Na Minha taça

O Outro Cabernet Chileno

È, há umas duas semanas falei de um e tinha prometido o segundo em seguida, mas o trampo está pesado então está faltando tempo para colocar a escrita em dia, porém não esqueço minhas promessas, não, só tarda! rs Falei do Lauca Reserva Cabernet Sauvignon e hoje quero compartilhar com os amigos e amigas o In Situ Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2010. Mais um vinho desta uva que mostra bem a boa adaptação aos diversos terroirs chilenos. O Lauca é do Vale do Maule e este é de Aconcagua, o que gera algumas diferenças, porém entre eles uma linha mestra, a ausência da excessiva piracina que tanto me incomoda em boa parte dos vinhos chilenos. O produtor é a Viña San Esteban e esta linha de produtos me atrai bastante porque afora o prazer na taça, também dá um alivio no bolso entregando mais do que se espera em função do preço.

Gosto do In Situ Big Red Blend (que nem é tão big assim!) que conjuga muito bem a Cabernet, com Petit Verdot e algo de Carmenére na casa dos R$56, mas este 100% Cabernet traz algo mais! O enólogo, Horácio Vincente, é  filho do proprietário, formado em Bordeaux e essa influência se sente bem em seus vinhos CAM00300com um algo mais de sofisticação. O In Situ Gran Reserva Cabenet Sauvignon, leva 90% desta cepa à qual ele adiciona um tempero de 5% cada Carmenére e Cabernet Franc, e deixa “amadurecer” em barricas francesas e americanas de 225 litros por cerca de doze meses.

O resultado é um vinho que atrai á primeira “fungada” mostrando uma fruta vermelha viva e fresca, e um toque algo terroso (bosque molhado), de boa estrutura tânica, densoe de bom corpo sem ser excessivo ou pesado,  complexo, elegante, textura aveludada, boa acidez e harmônico com uma leve pimenta de retrogosto e boa persistência. Um Cabernet muito bem feito, sem exageros nem maquiagem com a madeira a dar apoio ao conjunto sem jamais se sobrepor. Pelo preço, na casa dos R$75 a 80,00 acho que é uma boa opção a vinhos de marca mais famosa e mais caras, porém sem a qualidade e equilíbrio que este apresenta e prazer que nos dá. Como já disse anteriormente e por diversas vezes, é esse o barato do garimpo, encontrar estes rótulos menos midiáticos de produtores de menor porte que nos surpreendam. Se você gosta de Cabernet Sauvignon, eis uma boa opção ao seu dispor no mercado.

Espero que curtam! O VSE Cabernet, o de gama de entrada deles, é um vinho bem feito que já comentei por aqui há uns cinco anos atrás e dizem que o In Situ Laguna del Inca, seu vinho top, também é muito bom e esse eu botei na alça de mira para uma próxima oportunidade provar. Se você provar antes, ou já conhecer, me diz algo? Bem gente, a conclusão que tiro é que este produtor se dá bem com a Cabernet em sua propriedade e cantina o que pode ser um fator a se considerar quando nos depararmos com seus vinhos no mercado, ojo! Bem, hoje é só e amanhã falarei um pouco da degustação às cegas que armei com Malbecs chilenos, argentinos e franceses, mais surpresas! Kanimambo e uma boa semana para todos.

Dois Bons Cabernets Chilenos

Por mais que insistam em fazer da Carmenére a uva ícone chilena, ainda acho que as principais uvas comerciais chilenas são mesmo a Cabernet Sauvignon e a Syrah. Na Cabernet, o que mais me incomoda é o excesso de piracina (pimentão verde) em boa parte dos vinhos assim como aquela goiaba verde, aromas que não me seduzem e que, por muitas vezes, se repetem na boca. Quando provo um vinho que foge dessas características, isso já me aguça o palato e se o preço está em acordo com meu bolso, então me seduz de vez e foi isso que ocorreu com dois vinhos em dois patamares de preço diferentes, um Reserva e um Grande Reserva. O primeiro que compartilharei com os amigos hoje, foi mais uma revisita a um vinho que já tinha curtido muito em 2009, confirmei em 2011 e agora revisito mais uma vez e reconfirmo tudo o que já tinha comentado sobre ele e que o fez ser destaque aqui no blog há época, é o Lauca Cabernet Sauvignon Reserva, hoje importado pela Mercovino.

CAM00298Da região do Vale do Maule, passa por oito meses em barricas francesas e americanas. A primeira grande surpresa é a ausência total dos tradicionais aromas de goiaba e pimentão, com a paleta olfativa mostrando muito mais seu agradável e sedutor caráter frutado com notas de baunilha sutis mostrando o bom uso das barricas. Na boca, taninos muito bons, equilibrado, bom corpo, rico, álcool bem integrado formando um conjunto muito prazeroso e, como dizem meus conterrâneos, apetecível com um final saboroso de boa persistência que nos chama à próxima taça. Como o preço se encontra numa faixa ao redor dos 55,00 Reais, temos aqui, na minha opinião, um best buy com uma elegância e finesse pouco presentes em vinhos nesta faixa.
Ainda durante a semana voltarei a falar dos Cabernet Chilenos com um outro rótulo, um Gran Reserva. Até lá, Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos. Ah, ia-me esquecendo, reservem o período de 21 a 25 de Agosto para viajar comigo a Mendoza! Ainda esta semana os detalhes, porém será uma experiência enogastronomica como visita a 8 bodegas, lagar de azeite e 4 refeições harmonizadas descobrindo novos sabores, aguarde!!

