Brancos & Rosés

Vinhos Brancos? Porquê não?

É estranho a enorme resistência aos vinhos brancos. Não, não é só por estas bandas, é no mundo inteiro onde a grande preferência recai sobre os tintos. No Brasil, país com uma cultura mais tradicional, de maior conservadorismo e uma boa dose de machismo, creio que é ainda pior. Por aqui, vinho branco é coisa para mulher. Preconceito dos bravos e, me parece, uma certa falta de conhecimento do sexo oposto, já que conheço um monte de mulheres que não abrem mão de um tinto!

Não vou dizer que já não fiz parte dessa trupe, pois seria muita hipocrisia, mas a vida nos ensina muitas lições e, nada como uma taça depois da outra para nos fazer rever posições. Não gostava de vinhos Italianos, de vinhos de sobremesa, de vinhos rosés, de vinhos brancos, e por aí vai. Só que, como costumo dizer, não é que não gostamos, é que nunca tivemos oportunidade de provar vinhos de real qualidade, ou seja há que esperar a taça certa para nos virar a cabeça. Isto aconteceu comigo diversas vezes, o bastante para me fazer parar de fazer este tipo de colocações. Posso ter preferências, sim e todos as temos, mas dizer que não gosto, é um pouco, a meu ver, xiita demais e devemos estar abertos para seguir provando. Eu, decididamente, me encantei por estes vinhos maravilhosos, só me incomodando o alto preço da maioria. De qualquer forma, é um caminho sem retorno e ainda vou preparar matéria com os mais saborosos brancos do mercado, aguarde!

Muitos dos vinhos que me têm agradado mais nestas ultimas degustações de que tenho participado, têm sido exatamente os brancos. Só para citar o Decanter Wine Sow, em que me encantei com diversos vinhos, mas dois em especial me conquistaram o paladar, o olfato e me despertaram sensações muito especiais. Ambos brancos; o Tiara da Viña Alicia (Argentina) e o Puligny-Montrachet 1er Cru Champs Gain do Chateau de La Tour (Borgonha – França). Um outro que provei recentemente é o Grainha, um Douro Português da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo (Vinea Store), um delicioso e complexo vinho! Dos mais simples a estes mais complexos, venho sendo positivamente surpreendido por diversos vinhos brancos de tudo o que é preço e origem. Não que não tenha provado incríveis tintos, provei, mas talvez a falta de expectativa e vivência com os vinhos brancos, nos torna mais suscetíveis às grandes surpresas e a gratas experiências, especialmente quando subimos um degrau.

Para cada momento existe a palavra certa, a musica certa e, também, o vinho certo! Talvez a nossa maior dificuldade seja a de saber harmonizar estes vinhos adequadamente, de uma forma que possamos aproveitar ao máximo suas características peculiares e bem distintas dos tintos a que estamos acostumados. Por outro lado, poucos vinhos são tão interessantes para tomar solo, do que os brancos. Meu conselho, sim já sei, se fosse bom vendia-se, mas sou teimoso, oops, perseverante por natureza, é de que baixe a guarda e reveja essa posição. Permita-se experimentar, eu tenho tido ótimas surpresas das quais, a maior parte, tenho compartilhado em diversos posts aqui no blog.

Para quem quer se aventurar por estes caminhos, eis algumas dicas que elaborei assim como algumas dadas pelo Nuno Guedes Vaz Pires, Diretor Executivo da revista Blue Wine em seu editorial de Março último:

  • Comece pelos vinhos mais descompromissados, conseqüentemente de valores mais baixos, para serem tomados jovens como aperitivo ou com uma entrada da refeição. Prove diversos varietais; Chardonnay, Riesling, Torrontés, Sauvignon Blanc, Viognier, Verdechio, Pinot Grigio, Alvarinho, Loureiro, etc. e diversas origens. Encontre o que mais lhe agrada e explore! Lembrando, estes vinhos de bom preço, quanto mais jovens melhor, evite vinhos com mais de dois anos se você não o conhece bem. Este ano, opte por vinhos de 2007, preferencialmente, ou no máximo 2006.
  • Sirva fresco, mas não gelado. Para o meu gosto, estes vinhos devem ser tomados por volta de 8 graus e se um pouco mais complexos podemos chegar a 10 ou 12. Se gelados demais perdem os aromas e se quente demais perdem o frescor e vivacidade inerentes e essenciais ao vinho branco. Este tema de températura é fundamental, mais ainda que nos tintos, aos vinhos brancos e sua positiva apreciação. Muita atenção ao servir, devendo-se manter a sua temperatura num balde com água e gelo ou uma luva de garrafa própria para isso.
  • Se optar por vinhos de maior qualidade, nada como levá-los à mesa. Siga a regra básica; se o prato for delicado, opte por um vinho mais suave, se for mais vigoroso com molhos fortes, vá de um vinho mais evoluído com alguma passagem por madeira.

