizo com mais cinco, entre eles três dos melhores; Abadal Rosado 06* (Decanter) de Pla de Bages, uma DOC da Catalunha, espanhol de primeiro nível, cor rosado escuro atraente, frutado, cremoso com ótima estrutura em boca onde a cereja e ameixa vermelha ressaltam ao paladar, untuoso, harmônico e rico, com um final de boca longo em que aparecem sutis toques de especiarias, mais que um aperitivo, é um vinho para acompanhar um preto de frango grelhado, risoto de frutos do mar, talvez uma peixada; na mesma linha,o delicioso Protos Rosado 07* (Península) elaborado com 100% “tinta del pais” (tempranillo) cor vibrante, aromas de boa tipicidade mostrando morangos e cereja, muito fresco, algo cremoso, concentrado e muito equilibrado com leve toque especiado e saboroso final de boca de boa persistência que chama a próxima taça, e a próxima, e a……., bem como aperitivo e melhor ainda se acompanhando uma paella à Valenciana; Vinha da Defesa Rosé 07* (Qualimpor) da Herdade do Esporão no Alentejo em Portugal, corte de Syrah com Aragonês, cor rosado forte e vivo, um páreo duro para os amigos espanhóis acima, mostrando grande intensidade olfativa em que sobressaem frutas vermelhas silvestres, bom corpo para um rosé, untuoso, bom volume de boca, muito boa acidez, vinho com “sustança” que chama comida, apesar de poder ser servido como um delicioso aperitivo acompanhado de umas tapas, digo acepipes, e uma persistência muito boa. Tem mais; tem o Chateau Saint-Roch Lirac 06 (Decanter) corte de Grenache, Cinsault e Syrah da região de Cotes du Rhône, na França com uma linda cor salmão clara e brilhante, aromas sutis e delicados, no palato mostra-se suave, algo ligeiro, mas pleno de sabor e muito fresco, ótima companhia para pratos leves delicioso com queijos brancos, tendo harmonizado especialmente bem com queijo de cabra e o Zolarosa Forli Rosato 06 (Interfood) da região de Emilia-Romagna, Itália, produzido com Sangiovese tem uma cor diferente, algo acobreada, bonita que nos invita a provar, no nariz é tímido difícil de decifrar mostrando-se na boca com um frutado sutil, sabores algo evoluídos, bem balanceado, final seco mostrando ótima persistência e uma leve adstringência, quando harmonizado com um fettucine com paillard de filé mignon grelhado, cresceu incrivelmente, mostrando suas aptidões como um vinho essencialmente gastronômico.

Contate os importadores, os lojistas parceiros ou pesquise junto a seu fornecedor predileto, mas não deixe de aproveitar estas delicias.

Salute e kanimambo

 

Uma Semana só de Brancos

Ainda falando de brancos, termino os Tomei e Recomendo de Brancos & Rosés esta semana, tive uma semana mais comedida e provei alguns vinhos bastante interessantes. O Jerez nem é tanto uma prova, realmente nunca o havia comentado até pela pouca experiência que tenho com este tipo de vinho, ma já há um tempinho que tomo este Manzanilla La Gitana, uma bela indicação do amigo Luis Horta.

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            Cono Sur Reserva Gewurtzraminer 2006, como todos os vinhos deste produtor, é um vinho muito bem elaborado e um ótimo custo x beneficio. Nariz intenso, muito perfumado com forte presença de lichia em calda. Na boca confirma a impressão aromática, é cremoso, algo mineral e um pouco off-dry num estilo alemão. O residual de açúcar no final de boca será um prato cheio para quem gosta de vinhos brancos mais adocicados e suaves. É muito bem balanceado e seus 13.5% de álcool passam despercebidos pela boca. Um vinho bastante agradável e fácil de tomar. Importação da Wine Premium, nas lojas da Expand por R$39,00. I.S.P.  $       

 

          Quinta de Cabriz Dão Colheita Selecionada 2006, mais uma linha de vinhos que dificilmente dá errado. Tanto o tinto, na minha opinião o melhor dos três, quanto o rosé, são vinhos honestos, corretos e um porto seguro para quando o caixa anda meio baixo ou você busca algo mais simples que dê conta do recado. Este branco, corte de 25% Malvasia Fina, 25% Bical, 25% Cercial, e 25% Encruzado é uma ótima opção em sua faixa de preço, um branco para o dia-a-dia muito agradável e bem feito. Aromas de frutas tropicais, algo mineral na boca, equilibrado, cremoso, sem grandes compromissos, mas muito agradável, de boa textura e fácil de tomar, fresco com um final de boca saboroso e de média persistência. Importado e distribuído pela Expand onde você o encontra por cerca de R$24,00. I.S.P.  $  

 

         Gran Hacienda Riesling 2004, um vinho chileno produzido pela gigante Viña Santa Rita. Esperava um pouco mais, mas talvez a idade já comece a cobrar seu pedágio especialmente para quem, como eu, não abra mão da excelente acidez típica da casta. Aromas de boa intensidade e de boa tipicidade com algo floral que me fez lembrar jasmim. Na boca é agradável, leve, algo cítrico, macio com um final de boca de média persistência. Não chega a encantar, mas é um vinho saboroso. Por R$35,00, ou próximo disso, na Grand Cru. I.S.P. 

 

         Manzanilla La Gitana – um vinho diferente como todo o Jerez é! Uma boa introdução a este estilo de vinho fortificado, liquoroso, levemente oxidado, típico da região da Andaluzia na Espanha onde é envelhecido pelo sistema de Soleira. Em sendo um Manzanilla, é um Jerez fino de produção exclusiva na cidade de Salúcar de Barrameda, que beira o mar. De cor amarela clara, possui aromas difíceis de definir, mas certamente se encontram leveduras, algo que parece chá de camomila e talvez amêndoas tostadas. Na boca é seco, muito rico em sabores, delicado, fresco, algo herbáceo, levemente salgado, é um ótimo abridor de apetites (rsrs). Grande aperitivo acompanhando castanha de caju, azeitonas e um pouco de presunto cru, é uma experiência única e diferente de tudo o que já tomamos. Estranha no inicio, mas arrebatadora. Esta garrafa, a última que comprei por volta de R$38,00 há cerca de oito meses, tomei como aperitivo durante toda a semana, bão demais da conta sô! Ainda preciso estudar mais sobre os vinhos de Jerez e certamente ampliar minhas degustações, mas este é realmente uma ótima introdução a estes vinhos e volta e meia abro uma garrafa (500ml). Com o dólar de hoje, importação Mistral, está por algo ao redor de R$64,00. Uma experiência que recomendo. I.S.P.  

 

 

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Salute e Kanimambo

 

 

Desafio Torrontés

        Para o primeiro Desafio de Vinhos, que aconteceu na semana passada na Portal dos Vinhos contando com a presença de 8 amigos, escolhi os vinhos brancos elaborados com a uva Torrontés que está para os brancos como a Malbec para os tintos em terras argentinas. A banca de degustação foi composta de; dois outros blogueiros amigos o Alexandre do Diário de Baco e o Cristiano do Vivendo Vinhos, o Emilio proprietário da casa e profundo conhecedor, 4 enófilos leitores amigos do blog (Evandro Silva, José Roberto Pedreira, Fabio Gimenes e Dr. Luiz Fernando Leite de Barros) e euzinho aqui. Participaram do evento 9 rótulos de 7 diferentes importadoras, todos argentinos à exceção de um que era uruguaio. Enormes surpresas, algumas decepções e incrível como uma degustação às cegas pode contribuir para resultados inesperados.