Vinho de Reflexão, Um Moscatel Roxo de Setúbal 1998

Tem um monte de gente que, cada vez que você fala de vinho de sobremesa, viram a cara e dizem não gostar. O interessante é que em diversos eventos de degustação que promovi e coloquei um vinho doce, de sobremesa, em prova, estes acabaram sendo os rótulos mais vendidos do evento. O fato me leva a concluir que a maioria é do tipo; “não provei e não gostei” tudo aquilo que tentamos mostrar aos nossos filhos ser errado! O grande segredo desses vinhos é o profundo equilíbrio entre o residual de açúcar e a acidez. Já provei um Tokaji Essencia com 200grs/l de açúcar residual e estava magnífico, digno de vir acompanhado da famosa almofadinha!!

Já eu, salvo algumas exceções nojentas (rs) adoro provar de tudo e vinhos de sobremesa são uma de minhas paixões. É difícil encontrar bons vinhos de sobremesa baratos, a produtividade costuma ser pequena, mas há exceções sendo que a maioria destes são vinhos de colheita tardia sul americanos, mas hoje quero falar deste verdadeiro elixir dos deuses produzido pela Quinta da Bacalhôa com esta pouco conhecida e rara variedade de moscatel, aparentemente autóctone da região de Terras de Setúbal, o Moscatel Roxo, vinho licoroso, fortificado (adição de aguardente vínica), com cerca de 18º de teor alcoólico!

CAM00302         Como costumo dizer, há vinhos que não sabemos se cheiramos ou bebemos, pois este é daqueles por quem nos apaixonamos à primeira fungada e mais do que beber, é de lamber!!! Extremamente sedutor, com notas florais que me fazem recordar laranjeira e rosas, com algo de frutos secos e mel, talvez até influenciado pela incrível cor amarelo dourado, quase topázio, uma verdadeira preciosidade. Tudo isso, no entanto, não convence se quando chega à boca esses aromas morrem e são substituídos por um liquido xaropento, enjoativo e sem vida. Este Moscatel Roxo da Quinta da Bacalhôa é o oposto de tudo isso, pois possuí uma acidez maravilhosa que lhe aporta uma personalidade muito vibrante, elegante, de grande leveza e maciez que convidam ao próximo gole. Absolutamente encantador, um adolescente de dezesseis aninhos, nove ou dez dos quais envelhecendo em meias pipas de carvalho, anteriormente usadas na produção de whisky, devendo, conforme pesquisado, ainda evoluir por mais vinte, trinta ou mais anos! Para tomar devagar, após o almoço, jantar ou a qualquer hora, sorvendo todas as suas nuances e desfrutando de toda a sua riqueza de sabores.

Ele é a sobremesa, um vinho para tomar olhando o horizonte e ver o sol se pôr, um vinho de contemplação e reflexão, para agradecermos a dádiva da vida e o privilégio de poder tomar um néctar desses. Para quem queira acompanhar com algo, penso que um Toucinho do Céu (típico doce conventual português) ou um Panetone de Zabaione italiano poderão ser grandes parceiros.

A uva, de cor arrocheada em vez de branca como a Moscatel “comum”, é tida como uma mutação regional da mesma e algo rara (pouca área plantada) com volumes pequenos de produção, gerando vinhos algo mais secos e complexos que os Moscateís tanto das regiões de Setúbal como do Douro (Favaios). Considerando-se o que o vinho é, o preço nem é caro pois anda na casa dos R$200 a 230, porém quem tiver a chance de passar no Duty Free de chegada no Brasil, vi no site por USD37, uma baba! Para quem quiser se aventurar em outros vinhos Moscatel Roxo deste quilate, minha recomendação fica com o Domingos Soares Franco Coleção Privada 2001, outro néctar de lamber os beiços e não esquecer tão cedo.

Salute e kanimambo, uma ótima e doce semana para todos.

Mais Vinhos de Bom Preço a Curtir na Copa

Agora o próximo jogo do Brasil é Sábado ás 13 horas! Não é por nada não, mas estou louquinho para a copa acabar e podermos retomar nossas vidas. A indústria vai ter queda, o comércio vai ter queda, porém as contas insistem em chegar “no matter what”! Enfim, não tem jeito então vamos tocando e eu cá estou de volta para dar mais algumas dicas de vinhos para curtir na copa só que destes países os preços são algo menos atrativos. Tenho pesquisado, mas achar bons vinhos da Alemanha, EUA, Uruguai e Austrália abaixo, ou próximo das 50 pratas não tá fácil não. Para quem está a fins de curtir vinhos de um desses países, não vou colocar nada da Grécia nem Croácia pois o que conheço é bem mais caro e nem sempre facilmente encontrados, eis algumas poucas dicas.