       Na seção Brancos & Rosés, um tópico especifico, existem uma série de sugestões, mas também menciono algumas boas opções em Tomei e Recomendo, Boas Compras e Degustações, basta fuçar para encontrar. Comece por vinhos “aperitivo” e termine provando os bons vinhos de sobremesa, mais fáceis de harmonizar, duvido que você siga sendo um cético e continue desprezando um bom branco! Dentro do possível, estarei dando uma ênfase a esses vinhos, inclusive nos destaques de Boas Compras. Salute e Kanimambo

Cartagena Chardonnay & Fondue

       Faz uns dez dias que tive o prazer de fazer uma experiência interessante. Pela primeira vez, apesar das diversas sugestões anteriormente recebidas, optei por um vinho branco para acompanhar meu Fondue de queijo em vez de meu tradicional tinto novo e de baixos taninos. Para ser sincero, estava um pouco preocupado quando abri o vinho escolhido, o Cartagena Chardonnay  2002. Preocupado em função de tomar um Chardonnay Chileno com já um bom par de anos nas costas, porém foi uma grata surpresa.

      O vinho casou muito bem com o queijo do Fondue, criando uma harmonização muito saborosa e diferente do que estava acostumado. Não que o tradicional tinto seja ruim, não é não e eu gosto muito, porém os sabores se complementaram melhor formando uma sinergia muito especial. Um Riesling ou um Chardonnay maduro abrandam a acidez láctica do queijo realçando sua textura cremosa, de acordo com o Cordon Bleu, e a prática confirma isso. Bem, comentarei o vinho logo abaixo, mas para sintetizar, quando me dei conta, não tinha nem vinho nem Fondue e a foto é prova disso! Harmonização muito próxima da perfeição e, certamente, muito prazerosa.

  • Produtor – Casa Marin
  • Importador – Vinea Store (tel. 11. 3059.5205)
  • Região –  Vale de Casablanca
  • País – Chile
  • Composição uvas – Chardonnay
  • Detalhes Produção – 30% do vinho passa por Carvalho Francês.
  • Teor de álcool – 13,5º.
  • Safra – 2002.
  • Preço aproximado em Agosto/08 – R$74,00
  • I.S.P –     

Quanto ao vinho, se tivese que usar uma  única frase para o definir, difícil seria usar outra que não a que a própira Adriana (diretora da Vinea) usou ao descrevê-lo como “praticamente uma mulher de 40, madura e em sua  plenitude”. O vinho ganhou uma complexidade muito interessante, é cremoso de corpo médio, balanceado, boa persistência com um final de boca meio cítrico com toques de baunilha. Maduro, tudo no lugar, sem arestas, intenso, um bom vinho que está no ponto para ser tomado. Não sei se envelhecerá com qualidade por muito mais tempo, mas quem o tomar este ano, certamente usufruirá de grande satisfação. Opcionalmente ao Fondue, que ainda temos muito tempo para curtir, vejo este vinho escoltando com galhardia um belo prato de  curry de frango com maçã ou, eventualmente, talvez um filé de pescada cambuco com creme de espinafre. Valem as tentativas!

Salute e kanimambo.

Noticias do Front, agora do Decanter Wine Show – SP

É pessoal, ontem foi o primeiro dia do Decanter Wine Show em São Paulo, e que SHOW! Cerca de cinqüenta produtores com grandes vinhos expostos, o local de primeira e o simpático atendimento já marca registrada da Decanter. Não vou me alongar muito sobre todos os vinhos degustados, o que pretendo fazer durante a semana que vem, porém não poderia deixar de ressaltar algumas sensações muito especiais.

Ontem me debrucei única e exclusivamente sobre os vinhos brancos e espumantes tendo provado alguns vinhos de muita qualidade. Alguns com bons preços e outros em que só conseguimos colocar a boca em eventos como estes já que, com os preços nas alturas, estão longe da maioria de nós pobres mortais. Não entro no mérito, mas que realmente são néctares muito especiais, lá isso são!

Anselmo Mendes – Um grande enólogo e produtor de vinhos verdes na região do Minho (vinhos verdes). Para começar, o já conhecido e saboroso Loureiro Muros Antigos (R$45,40) sempre muito fresco, franco e delicioso. Agora, o Alvarinho Muros de Melgaço 06 (R$135,90) muito especial, passando seis meses em barricas, cremoso, balanceado, sedutor, cheio de sabor, é um grande vinho. O Anselmo, também nos apresentou a um lançamento muito agradável, 3 Rios, só que deste eu falo na semana que vem.

Callia – A Bodegas Callia elabora uma série de bons vinhos por preços bem convidativos que a maioria pode pagar. Este Callia Magna Viognier 06 (R$40,20), é muito bom, bem floral, fresco e muito agradável. Surpreendente para a região.

Chateau Bel Air Perponcher – Da região de Bordeaux, os dois brancos disponíveis são muito aromáticos e saborosos. O Grand Cuvée (R$104,50) com 8 meses de barrica, é muito complexo e de grande finesse implorando por comida, enquanto o Reserve (R$63,30) é muito equilibrado, ótima acidez, sutil e classudo. Duas ótimas opções.

Domaine du Salvard – Aqui, tive a oportunidade de reencontrar o delicioso Cheverny le Vieux Clos 06 (R$63,70), que só confirmou as minhas impressões, já postadas sobre os vinhos do Loire, delicioso vinho por um preço muito justo. Desta vez provei, também o Cheverny L’Hertière 05 (R$149,50) um vinho muito sofisticado que mexe com os nossos sentidos.