Em um encontro descontraído, provamos os seguintes vinhos; Lorca Fantasia 06 de Mauricio Lorca (Ana Import), Crios 08 (Cantu/Br Bebidas), Alta Vista Premium 07 (Épice/Casa Palla), Santa Julia 07 (Expand), Alamos 07 (Mistral), La Linda 07 (Decanter) Don David 07 (Bruck/Portal dos Vinhos), Pisano Cisplatino 07 (Mistral) o único do Uruguai e o Colomé 06 (Decanter). Todos deram notas de degustação seguindo planilha básica e costumeira para este efeito, analisando-se os quatro parâmetros padrão; Visual, Olfativo, Gustativo e Final em que se determina o nível de equilíbrio e persistência em boca assim como o “conjunto da obra”. A soma de pontos dados por cada um foi somada e dividida pelo numero de membros da banca, apurando-se assim a média aritmética das notas, razão pela qual chegamos em notas fracionadas. Para efeitos comparativos, acho interessante, e sempre que disponíveis, relaciono n.os resultados as notas obtidas por estes vinhos na midia especializada tanto nacional como internacional.

Agora falemos dos vinhos, na ordem em que foram provados, que é o que interessa e razão pela qual você entrou neste post. Os comentários são uma composição das observações encontradas nas fichas de degustação tendo as garrafas sido cobertas por papel alumínio, numeradas e colocadas em baldes de gelo sendo servidas em torno de 7 para 9º.

 

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Alamos Torrontés 2007, produzido por Catena Zapata na região de Mendoza, importado pela Mistral com 87 pontos na Wine Spectator. Sem nenhuma passagem por barrica com boa tipicidade da cepa, mostrando um floral muito presente no nariz com algumas nuances de frutas tropicais. Na boca é suave fresco, equilibrado em seus parcos 13% de teor alcoólico, não muito comuns neste vinhos, com agradável final de boca com leve amargor que não chega a incomodar. Preço por volta de R$38,00 e nota média final obtida 80.43 pontos.

Colomé 2007, produzido em vinhedos biodinâmicos de cerca de 90 anos de idade, na região de Salta pela Bodega Colomé entre 1700 a 2300 metros de altitude, importado pela Decanter. Obteve 88 pontos da Wine Spectator. Uma paleta olfativa muito interessante e de boa intensidade lembrando maça verde e algo de chiclete, tipo tutti-fruti. Na boca mostrou um certo desequilíbrio alcoólico (teor de 13.6%), seco, com um final de boca amargo faltando-lhe frescor. Preço ao redor de R$42,00 e nota média final 73.86 pontos.

Don David 2007, produzido pelo grupo El Esteco, mais conhecido por aqui como Michel Torino, na região de Cafayate/Salta a 1700 metros de altitude. Importadora Bruck, tendo o vinho sido gentilmente cedido pela Portal dos Vinhos. O diferente deste vinho é que 10% do lote fica por três meses em barricas “sur lie”, um dos poucos torrontés no mercado que possui alguma passagem por madeira, tendo Robert Parker lhe dado 90 pontos e a Wine Spectator 81. Possui um nariz mais tímido, porém sedutor em que desponta o floral típico e algo de frutas brancas com toques de baunilha . Entrada de boca impactante, seco de bom frescor com algumas notas cítricas e um final de boca algo doce. Preço ao redor de R$37,00 e nota média final 77.43 pontos.

Cisplatino 2008, produzido no Uruguai pela Pisano, um dos melhores produtores daquela terras, com teor de álcool de 13.5% e trazido pela Mistral. Obteve 17 pontos/20 de Jancis Robinson. Nariz de grande complexidade, intenso e algo mineral que vai se abrindo na taça quando aprecem nuances de abacaxi, casca de laranja. Untuoso na boca, ótima acidez, leve, fresco, um torrontés diferente com uma personalidade muito própria, o que mais mexeu com as sensações dos presentes gerando calorosos comentários. Daqueles vinhos que precisa de um tempo em taça para se mostrar e o faz bastante bem mostrando um final de boca agradável e de média persistência. Preço ao redor de R$34,00 e a nota média final foi de 81.57 pontos.

Santa Julia 2007, linha de entrada da Família Zuccardi região de Mendonça na Argentina, importado pela Expand e com 83 pontos da Wine Spectator. O vinho apresentou-se com um nariz de uma certa tipicidade com um floral bastante intenso e só. Na boca é muito leve, magro, bastante desiquilibrado, final curto, algo verde com amargor forte. Pelo que conheço dos vinhos deste produtor, apesar da garrafa não aparentar quaisquer problemas, ainda acredito que tivemos azar com esta garrafa. Um dos membros da banca (Cristiano) tinha tomado um havia pouco tempo e estranhou a própria nota dada não se conformando até hoje! rsrs Acho que este vinho merece uma outra chance, até porque os R$23 permitem facilmente uma nova prova, porém desta feita a nota média final foi de 65.43 pontos.

Lorca Fantasia 2006, o único com um pouco mais de idade, é trazido pela Ana Import (www.anaimport.com.br) sendo produzido na região de Mendoza pela Bodega Mauricio Lorca de vinhedos de elevada densidade, apresentando um teor alcoólico de 14%. O Nariz e de boa tipicidade abrindo-se na taça quando aparecem aromas que lembram pêssego e damasco. Na boca é seco, untuoso, macio, algo desiquilibrado faltando-lhe frescor, final um pouco curto  com um amargor bastante presente. Em fevereiro de 2008 em uma degustação na ABS-SP, recebeu 86 pontos. Acho que a idade deve estar pesando. Preço em torno de R$36,00 e nota média final 71.29 pontos.

Crios 2008, um produto produzido nas Bodegas Domínio Del Plata na maestrina Suzana Balbo na região de Cafayate/Salta a 1760 metros de altitude, com 13.8% de teor alcoólico e importado pela Cantu. Paleta olfativa intensa e muito sedutora em que aparece maçã verde com nuances de algo químico. Balanceado, bastante cítrico, ótima acidez o que o deixa muito fresco e apeticível na boca que faz com que acabe rapidamente na taça. Final saboroso, vibrante e de muito boa persistência lembrando casca de laranja. O da safra de 2006 recebeu 84 pontos da Wine Spectator e ganhou medalha de ouro no último Argentina Wine Awards. O preço no mercado anda à volta de R$45,00, tendo recebido uma nota média final de 84.57 pontos.

Alta Vista Premium 07, mais um vinho da região de Cafayate/Salta trazido pela Épice e gentilmente cedido pela Casa Palla (Tel. (11) 4612-9402  e-mail casapalla@casapalla.com.br) para esta degustação. Possui 87 pontos na Wine Enthusiast e um teor de álcool de 14.5%. Bem claro, de aromas florais com algo de lichia e um jasmim desabrochando depois de um tempo em taça, na boca é macio e bem equilibrado, apesar do alto teor de álcool, agradável , bastante rico em sabores, fresco e vivo, final de boca de boa persistência e algo cítrica. Com preço em torno de R$50 teve uma nota média final de 81 pontos.

La Linda 2007, produzido pela Luigi Bosca na região de Cafayate/Salta é importado pela Decanter, possui 14.7% de teor alcoólico e passa 3 meses sur lie antes de engarrafar. Tem uma paleta olfativa muito intensa, mas delicada com algo que lembra flores do campo como lavanda, algo de rosas. Na boca fruta confeitada, seco, forte amargor, o álcool se mostra bem presente, mesmo variando a temperatura, o que desequilibra o conjunto. Na boca não cumpre as promessas do nariz, termina com uma persistência média e algo doce.  Preço em torno de R$35 e nota média final 70,56 pontos.