Flag button UruguaiUruguai – assim como a Argentina reinventou a malbec o Uruguai fez o mesmo com a Tannat e tem muita coisa boa por lá, nem sempre a preços muito convidativos. Nas faixas mais baixas de preços os vinhos variam muito, porém na casa dos R$35 a 40 o Don Pascual Tannat/Merlot (tradicional corte local) é bem agradável. Não tenho provado muita coisa nessa faixa que tenha me agradado, porém a R$45,00 o Pisano Cisplatino tannat/merlot é um porto seguro e na casa dos R$55 gostei bastante do Rio de los Pájaros Tannat Reserva. Outra opção certeira, porém já na casa dos R$65 é o Carrau Tannat de Reserva todos vinhos mais densos, típicos da cepa, porém sem taninos agressivos, teores alcoólicos educados e bastante ricos.

 

Flag Button alemanhaAlemanha – paraíso dos vinhos brancos e eventualmente Pinot Noir nos tintos, porém difícil encontrar vinhos com preços mais convidativos. Rieslings já com qualidade garantida, tem muita coisa por aí bem meia boca, sugiro a garrafa de litro de Heinz Pfaffmann Riesling por cerca de R$72,00 um vinho de baixo teor alcoólico e fácil de tomar, o Loosen Dr. L por volta dos R$69 assim como o Anselmann Trocken, um pouco mais de corpo e estrutura, na mesma faixa. Da Anselmann, també interessante o Pinot Noir deles que mostra uma outra faceta da região, a dos tintos e este é bastante interessante, porém já na casa do R$79,00.

 

Flag Button AustráliaAustrália – outro país de onde é difícil encontrar vinhos a preços convidativos. Afora seus famosos Shiraz, há também bons vinhos brancos, Cabernets e blends a serem explorados, porém devemos abrir a carteira um pouco mais. Na faixa entre entre R$55 a 65,00 gosto do Down Under Chardonnay com pouca madeira e bastante frescor sem perder as características da cepa, o Lindemanns Bin 50 Shiraz um bom “entry level” aos bons Shiraz australianos assim como o Three Steps Shiraz que já mostra um pouco mais de complexidade e corpo.

 

Flag button EUAEUA – nos próprios Estados Unidos os vinhos nacionais são dos mais caros e os de baixo preço tendem à carregação, produtos demasiado industrializados de qualidade muitas vezes duvidosa, porém não sou expert nos vinhos de lá. Conheço alguns bons e lamentavelmente caros rótulos, porém por aqui há pouca disponibilidade de vinhos de qualidade com preço mais acessível. Conheci alguns poucos rótulos que me pareceram bastante honestos e que hoje rondam os R$60 mais ou menos R$5 que creio podem ser interessantes para o momento, pois em turma vendo jogo não me parece que haja muito foco para grandes vinhos. Busque o Crane Lake Zinfandel, Forest Ville Cabernet Sauvignon e Fox Brook Shiraz, não são nenhuma quintessência de vinhos, mas são agradáveis, bem feitos, fáceis de tomar e honestos em seu segmento de preço.

Com isso finalizei minhas dicas de vinhos para curtir na copa. Foram uma série de rótulos de onze diferentes países então até dia 13 de julho há muito o que experimentar! Salute, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui.

Mais Vinhos Bons e Baratos para Curtir nos Jogos da Copa

Uma boa parte dos colegas blogueiros e colunistas, sommeliers e profissionais do ramo costumam chegar nos eventos e buscar os grandes produtores e grandes vinhos para prova, o que respeito, porém meus caminhos normalmente me levam na contramão dessa tendência. Gosto de pegar outras estradas; as das descobertas e busca por aquelas pérolas escondidas no meio de uma enormidade de rótulos, aqueles bons vinhos de preços camaradas independentemente da faixa em que se encontrem. Não que esnobe os grandes vinhos, não sou idiota (!) rs,  e ao final sempre encontro um espaço para provar alguns deles, mas o que me dá satisfação mesmo é achar essas pérolas perdidas, o que me dá tesão nessa vinosfera é mesmo o garimpo, sair da mesmice procurar o desconhecido! Boa parte destas descobertas costumo compartilhar com os amigos aqui e os rótulos que sugiro nestes posts de vinhos Bons e Baratos para curtir durante os jogos da copa são fruto desse garimpo, espero que gostem.