Quinta dos Roques – Um importante produtor da região do Dão em Portugal. Este Dão Encruzado 05 (R$89,20) é excelente e uma das boas compras desta mostra. Encruzado é uma cepa autóctone da região que, neste caso, passa sete meses em barrica. Muito balanceado, complexo, cremosos com madeira muito bem equacionada. Se decantado por uns dez minutos, abre-se em deliciosos aromas.

Viña Alicia – Da Argentina, este produtor boutique produz vinhos de grande qualidade que, espero degustar hoje. O branco, no entanto, já provei ontem e é de tirar o chapéu, um vinho surpreendente. Tiara 06 (R$139,15), é excepcional com um nariz fantástico que faz com que um não saiba se “funga” ou se toma o néctar! Depois de devidamente conquistado pelo nariz, a boca só vem confirmar todas estas sensações num inusitado corte de Riesling, Alvarinho e Savignin. Divino e vou repetir a prova hoje!

Nicodemi – Já conhecia o produtor devido ao estudo que venho fazendo para a matéria sobre Itália na semana que vêm. Não havia degustado os brancos que só vieram confirmar minha opinião sobre os vinhos deles. Trebbiano d’Abruzzo 06 (R$48,30), o primeiro contato olfativo não encanta, mas abre-se na taça de forma bastante agradável e fresca na boca, muito saboroso. O Notári 05 (R$67,90), uma seleção especial de Trebbiano com idade superior a 40 anos, é uma maravilha no nariz que confirma estupendamente, na boca, tudo o que promete no nariz. Muito equilibrado, intenso, uma outra grande compra.

Estampa – Talvez a maior pechincha dos vinhos brancos provados e, certamente não só pelo preço. O que faz ser uma pechincha é a relação Qualidade x Preço x Satisfação. Um corte de Viognie/Chardonnay 07 (R$31,00), muito saboroso com o Chardonnay dando a este vinho uma riqueza e acidez que o deixam muito balanceado e agradável de tomar.

Espumante – provei vários inclusive os Champagnes disponíveis. Todos muito bons, mas tem um que já havia provado há dois anos e que confirmou ontem que é dos melhores Proseccos no mercado. Bedin (R$52,90), muito boa perlage fina e persistente, espuma abundante, enorme frescor, muito balanceado e algo que para mim é essencial num prosecco, mas difícil de ver, que é a total ausência de amargor. Comece por aqui, excelentes produtos de várias origens e produtores.

Domaine Pierre Labet-Chateau de La Tour – Difícil descrever estas preciosidades, mais um que vou ter que revisitar hoje ! Produtor de primeira linha da Borgonha, tem em seu portfolio uma lista de rótulos de grande qualidade que vou ter que conferir. Ontem fiquei no Chardonnay Vieilles Vignes 06 (R$75,90), um “básico” de grande qualidade, muito cremoso e saboroso e no estonteante Puligny-Montrachet 1er Cru Champs Gains 05 (R$443,00)! Literalmente estonteante e, se estivesse sentado certamente cairia da cadeira, absolutamente maravilhoso e impactante. Aí você diz; mas com esse preço, só podia! É, deveria, mas nem sempre é assim e eu, ao longo das diversas degustações de que tenho participado, por mais de uma vez tomei vinhos com preços nesse nível e não os recomendei ou comentei neste blog. Este, apesar do preço realmente muito alto, é absolutamente divino e, quem tiver bala para pagar, não se arrependerá da compra. É um elixir dos deuses, um néctar em toda a sua concepção que, só de poder bicar dele, já vale o ingresso e dirigir os 900 kms como o Palma fará na ida a Curitiba. Difícil descrever tanta emoção e satisfação, simplesmente um prazer hedonístico, um deleite para o olfato e papilas gustativas!

             Existem bem mais rótulos de qualidade, eu provei vários, mas estes são os que mais me chamaram a atenção, que mexeram com minhas emoções, que me conquistaram. Acho que este é o papel do vinho, te encantar, mexer com tuas sensações e este rótulos fizeram isso comigo. Salute amigos e, amanhã, falarei dos vinhos que mexeram comigo no dia de hoje.

Esta eu Acertei!

                Não sou nenhum gênio da cozinha, muito pelo contrário, mas arrisco uma coisa ou outra. Tão pouco consigo preparar pratos bonitos, muito menos fotografar, mas o pouco que faço até que cumpre bem sua missão, satisfazer o paladar tanto meu como de meus convidados. Quando consigo harmonizar o vinho, melhor ainda. Desta feita, a harmonização foi fácil já que é bem tradicional. Especial mesmo, foi a qualidade dos ingredientes dessa harmonização, colocando a modéstia de lado, o prato e o vinho. Ambos de muita qualidade, especialmente o prato! rsrsrs. 