O podium fica então composto de: Crios 08, que ganhou este desafio, seguido do Alta Vista Premium, Cisplatino, Alamos e Don David.  Grato aos que participaram deste primeiro encontro, que serviu de aprendizado e preparação para os próximos a serem realizados, assim como a todos que cederam os vinhos para degustação devidamente sinalizados abaixo com o link para seu site. Lembrando, ser o ganhador do Desafio não necessariamente quer dizer que esse vinho seja melhor que todos os outros e sim a confirmação de que, nessa noite especifica; esse vinho, dessa garrafa caiu mais no agrado dos participantes de Desafio. Como um experiente atleta pode perder um jogo ou uma competição num dia e ganhar em outro, estar bem num dia e mal no outro, assim são os vinhos e nossa vinosfera.

Existem muitos outras dezenas de rótulos no mercado, impossível conhecer a todos, mas estes foram os rótulos que mais me tinham chamado a atenção. Uma avaliação importante resultante desta prova, e de alguns outros Torrontés tomados ao longo dos tempos, é que quanto mais jovens forem tomados melhor. Pela pesquisa que fiz e pelos vinhos que tenho provado, aparentemente esta cepa não envelhece bem, sendo recomendado seu consumo em até dois anos, até por uma margem de segurança. Então, compre e consuma com esta dica em mente

Salute e kanimambo

 

                                  

             

 

                             

 

      

Brancos & Rosés – Vinhos que Tomei e Recomendo de R$30 a 50,00.

Tomei e Recomendo vinhos brancos & rosés deste verão, parte dois, é de vinhos entre R$30 e 50,00, em que galgamos um degrau na qualidade com alguns belíssimos vinhos. Alguns estavam num patamar abaixo no quesito preços porém, com o advento dos problemas com o câmbio, lamentavelmente ultrapassaram a barreira dos R$30,00 o que, apesar de não os desabonar do ponto de visto qualitativo, tira-lhes algo da competitividade e glamour do preço. Eram fantásticamente bem “preçados” abaixo de R$30, porém ficaram apenas bons nesta faixa. É o caso dos brancos; Pascual Toso Sauvignon Blanc, Fonte do Nico Fashion ou o Calvet Sauvignon Blanc, todos vinhos muito gostosos e ainda atraentes, porém seriam campeões se estivessem 10% abaixo, alguns um pouquinho mais. Algumas das melhores relações Qualidade x Preço x Prazer vem exatamente desta faixa de preços e espero que você tenha a oportunidade de aproveitar alguns deste bons rótulos.

 

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Rosés – Três dos melhores vinhos provados neste painel vieram da Argentina e qualquer um deles é, a meu ver, uma grande escolha para quem gosta deste tipo de vinho. São todos vinhos de muita personalidade, sabor, enorme frescor e “sustança”, vinhos que têm o que nos dizer. Melipal 08* (Wine Company) rosé de Malbec verdadeiramente suculento, boa concentração e incrível textura, um vinho empolgante; Crios 07* (Cantu) mais um delicioso rosé de Malbec sedutor, vibrante, rico, ótima acidez e um longo e agradável final de boca, dois dos melhores provados neste painel, e o Reflejo Rosé de Syrah  (Vinea Store) muita framboesa e fruto doce, um vinho mais gastronômico porém sem perder o frescor e vivacidade, mostrando muita qualidade e equilibrio. Temos, no entanto, bem mais opções de igual nível de encantamento e satisfação; Branciforti Rosato 06* (Wine Premium) da região da Sicília elaborado com Sangiovese é um vinho de linda cor cereja, muito saboroso, boa acidez, que cresce muito com comida mostrando seu caráter eminentemente gastronômico; Majolica 07 (Santa Ceia) um rosé de Montepulciano d’Abruzzo bem balanceado, untuoso e fresco com final de média persistência; o estupendo Goats do Roam Rosé 07* (Expand) um sedutor assemblage sul-africano elaborado com 5 cepas diferentes, de aromas limpos e frescos lembrando frutas vermelhas, acidez excelente, boa concentração de fruta, groselha, mas seco e de boa persistência para um vinho destas características; o Estampa Rosé 07 (Decanter) corte de Cabernet Sauvignon e Syrah chileno de cor rosa pálido, suavemente frutado e delicado na boca, que garante satisfação como um aperitivo fresco e agradável apesar do teor de álcool um pouco alto; o Recorba Rosado 06 (Decanter) espanhol da Ribera Del Duero, de cor cereja escuro, encorpado de teor alcoólico alto, boa acidez e uma certa mineralidade, um vinho que pede comida sem a qual perde muito, complexo e, certamente, não do tipo de rosé que estamos habituados a bebericar sem grandes compromissos; o Rosato di Toscana 07 (Decanter) elaborado com Sangiovese, de boa tipicidade, correto, bem fresco na boca e fácil de beber, pode não empolgar, mas dá conta do recado se tomado como aperitivo num encontro informal de amigos. Para finalizar, dois franceses, um que me entusiasmou e outro nem tanto. O que mais me chamou a atenção foi o encantador Domaine Sorin 06* (Decanter) de linda cor salmonada que nos convida a provar, aromas tímidos, mas bastante agradáveis, boca suave, fresca, saborosa e equilibrada, ótima companhia para um peru à Califórnia ou um bate papo informal e o Domaine de Pontfrac 06 de Cotes de Provence no sul da França, elaborado com Grenache, Cinsault e Carignan, de cor muito característica e bonita dos rosés desta região, salmão bem clarinho, nariz de boa intensidade frutado e fresco com alguns toques florais e na boca parece que vai ………, mas não vai! Tem uma entrada de boca interessante e saborosa, mas some na boca de tão curto sendo interessante como um aperitivo leve.

 

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Brancos – Chardonnays, Vinhos Verdes, Sauvignon Blanc, Riesling, vinhos sedutores e sutis, vinhos francos e vibrantes, tem de tudo um pouco e muito bons. Dos vinhos verdes portugueses com tudo a ver com o nosso clima, farei um pequeno painel num futuro post, mas o Muralhas de Monção 06* (Barrinhas), Quinta do Ameal Loureiro* (Vinho Seleto) e Loureiro Muros Antigos 06* (Decanter), todos revisitados neste painel, e o Varanda do Conde 07* (Casa Flora) recém tomado, são vinhos vibrantes, de baixo teor alcoólico e ótima acidez, algo muito típico da região, verdadeiramente imperdíveis para serem tomados com frutos do mar grelhados, sós ou ainda acompanhando um bolinho de bacalhau ou até um acarajé!  Os portugueses famosos por seus tintos, mostram que seus brancos também são muito bons e vão além dos vinhos verdes afora possuírem preços muito corretos. É o caso do surpreendente Fonte do Nico Fashion 07* (Wine Company) que foi recentemente lançado em 2008 com uma estratégia de preços agressiva, tendo sido pego de calça curta pela crise mundial e o salto do câmbio que levou seus preço de fantásticos R$22 para R$35 o que foi uma pena. Mesmo a uns R$28 (ainda se encontram algumas garrafas por aí a esse preço) seria campeão em sua faixa, mas isto em nada altera seus sabores, frescor e prazer que dá ao ser tomado. Produzido na região de Terras do Sado, apesar de parecer um vinho verde, é um inusitado corte de Moscatel com um leve aporte de Arinto que resulta num vinho absolutamente sedutor e com tudo a ver com o nosso verão, seco na medida, aromas frutados, macio, balanceado de aromas frutados e algo floral bem aparentes, para ser tomado aos goles com seus parcos 10% de álcool. Já o Herdade Paço do Conde 07 (Lusitana) um corte de Antão Vaz e Arinto, é um vinho com mais corpo, curto e menos marcante, em que aparece um floral bastante intenso no nariz, vinho honesto que, se não encanta, também não desencanta,  sem contar todos os outros deliciosos rótulos já provados e comentados ao longo de 2008.

