Vinhos da Semana

Semana de Portugueses em Mês de Italianos

           Tenho andado meio relapso com meus posts de vinhos da semana e já tenho uma lista de três semanas de bons tragos para compartilhar com vocês. Os desta última semana, por incrível que pareça, eheheh, foram todos vinhos portugueses de preço médio e, em geral, bastante interessantes e saborosos.

 

  • Comecemos pelos brancos em que tive a oportunidade de rever, e tomar, o Quinta da Ameal Loureiro 06. Gosto muito dos vinhos elaborados com esta cepa e este é muito bom. Os sabores e aromas são diferentes, mas o estilo deste Ameal faz lembrar muito a delicadeza e sutileza dos bons vinhos do Mosel, na Alemanha, incluindo o teor alcoólico de 11.5º. Deliciosamente refrescante, grande intensidade aromática em que sobressai um encantador bouquet floral. Na boca é leve, suave, um toque de seda no palato em que aparecem frutos cítricos, toques de limão com um final de boca algo amendoado. Muito mineral, ótima acidez, alguma agulha muito sutil e bem típica dos vinhos verdes. Encantador e só senti pena que não tivesse uns camarões grelhados para acompanhar tendo, porém, na falta deles, harmonizado muito bem com um filé de Saint Peter. Na Seleto por R$49,50.
  • Monte da Cal 04,vinho regional Alentejano. Corte de Aragonez, Alchofreiro e Alicante Bouschet de bom corpo, carnoso, fechado, taninos firmes porém sem agressividade. Algo terroso e defumado, um pouco austero. Um vinho bem feito, bom preço, mas não chega a empolgar. Na Expand por R$29,90. $ 
  • 3 Pomares 05, o vinho de entrada do bom produtor Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Da região do Douro, um corte de Touriga Nacional, Tinta Franca e Tinta Roriz de aromas bem frutados, franco, redondo, envolvente e sedutor. Taninos finos bem equacionados, boa acidez, grande equilibrio, elegante com um final de boca muito agradável que chama à próxima taça. Não é um vinhaço, nem é esse seu intento, mas é um vinho muito saboroso e bem feito, mostrando que os vinhos desta casa primam pela qualidade.  Na Vinea Store por R$59,00.
  • Bom Juiz 03, mais um Alentejano, desta feita um corte de Aragonês, Castelão, Trincadeira e Tinta Caiada. Extremamente agradável, saboroso e equilibrado, aromas de fruta madura, macio e redondo, de taninos finos e algo de especiarias num final de boca de média persistência. Um vinho que dá muito prazer de tomar e acompanhou muito bem um strogonof de filé mignon. Pelo ótimo preço de R$40,00 na Seleto, certamente uma visita que se tornará constante sob a minha mesa.  $
  • Quinta das Tecedeiras LBV 2001, um dos LBVs mais em conta no mercado, custando quase que o mesmo que boa parte dos bons Vinhos do Porto Ruby, porém num nível de qualidade bem acima. Possui um estilo mais potente, encorpado com uma certa rusticidade, mas sem pesar na boca. Generoso nos aromas de fruta madura muito presente com algumas nuances do que me pareceu ser chocolate. Bastante equilibrado, mostrou interessantes traços de mineralidade e penso que ainda evoluirá muito com mais uns três ou quatro anos de garrafa, quando deve amaciar. Como, por este preço, difícilmente estará disponível até lá, vale comprar umas três ou quatro garrafas e guardá-las por um tempo. Na Expand por $R$59,00. $

Salute e Kanimambo.

 

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Me Dei Bem, Muuuiiiiito Bem!

È, não é sempre que a gente tem o prazer de só tomar belos vinhos durante a semana que, neste caso, foi de dez dias! Realmente me dei bem, os vinhos tomados me encheram de prazer e satisfação e tenho que compartilhar esse prazer com os amigos de Falando de Vinhos.