                

O vinho foi uma sugestão do meu amigo Ricardo da Casa Palla, que me recomendou tomar um Sauvignon Blanc 2007 da Missiones de Rengo. Da região do Vale do Maule e com comportados 12.5º de teor alcoólico, pouco usual nos vinhos Chilenos, o vinho estava uma delicia. Tanto que me levou a comprar mais algumas garrafas posteriormente. Com muita tipicidade da cepa, grande intensidade aromática em que se destaca maçã verde e algo de melão maduro. Na boca é;bem concentrado, muito saboroso, ótima acidez e uma certa mineralidade que transmitem um agradável frescor ao vinho. Me encantei, ainda mais por que custa só R$27,00 lá na Casa Palla! Tivéssemos duas garrafas e acho que as teríamos traçado. I.S.P. $ 

            Melhor ainda porque harmonizou maravilhosamente bem com um Fettucine al Salmone que preparei no Domingo e que ficou divino. As fotos estão meia sola, mas o Fettucine e esse vinho ……..hummm! Para quem gosta, siga a receita que é super fácil de preparar, só assim para eu ir para a cozinha!

           Ingredientes (4 pessoas) 

  • Um pacote de 500grs de Fettucine.
  • 520grs de salmão fresco sem pele nem espinhas.
  • Três a quatro colheres de sopa de azeite (eu uso somente o Santa Vitória que compro na Lusitana). 
  • Quatro hastes de cebolinha verde bem picada.
  • 2¹/² xícaras de creme de leite fresco.
  • Um “maço” de espinafre fresco.
  • Sal e pimenta do reino moída na hora.

Preparar o Fettucine al dente. Numa frigideira funda, eu uso uma wok, jogue o azeite e frite o salmão por cerca de 3 minutos de cada lado ou até dourar. Junte a cebolinha e o creme de leite e ferva por aproximadamente 5 minutos. Enquanto ferve, com uma espátula de silicone, desmanche os pedaços de salmão em pequenas lascas. Quando esse molho engrossar ligeiramente, acrescente o espinafre e cozinhe até as folhas murcharem. Tempere com sal e pimenta a gosto. Agora pegue o macarrão que você preparou e transfira-o para a frigideira com o molho de salmão e misture bem. Aqueça e leve à mesa numa travessa. Parmesão ralado e pimenta, servidos separadamente para que cada um se sirva como preferir.

           Tente, se eu consigo, qualquer um faz! Acho que até a Eliza é capaz de fazer!! kkkk Tente, depois me conte o que vocês achou. Minha próxima aventura na cozinha será uma Carne de Porco à Alentejana, essa um pouco mais complicada, depois conto o que aconteceu. Salute, kanimambo e uma boa e saborosa semana.

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

De Wetshoff Estate – Chardonnay

                   O amigo e profundo conhecedor de vinhos, Luiz Horta, me sugeriu alguns vinhos Sul Africanos, entre eles o Pinotage da Robertson Winery e o Chardonnay Lesca da “De Wetshof Estate”. Na verdade, o grupo produtor é o mesmo, só que são diferentes conceitos e linhas de vinhos. Eu, que nunca me encantei com os vinhos elaborados com a casta Pinotage, uva símbolo da África do Sul, achei uma delicia, fácil de beber, diferente e com um preço muito bom, em torno dos R$30 a 33,00. Mas não é sobre o Pinotage que quero falar e sim sobre o Lesca, um branco elaborado com Chardonnay. Bem, não é bem do Lesca, porque estava esgotado, mas de seu irmão, o Bom Vallon Chardonnay Sur Lie 2007.

                 Eu que adoro vinhos brancos bem minerais e com boa acidez, em especial os Chablis, me encantei com este delicioso vinho. Fermentado em tanques “Sur Lie”, sem passagem por madeira gerando um vinho extremante elegante, muito fresco e refrescante. O teor alcoólico, apesar de alto para um vinho branco, em torno de 14º, não se nota em nenhum momento tamanho seu equilíbrio, passando, raspando, por meu teste da Terceira Taça. Vibrante com grande mineralidade, maçã verde, algo de limão, com muita delicadeza como que se acariciasse a boca com vagas de prazer. Não é um vinho de guarda, talvez dois a três anos, devendo ser tomado jovem com frutos do mar, ostras, peixes pouco condimentados, ou até como aperitivo, pois é um vinho leve e suave. Muito agradável, é mais uma boa dica do Luiz, mesmo que indiretamente, de que gostei muito. Agora, assim que der ($), tenho mesmo é que provar o Lesca!

  • Produtor – De Wetshof Estate.
  • Importador – Mistral
  • Região – Robertson Valley, Southern Cape
  • País – África do Sul
  • Composição uvas – 100% Chardonnay.
  • Detalhes Produção – Fermentado em tanques, Sur Lie por alguns meses e remexido semanalmente.
  • Teor de álcool – 14º.
  • Safra – 2007.
  • Preço médio em Abril/08 – R$50,00
  • I.S.P –  

Vila de Frades Reserva Branco

                Gosto quando descubro coisas diferentes, adoro experimentar. Se visito um país pela primeira vez, tento sempre provar os sabores locais. Nesta nossa Vinoesfera, ajo da mesma forma e meu hobby é garimpar. Numa dessas, constantes, visitas que faço ao Portal dos Vinhos, tive a oportunidade de dar de cara com o produtor e o importador deste vinho. Papo vai, papo vem, passamos do vinho a tauromaquia (touradas) e o papo foi longe. Desse encontro restaram as lembranças e uma garrafa de Vila de Frades Reserva Branco 2005, para prova. A primeira surpresa foi o corte com a uva Perrum, que até esse momento desconhecia. Portugal tem um sem número de castas autóctones, muitas com nomes muito interessantes como Rabo de Ovelha, Tinta Cão, Bastardo, Baga, Bical, Sousão, Antão Vaz, Fernão Pires, Encruzado, Loureiro, Arinto, entre muitas outras e agora, conheci mais esta. Falemos do vinho!