Saindo dos portugueses; um vinho alemão, coisa difícil de encontrar nesta faixa de preços, off-dry muito sedutor e equilibrado, um doce muito leve e muito bem equilibrado por ótima acidez, grande pedida como aperitivo é o Forster Mariengarten Kabinett 06* (Decanter) um riesling muito saboroso e agradável de tomar com apenas 10% de teor alcoólico, o estupendo Pascual Toso Sauvignon Blanc 07* (Interfood) argentino, mais um que estava por volta de campeonissímos R$25 e teve que ser aumentado para cerca dos, ainda muito bons, R$32,00, para ser tomado por volta dos 8º, mostra toda sua tipicidade com muita suavidade e boa intensidade aromática e de sabores, um vinho sedutor que encanta fácil e deve acompanhar maravilhosamente bem um spaghetti al vongole (sem tomate) que só de pensar me dá água na boca! Ainda na linha dos Sauvignon Blanc de que tanto gosto, o gostoso chileno William Cole Mirador 07* (Ana Import) ótimo nariz em que ressaltam os aromas de frutas tropicais e algo herbáceo, boa persistência e frescor, mostrando-se na boca com caráter cítrico muito saboroso e boa estrutura que o faz um vinho não só para um agradável bebericar, como para acompanhar um prato como um salmão grelhado, não sendo à toa que é considerado um dos melhores vinhos desta cepa sendo produzidos no Chile, o também chileno Casillero del Diablo Sauvignon Blanc 2008 (VCT Brasil) com screw cap, fechamento usado por eles nos vinhos aromáticos, de que gostei muito. Muito intenso no nariz e muito fino na boca onde apresenta bastante frescor, algo cítrico e uma certa mineralidade que me agradou muito e, ainda, o Francês Calvet Conversation 06 (Interfood) da região de Bordeaux, que só por R$1,50 não caiu na faixa anterior sendo um dos mais competitivos desta faixa, de nariz tímido é na boca que mostra todo o seu valor sendo macio, balanceado, suave, fácil de tomar e agradar sendo grande companhia como um aperitivo num bate-papo informal ou como acompanhante de entradas leves num almoço de verão. Da Espanha vem um delicioso Verdejo da região de Rueda e uma das melhores relações Qualidade x Preço x Prazer desta faixa de preços que é o Vega los Zarzales 07* (Wine Premium) de cor palha dourada como uma espiga de trigo ao sol, aromas de que lembram maça verde e algo floral, mas sendo na boca que ele explode mostrando todo o seu sabor, ótima acidez, cremoso e algo untuoso num conjunto muito agradável de boa persistência que acompanhou muitíssimo bem um prato de antipasti diverso, especialmente uma berinjela com uva passa e castanha de caju, muito yummy.

Por ultimo deixei três chardonnays muito agradáveis e diferentes entre si; Primeiramente o Trio Chardonnay 07* (Expand) da Concha y Toro chilena que é um corte muito bem elaborado tendo como protagonista a chardonnay muito bem escoltada por partes iguais de Pinot Grigio que lhe agrega frescor e Pinot Blanc que traz elegância e estrutura ao vinho, um daqueles vinhos que mostram a aptidão desta vinícola para produzir bons vinhos por bons preços e este não nega a raça, cremoso, macio mostrando estar muito balanceado com um frescor muito agradável e um final de boca com leves nuances de abacaxi e algo mineral que me agrada muito; os argentinos Família Gascon Chardonnay 07* (Wine Company) sem os excessos de madeira típico dos chardonnays da região, foi uma grata surpresa que me encantou por sua delicadeza de aromas de frutas tropicais com nuances leves de baunilha, pleno de frescor e sabor com ótima acidez e um saboroso final de boca de média persistência que nos deixa aquela sensação de quero mais e o Fabre Montmayour Chardonnay 07* (Wine Premium) elaborado com cepas extraídos de vinhedos de cerca de 60 anos, de grande estrutura, nariz intenso de ananás e algo de baunilha (mas sem madeira), na boca, todavia, aquela sugestão de madeira desaparece, é balanceado, rico, saboroso, delicioso final de boca, um vinho cativante e essencialmente gastronômico.

Afora o painel especifico de Vinhos Verdes que publicarei um pouco mais adiante, nesta próxima semana farei uma prova às cegas com alguns rótulos elaborados com a cepa Torrontés. Para este “Desafio Torrontés” separei alguns rótulos interessantes como o Crios, Alta Vista Premium, Alamos, Santa Julia, Colomé, Mauricio Lorca, Pisano Cisplatino e, talvez, mais um ou dois a serem definidos. Aguardem!

Assim que der darei sequência com os vinhos acima de R$50,00 que não são muitos, mas são de prima! Ao longo dos próximos dias seguirei mostrando um pouco mais de vinhos brancos e rosés provados, até porque o verão segue e as descobertas também, então continue passando por aqui. Gostou das sugestões, quer provar? Aproveite algumas das promoções ainda disponíveis no mercado e faça seu estoque. Contate os importadores, os lojistas parceiros ou pesquise junto a seu fornecedor predileto, mas não deixe de aproveitar estas delicias.

Salute e kanimambo

Brancos & Rosés – Vinhos que Tomei e Recomendo até R$30,00

Cá estamos em pleno verão e este calor, intercalado por chuvas incessantes, (ou seria o inverso?) clama por comidas mais leves e vinhos mais suaves e frescos. Invariavelmente, vem-nos à mente o delicioso vinho branco com suas sedutoras e sutis nuances aromáticas assim como os, agora na moda, vinhos rosé. Para que se tenha uma idéia, no Reino Unido, um dos principais centros de consumo do mundo, as vendas de vinho rosé aumentaram 17% em 2008 e, muito, em função de sua versatilidade. No verão passado fiz matéria quase que só sobre vinhos brancos, porém neste ano optei por fazer um painel de vinhos brancos e rosés tomados e provados no ultimo trimestre de 2008, junto com uma série de novos rótulos neste ultimo mês de Janeiro. Desse volume razoável de rótulos, cerca de sessenta, algumas muito boas relações Qualidade x Preço x Prazer, as quais começarei e listar hoje neste post de Tomei e Recomendo até R$30,00.

 

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A maioria dos vinhos obtidos para montar este painel, foram de brancos, mas recebi alguns bons rosés e tentamos manter os preços o mais convidativos possível. Por outro lado, no caso dos rosés mencionarei alguns vinhos tomados no ano passado, mas que creio importante incluir para ter um universo de prova maior.  No palato, os rosés mais claros (de pouco contato com as peles) e suaves acabam tendo a mesma “funcionalidade” dos brancos, inclusive no quesito harmonização, mostrando muita delicadeza e frescor como a grande maioria dos vinhos franceses da região de Provence. Já os mais escuros (maior contato do mosto com as peles) costumam ser mais robustos, possuem sabores mais concentrados e ricos podendo chegar a ser, até, levemente tânicos. Em ambos os casos, no entanto, a origem tinta é muito evidente com uma forte presença de aromas e sabores de frutas silvestres como amoras, morangos e até groselha. Para quem quiser mais detalhes, publiquei um post há dois dias mostrando como se elaboram os rosés.

