Noticias do Mundo do Vinho

“Top 10 Vinhos Portugueses 2013”

Todos os anos a revista portuguesa “Wines – A Essência do Vinho” promove este evento no Palácio da Bolsa na cidade do Porto. Foi semana passada que alguns dos mais prestigiados especialistas da vinosfera, 18 no total, entre eles; críticos, sommeliers, líderes de opinião e jornalistas de Portugal, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Suécia e Reino Unido se reuniram para avaliar um conjunto de 55 vinhos: 10 Vinhos do Porto Vintage 2011 (uma graaaande safra, 13 vinhos brancos e 32 vinhos tintos, pré-selecionados pela revista WINE – A Essência do Vinho, de acordo com as classificações obtidas ao longo do último ano. O Vinho do Porto Vintage com melhor pontuação, o melhor vinho branco e os oito tintos mais bem classificados constituem o “TOP 10”.

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Pois bem, os vencedores deste ano foram; O Vinho do Porto “Graham’s The Stone Terraces Vintage 2011”, produzido pela Symington Family Estates, o tinto do Douro “Pintas 2011”, elaborado pela Wine & Soul, e o branco da região dos Vinhos Verdes “Soalheiro Primeiras Vinhas 2012”, do projeto VinuSoalheiro, são os grandes vencedores do “TOP 10 VINHOS PORTUGUESES”. Destaque aqui para o Soalheiro que segue sendo um de meus Alvarinhos preferidos e a Graham´s que sempre se sobressai entre os grandes do Douro.

A seguir e na ordem vieram os restantes dos tintos sendo que fiquei feliz por ver um dos vinhos listados em meus Deuses do Olimpo 2013, o Marias da Malhadinha, e um dos meus vinhos preferidos do Douro o CV – Curriculum Vitae! Pena que nenhum dos belos vinhos do Dão tenha encontrado seu espaço por aqui o que me faz querer conhecer melhor a lista dos 55 vinhos pré-selecionados. Rui, como deixaste acontecer isso meu amigo?!!

2º “Monte da Ravasqueira Vinha das Romãs 2011” (, Regional Alentejano, Soc. Agr. D. Diniz)

3º “Quinta de São José Grande Reserva 2011” (, Douro, João Brito e Cunha)

4º  “Quinta da Touriga Chã 2011” ( Douro, Jorge Rosas)

5º “Estremus 2011” ( Regional Alentejano, J. Portugal Ramos)

6º  “CV – Curriculum Vitae 2011” ( Douro, Lemos & Van Zeller)

7º  “Marias da Malhadinha 2010” ( Regional Alentejano, Herdade da Malhadinha Nova)

8º “Procura 2011” (8º tinto, Regional Alentejano, Susana Esteban)

         Para verem noticia completa, acessem este link para o site da revista > http://www.essenciadovinho.com/pt/revista-wine/read/777-ja-sao-conhecidos-os-vencedores-do-top-10-vinhos-portugueses . Plena manhã de Segunda de carnaval, eu me preparo para abrir a Vino & Sapore enquanto a maioria descansa, ossos do oficio, afinal alguém tem que pegar no batente! rs Para quem estiver à toa na vida, quiser tomar um vinho ou comprar alguns diferentes saindo da mesmice, dê uma passada por lá, será um prazer vos receber, hoje até as 19 horas. Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.

As 10 Maiores Marcas de Vinho no Mundo

Wine globe 3          Tamanho ou seja, volume de business! Isso não quer dizer que aí não haja também muita qualidade, porém há também um volume enorme de vinhos industrializados, alguns até bons, outros nem tanto. De qualquer forma, são importantes players no mercado com muitos rótulos no que chamamos de entrada de gama. Talvez old news para alguns, porém só agora tomei conhecimento e achei a lista muito interessante porque a China já assume uma posição importante nesse ranking, ela que já é a quinta maior produtora do mundo. Nas cinco primeiras posições deste ranking do The Drink Business publicado na revista Adega e recém recebido no Vinoticias semanal do amigo Marcio, a maioria das vinícolas destão no chamado Novo Mundo, como a Gallo, que em 2012 comercializou mais de 1 bilhão de litros de vinho. Confira, a seguir, o top 10 da publicação.

Gallo: a vinícola californiana fundada em 1933 é a que mais vende vinho no mundo: são mais de 1 bilhão de litros comercializados por ano. São quase 50 rótulos disponíveis em cerca de 60 países. 

Great Wall: chinesa fundada em 1983, é a líder de vendas do mercado nacional, com 15 milhões de caixas. De 2011 para 2012, aumentou seu volume de vendas em 10%.

● Hardy’s: vinícola australiana presente em mais de 80 países. A marca, criada em 1853, está avaliada em mais de 10 milhões de dólares.

Concha & Toro: única latino-americana da lista, a Concha y Toro é responsável por 33% das exportações de vinho chilenas e em 2012 vendeu 13 milhões de caixas de vinho.

Yellow Tail: com apenas 12 anos de idade, a Yellow Tail se tornou uma das vinícolas de mais sucesso da Austrália. Cerca de 40% de seus vinhos são vendidos no Reino Unido.

Sutter Home: a segunda californiana da lista, seu slogan é a venda de vinhos de qualidade a preços mais acessíveis. Comercializa 11 milhões de caixas/ano.

Robert Mondavi: a vinícola de Robert Mondavi é uma das mais importantes do Napa Valley. Seu fundador deu fama aos vinhos da região e colocou o Novo Mundo no mapa vinícola. Vende 11 milhões de caixas ao ano.

Beringer: californiana, seu crescimento nos EUA esteve ligado ao crescimento dos vinhos Moscato e, mais tarde, e bebidas do segmento de luxo. Atualmente, investe em parcerias voltadas para o turismo europeu.