 

  • Quinta de Giesta Rosé 2006, lá se foi minha última garrafa e, lamentavelmente, a Lusitana não trará mais este vinho. Uma delícia refrescante elaborada com Touriga Nacional, a emblemática cepa Portuguesa que nos presenteia com aromas inesquecíveis de flores do campo e frutas vermelhas frescas, framboesas, morangos. Cor linda meio rosa puxando para salmão escuro, macio na boca com toques acentuados de groselha, levemente adocicado, mas seco. Normalmente um belo aperitivo, este acompanhou divinamente um lombo de porco agridoce. Vai deixar saudades e, quem achar por aí, pode comprar. É satisfação garantida. Já tenho dois candidatos a substituir esta preciosidade, Fausto Rosé de Merlot e o Goats do Roam Sul Africano. O preço deve estar por volta de R$30,00. $
  • Melipal Malbec 2005, tinha dado um tempo nos Malbecs e voltei em grande estilo. O vinho estava absolutamente redondo, com taninos finos e aveludados, carnoso, médio corpo, boa textura, muito equilibrado e um longo, macio e saboroso final de boca com alguma mineralidade. Num nariz de média intensidade, a tipicidade da Malbec com boa fruta, e nuances de especiarias. Um vinho literalmente suculento por cerca de R$53,00 na Wine Company ,que é quem importa os vinhos desta Bodega relativamente nova no mercado. Certamente um vinho que, também pelo preço,  voltará a freqüentar minha mesa muito em breve. Belo e imperdível exemplar de Malbec $
  • Bouza Tannat/Merlot 2006, um vinho que é um porto seguro e, na minha opinião, um dos melhores Tannat/Merlot do mercado. Começamos o almoço de Dia dos Pais com esta garrafa que um amigo me trouxe do Uruguai, mas que é trazida pela Decanter, e não podia haver início melhor. Com uma pequena produção de somente 14.000 garrafas e 9 meses de barrica, é um vinho extremamente agradável de bouquet complexo em que aparecem frutas silvestres, algo de baunilha. De corpo médio, apresenta a exuberância do Tannat Uruguaio devidamente temperado com a maciez do Merlot, muito harmônico e redondo com taninos doces e muito saboroso. Na Decanter, que traz toda a boa linha da Bodega Bouza, por cerca de R$74,00.
  • Duas Quintas Reserva 2001, um grande vinho do Douro elaborado com cerca de 70% de Touriga Nacional, um bom sinal, e Tinta Barroca passando seis meses em pipas de carvalho novo e dois anos descansando na adega. Divino! Este foi meu segundo vinho do almoço de Dia dos Pais, e me deixou nas nuvens. Tirei-o da adega, tinha trazido de uma viagem, e confirmou todas as impressões de um 99 que tinha tomado há uns dois anos. Um vinho que encanta no nariz, em que aparece uma fruta bem dosada com toques florais que encantam, e se confirma na boca com nuances de baunilha em grande elegância,com taninos redondos, fruta madura, bom frescor, final de boca aveludada, saborosa e longa persistência. Se existe um vinho sedutor, este é certamente um desses belos e fabulosos exemplares que literalmente encanta quem o toma. Não sei o preço, mas deve rondar os R$200,00 e a importadora é a Épice.
  • Quinta Nova LBV 2003, o ápice de meu almoço e um Graaande LBV! Já estava aberto há uns três ou quatro dias e matamos a metade que sobrara. Talvez o Vinho do Porto mais próximo de um Vintage, que eu já tenha tomado. Perfeitamente equilibrado, denso, rico, cremoso, amplo, absolutamente redondo com taninos macios e aveludados, bom frescor e muito, mas muito saboroso. Na cor e no nariz mostra boa intensidade com forte presença de fruta vermelha madura e nuances de chocolate muito bem harmonizado. Um LBV de primeiríssima, cativante e encantador! Na Vinea Store por R$122,00 e vale cada gota do doce néctar! 

A partir de amanhã, se iniciam os posts de Boas Compras disponibilizadas por nossos parceiros. Bas dicas para aproveitar com seu pai, neste mês especial de Dia dos Pais. Salute e kanimambo.

 

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Mais Vinhos da Semana, or not ….

               Realmente não são vinhos da semana, são vinhos dos 10 dias, como o Luiz comentou, ou vinhos da quinzena, como o meu filho os chamou. Sei lá, não vem muito ao caso, são vinhos que venho tomando ultimamente e pronto. Desta vez, não tive uma semana muito feliz, não tomei nenhum vinho, por melhor que fossem, que me despertasse um grande prazer. Não daqueles que me fazem pular, querer dançar, de deixar aquele gostinho de quero mais na boca. Não sei se foram os vinhos, se fui eu que não estava na minha melhor semana, o que sei é que os vinhos ficaram aquém do esperado. Não que fossem ruins, muito pelo contrário, mas acho que, em alguns casos criamos tamanha expectativa, que os resultados acabam não chegando aos pés do esperado. Acho que também teve um pouco disso, mas vamos lá, chega de lero e falemos de vinho.