Dos rosés provados, alguns se destacaram por sua delicadeza de sabores, por seu equilíbrio ou, ainda, por sua intensidade aromática, sabor ou cor. Na grande maioria são vinhos muito agradáveis e fáceis de tomar já encantando pela cor. Já nos brancos, evitei falar daqueles já listados anteriormente no blog, exceção feita àqueles que revisitaram minha taça. Tanto nos brancos como rosés, tenho uma preferência por vinhos frescos e vibrantes de baixo teor alcoólico então muitos destes vinhos certamente revelarão essa influência, apesar de ter gostado de vinhos que não necessariamente atendam a esse quesito. Podem-me retrucar que teor de álcool não tem nada a ver se bem equilibrado, mas ai eu lembro do teste da terceira taça que neste tipo de vinho é essencial.  Uma pena que os aumentos de preço, tema que já comentei por diversas vezes, nos tenha limitado um pouco a disponibilidade de vinhos nesta faixa de preços, especialmente rosés, porém creio que ainda nos restaram uma porção de bons rótulos a serem apreciados. Bem, chega de lero e vamos logo as finalmente, aos vinhos que Provei e Recomendo lembrando que os meus preferidos eu marco com um asterisco, estes são aqueles com algo mais, que me seduziram.

Até R$30,00 – Não canso de repetir que a qualidade do vinho não está no preço da garrafa e sim em seu conteúdo e aqui, mais uma vez comprovo isso. Todos mais leves, frescos e fáceis de beber com teor de álcool comedido e muito agradáveis, alguns com preços campeões, especialmente aproveitando esta época de promoções e todos, dentro de seu contexto, de muita qualidade. São vinhos descompromissados, porém muito saborosos que valem muito o preço cobrado.

 

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Rosés – É o caso do sul africano Obikwa 07* (Interfood) elaborado com Pinotage, um vinho que me surpreendeu por seu imenso frescor, e riqueza de aromas e sabor, bem com a cara do verão; os argentinos Santa Julia 07* (Expand) rosé de Syrah, cor clarete, melhor na boca que no nariz, leve, refrescante e fácil de agradar e o Finca La Linda 07 (Decanter) rosé de Malbec, algo seco e sem o frescor esperado com final de boca quente em função do álcool, quando reduzida a temperatura para cerca de 6º, ficou mais amistoso; do espanhol Artero 07* (Decanter) rosé de Tempranillo com aromas de frutos silvestres tipo amora e morango, na boca é um pouco mais encorpado que os outros nesta faixa de preço, boa acidez, um estilo mais gastronômico, mas que também vai bem como aperitivo; os portugueses Quinta de Cabriz 07 (Expand) um corte meio a meio de Touriga Nacional com Alfrocheiro uvas típicas do Dão, é bem aromático tipo tutti-frutti, na boca é bem agradável, leve e fresco com uma certa dose de mineralidade e um leve residual de açúcar que deixa o final de boca meio adocicado, interessante opção para uma beira de piscina com petiscos variados e o Terra d’Uva 07* (Lusitana) elaborado com Aragonês possui linda cor cereja e os aromas repetem o visual, boa fruta, média concentração e textura muito agradável com ótimo frescor e álcool comportado, persistência boa, muito saboroso, um bom aperitivo que deve acompanhar bem pratos leves. Para finalizar, o brasileiro Fausto 07 (Pizzato) elaborado com Merlot é um vinho leve, bem frutado e fácil de tomar, delicado, saboroso, acidez balanceada que o deixa bem refrescante devendo ser tomado, idealmente, bem refrescado próximo dos 6º.

 

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Brancos – Dos vinhos brancos, que teimamos em só dar valor nesta época do ano, tomei alguns sensacionais. De diversos estilos e cepas e para todos os bolsos. A partir de R$20 já se encontram vinhos extremamente agradáveis, frescos e ótima companhia para aquele camarãozinho grelhado, bolinho de bacalhau ou lulas à dorê no final de tarde vendo o sol se pôr no horizonte. Sol, praia/piscina, frutos do mar, a combinação perfeita à qual só falta adicionar o vinho e companhia certos para atingir o nirvana. Vinhos da uva riesling, verdejo, verdichio e sauvignon blanc com sua boa acidez e frescor, são dos que melhor combinam com esse programa de final de tarde, especialmente se tiverem um baixo teor alcoólico e um preço condizente, que caiba facilmente no bolso. Mas não esqueça dos chardonnays, dos cortes, vinhos verdes, loureiro, semillon, etc… São inúmeros os rótulos e cepas a serem conhecidas e aproveitadas em todo o seu esplendor! Nesta faixa de até R$30,00 encontramos muitos destes vinhos. Rótulos como os nossos Salton Volpi Sauvignon Blanc 08* que me surpreendeu por sua tipicidade, equilíbrio e frescor e ainda por cima é um dos que tem melhor preço, uma bela opção e o Valduga Gewurtzraminer 08* um dos melhores produzidos no Brasil, com bastante tipicidade e bem refrescante, um companheiro fiel de meus pratos de curry; os chilenos Sucre 08* (Wine Company) produção própria num projeto super interessante buscando qualidade com preço baixo, com objetivo totalmente bem sucedido neste Sauvignon Blanc muito saboroso e suave e o Misioneros Del Rengo 07* (Épice) um Sauvignon Blanc que volta e meia está na minha taça e é um grande achado com boa intensidade aromática, balanceado, muito fresco, leve e fácil de agradar; todos estes S. Blanc são muito frescos e fáceis de encantar, ótima pedida para um aperitivo e até acompanhamento de pratos leves e menos condimentados como um peixe grelhado ou um fettucine com salmão. Mas tem mais; o italiano Verdichio dei Casteli di Jeisi de Umani Ronchi 07* (Expand) uma delicia de vinho, bem cítrico, mineral e muito refrescante, um verdadeiro achado nesta faixa de preços que acompanha maravilhosamente bem frutos do mar grelhados; o chileno Cono Sur Riesling 07* (Wine Premium) outro companheiro inseparável de meus pratos com curry, mas também ótimo para somente bebericar com os amigos, o uruguaio Filgueira Sauvignon Gris 07 (Decanter) um vinho elaborado com uma uva não muito comum e, a meu ver, um vinho muito saboroso com um pouco mais de corpo que serve como aperitivo, mas cresce quando acompanhando um prato. Tem mais; da Argentina o Trapiche Torrontés 07 (Interfood) um pouco tímido no nariz, seco e faltando-lhe um pouco de acidez dando conta do recado, mas não encantando, bom para bebericar descompromissadamente com os amigos e bem geladinho e o Septima Chardonnay/Semillon 06 (Interfood) um bom vinho, mais sério e seco, bem equilibrado, corpo leve para médio, que pede comida, devendo ser um ótimo acompanhamento para fondue de queijo, pizza mussarela ou, quem sabe, até um bacalhau cozido à portuguesa. Por falar em coisas portuguesas não poderia faltar o vinho verde neste caso um campeão na relação Qualidade x Preço x Satisfação o ótimo, Quinta da Aveleda 07* (Interfood) corte de Loureiro/Alvarinho/Trajadura de muito frescor, equilíbrio e sabor, ótima companhia para grelhados e frituras como um bolinho de bacalhau. Portugal, no entanto, não é só vinho verde e o Dão Quinta de Cabriz Branco 07 (Expand) corte de Encruzado, Cerceal, Bical e Malvasia-fina é um vinho muito correto, saboroso e fácil de beber tanto como aperitivo quanto acompanhando algum prato leve tanto á base de peixe e frutos do mar quanto de uma carne branca. A meu ver, uma seleção de vinhos que valem o preço cobrado e que podem fazer a festa neste verão sem grandes rombos no seu bolso.