  • Produtor – Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito C.R.L.
  • Importador – Garrafeira Alentejana (www.garrafeiraalentejana.com.br)
  • Região – Alentejo, sub região de Vidigueira
  • País – Portugal
  • Composição uvas – Antão Vaz e Perrum
  • Detalhes Produção – Fermentado a 16º e estagiado em barricas novas de Carvalho Francês por um período de 4 meses.
  • Teor de álcool – 12.5º.
  • Safra – 2005.
  • Preço médio em Abril/08 – R$49,00
  • I.S.P$

Uma surpresa muito agradável, a segunda, só que desta vez na boca. Não é um daqueles vinhos brancos ligeiros, leves, para bebericar com os amigos numa tarde de verão. Pode até ser, obviamente, mas acredito que seja um vinho que se aprecia melhor com comida. É de corpo médio, cor amarelo dourado brilhante, possui muito boa acidez, aromas intensos de fruta madura como pêssego e ameixa amarela. Na boca é completo, muito equilíbrio, boa harmonia, boa fruta com nuances de baunilha e algo de mel num final de boca de persistência média. Mais que tudo é um vinho diferente, talvez em função da uva perrum autóctone da região que lhe dá uma personalidade própria. A casta Antão Vaz, também autóctone portuguesa e bastante usual em vinhos do Alentejo, já gera, por si só, vinhos muito agradáveis e de boa acidez. A adição de Perrum no corte fez a diferença, pois lhe deu mais complexidade. Muito bom.

            Fiz umas experiências gastronômicas com este vinho já que, por acaso, os cardápios em casa se propunham a isso. Primeiramente com um Cuscuz e o vinho acompanhou muitíssimo bem o prato. A boa estrutura e frescor do vinho, também fez com que harmonizasse muito bem com um curry de frango com maçã.  Se lembram do erro que cometi com a minha harmonização da Páscoa? Pois bem, com este vinho, aquele Bacalhau a Braz garanto que ficaria dez! Poderia, inclusive, acompanhar uma receita de bacalhau no forno com fidalguia. Uma ótima opção de um vinho efetivamente gastronômico. Eu gostei e recomendo, bela alternativa ao famoso e bem mais caro Esporão Reserva Branco. Existe também a versão Tinta que dizem ser muito boa, não conheço, mas se acompanhar este nível, certamente será de primeira e deve ser provado também. Estes vinhos, inclusive uma versão mais ligeira do branco, estão disponíveis na Portal dos Vinhos. Salute e kanimambo.

Goats do Roam

 goats-do-roam-logo.jpg   Eis uma tacada certeira da Expand. Vinhos de muito boa qualidade por preços que podemos pagar. Mas vamos lá, vamos falar da Goats do Roam, uma linha de vinhos produzida pela vinícola Sul Africana, Fairview. Esta é uma linha de entrada, seguida pela Goats do Roam in Villages e a Goat Roti, entre outras. Este último, uma cutucada do produtor na INAO (Institut National dês Apellations d’Origine) que entrou com um processo nos EUA pra proibir a marca por sua semelhança aos Cote-du-Rhône. Pior é uma outra linha deles a “Bored Doe” agora cutucando quem, quem …. Bordeaux, ou será mera coincidência? Que o pessoal tem senso de humor e criatividade, lá isso tem! Exageros da INAO à parte, os vinhos merecem ser comprados e apreciados.  Provei os três rótulos básicos; Goats do Roam White, Rose e Red. Neste post, falarei basicamente dos primeiros dois, deixando o Red para uma outra ocasião.  O que fica claro em toda a linha de produtos da Fairview e, em especial na Goats do Roam, é a capacidade de inovação, de desenvolver produtos únicos  e diferenciados com cortes bem ao estilo dos vinhos do Rhône. Para quem se interessar visitem o site, tem informações interessantes sobre o que eles estão fazendo por aquelas bandas. Um outro fator interessante que estes vinhos nos demonstram é que pode-se sim, trazer vinhos da África do Sul com bons preços e qualidade. A Robertson Winery, falarei dela e seus vinhos em outra ocasião, já me tinha mostrado isso, e a Fairview confirma.

           Goats do Roam White

  • goats-008-wince.jpgProdutor – Fairview
  • Região –  Paarl / Stellenbosch e Piekenierskloof (Western Cape)
  • País – África do Sul
  • Composição de uvas – Corte de Chenin Blanc, Crouchen Blanc, Semillon, Viognier e Clairette Blanche.
  • Detalhes Produção – Sem madeira.
  • Teor de álcool – 13.67º
  • Safra – 2006
  • Preço em Março/08 – R$38,00
  • I.S.P. $ smile1602.gifsmile1602.gifsmile1602.gif

Rica e intensa paleta aromática de frutos tropicais com um toque vegetal de algo que me lembrou grama molhada. Corpo médio, ótima acidez que lhe confere um enorme frescor. Boa mineralidade e média persistência, num conjunto que agrada bastante. Apesar de um teor de álcool um pouco alto, que exige que seja tomado bem refrescado, neste caso 10º marcado no termômetro analógico e cerca de 8º no interior da garrafa, o vinho apresentou um bom equilíbrio. Gostei e certamente visitará minha mesa mais vezes, até porque o preço também compensa.