TEMPUS Cabernet Sauvignon 04, comprei em uma garrafa no WalMart por duas razões. A primeira porque a minha amiga Helô comentou em seu blog que provou um Merlot, na verdade era esse que eu queria, e que gostou muito. A outra razão, é que eu tinha tomado um Tempus Pleno, um blend, de que gostei bastante. Este Cabernet possui especiarias bem presentes, taninos equacionados, num final de boca em que surgem nuances terrosas. Não me encantou, mas dá para tomar, agora preciso provar o Merlot. No super, comprei por algo ao redor de R$17,00. 

 I.S.P

Hecula 2004 , um vinho para quem gosta de concentração, boca cheia e intensidade. É um vinho Espanhol da região de Yecla, elaborado com 100% da cepa Monastrel. Aromas ainda fechados, algo de frutas negras com nuances de tostado. Na boca é denso, encorpado, taninos ainda bem presentes e um delicioso final de boca com boa persistência. Depois da primeira taça, decantei por uns 30 minutos e o vinho cresceu muito.Vinho que pede comida, um belo leitãozinho ou um bom churrasco creio que serão excelentes parceiros. Um belo vinho que ficará melhor ainda com mais um ou dois anos de garrafa. Foi a segunda vez que o tomei, e só veio confirmar a qualidade e satisfação encontrada da primeira vez. Este eu retirei da adega, mas na Kylix está por R$62,00. 

I.S.P$ 

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos!
Angélica Zapata Cabernet Franc 2002, o terceiro varietal que provo desta excelente linha de produtos elaborados por Catena Zapata. Sou gamado no Malbec e no Cabernet Sauvignon, que é outro ótimo vinho, mas me desapontei um pouco com este. Talvez porque o padrão encontrado nos outros dois ser tal, que ficamos logo na expectativa de mais um blockbuster, o que ele, a meu ver, não é. Isto não quer dizer que seja um vinho desprovido de qualidades, muito pelo contrário, é um belo vinho, só não está no mesmo patamar que os outros dois, para o meu gosto sejamos claros. Os aromas são intensos, boa estrutura, acidez um pouco baixa, taninos maduros e macios, bem balanceado, e levemente apimentado no final de boca. Absolutamente pronto para beber não devendo, em minha opinião, ser guardado por muito mais tempo. Esta garrafa também saiu da adega, mas pelo que pesquisei, está por aí em torno de R$90,00.
I.S.P.
 
Marco Luigi Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2003, mais um vinho que provo deste bom produtor nacional de quem sou fã. São diversos os rótulos provados e todos realmente muito saborosos, bem feitos, que me agradam sobre maneira. O ultimo provado foi o Reserva da Família Merlot que é um vinho encantador. Isto sem falar nos espumantes e no Conceito Tempranillo. Finalmente cheguei no top de linha, um vinho recém escolhido para a carta do Cerimonial do Planalto. Não me empolgou, não como o Merlot, o que me causou estranheza. Para o meu gosto está demasiado maduro, taninos praticamente inexistentes demonstrando um aparente envelhecimento precoce provavelmente produzido por uma guarda de má qualidade. Tenho que refazer esta prova com outra garrafa já que, neste caso, não emitirei qualquer opinião mais concreta, ou índice de satisfação, por poder incorrer em uma tremenda injustiça e tenho demasiado respeito pelo produtor, para fazer algo assim. Por outro lado, as avaliações de especialistas o dão como, realmente, um belo vinho. Voltarei com ele muito em breve! Aguardem.

 

 

 

 

 

 

 

Mais Vinhos da Semana

              Bem, Vinhos da Semana realmente não são. Na verdade são vinhos, muitas vezes, efetivamente tomados num período um pouco mais longo, estando mais assim como para uns dez dias. Só que, não dá para dar um titulo de “Vinhos dos Últimos 10 dias”, ficaria uma coisa sem graça, não concordam? De qualquer forma, são os vinhos que tomo em casa e sob os quais teço as minhas opiniões, sensações e prazeres que é uma forma de compartilhar os vinhos com os amigos. Vamos lá, chega de papo e falemos de vinho.