Gostou das sugestões, quer provar? Aproveite algumas das promoções ainda disponíveis no mercado e faça seu estoque. Contate os importadores, os lojistas parceiros ou pesquise junto a seu fornecedor predileto, mas não deixe de aproveitar estas delicias. Na segunda-feira tem mais quando apresentarei vinhos um pouco mais elaborados e mais complexos, outros nem tanto, porém todos muito agradáveis de tomar só ou acompanhados, são os vinhos entre R$30 a 50,00. Tanto brancos como roses, algumas preciosidades imperdíveis. Talvez não para comprar de caixa, como alguns destes aqui acima, mas certamente ótimas opções para sua adega.

Salute e kanimambo.

Brancos & Rosés, um Mundo de Cores

Antes de começar a postar alguns dos vinhos que Tomei e Recomendo dentro os vinhos provados neste painel de Brancos & Rosés, com tudo a ver com o nosso quente e chuvoso verão, creio interessante explicar como se faz um vinho rosé. Como sempre, muitos já saberão como, porém também existe muita gente por aí que desconhece os métodos usados e está curiosa, porém tímida de perguntar. Como um dos objetivos deste blog é também compartilhar conhecimento, vamos lá, vejamos as formas de elaborar um vinho rosé. Existem basicamente três formas de vinificação de rosados; mistura de tintos e brancos, prensagem e sangria.

 

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Mistura de tintos e brancos. Afora Champagne, onde a mistura de vinhos brancos e tintos é permitida na elaboração do Champagne Rosé, esta forma não é aceita pelo mercado e proibida na maior parte dos países produtores. Gera produtos be baixo nível de qualidade e pode, eventualmente, ser encontrado em vinhos de mesa elaborados de uvas americanas.

Prensagem direta como nos vinhos brancos. O vinho rosado de prensa é feito de uvas tintas esmagadas e a seguir prensadas em temperatura bem elevada com uma parcela dos pigmentos sendo dissolvida no mosto. Neste caso, a intensidade da cor dependerá da intensidade da prensagem utilizada. O mosto rosado é então fermentado sob as mesmas condições do mosto de uvas brancas a baixas temperaturas e bem protegido de oxidação.

Maceração rápida ou curta, método em que se obtém vinhos de melhor qualidade sendo o mais comum hoje em dia. Neste caso, a maceração (contato do mosto com as cascas das uvas) é restrita a um curto período de tempo, de cerca de 10 a 12 horas podendo chegar até 24 horas, até atingir a extração de cor e sabores que o enólogo deseja. Após esse tempo, o tonel é “sangrado” para remover de um terço a um quarto de seu conteúdo para elaboração do rosé, e o restante segue para a produção de vinho tinto.

         Abaixo segue uma figura, extraida do site Vins de Loire, que mostra claramente, mesmo que com legendas em francês, a diferença entre estes dois últimos métodos de vinificação de vinhos rosados.

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Os vinhos rosés podem ser elaborados com uma infinidade uvas, tanto como varietais como em cortes, depende da criatividade de cada enólogo e região produtora. Lá se vão os tempos de vinhos fracos, desiquilibrados e mal feitos. Hoje os vinhos rosados estão na moda em função do grande aumento de qualidade havendo diversos ótimos vinhos no mercado seja para um aperitivo descompromissado com os amigos num happy hour, ou vinhos mais elaborados e requintados que acompanham muito bem uma refeição e são bastante gastronômicos. Harmonizam bem com saladas, frutos do mar, paella, carnes brancas (frango e peru), comida chinesa (especialmente com molhos agridoces), salmão grelhado, lanches, etc.. Opte por buscar vinhos de menor teor alcoólico e boa acidez, tomando-os jovens (entre um a dois anos de garrafa), e bem refrescados entre 6 a 10º muito como você faria com um branco.

Ao longo dos próximos trinta dias postarei diversas matérias sobre deliciosos vinhos brancos e rosés pesquisados e provados ao longo dos últimos 60 dias. Foram cerca de 60 rótulos dos mais diversos estilos e preços, uns leves para bebericar outros mais evoluídos e gastronômicos no todo um painel que me agradou muito e deixará saudades. No final postarei a lista dos vinhos que mais me encantaram e comporiam a minha adega. De todos os vinhos, tentei evitar aqueles sobre os quais já falei em matéria especifica sobre brancos que publiquei aqui  e aqui , no ano passado. Alguns revisitei neste painel, mas poucos dentro do universo provado.

Salute e kanimambo

Dr. Loosen

dr-loosenQuem não conhece acha que é qualquer outra coisa, menos o nome de um produtor de vinho. Seu proprietário, Ernst Loosen, tem um jeito diferente de ser com um visual meio cientista e intelectual, um verdadeiro doutor com formação em arqueologia que se viu forçado a assumir os negócios da familia com a aposentadoria de seu pai. Com a mesma determinação e paixão aplicada a seus estudos arqueólogicos, em que mais se interessava pelas pedras da Roma Antiga do que pelo Riesling do Mosel, em 1980 mergulhou de cabeça em um novo e desafiante projeto, o de tocar os vinhedos da familia com mais de dois séculos de história. Após oito anos de estudos, em 88 assume totalmente a vinícola imprimindo sua filosofia de trabalho, projetos e conceitos já que, como ele diz, “os grandes vinhos começam na cabeça”. Os vinhos da Dr. Loosen trazem esse jeito vibrante e apaixonante, mostrando possuir muita elegância, personalidade, são caldos alegres, sedutores e extremamente prazerosos de serem tomados. Longe dos tempos das garrafas azuis, vinhos ralos e sem graça, aqui encontramos o verdadeiro vinho alemão em toda a sua essência e sabor. A Dr. Loosen possui propriedades em outras regiões da Alemanha, mas desta feita tive o grato privilégio de conhecer os vinhos do Mosel, e um de Pfalz, em especial de seus vinhedos em Urzig e região.

          Os vinhos alemães são difíceis de decifrar no rótulo, já que são menos conhecidos, o idioma alemão não é dos mais fáceis e seus vinhos brancos possuem diversos níveis de doçura. Seus vinhos vão do seco (trokken), meio-seco ou off-dry (halbtrocken) até o mais doces (passando por diversos estágios). Na hora da compra, se não conhecer e prestar atenção, fica fácil dançar e falo por experiência própria. Não tanto com relação à qualidade, já que a maioria hoje sendo importada pela principais importadoras é de muito boa qualidade, porém fica difícil de harmonizar um vinho bem doce com seu prato principal ou até como aperitivo ou um vinho seco com sua sobremesa. Ainda preciso falar do vinhos da Alemanha e aí entrarei em detalhes sobre o complicado sistema de classificação deles, porém sugiro se informar bem na hora da compra, especialmente se estivemos falando dos vinhos Riesling.