Flag button ArgentinaARGENTINA – o Baladero Cabernet Sauvignon, Merlot e o Raza Malbec, entre R$35 a 40,00 são duas ótimas opções para quem quer gastar pouco e não fazer feio com os amigos. O Baladero Cabernet recebeu 89 pontos da Revista Adega e é um vinho surpreendente pelo preço enquanto o Merlot encanta por sua textura. Já o Raza  Malbec é de uma elegância e uma riqueza de meio de boca que agradam fácil a gregos e troianos primando pelo equilíbrio. Entre R$40 a 50,00 as opções são inúmeras porém gosto bastante dos vinhos do Gougenheim Valle Escondido Cabernet, do Syrah e do Bonarda/Syrah que está muito interessante e sedutor

 

Flag Button BrasilBRASIL – Recentemente falei do Salton Paradoxo Merlot e certamente esse teria que ser um dos sugeridos, pois por R$25,00 é uma bela relação qualidade x preço e sob o qual você pode ler mais clicando no link para post que escrevi há dias. Nessa faixa não tenho provado muita coisa, porém o Aracuri Merlot/Cabernet Sauvignon por cerca de R$48 é uma boa opção para quem quer algo mais, um vinho de Campos de Cima (R.S) que surpreende com boa estrutura, taninos finos e uma certa complexidade de final de boca. Óbvio que quando se fala de Brasil um espumante é sempre uma boa opção e se a galera for grande o negócio é apelar para um saboroso fresco Don Bonifácio Brut na casa dos 35 a 40 Reais, fácil de agradar e como já dizia Napoleão, “nas vitórias é merecido e nas derrotas necessário”!

 

Flag Button EspanhaESPANHA – há uns três anos descobri este rótulo que me encantou tanto na boca quanto no bolso, Legado Munoz Garnacha. Segue sendo uma ótima opção e uma surpresa para a maioria dos que o provam pela primeira vez já que é difícil crer que um vinho desses possa custar somente cerca de 42 Reais. Corpo médio, muita fruta, baunilha, acidez correta, final de boca especiado, um destaque na taça que impressiona nessa faixa de preço e que os críticos internacionais já pontuaram por diversas vezes entre 86 e 87 pontos. Já se preferir um 100% Tempranillo, recomendo o Canforrales Classico que surpreende entregando muito mais do que se espera de um vinho desta faixa com bom volume de boca, boa fruta e especiarias presentes. Considerado um dos melhores vinhos jovens de Espanha, foi escolhido para ser servido nos voos da Iberia. Sua versão rosé pode acompanhar bem uma paella ou camaróes empanados como aperitivo, uma família de respeito. A Espanha já nos disse adeus, mas…….. porquê parar?!

 

Flag Button ItáliaITÁLIA – O Paiara, blend de Negro Amaro com  Cabernet Sauvignon, vem da Puglia uma região menos conhecida e esta dupla está muito bem entrosada neste vinho que apresenta frutos negros bem presentes e algumas notas mais terrosas, equilibrado, médio corpo, taninos maduros e custa algo ao redor dos 45 Reais sendo uma ótima pedida para acompanhar a pizza ao final do jogo. Algo mais leves, os Sangiovese como; Confini, Villa Cardeto e o Alido entre R$40 a 48,00 são boas opções. Na mesma faixa de preço um gostoso e festivo Ballabio, rosé do Friulli á base de pinot nero e levemente frisante, um bom espumante Prosecco como o Cecilia Beretta Extra-Dry ou ainda, se quiser acompanhar um sashimi no jogo do Japão, o saboroso espumante rosé Contessa  Borghel,  são ótimas pedidas para acompanhar a Scuadra Azzura! Se quiser pular um degrau (por volta de R$10 a mais) vá de Surani Primitivo di Manduria ou Rubiolo Montepulciano de Abruzzo, satisfação garantida!

Durante a semana que vem volto com meu post final com dicas de vinhos da Austrália, Uruguai, EUA e Alemanha. Até lá, kanimambo e um ótimo fim de semana.

Vinhos Bons e Baratos Para Tomar na Copa

Aproveitando a maré, são 13 os países produtores de vinho presentes a esta Copa do Mundo que paralisa o país. Aliá, tem momentos que me assusto, gente isto é só um jogo! Legal, mas um jogo!! Enfim, voltemos ao vinho que este é assunto mais perene e podemos aproveitar esses momentos de êxtase para tomar alguns vinhos interessantes nos dias em que esses países jogam, ou não? Tá bom, tá bom, pode até iniciar com uma cervejinha, mas depois retorne à trilha! Eis algumas dicas interessantes, de 3 desses países, para os próximos dias com vinhos de custo mais acessível já que ainda tem muito jogo pela frente!

Flag Button FrançaFRANÇA, Roncier Tinto ou Branco – como ainda temos alguns jogos da França, podemos alternar entre um e outro. Vinho barato e bom francês não existe, certo? ERRADO! Este vinho sem safra, sem uva e sem região (sim é isso mesmo) que eu apelidei como Vin de Bistro, é alegre, vibrante e foi uma descoberta que fiz no Encontro de Vinhos OFF deste ano aqui em Sampa. O tinto deve ser tomado refrescado entre 12 a 14º e o branco a 6/8º e garanto que uma garrafa vai ser pouco nesses jogos, porque desce fácil. O Branco mais vibrante que o Tinto, mas ambos vinhos muito equilibrados elaborados para dar prazer sem compromisso. Anda na casa dos 35 Reais. Uma outra opção interessante é o Ondines, um Rhône barato e pero cumplidor!