          Goats do Roam Rosé.

  • goats-023-custom.jpgRegião –  Paarl / Stellenbosch / Perdeberg / Malmesbury e Piekenierskloof (Western Cape)
  • Composição de uvas – Corte de Syrah / Pinotage / Cinsaut / Grenache / Gamay e Merlot.
  • Detalhes Produção – Sem madeira, fermentado a frio, em torno de 14º.
  • Teor de álcool – 13.2º
  • Safra – 2006
  • Preço em Março/08 – R$38,00
  • I.S.P. $ smile1602.gifsmile1602.gifsmile1602.gif

Uma delicia de vinho que me encantou. A cor é linda, vibrante. Os aromas são de frutas vermelhas bem frescas, a acidez excelente, na boca boa concentração de fruta, groselha, mas seco e de boa persistência para um vinho destas características. Totalmente equilibrado, mostrou grande harmonia. É um vinho sedutor e extremamente agradável o qual adorei. Gosto de vinhos rosé como entrada para uma refeição, para bebericar sem compromisso com os amigos, na beira da piscina, acompanhando um belo sanduba de peito de peru, etc. Difícil é encontrar um que realmente me agrade na qualidade e que caiba no meu bolso. Eu tomava o Quinta da Giesta, que o importador (Lusitana) não mais traz, e acho que achei o substituto á altura, até superior. Imperdível e à venda nas lojas da Expand. Salute.

Ah, ia-me esquecendo. Toda a linha com screw cap (tampa de rosca) como convém em vinhos de pouca guarda para serem tomados jovens. Poupemos a cortiça, escassa e cara, para vinhos de maior envergadura e de longa guarda, se não pelo aspecto qualitativo pelo menos pela cultura e tradição. O que acho horrível, deveriam abolir essa prática, são os vinhos deste porte que usam rolhas sintéticas e coloridas. Me dá arrepios abrir uma garrafa e dar de cara com uma rolha azul, vermelha ou preta!!

Chose de loque!! Quarts de Chaume de Domaine des Baumard.

               Dia 16 de Janeiro de 2008 é uma data que, definitivamente, se tornou um marco em minha educação enófila. Uma data a ser convenientemente evocada. Foi uma noite de degustação de vinhos brancos da região do Loire, França, que ocorreu na ABS (Associação Brasileira de Sommeliers) com vinhos da Mistral, e que confirmou uma opinião que tenho, existem vinhos que não pedem avaliação, pedem reflexão!

             O vinho foi o Quarts de Chaume 2003, um vinho doce, branco, elaborado com a uva Chenin Blanc e produzido pelo Domaine des Baumard que alguém, não me lembro quem, na hora denominou como “Pura Poesia”. Difícil falar sobre este vinho depois de tão acertada, curta e certeira definição. Não é um prazer tomar este néctar, é um êxtase! Super fresco, aromas de compota, manga, toques de mel e frutas cítricas algum caramelo, bala toffee ou aquelas de leite da Kopenhagen, como alguém lembrou no evento. Muito equilibrado, longo, harmonia total entre álcool e acidez, ótima mineralidade, uma grande complexidade que o torna um vinho inesquecível. Dizem ser vinho para 15 a 20 anos de guarda, eu tomo todas agora, está delicioso! Em 15 anos o vinho deve se abrir nos aromas e, provavelmente, perder boa parte do frescor e mineralidade de hoje. Na verdade, vira um outro vinho, igualmente extraordinário assim dizem, mas um outro vinho despertando outras e diferentes emoções. Um vinho de sobremesa? Acho que não. A meu ver, ele É a sobremesa e um crime seria colocar algo para acompanhar, pois ele é, ao mesmo tempo, protagonista e coadjuvante. Antes, tomamos um ótimo Vouvray do Domaines Huët que, ficou ofuscado pelo brilho deste maravilhoso Quarts de Chaume.

quarts-de-chaume-2.jpg

               Cheguei em casa tarde, pensando em comer algo já que estava com fome. Parei na cozinha com a porta da geladeira entreaberta, ainda sentindo aquele gostinho do vinho na boca, e pensei; se como algo agora acabo com esta sensação. Não comi foi nada! Sentei-me ao computador e escrevi estas linhas enquanto ainda sentia os aromas e sabores desta preciosidade, curtindo as sensações ainda vivas em minha boca e minha mente. Tudo isto, no entanto, tem um preço. Na Mistral o preço desta boa safra, o 2000 está mais barato e também deve ser excelente, está em USD125 o que daria hoje, algo em torno de R$225,00. Não é para qualquer um, mas se comparado com os preços no exterior, o preço não está ruim não. É que é um vinho excepcional mesmo, e isto tem seu custo. Do meu lado, ou melhor, na minha frente estava o Presidente da ABS e expert em vinhos, Arthur de Azevedo, que nos deu uma dica, que o Coteaux du Layon, do mesmo produtor, é também excelente, mesmo que não no mesmo nível, e com um preço bem mais acessível. O dinheiro nem sempre dá, mas acho que merecemos, de vez em quando, nos autopremiarmos com um presentinho destes. Vi o Coteaux de Layon Carte D’Or 2004 (WS92) no catálogo da Mistral por algo em torno de USD36,50 , a meia garrafa está por USD23,30, o que acho que já dá para bancar e sentir um pouco deste gostinho e destas sensações, ou seriam emoções? Vou provar o Coteaux e depois comento.