 

 

Philippe Bouchard Syrah 06, Vin des Pays D’OC , delicioso vinho da região de Languedoc com 100% de Syrah. Vinho pronto, muito agradável, teor alcoólico comportado com 12.5º, boa concentração com uma paleta olfativa muito agradável. É fresco, equilibrado, leve para corpo médio com toques de especiarias típicos da casta e muito sabor. Taninos finos e elegantes, completam este conjunto de forma muita harmônica. Um vinho realmente fácil de agradar e fácil de harmonizar por um preço muito bom. Como sempre digo, um Syrah elegante é sempre um grande prazer tomar e este não foge à regra. Disponível na Vinea Store por R$49,00. 

I.S.P. $

 

Los Vascos Cabernet Sauvignon Gran Reserva 05, um Chileno tradicional, com um tempero de 3% Syrah e 5% Carmenére, com influência Francesa que sempre me agradou muito. Este não negou fogo, mas já tomei melhores e o 2004 é um deles. Segue sendo um vinho de bastante elegância, de médio corpo, taninos finos, porém achei, por mais que os outros digam não, que a madeira e o pimentão aparecem demais faltando-lhe harmonia. Talvez tenha faltado uma decantação, não sei. De qualquer forma, segue sendo um vinho bastante interessante, boa qualidade só que, desta vez, não me empolgou. Pode ser o vinho ou posso ter sido eu, preciso lhe dar uma nova chance, mas a principio, acho que o Reserve está melhor, mais equilibrado e custa menos. Disponível na Confraria do Queijo & Vinho por R$64,00. 

I.S.P.   

 

Duque de Beja 05, vinho Alentejano, saboroso corte de Syrah/Cabernet Sauvignon/Aragonez e Trincadeira. Bonita cor rubi com toques violáceos e boa fruta no nariz. Na boca, fruta madura de boa intensidade, macio, sem arestas, muito harmônico e de média persistência. Vinho bastante agradável, taninos maduros, doces e já equacionados, lhe dão uma personalidade muito própria. Ideal para acompanhar uma carne assada ou prato similar. Disponível na Lusitana por R$ 45,36.

I.S.P.  .  

Fincas Privadas Tempranillo 05. Este Argentino, volta e meia, aparece sob a minha mesa e não só quando o orçamento está curto não! Por vezes, gosto de tomar vinhos mais descomplicados, sem grandes compromissos e fáceis de beber. Este é meu porto seguro e um vinho que me agrada muito. Não tem um conjunto olfativo intenso, mas é agradável com bons aromas de frutas vermelhas. Na boca é um vinho suave, macio, muito saboroso, surpreendente frescor e de grande harmonia com taninos finos e um bom final de boca. As pessoas têm dificuldade em acreditar, mas tudo isso custa apenas R$13,50 a 16,00 dependendo de onde você o compra. Na Casa Palla o compro pelo preço mais baixo, mas o Carrefour e outros supermercados também o têm. Provei os outros varietais deste produtor e os achei bem mais fracos, não os recomendando. Nesta faixa de preço, este Tempranillo é campeão absoluto e harmoniza maravilhosamente com pizza, um belo hambúrguer, umas lascas de queijo, bate-papo, amigos, macarronada de Domingo, e por aí afora.  Aliás, acho que rima bem com informalidade. A dica é, deixar o preconceito de lado e se deixar surpreender provando este verdadeiro achado para seu dia-a-dia. Fiquei em duvida se era um e meio smiles ou se deveria dar-lhe dois. Ora bolas, este merece, me dá muito prazer por pouca grana, então dois smiles serão! 

I.S.P. $ $ 

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Vinhos da Semana

              Nesta ultima semana provei alguns fantásticos vinhos, já que tive o privilégio de participar do Encontro Mistral ou, como eu o chamei, Mistral Experience! Bem, mas provar não é tomar e aqui falo, somente, dos vinhos que efetivamente tomei. É interessante, mas apesar da experiência que é você provar vinhos e conhecer novos produtos, este exercício de degustações nos deixa é com uma vontade danada de tomar vinho! Vamos lá, vamos aos vinhos que por mera coincidência são todos de 2004.