Flag Button PortugalPORTUGAL, Vilaflor Tinto e Branco – Como nos jogos da França, agora chegou a vez de Portugal com o mesmo produtor nos trazendo vinhos muito agradáveis numa faixa de preço bem camarada. Sim, pode se preparar porque Portugal (inshala!) ainda vai sair em segundo na chave mesmo depois daquele chocolate amargo que a Alemanha providenciou afinal, acidentes acontecem! Do branco já cansei de falar aqui e foi ganhador na Expovinis na categoria brancos abaixo de R$50,00. Um branco do douro com conteúdo, saboroso e bem fresco. Já o tinto vem para confirmar a atual boa fase por que passam os vinhos lusitanos que conseguem nos surpreender com bons vinhos a ótimos preços. Também na casa dos 35 reais. Outras opções nessa faixa; Terras do Pó branco e tinto, Forja do Ferreiro (mais amadeirado) e Casa do Brasão, este último abaixo das 30 pratas!!

Flag button ChileCHILE, Millaman Condor Chardonnay e Carmenére – mais dois achados recentes. O Chardonnay foi muito bem avaliado pela Confraria de Sommeliers do Didu e Cia, e quando provei também me surpreendeu com seus frutos tropicais e vibrante frescor, tanto que me animei a provar o Carmenére que não chega a ser uma uva que normalmente me atrai muito. Mais uma surpresa, sem aquele verde herbácio forte o vinho traz uma fruta gulosa e bom equilíbrio calcado numa textura gostosa de meio de boca e taninos maduros e macios. Para não destoar, vinhos na casa dos 35 reais! Se quiser algo mais barato, o Promesa Sauvignon Blanc na casa dos R$28,00 é uma bela pedida!!

Na Sexta dou mais algumas dicas interessantes de outros países como Brasil, Itália, Alemanha, EUA, Espanha, Uruguai, Argentina, Austrália,…… Salute e kanimambo

Oito Anos Falando de Vinhos e Alguns Destaques – Brasil III

Neste primeiro lote de Destaques destes últimos oito anos dedicados aos vinhos do Brasil, os espumantes teriam que obrigatoriamente estar presentes e com eles termino esta série. Temos bons vinhos tintos, porém é nos espumantes que o vinho brasileiro se projeta internacionalmente como, em minha modesta opinião, a quarta força mundial no quesito Quantidade com Qualidade. São inúmeros os bons rótulos, porém dois vinhos são especiais, o Orus Rosé do Adolfo Lona e o Geisse Terroir Nature do Mário Geisse ambos conceituados enólogos com anos de serviço prestados ao desenvolvimento do espumante nacional.

DSC03152Orus Pas Dose Rosé– O provei pela primeira vez em 2011 num evento promovido pelos amigos de longa data e blogueiros, Evandro e Francisco (2 Panas). Postei o que segue; “um espumante rosé nature apaixonante, de pequena produção e uma incrível delicadeza! Daqueles caldos que deveriam vir, como costumo definir, de fraque e cartola para a mesa. Uma surpreendente criação de alguém que tem história na vinicultura tupiniquim, o Sr. Adolfo Lona, é o ORUS Pas Dose Rosé! A cor já impressiona saindo fora daqueles tradicionais tons rosados e cereja, para algo mais sutil. Visualmente a perlage se mostra muito fina, abundante e consistente nos convidando a levar a taça á boca onde ele se mostra em todo o seu esplendor deixando-nos sentir estrelas no céu da boca. Elegante e fino, rico, equilibrado, complexo e sedutor, um rosé que conseguiu desbancar vinhos de maior renome e preço. Corte de Chardonnay, Pinot Noir, Merlot vinificado em branco e Merlot vinificado em rosé. Doze meses em contato com as leveduras e mais doze descansando em garrafa e somente 608 garrafas produzidas, ou seja, mais uma daquelas raridades para poucos e entusiastas amantes do doce néctar.” De lá para cá já andou por diversas vezes em minha taça e nos meus posts, só confirmando a minha primeira impressão sobre este que se tornou um clássico dos espumantes nacionais e a cada ano estou lá na fila esperando algumas das poucas (não chega a 700) garrafas produzidas.