         Como disse Ernst Loosen, nesta degustação da ABS-SP, enquanto loosen-houseos ingleses recebem seus convidados com um chá da tarde, o alemães do Mosel o fazem com umas taças de Riesling devido ao seu baixo teor alcoólico (7 a 11º) e enorme refrescância. A alta acidez adicionada ás características únicas do solo da região, que lhe aportam uma ótima mineralidade, fazem do Riesling desta região um vinho muito mais leve, suave e delicado do que os da vizinha Alsácia  e permitem que se produzam vinhos doces absolutamente divinos e balanceados mesmo com um alto grau de residual de açúcar. Eu poderia ficar horas falando deste produtor ou encher páginas com informações, mas nada melhor do que você dar uma passada por seu completíssimo site e aproveitar e tomar uma aula sobre os Rieslings do Mosel. Conheça a maravilha do lugar e algumas características da região, seus solos e o que faz esta região ser um ícone quando se fala de vinhos elaborados com a uva Riesling. Preferencialmente, faça isso acompanhado por uma taça de seus vinhos, nem que seja o Dr. L, um vinho mais simples e mais barato, porém delicioso sendo uma ótima introdução a estes vinhos.

        loosen-harvest-1 Para finalizar, sempre me estendo demais quando me entusiasmo com algo, e para mostrar que não existem verdades absolutas em nossa vinosfera, imagine tomar um vinho de 30 anos, branco, sem passagem por madeira, compará-lo com o mesmo rótulo só que com dois anos de idade e você quase não encontrar diferença na cor! Incrível não? Pois este é mais um dos segredos e características dos vinhos da região, como veremos mais adiante, certamente devido á incrível e balanceada acidez originadas nestes vinhedos plantados nas colinas que margeiam o rio Mosel. Com colheita manual muitas vezes executada nas frias madrugadas, é daqui que saem alguns dos melhores Rieslings do mundo e onde a cepa encontrou as condições para exaltar todas as suas sutis nuances e grande finesse. Ernst Loosen soube, como poucos, explorar esse terroir em toda a sua plenitude extraindo alguns preciosos néctares. Mas, falemos dos vinhos degustados.

 loosen-panorama-1

 

Dr. L Riesling Qualitatswein 06

Aromas cítricos de boa intensidade e algo floral, enorme frescor, seco, balanceado, muito leve e agradável, uma ótima opção de entrada ao delicado mundo dos Rieslings. Elaborado, normalmente, com uvas compradas na região buscando oferecer um produto competitivo e de qualidade. Pela relação Qualidade x Preço x Prazer, volta e meia perambula por minha mesa! Teor alcoólico de 9º e o preço está por volta de R$55,00.

 

Urziger Riesling Kabinett 06

De vinhedos com cerca de 60 anos plantados em solo vulcânico vermelho, possui um nariz muito fresco e cítrico. A cor é um palha claro e límpido quase transparente e muito convidativa. Na boca é diferente, algo especiado misturado com fruta, mineral, cremoso e muito vivo na boca com alguma agulha. Vinho sedutor, muito equilibrado com um saboroso final de boca de boa persistência. Com teor alcoólico de 8º custa ao redor de R$110,00

 

Urziger Riesling Kabinett 78 – É isso mesmo, não errei não, 78!

O mesmo vinho de acima, porém totalmente diferente. A cor é impressionantemente similar á do 06, com exceção de que é um pouco mais escura, menos translúcida. Não tivesse os dois ali para comparar, certamente este 78 passaria por um vinho jovem. De acordo com Ernst Lossen, há pouco tempo tinha feito uma prova de vinhos antigos e um 1911 ainda apresentava leve acidez presente enquanto um 37 se encontrava em plena forma. Somente o 1900 estava já quase morto. Não é o mesmo vinho, como não somos aos 50 o que éramos aos 30! Mudou, adquiriu uma outra complexidade, perdeu os cítricos tendo ganho aromas vegetais de cogumelos/fungos e traços de “sous-bois” (matéria vegetal em decomposição), algo muito apreciado pelos especialistas, mas que não chega a me encantar. O final é longo, com a acidez ainda bem presente ressaltando os sabores, corpo médio e consistente. Pessoalmente, prefiro-o mais jovem e cítrico, mas sem duvida alguma é um grande vinho de muita complexidade. Sem preço.

 

Erdener Treppchen Riesling Auslese 06

Um vinho maravilhoso, doce, talvez o que mais me tenha entusiasmado nesta degustação, tendo alcançado status de um de meus Deuses do Olimpo. Muito boa paleta olfativa com forte presença de frutos cítricos. Na boca confirma com uma doçura muito bem balanceada pela ótima acidez e mineralidade em perfeita harmonia. Longo, saboroso, complexo, uma delicia para ser saboreado com calma aproveitando todas as suas nuances e melhor ainda, de acordo com Ernst Loosen, depois de uma meia duzia de anos. Duro é esperar e ficar só em uma garrafa! De vinhedos nas encostas do Mosel em solo de xisto/ardósia, álcool de 7.5º  com o preço por volta de R$138,00 (1/2 garrafa).

 

JL Wolf Pechstein Riesling Spatlese 05

Da região de Pfalz com terroir bem diferente, de vinhedos plantados sob basalto negro que trazem ao vinho características diferentes. Um vinho de mais corpo que é guardado em cave por dois anos antes de ser comercializado. Bem mineral, elegante, macio, meio-doce, concentrado, algo de mel no final de boca. Com 11º de teor alcoólico e um preço por volta de R$125,00

 

          Você poderá encontrar estes vinhos na Expand que é importador e distribuidor exclusivo (Era. A partir de 2011 é a Inovini) da Dr. Loosen. Legal mesmo deverá  ser tomar um desses néctares sentado num terraço olhando o Mösel e os vinhedos, aí sim seria o nirvana!

Salute e kanimambo, ou melhor, vielen dank.

 

Tomei e Recomendo Extra – Vinhos Brancos

              A Andréa e outros amigos, pediram-me algumas dicas de vinhos brancos então preparei aqui uma lista de diversos vinhos, cepas e origens. Todos tomei e todos recomendo como bons vinhos dentro de suas faixas de preço. Como sempre digo, há uma enorme quantidade de bons rótulos por aí que não provei e que poderiam estar nesta lista, mas só comento o que efetivamente conheço. De qualquer forma, é um numero considerável de vinhos de vários estilos, preços e cepas entre os quais, diversos que se tornaram meus preferidos em suas faixas de preços tendo-os marcado com um asterisco. 

               Alguns para o dia-a-dia, como os Chardonnay da Ochotierras e da Alamos, ou ainda o Sauvignon Blanc da Misiones e o Verdichio de Castelli de Jesi de Umani Ronchi, são para comprar de caixa devido ao preço super convidativo, pelo prazer que transmitem e pelo fato de que o verão está chegando e, mais do que nunca, é nessa época que o consumo aumenta. Gente, espero que aproveitem, são cerca de 70 rótulos selecionados. Existem aqui vinhos muito saborosos com preços incríveis, outros de grande complexidade e verdadeiros néctares, uns para serem tomados mais como aperitivo na introdução a um jantar, outros para serem protagonistas nesses jantares. Listei, também, locais de compra, tanto lojas como importadores todos com os endereços de contato em Onde Comprar, com preços referenciais deste mês. Mesmo estando em outros Estados e cidades que não São Paulo, isto vos dá uma idéia de custo que, espero, lhes ajude nas compras. Um lembrete, a lista da Mistral está em USD então os preços que aqui listei em reais, usando a taxa média de R$1,80,  podem sofrer fortes oscilações.

           Relacionei vinho de até o máximo de R$150,00, sempre listando vinhos que Tomei e Recomendo e, conforme for provando outros vinhos passíveis de freqüentar esta lista, os estarei incluindo. Se tivesse uma loja, certamente esses rótulos lá estariam disponíveis e, com asteriscos aqueles que certamente estariam na minha adega. Existem alguns outros néctares com preços bem acima destes como; o Puligny-Montrachet 1er Cru Champs Gains 05 (Decanter) ou o Puligny-Montrachet 1er Cru “Les Chalumeaux” 06 (Bruck), mas aí estamos falando de exceções que custam acima de R$300/400 e este não é o foco da matéria. É isso amigos, aproveitem. Eu cá ando me estocando para o verão, o problema é que esses vinhos são tão gostosos que não sei se o estoque chegará lá! Salute, boas compras e aproveitem as delicias, sutilezas e frescor destes vinhos. Assim que der preparo uma lista, menor, somente de vinhos de sobremesa brancos.