  • Clos de Torribas Crianza 2004. Este é um vinho bastante confiável e regular com comportados 12.5º de teor alcoólico. Já tomei de diversas safras e apresenta uma qualidade bastante constante que sempre agrada e satisfaz e supera a expectativa em função do preço, ou seja, entrega mais do que cobram por ele. Elaborado na região de Penedés, próximo a Barcelona, com Tempranillo e um leve “tempero” de 10% de Cabernet Franc, é um vinho frutado, fresco, elegante de taninos finos, muito bem equilibrado, boa estrutura, é um porto seguro quando na duvida do que comprar por um preço abaixo de R$30,00. Como o San Roman Crianza, é um vinho que não tem erro e os dois melhores custo x beneficio dos vinhos Espanhóis disponíveis no mercado. Pão de Açúcar, quando não em oferta, tem um preço ao redor de R$28,00. Um vinho que aprecio bastante e, volta e meia, freqüenta minha mesa. 

          I.S.P. $   

  • Dezem 2004 Cabernet Sauvignon. Vem de Toledo, no Paraná, mais um Terroir Brasileiro não muito conhecido. A Dezem vem recebendo boas criticas e comprei este Cabernet para formar uma opinião própria sobre este vinho. Por sinal, dizem que o Merlot deles também é de muito boa qualidade. De cor rubi, aromas não muito intensos apontando para frutas escuras, madeira e algo resinoso. Na boca é cheio, de corpo médio, taninos maduros muito bem equacionados, boa acidez, saboroso, fácil de agradar e no ponto para ser tomado. Uma agradável surpresa que acompanhou bem um bacalhau à Brás. O preço poderia ser mais convidativo, já que nessa faixa de preço existem opções bem mais interessantes tanto nacionais como importados, mas sem duvida um bom vinho equilibrado com seus 13º de teor alcoólico. Este comprei na Vinea Store, preço similar ao que tenho visto por aí, por R$48,00. I.S.P.  .
  • Ciclos 2004. Um corte de Malbec e Merlot produzido pela Michel Torino (Del Esteco) na região de Salta e que já tinha recomendado quando da matéria sobre os vinhos Argentinos. Com 15 meses de barrica e surpreendentes 13.5º de álcool para um vinho Argentino, é um vinho de muito boa qualidade. Com uma paleta aromática que não chega a empolgar, ganha força na boca com boa estrutura, frutas vermelhas com algo de baunilha, acidez média, muito bem equilibrado, soboroso, com taninos finos e macios, formando um conjunto de boa complexidade e persistência. Bom para acompanhar pratos mais condimentados ou uma boa chuleta. Na Portal dos Vinhos, está por volta de R$58,00.

          I.S.P  

  • Meia Pipa 2004. Produzido na região de Terras do Sado pela Bacalhôa Vinhos. É um vinho que me agrada muito. Envelhecido por 12 meses em meias pipas (250 litros) de carvalho Português, usadas em primeiro uso para envelhecer o famoso Quinta da Bacalhôa, é um corte elaborado com as uvas Castelão, Cabernet Sauvignon e Syrah.. Outro vinho que é um porto seguro para mim. Já tomei diversas safras e nenhuma me desapontou, mas há que dar um tempo para que ele alcance seu apogeu. Por experiência, acho que este vinho alcança seus máximos sabores, tornando-se macio e aveludado no quarto ano da safra. Este 2004, está no ponto, muito saboroso, apetecível, bom corpo, cheio na boca, boa fruta com toques de tostado e algo de especiarias. Boa acidez, longo, elegante, teor alcoólico de 13.5%, um vinho de primeira. Como dicas de harmonização, um coelho à caçadora, bacalhau á lagareira e um bom churrasco. Já comprei este vinho por R$37,00, não faz muito tempo, subiu para algo ao redor de R$45,00, faixa em que ganharia o simbolo de boa compra, e agora já se encontra por aí com preços ao redor de R$55,00 (em Portugal este entre 4,50 a 5 Euros). Cada um sabe de si, mas acho que o importador está indo com muita sede ao pote, comprovado pela performance dos preços do restante de sua linha de produtos, e saindo fora de preço. Uma pena, porque o vinho é realmente muito bom. Bom que ainda tenho umas duas garrafas que comprei por R$38,00! Em São Paulo você pode encontrar na Kylix e na Portal dos Vinhos, nossos parceiros, entre outras lojas. I.S.P  

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Cinco Vinhos

                 Final de tarde de Domingo muito agradável, sentado no terraço enquanto me delicio com uma taça de Vinho do Porto Quinta de Baldias Tawny (Lusitana), escrevo sobre estes cinco vinhos tomados ao longo destes últimos dias, período no qual me debrucei na prova e descoberta dos vinhos de Bordeaux e Languedoc sob os quais estarei escrevendo a partir da próxima semana. Sem muita escolha, seleção ou ciência, na verdade apenas uma coletânea de opiniões e sensações que gostaria de compartilhar. São vinhos que cabem no bolso, com preços que variam entre R$25 a 37,00, e que me souberam bem.