DSC03123Cave Geisse Terroir Nature 2009 – mais um nature, desta feita branco, e mais uma maravilha engarrafada. Já o conhecia de velhos carnavais, mas sempre achei que o Nature “básico” deles já era muito bom e que este não merecia as glórias que lhe atribuíam. Este da safra 2009 no entanto, me virou a cabeça e mostrou que é realmente um grande espumante que, entre os brancos, é a meu ver o que mais se destaca nacionalmente mesmo havendo alguns fortes concorrentes no mercado. Em Novembro de 2013 o coloquei numa degustação às cegas com mais outros sete concorrentes entre eles alguns grandes espumantes das regiões de; Champagne, Franciacorta, Cava e Trento tendo o Terroir Nature ganho a degustação na opinião de 23 consumidores que estiveram presentes ao evento. A produção não passa das sete mil garrafas e é um corte de meio a meio (varia em função das safras) do melhor Chardonnay e Pinot Noir do vinhedo localizado em Pinto Bandeira. Tremendamente sofisticado, com uma perlagem fina, intensa e de longa duração que explode na boca com notas de macã verde, citrinos e alguma levedura, o famoso brioche, sutil, delicado, fino e sedutor, um grande espumante que deixa muito champagne famoso no chinelo.

            Ambos os vinhos estão na casa dos 125 Reais, metade de alguns importados renomados, porém ainda tem gente insistindo em beber marca, que pena porque estão perdendo preciosos caldos, trocando qualidade e prazer por pretenso glamour! Enfim, hoje é Sexta, “the day after” a abertura da copa e por um mês só se vai falar disso, mas não aqui, porque navegar é preciso. Um ótimo fim de semana para todos e nesta Segunda (16/06) todo mundo de olho em Salvador quando Portugal e Alemanha protagonizam a final antecipada da copa! rs Salute e kanimambo.

Oito Anos Falando de Vinhos e Alguns Destaques – Brasil II

Nesta semana me dediquei a dar os destaques brasileiros destes últimos oito anos de labuta e estudo de nossa vinosfera. Como disse anteriormente, os destaques não tratam necessariamente dos melhores vinhos (esses listo todos os anos), mas sim daqueles que conseguiram me surpreender e deixaram marcas em minha memória. Hoje quero compartilhar com vocês alguns rótulos a mais dos vinhos brasileiros que tive o privilégio de provar; Quinta do Seival Castas Portuguesas – Dal Pizzol Touriga Nacional – Churchill Cabernet Franc e Storia 2005. Esses quatro marcaram bem minha trajetória destes anos de escriba do vinho, porém o Dal Pizzol há muito não provo (2008!) e preciso revê-lo.

Dal Pizzol Touriga      Dal Pizzol Touriga Nacional 200 Anos, Safra 2007 – Em 2008 tive a oportunidade de estar presente no lançamento deste vinho no conceituado restaurante português, Antiquarius aqui em São Paulo. ” Esta foi a primeira colheita desta uva plantada em 2002 pela Dal Pizzol na região de Bento Gonçalves, gerando um vinho muito agradável que chega num momento oportuno já que se estava celebrando 200 anos da vinda da corte Portuguesa para o Brasil, na bagagem de quem, vieram as primeiras garrafas de Touriga Nacional. Com uma produção de 12.000 garrafas, o Dal Pizzol Touriga Nacional não passa por madeira sendo um vinho pronto para beber. No nariz, possui um primeiro ataque frutado e fresco de boa intensidade. Na taça evolui deixando aparecer alguns toques florais bem típicos da casta. Na boca é suave, elegante, com taninos maduros e um teor de álcool bem comportado, 13º. Bastante equilíbrio e harmonia num vinho leve que, certamente, agradará fácil. Mudou o terroir, mas a essência da uva está lá. Gostei; um vinho correto, fácil de beber que recomendo. O rótulo comemorativo aos 200 anos, é um caso á parte, de muito bom gosto, nos convidando a levar a taça á boca.” Na época foi lançado a R$35,00 a hoje, pelo que pude pesquisar, anda na casa dos R$55,00. Provei numa degustação ás cegas em 2011 e foi bem em minha opinião, tendo se colocado entre os top 5 entre 18 concorrentes presentes à prova.

Quinta do Seival Castas Portuguesas – Sai ano entra ano, um vinho confiável, de preço médio que castas 2005surpreende os mais incautos e o meu amigo e enólogo Miguel de Almeida tem grande responsabilidade por isso. O primeiro que me surpreendeu foi o da Safra de 2005, provado em 2009, um corte de Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz produzido pela região de Campanha, próximo da fronteira com o Uruguai. Surpreendente e prova inequívoca da melhora de qualidade dos vinhos brasileiros. Frutos negros maduros com algo resinoso no nariz, madeira bem colocada, fruta passa, bem estruturado com taninos finos, equilibrado, saboroso com um final de boca agradável e de boa persistência em que se manifestam nuances herbáceas. De lá para cá o Alfrocheiro ficou fora, mas segue sendo um vinho que agrada sobremaneira e às cegas surpreende muita gente, tendo participado de um Desafio de Vinhos portugueses como intruso e conseguido o 8º lugar entre 14 rótulos na disputa. Meus amigos blogueiros portugueses, Pingas no Copo e Copo de 3, não me deixam mentir, o vinho mais próximo de um Dão feito fora da região! Creio que na época andava na casa dos R$45 e hoje perambula na casa dos 60 Reais.