Vinho

Cepa

País

Onde

 R$

Ochotierras*

Chardonnay

Chile

BR Bebidas

18,00

Condes de Barcelos

Loureiro/Trajadura/Pedernã

Portugal

Kylix

20,50

Emiliano

Sauvignon Blanc

Chile

Emporium

22,00

Pisano Cisplatino

Torrontés

Uruguai

Mistral

22,00

Misiones de Rengo*

Sauvignon Blanc

Chile

BR Bebidas

23,00

Barão do Sul*

Fernão Pires/Moscatel

Portugal

Lusitana

23,00

Pizzato

Chardonnay

Brasil

Casa Palla

25,00

Callia Alta

Chardonnay

Argentina

Decanter

25,00

Cono Sur*

Riesling

Chile

Cia. Do Whisky

25,40

Casa Valduga Premium

Gewurtzraminer

Brasil

Portal

28,50

Dal Pizzol

Sauvignon Blanc

Brasil

Portal

29,00

Alamos*

Chardonnay

Argentina

Kylix

29,20

Filgueiras

Sauvignon Gris

Uruguai

BR Bebidas

29,50

Hardy’s Stamp

Riesling e Gewurtzraminer

Austrália

Casa Palla

29,90

Castelli di Jesi – Umani Ronchi*

Verdicchio

Itália

Expand

30,00

Estampa*

Viognier/Chardonnay

Chile

Decanter

31,00

Terras do Pó*

Fernão Pires

Portugal

Lusitana

31,00

Quinta da Aveleda*

Alvarinho/Trajadura/Loureiro

Portugal

Portal

31,50

AltoSur Sauvignon

Sauvignon Blanc

Argentina

Expand

33,00

Lisa

Moscatel (seco)

Portugal

Lusitana

34,00

Muralhas

Alvarinho e Trajadura

Portugal

Cia. Do Whisky

35,90

Crios*

Torrontés

Argentina

Cia. Do Whisky

37,30

Goats do Roam White*

Chenin/Viognier/Semillon +

África do Sul

Expand

38,00

Guy Saget Muscadet de Sèvre Sur Lie

Muscadet

França

Mistral

38,00

Callia Magna*

Viognier

Argentina

Decanter

40,00

Chateau Peyruchet Blanc*

Sauvignon Blanc/Semillon

França

Expand

40,00

Don Pascual Reserva*

Viognier

Uruguai

Expand

40,00

Casa Defra Pinot Grigio*

Pinot Grigio

Itália

Wine Company

40,00

Chartron La Fleur Blanc*

Sauvignon Blanc

França

Mistral

41,00

De Wetshof Estate Bon Vallon Sur Lie*

Chardonnay

África do Sul

Mistral

41,00

Branciforti Bianco*

Grecanico

Itália

Wine Premium

41,00

Les Fumées Blanche*

Sauvignon Blanc

França

Zahil

41,00

Ventisquero Reserva*

Sauvignon Blanc

Chile

Portal

43,00

Dom Rafael Branco*

Antão Vaz e Arinto

Portugal

Portal

45,00

Cordilheira de Sant’ Ana

Gewurtzraminer

Brasil

 Saint Vin Saint

46,00

Cordilheira de Sant’ Ana*

Chardonnay

Brasil

Saint Vin Saint 

46,00

Muros Antigos*

Loureiro

Portugal

Kylix

47,00

Sta. Margherita*

Pinot Grigio

Itália

BR Bebidas

48,00

Nicodemi Trebbiano d’Abruzzo

Trebbiano

Itália

Decanter

48,00

Guy Saget Vouvray

Chenin Blanc

França

Mistral

48,00

Vila de Frades Reserva

Antão Vaz/Perrum

Portugal

Portal

49,00

Quinta do Ameal Loureiro*

Loureiro

Portugal

Seleto

49,50

Catena

Chardonnay

Argentina

Casa Palla

49,90

Deu la Deu*

Alvarinho

Portugal

Cia. Do Whisky

49,90

Les Salices*

Viognier

França

Zahil

51,00

Dr. Loosen *

Riesling

Alemanha

Expand

55,00

Sauvignon VdP Fournier Pere et Fils

Sauvignon Blanc

França

Expand

55,00

Cheverny Le Vieux Clos*

Sauvignon Blanc/Chardonnay

França

Decanter

64,00

Rutini Chardonnay*

Chardonnay

Argentina

Zahil

66,00

Nicodemi Notári*

Trebbiano

Itália

Decanter

68,00

Marcel Deiss Pinot Blanc Bergheim

Pinot Blanc

França

Mistral

72,00

Cartagena

Chardonnay

Chile

Vinea Store

74,00

Bouza Albariño

Albariño

Uruguai

Decanter

75,00

Lagar de Cervera*

Albariño

Espanha

Zahil

75,00

Soalheiro*

Alvarinho

Portugal

Mistral

76,00

Dr. Burklin-Wolf Riesling Qba Trocken*

Riesling

Alemanha

Mistral

79,00

Anakena Ona Blanco*

Viognier/Riesling/Chardonnay

Chile

Mercovino

79,00

Chablis 1er Cru Montmains*

Chardonnay

França

Nova Fazendinha

80,00

Arboleda Chardonnay

Chardonnay

Chile

Expand

85,00

Zagra

Insolia

Itália

Vinea Store

85,00

Monte da Penha Branco*

Arinto/Roupeiro/Fernão Pires +

Portugal

Vinea Store

87,00

Dão Encruzado – Quinta dos Roques*

Encruzado

Portugal

Decanter

89,00

De Martino S. Blanc Single Vineyard

Sauvignon Blanc

Chile

Decanter

97,00

Chablis Albert Bichot*

Chardonnay

França

Expand

98,00

Mademoiselle T – Pouilly-Fumée*

Sauvignon Blanc

França

Decanter

99,00

Tiziano

Verdiso e Incrocio Manzoni +

Itália

Marimpex

100,00

Grainha*

Gouveio/Viosinho/Rabigato

Portugal

Vinea Store

107,00

Aquarelle Pouilly-Fumée

Sauvignon Blanc

França

Mistral

108,00

Santagostino Bianco*

Catarrato e Chardonnay

Itália

Wine Premium

118,00

Bouzeron Aligoté*

Aligoté

França

Expand

135,00

Tiara*

Riesling/Alvarinho/Savagnin

Argentina

Decanter

139,00

Marcel Deiss Saint Hippolyte*

Gewurtzraminer

França

Mistral

139,00

Miramar*

Riesling

Chile

Vinea Store

144,00

Huet Vouvray Sec Le Haut Lieu* (05)

Chenin Blanc

França

Mistral

147,00

 Ps. 1) A grande maioria dos rótulos listados, com uma pequena exceção, já foram por mim comentados neste blog. Alguns poucos ainda estão na lista de espera, falta tempo para tanta coisa! Se quiser mais informações, tente search, no canto superior direito da página, digite o nome do vinho e reze (rsrsrs) quem sabe dá certo?!

        2) Os preços foram colhidos no mercado, são meros indicativos e podem variar. O Ochotierras Chardonnay é preço de lançamento na BR, sendo que o preço médio no mercado anda por volta de R$22 a 25,00.

 

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”