 

La Florencia 2005, Mendoza, Argentina.  Este rótulo possui também outros varietais dos quais o mais conhecido é o Malbec. Eu tomei o Merlot, porque queria algo diferente e há muito busco encontrar um de qualidade e preço médio na Argentina. A cor é de um rubi profundo e bonito, com bom brilho. Os aromas não me chamaram a atenção, mas na boca aparece alguma fruta vermelha com algumas notas herbáceas e algo defumado ao final, de corpo médio, boa intensidade e um leve amargor no final. De taninos firmes já maduros sem grande adstringência e baixa acidez. Bem feito, mas seu estilo austero não me encantou. Vinho correto por cerca de R$32,00.

 I.S.P.  

 

Monte do Vilar Tinto 2005, Alentejo, Portugal. (Lusitana) Um vinho com a cara do Alentejo, elaborado com Aragonês e Trincadeira, corte típico desta região. Bela paleta aromática de boa intensidade onde aparecem claramente frutas vermelhas e algo de café tostado. Na boca, a sensação olfativa se confirma com acentuação em fruta madura e boa acidez num vinho de corpo leve e fácil de agradar que certamente se dará bem, levemente refrescado, acompanhando um arroz de bacalhau e brócolis ou um churrasco de carnes menos gordurosas ou, quem sabe, até um arroz de pato. Taninos maduros e macios num saboroso final de boca. Por cerca de R$28,00 meu I.S.P.  $   

Marco Luigi Reserva da Família Merlot 2003, Bento Gonçalves, Brasil. Este produtor tem uma série de produtos de que sou fã. Possui um Merlot básico varietal por cerca de R$22,00 que é muito saboroso, um Conceito Tempranillo por cerca de R$30,00 que também acho bastante interessante, assim como os espumantes dos quais destaco o Reserva da Família Brut e o Moscatel. Desta vez tive o prazer de tomar este muito saboroso Merlot da linha Reserva da Família. É realmente, um vinho mais evoluído, de médio corpo com álcool bem comportado em 13º, bom volume de boca, boa acidez, taninos maduros, finos e elegantes estando, na minha opinião, no auge para ser tomado. De interessante complexidade tanto no nariz como na boca, é um vinho de persistência média e bom final de boca que só vem comprovar minha tese de que, nos níveis médios de preço, os Merlots nacionais não devem para ninguém. Um dos bons produtos nacionais disponíveis no mercado e bem posiconado no quesito preço considerando-se a qualidade oferecida. Uma pena que em São Paulo não seja muito fácil de encontrar. Por cerca de R$33,00, vi no site da Costi Bebidas em Porto Alegre. I.S.P.  $ 

Callia Alta Shiraz (syrah)/Malbec 2006, Mendoza, Argentina. (BR Bebidas / Kylix) Pelo que pesquisei, este produtor parece trabalhar muito bem os vinhos de corte tendo a Shiraz, ou syrah, como sua casta dominante. Este corte, especificamente, achei muitíssimo agradável e fácil de tomar. Vinho correto, descompromissado, nariz de boa fruta fresca, taninos finos maduros, plenamente integrados, macio e sedoso, ótimo para acompanhar uma pizza, um bom cheese-salada, mesa de frios ou coisa do gênero. Dentro do estilo, e com um preço ao redor de R$26,00, é um vinho que satisfaz e que incentiva a  provar os outros cortes; Shiraz/Cabernet e Shiraz/Bonarda.

I.S.P. $

Masseria Trajone, Nero D’Avola, Sicília, Itália 2004. (Vinci/Portal dos Vinhos) Não sou um especialista ou grande conhecedor de vinhos Italianos, mas é o segundo vinho elaborado com esta cepa autóctone, que tomo e aprovo. O outro, o Passo Delle Mule, é um espetáculo de vinho que me encantou, tendo-o comentado num post anterior, e está num patamar de preços bem mais alto. Este é um vinho menos elaborado, mas segue sendo extremamente prazeroso de tomar. Tem uma paleta aromática bastante intensa e na boca é puro prazer. Muito equilibrado, boa estrutura, redondo, macio, boa acidez, enche a boca de prazer num final de boca médio e muito saboroso. Um belo achado por este preço de cerca de R$37,00, faixa em que contracena com o Altano, um vinho do Douro importado pela Mistral, mas que não faz parte desta análise, e que é outro belo produto por um preço incrível.