                Quarts de Chaume 2003,  Mon Dieu, que vinho! Depois de tomar um vinho como este, nossa educação enófila dá um pulo de qualidade enorme e, muitas das coisas sobre as quais tinha questionamentos, começam a fazer sentido. Certamente, uma obra de arte em forma de vinho, uma poesia na taça, um elixir divino que tem que ser apreciado, ao menos uma vez na vida.

Estação Verão – Vinhos refrescantes.

                Como no final de ano o papo é só de festa e venda de espumantes, sobrou pouco tempo para poder desenvolver a matéria sobre vinhos Argentinos da forma como gostaria. 662519-9834-it.jpgDesta forma, pensei que fosse melhor falar um pouco de vinhos refrescantes, alegres e saborosos, dignos da Estação Verão que estamos vivendo.  Optei por comentar alguns vinhos brancos, a maioria, um rosé, um tinto e um Moscatel, alguns dos quais já mencionados anteriormente em outros posts e coluna no Jornal Planeta Morumbi, mas que merecem uma atenção especial na estação.  Todos provei e todos aprovei como boas opções e ótimos custo x beneficio.  A edição do jornal com a coluna, começa a ser distribuido hoje, na região do Morumbi e Real Parque. Estes, são vinhos para serem tomados jovens preferencialmente com 1 a 2 anos da safra, o tinto até quatro. O bom é que, em média o preço deve estar em torno de R$25,00 e o mais caro não chega a R$50,00, ou seja, preço não será problema, existem opções para todos os bolsos. Certamente que existem vinhos melhores e bem mais caros, mas esse não era o foco da matéria.

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Los Lírios 07 – (R$14,50 no Portal dos Vinhos), é um corte de Chardonnay e Chenin Blanc produzido na Argentina. Vinho simples, leve, razoavelmente fresco com uma certa mineralidade. Límpido claro, amarelo palha para tomar sem arroubos e sem grandes expectativas, mas um vinho agradável de tomar. Ótima opção de um vinho para aperitivo. Preço incrível!

Etchart Rio de Plata Torrontés/Chardonnay 06 – (R$17,90 na Casa Palla) Eis mais uma bela opção de um vinho leve, fresco e agradável, fácil de tomar e, conseqüentemente, ótimo como aperitivo. Um corte, menos comum, que une as características mais perfumadas da Torrontés, com a maior sofisticação da Chardonnay formando um conjunto muito interessante. Seco, com toques de pêssego e abacaxi, bem equilibrado apesar de seus 13º de teor alcoólico, o que recomenda não exagerar nas doses.

Casa Valduga Premium Gewurztraminer 07 – (R$22,00 na Casa Palla) um dos melhores exemplares desta cepa, produzidos no Brasil. Demonstra bem a tipicidade da uva, muito aromático lembrando lichia e flores brancas, boa acidez, escolta maravilhosamente bem pratos da comida indiana levemente apimentados. Um curry, tanto de frango quanto de camarão, ficará uma delicia acompanhado deste bom vinho.

Cono Sur Riesling do Chile 06 – (R$23,80 na Expand) Este é um achado e talvez o melhor custo X beneficio de todos. Mais um que não deixo terminar na adega. De enorme frescor e ótima mineralidade, é um vinho que encanta como aperitivo e, certamente, acompanhando um prato de frutos do mar ou até um curry ou franguinho assado. Há que experimentar, um destaque nesta Estação Verão.

Marco Luigi Espumante Moscatel – (R$25,00 na Maison des Caves) Uma delicia, super refrescante, levemente doce e suave. Para curtir como aperitivo, final do dia no terraço, ou à beira da piscina. Opcionalmente, harmonize com salada de frutas, panettone e sobremesas diversas desde que não demasiadamente doces. Com uma torta de morango, merengue e chantilly, será um manjar dos Deuses!

Pisano Cisplatino Torrontés 07 – (R$28,00 no Portal do Vinho) do Uruguai, é um bom rótulo de entrada para este belo produtor. A Torrontés, mais famosa na Argentina, é destaque também no país vizinho e, em especial, nas mãos da família Pisano que produzem o ótimo Rio de Los Pajaros, exaltado de forma unânime pelos maiores críticos de vinho. Sem grandes complexidades neste vinho mais simples, nos deparamos com uma boa paleta aromática levemente perfumado e bastante suave na boca. Ótimo como aperitivo, acompanhando um queijo de cabra ou então, uma salada de frutos do mar, casquinha de siri ou lulas à dorê.