DSC06414          Churchill Cabernet Franc – este comecei a tomar faz uns três anos e não mais consegui parar. O 2006 (600 gfs) estava divino, o 2008 (1500 gfs) repetiu a dose e o 2011 (3000 gfs) não negou fogo, porém agora temos que aguardar chegar o 2012 pois as outras safras se esgotaram! Ano passado na revista Gowhere Gastronomia o indiquei como o melhor vinho nacional da atualidade, sempre levando em consideração o preço obviamente! Um projeto de Nathan Churchill com a Valmarino, é um “vinho complexo de boa textura e nariz muito interessante em que frutos negros e notas tostadas dão suas caras com grande intensidade formando uma paleta olfativa sedutora. Mais para encorpado, este 2008 está muito jovem e precisa de uma de aeração para mostrar todo seu potencial e uma temperatura mais para alta, em torno dos 19 a 20º C.” Foi isso que disse em Janeiro de 2012 e não mudaria uma palavra sequer ao falar do 2011 que chegou a harmonizar com galhardia um bom Queijo da Serra português! Um belo, complexo e elegante vinho que deve melhorar muito com o tempo, pena que não consigo lhe dar esse tempo(!), e custa por volta dos R$85,00. Aguardo ansioso pelo 2012!

Storia 2005 – O vinho que que me ajudou a quebrar alguns paradigmas com relação aos vinhos brasileiros e, Storiavejo assim, também um marco de mudança mercadológica nos vinhos da Valduga que mudou radicalmente seu marketing e design a partir desse vinho. Foi marcante porque ás cegas levou muitas degustações de porte contra vinhos de igual valor ou superior de várias partes do mundo. De lá para cá degustei mais duas safras, a de 2006 e a de 2008, porém não me pareceram à altura do 2005 que virou cult e objeto de colecionadores que hoje chegam a pagar, pelo menos quem tem é isso que pede, valores entre R$400 a 500 a garrafa. Um grande Merlot que provocou na concorrência uma corrida para produzir similares vinhos premium mostrando que esta uva pode gerar, sim, grandes e longevos vinhos. Em 2009 escrevi sobre ele; “Complexo nos aromas, fruta madura, capucino, algo floral entrada de boca marcante, denso, fruta compotada, taninos doces em total equilíbrio com a boa acidez deixando-o redondo, rico, aliando potência e elegância num final de muito boa persistência com notas achocolatadas e de café.”

Com estes quatro vinhos finalizo os destaques de vinhos tranquilos brasileiros, mas não sem antes ressaltar um rótulo para ficar de olho a despeito do preço, o Pizzato DNA 99 da safra 2005, vinhaço, que é um outro vinho candidato a se tornar um épico e um vinho a ser acompanhado através das safras. Existem outros bons rótulos nacionais e aqueles que se destacam por sua grande qualidade, porém sua política comercial eleva o preço às alturas e esses casos eu exclui, não acho que façam o mínimo sentido! No próximo post sobre estes destaques brasileiros dos últimos 8 anos, dois espumantes que para mim são, na atualidade, o que de melhor se faz por estas terras. Até lá, salute e kanimambo.

Oito Anos Falando de Vinhos e Alguns Destaques – Brasil I

Apesar de há décadas ter sido seduzido pelos mistérios e sabores dos caldos de Baco, faz somente cerca de oito anos que iniciei minhas escritas sobre a nossa vinosfera, uma forma de compartilhar com os amigos leitores os conhecimentos que ia adquirindo com essa experiência. O blog veio um pouco depois, há pouco mais de sete anos, e de lá para cá foram mais de 1.450 posts e, mais importante pois a interatividade me encanta, mas de 7.000 comentários. Tem sido uma viagem muito agradável e espero que os amigos leitores tenham apreciado esse período tanto quanto eu.

Não sou de ficar contando os vinhos provados anualmente, mas ao longo destes anos de maior convívio com o tema certamente mais de 4.000, muito vinho passou em minhas taças e com isso aprendi demais. Entre esses vinhos, alguns ganharam um destaque especial e neste mês de Junho vou compartilhá-los com você. Certamente tomei vinhos melhores, mas para ser destaque para mim há que surpreender de uma série de formas, então estes me marcaram e deixaram profundas marcas na memória independentemente de nome, origem ou preço. Começo pelo Brasil de onde selecionei uma meia dúzia de rótulos e hoje relembro este:

Minimus Anima 001Minimus Anima 2005, vinho de Marco Danielle do projeto Tormentas. Tenho que confessar que quando o comprei movido por mera curiosidade, não tinha idéia do que me esperava. Se soubesse no momento da compra o que sei hoje, posso garantir que minha compra não se teria limitado a só uma garrafa deste doce néctar. Fazia tempo que não tomava um vinho que mexesse com minhas emoções como este mexeu e, ainda mais porque sei que desta safra não há mais e a de 2007 não tem a mesma composição de uvas. Não me lembro quanto paguei há época, creio que uns R$60 e se ainda o encontrasse a esse preço, algumas garrafas compraria, porém lamentavelmente para nós, esse está esgotado como aliás ocorre costumeiramente com as poucas garrafas de cada rótulo produzido por este artesão do vinho. Não é o vinho top do produtor, mas é um vinho surpreendente e apaixonante que me seduziu por completo tomei a garrafa todinha! Tá certo, foi de um dia para o outro e minha esposa deu uns dois ou três goles, mas foi só. Que vinho! Difícil ser muito objetivo ou tentar tecer análises mais técnicas, pois o vinho fez tudo aquilo que um vinho deve fazer com quem o toma, mexer com suas emoções e deixar um rastro de prazer no olfato, na boca e na memória. No nariz, foi abrindo devagar, mostrando aromas complexos de fruta madura, rosas e, talvez, algo de couro, mas foi na boca que ele efetivamente me seduziu. Bom volume, corpo médio, redondo com taninos muito finos e elegantes, grande riqueza de sabores e um final de boca algo herbáceo, extremamente prazeroso e longo. Um vinho diferente com uma personalidade muito própria, daqueles que acabam rápido e deixam uma eterna saudade. Este vinho tem algumas peculiaridades, entre elas o fato de ser elaborado com 70% de Cabernet Sauvignon colhida quase que em processo de passificação na safra de 2005 tendo sido cortado com Alicante Boushet da safra de 2006. Um vinho brasileiro diferenciado que merece um destaque especial e que provei em meados de 2009. Estou com uma garrafa do 2008 guardada na adega que reluto em abrir com medo de quebrar o encanto que foi essa experiência com o 2005, mas em breve tomarei coragem, até lá!

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

De Volta ao Passado

É interessante volta e meia retornar ao passado para uma reavaliação de rótulos provados ou tomados quando iniciamos nosso trajeto como enófilos e isso vale para todos nós que escrevemos ou simplesmente tomamos e guardamos notas desses momentos. Afinal, dependendo do tempo envolvido, muito vinho rolou por nossas taças e fica a dúvida, será que aquele vinho que eu provei há seis ou sete anos atrás segue sendo merecedor de meus elogios? Eu certamente mudei e o vinho, provavelmente também, ou não, mas pode ser também que eu simplesmente tenha ficado algo mais crica!

Minha atenção para o mundo do vinho foi atraída por uma garrafa de Fontana Freda Barbera há cerca de 25/30 anos na casa do tio de minha esposa. Naqueles tempos os bons vinhos por aqui eram escassos e caríssimos, não eram para o bolso de jovens casais iniciando a vida e dependente de salários algo curtos, e aquele vinho foi soberbo, uma descoberta, um néctar sedutor! Daquele vinho guardo distância para não ocorrer, eventualmente, uma quebra do encanto, mas do que andei escrevendo por aqui e nas colunas ao longo dos últimos anos, desses posso falar. rs

Salton Reserva Ouro Brut – Durante muitos anos cansei de elogiar e recomendar este vinho para eventos e CAM00113casamentos, achando-o alguns degraus acima da versão básica, e barata, deste espumante. Afinal, como anda este vinho hoje? O tomei recentemente e segue sendo uma boa relação custo x beneficio porém o achei algo mais pesado do que lembrava. Faltou-lhe uma certa vivacidade, porém ganhou complexidade o que pode ser um senão quando falamos de eventos onde “as bocas” são menos treinadas e buscam vinhos algo mais ligeiros. Para esse propósito, acho que o recém lançado Salton Intenso Brut pode se dar melhor. De qualquer forma, segue sendo um bom espumante, só que deles eu ainda prefiro, dos que provei até agora, o Salton Evidence.  Este reencontro de deu na abertura dos trabalhos para o tradicional almoço de Domingo em casa com a família.
macarrão com bacalhau e Brocoli com Monseraz

Monsaraz Tinto – Este alentejano me encantou há época porque, entre outros atributos, tinha um preço bem camarada. Na sua faixa deitava e rolava, tendo sido (uns seis a sete anos atrás) premiado pelo publico consumidor em Portugal como um dos melhores entrada de gama disponível por lá. Não sei como anda seu conceito por lá, mas por aqui o primeiro senão é uma alta considerável de faixa de preços o que o trouxe para um patamar bem mais concorrido nos dias atuais, entre R$35 a 45,00 (depende da loja). Como os vinhos portugueses de gama de entrada estão bons e abundam, perde um pouco desse chamariz. Já na taça, achei que ficou um pouco mais ligeiro e sem presença de boca. Toma-se de forma descompromissada, mas deixou de me encantar (sim também me encanto com vinhos baratos!). Eu mudei e fiquei mais exigente, porém creio que o vinho também e não foi só no design do rótulo. Nessa faixa de preços hoje existem exemplares mais interessantes, mas quem o comprar não vai se dar mal. Tomei acompanhando um leve macarrão com bacalhau e brócolis e, mesmo não dando para soltar rojões, não fez feio!
Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.