Meu I.S.P. $ 

 

Porquê Smiles?

               O que ocorre quando você obtém prazer? Por acaso você não sorri? Quanto maior for o seu prazer, maior, ou mais intenso, não é o seu sorriso? Minha carreira internacional foi desenvolvida ao longo de 28 anos correndo mundo e conhecendo; Aeroportos, hotéis e escritórios de empresas ou fábricas. Eventualmente restaurantes, quando sobrava um tempo ou eu não estava esgotado. Nestas viagens de negócios, pouco dá para se conhecer dos locais em que estamos, muitas vezes por muito pouco tempo, pipocando de cidade em cidade e Pais em Pais. A sustentação dessas viagens são os hotéis e sua capacidade de nos aconchegarem nos poucos momentos de descanso que temos nessas viagens. Isso e a visão da volta a casa! Por isso, sempre fiz uma avaliação pessoal dos hotéis em que fiquei para saber quais descartar e em quais repetir a estadia.

               O meu guia de hotéis mostra quatro estrelas e dois smiles, três estrelas e três smiles, cinco estrelas e um smile, e por ai afora. O smile, ou ausência dele, era a minha mensuração do índice de satisfação que senti durante a minha estadia e medido, em grande parte, pela simpatia, amabilidade, carinho e aconchego do hotel sem perder de vista a qualidade. Da mesma forma a minha mensuração de prazer na visita a um restaurante. Pode não ter a melhor comida nem ser o mais chique, porém, no conjunto, pode ser aquele que me dá o maior prazer de visitar e, conseqüentemente, terá um numero de smiles maior na minha análise. Certamente será, também, merecedor de diversos retornos.

               Quis transportar esta filosofia para os vinhos sempre e quando, os tenha que analisar e comentar. Não serão avaliações na essência da palavra, tão pouco julgamentos de qualidade. Estes, só você pode fazer. São análises muito mais objeto de reflexão e mensuração de satisfação, gerada ao tomar determinado vinho, do que meras avaliações técnicas. Não sou um critico de vinhos e nem sei se esse é um objetivo a ser alcançado. Minha análise tem, de qualquer forma, outros objetivos. Até em função disto, este indice é um “bem bolado” entre algum conhecimento técnico adquirido e, fundamentalmente, o prazer (subjetividade pessoal) que esse vinho, me fez sentir. É essa satisfação que quero compartilhar com você esperando que você possa ter o mesmo prazer de que eu tive ao tomar determinado vinho ou de, eventualmente, comer em um restaurante que me tenha despertado boas emoções. O resultado dessa reflexão e análise mensurados, ilustrarei com smiles e, quando esse prazer me despertar sensações e emoções únicas, em que tenha vontade de saltar, pular e dançar, então um smile especial (blog permitindo), indicando isso, será adicionado. Será, para mim, um vinho ou momento especial,  com aquele toque de “quero mais”, que estarei compartilhando com você.

                Não creio que haja a necessidade de explicar, mas, para boa ordem:

  • 1 smile para um vinho de qualidade média e normalmente leve, agradável de tomar sem, grandes expectativas, mas que me fez sorrir.
  • 2 smiles um vinho bom que já me fez esticar o sorriso.
  • 3 smiles um vinho muito bom que certamente me fará voltar e já me faz rir.
  • 4 smiles será demonstração de imensa felicidade agradecendo aos deuses pelo ótimo vinho e néctar tomado.
  • 5 smiles será para vinhos excepcionais que, certamente, terão vários outros símbolos demonstrando minha extrema alegria, previlégio e reconhecimento.
  • $, este símbolo será acrescido ao vinho que for um belo negócio considerando-se a relação preço X qualidade.
  •  dancsmile1.gifserá adicionado se o vinho me trouxer emoções adicionais, me fizer dançar e pular. Será um vinho que terá aquele “algo mais” que surpreende e encanta, que transforma meu sorriso num momento de felicidade e prazer.