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Alamos Chardonnay 06 – (R$27,90 na Casa Palla) dica do Luiz Horta, a casa de Catena Zapata mostrando sua maestria em produzir vinho de qualidade em qualquer faixa de preços. Mais um vinho muito bem elaborado e sem exageros de madeira. De médio corpo, boa persistência e aromas que lembram pêra, leve amendoado com algo de biscoito amanteigado que se confirma na boca de forma cremosa. A boa acidez o deixa fresco e sedutor. Um vinho muito agradável que, até dá para se tomar como aperitivo, mas recomendo que seja tomado com comida. Pelo que pesquisei, um peixe ao forno com batatas, cebola e tomate, creio que seria um ótimo acompanhamento. Talvez uma truta com amêndoas? Incrivel qualidade por este preço!

Quinta Giesta Rose 06 – (R$ 30,00 na Importadora Lusitana) uma delicia refrescante elaborada com Touriga Nacional, a emblemática cepa Portuguesa que nos presenteia com aromas inesquecíveis de flores do campo e frutas vermelhas frescas, framboesas, morangos. Cor linda meio rosa puxando para salmão escuro, macio na boca com toques acentuados de groselha, levemente adocicado, mas seco. Ótimo para bebericar com os amigos e harmonizou maravilhosamente bem com um prato de lombo agridoce com arroz chop suey de presunto, de dar água na boca só de pensar! Também vai muito bem com Peru e Salmão grelhado. No contra-rótulo, o produtor recomenda servir entre 10 a 12º. Minha sugestão é de servi-lo um pouco mais gelado, entre 8 a 10º no máximo.

Muros Antigos Loureiro 06 – (R$35,00 no Armazém dos Importados) um branco Português, elaborado com a uva Loureiro. No nariz é suave e elegante, com notas cítricas e florais. Na boca, é exuberante, uma maravilha. Fresco, muito fresco, textura macia e muita fruta. Muito harmonioso, é um vinho imperdível, que fará bonito escoltando um peixe grelhado, caldeirada de lulas ou mesmo como um delicioso e estupendo aperitivo. Yummy!

Fumées Blanches 06– (R$37,00 no Portal dos Vinhos/Wine House) um delicioso vinho importado pela Zahil, elaborado com a uva Sauvignon Blanc na região de Languedoc na França. Um daqueles achados únicos porque, será difícil achar um Sauvignon Blanc tão bom por este preço. Muito mineral, cítrico, ótima acidez o que lhe dá um enorme frescor. Ótimo como aperitivo, uma maravilha acompanhando frutos do mar grelhados e certamente seria boa companhia para uma salada Caesar com frango.

Saint Estève D’Uchaux 05 – (R$39,00 no Portal dos Vinhos/Wine House) um Cote du Rhône tinto elaborado com a as uvas Grenache (80%) e Syrah bem suave, clarete, aromas finos de frutas silvestres, redondo, fácil de agradar, para tomar fresco, entre 12 a 14º. Acompanha bem um Peru à Califórnia, Pizza, prato de frios, um frango grelhado, rondele de presunto com molho rosé, etc.. Sem grandes arroubos, um vinho muito gostoso, sem arestas, para bebericar com os amigos e jogar conversa fora.

Deu la Deu 06 – (R$44,40 na Cia do Whisky) importado pela Barrinhas, este é, dentre os vinhos elaborados com a uva Alvarinho, o que possui o melhor custo X beneficio. Muito mineral e fresco na boca, cremoso, fino com aromas atrativos e cítricos. Na boca um vinho de corpo médio. Pode ser tomado como aperitivo, mas experimente acompanhar um churrasco num forte dia de calor. Uma experiência única e que certamente lhe trará prazer ou então tente, da forma mais tradicional, acompanhando umas sardinhas na brasa, ou ainda, como aperitivo. Ai,ai,ai, bom demais da conta!

Outros – Existem muitos outros vinhos que poderiam constar desta lista e fazer bonito. Entre estes, poderia citar o Chartron La Fleur Blanc (Mistral), um Sauvignon Blanc da região de Bordeaux, muito agradável, um outro Sauvignon Blanc muito bom é o Ventisquero Reserva do Chile (Portal dos Vinhos) . Ainda do Chile, uma dica do Saul Galvão no caderno Paladar do Estadão desta semana e que corri para conferir, o Emiliana Sauvignon Blanc (Casa Palla), com preço a abaixo de R$20, um vinho muito fresco e agradável.  Da Argentina o Don Pascual Chardonnay também é muito agradável puxando pela mineralidade e frescor e o Saurus Sauvignon Blanc Select (importadora KMM) da região da Patagonia que é muito bom. Os Portugueses, mestres do vinho verde; Quinta da Aveleda (Portal dos Vinhos), Barão do Sul Branco, Lisa branco e rosé, assim como o Dom Bastos Branco (todos da Lusitana), Conde de Barcelos e o Dom Rafael Branco (Portal dos Vinhos), este ultimo um vinho mais encorpado e de maior complexidade , ou ainda, um Aliança Reserva Dão Tinto (Casa Santa Luzia) bem refrescado. Da Itália o ótimo Pinot Grigio da Santa Margherita (Rei do Whisky/Portal dos Vinhos) e os vinhos Lambruscos tanto brancos como tintos. Para os Lambruscos, recomendo buscar vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada), que são melhores, como os da Riunite. Tente um tinto DOC bem fresco, acompanhando a feijoada. Da Austrália, o Hardy´s Stamp Riesling/Gewurztraminer um vinho bem acessível e muito interessante (Casa Palla).

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