Lindeman’s: mais uma australiana, a Lindeman’s tem reputação mundial por produzir vinhos de qualidade a preços mais baixos. Comercializa cerca de 7 milhões de caixas ao ano.

Jacob’s Creek: a vinícola da Austrália, de 160 anos, está avaliada em 338 milhões de dólares e aumentou em 32% o volume de exportação para a China. A marca está associada a eventos de tênis e tem uma parceria com Andre Agassi. (Fonte – Revista ADEGA – 08/07/2013).

Interessante listagem, não? Deles, ou de qualquer outro, que Baco guie suas escolhas neste fim de semana. Salute e kanimambo.

Segundo dia de Navegação pela Expovinis

Bem, antes de falar de mais essa etapa de navegação, um break para falar dos TOP 10 da Expovinis escolhido por uma banca degustadora de ilustres conhecedores, críticos e estudiosos dos caldos de Baco. Sempre interessante ver o resultado  mostrando o ganhador e alguns de seus principais concorrentes, porque isto dá uma outra visão do resultado. Onde cabe, coloco um  pitaco meu.

Espumante Nacional

1            Casa Valduga 130 Brut – Bento Gonçalves, Brasil (Clássico Nacional)

2            Valmarino & Churchill Champenoise, 2009 (Divino, uma surpresa que trabalho há um tempo e já tive oportunidade de comentar aqui)

3            Aurora Chardonnay Método Charmat

4            Peterlongo Elegance Champenoise Brut

Espumante Importado 

1            Cuvée Charles Gardet – Champagne, França

2            Le Marchesine Franciacorta Brut Docg

3            Margot Extra Brut

4            Astoria Prosecco Cartizze

5           Zonin Prosecco Doc

Branco Sauvignon Blanc 

1          Casas Del Bosque Pequeñas Producciones Sauvignon Blanc, 2009, Casablanca, Chile ( um de meus preferidos que tomei com o amigo Cristiano um apaixonado. Pena que seja tão difícil encontrar por aqui e o preço não ajude muito)

2            Casas Del Toqui Terroir Selection Gran Reserva, 2010

3            Villa Francioni Sauvignon Blanc, 2009

4            Sanjo Núbio Sauvignon Blanc, 2010

Branco Chardonnay

1            Giaconda Nantua Vineyard Chardonnay, 2005 – Victoria, Austrália

2            Monte Agudo Terroir De Altitude Chardonnay, 2008 (Provei e gostei. Madeira mais integrada no nariz, mostra uma certa evolução na boca com bastante complexidade.)

3            Phillippe Collin Chevalier Montrachet Grand Cru, 2007

4            Salton Virtude Chardonnay, 2008

5            Luiz Argenta Gran Reserva Chardonnay, 2009

Branco Outras Castas 

1            Morgado De Sta Catherina Bucelas Reserva Arinto, 2008 – Estremadura, Portugal (uma maravilha que só confirma a ótima forma que os brancos portugueses passam. Já comentado aqui no ano passado, é um vinho complexo e encantador.

2            Casa De Sarmento Maria Gomes, 2008

3            Sanjo Maestrale Integrus, 2008

4            Eral Bravo Urano Torrontés, 2010

5            Herdade Dos Grous Reserva Branco Regional, 2008

Rosado 

1            Château De Pourcieux Côtes De Provence, 2010 – Provence, França

2            Chateau De L’escarelle Coteaux Varois En Provence, 2010

3            Domaine De Vignaret Rosé

4            Chateau De L’escarelle Les Belles Bastilles, 2010

5            Chateau Ferrylacombe Cascaii Rosé, 2010

Tinto Nacional

1            Pizzato DNA 99, 2005 – Bento Gonçalves, Brasil (a consagração dos merlots nacionais)

2            Santo Emílio Leopoldo Cabernet Sauvignon Merlot, 2007 (Sempre gostei deste vinho que já comentei aqui em outra cobertura de Expovinis anteriores, creio que dois anos atrás.)

3            Viapiana Via 1986 Marselan, 2009

4            Miolo Merlot Terroir, 2008

Tinto Novo Mundo 

1            Jim Barry The Mcrae Wood Shiraz, 2005  – Clare Valley, Austrália

2            Undurraga TH Pinot Noir, 2009

3            Spice Route Mourvèdre, 2008 (baita relação Custo X Qualidade x Prazer e uma enorme satisfação ao tomar. Literalmente vale quanto pesa)

4            Gimenez Rilli Reserva Altamira, 2007

5            Perez Cruz Quelen Special Selection, 2006

Tinto Velho Mundo

1            Roquette & Cazes, 2007 – Douro, Portugal

2            Burgos Porta Mas Sinén Coster, 2006

3            Bodegas Portia Ebeia Roble, 2009

4            Bodegas Portia Prima, 2007

5           Mouchão Colheitas Antigas, 2000

Doce Fortificado

1          Justino’s 10 Years – Madeira, Portugal (muito bom, adoro a Bual 10 e 15 anos, grandes vinhos)

2            Quinta Santa Maria Portento, 2006 (há tempos também já o recomendei aqui e acredito que seja uma ótima opção aos Portos Ruby básicos, ainda mais que agora leva um bom porcentual de Touriga Nacional.)

3            Meerendal Chenin Blanc Natural Sweet, 2009

4            Dr. Loosen Ürziger Würzharten Riesling Auslese 2008

5            Pericó Ice Wine, 2009

            Voltando à navegação, prejudicada por ter que sair ás pressas e cedo em função de chamada profissional, e pior, hoje tive que entrar no estaleiro para reparos e não poderei completar minha viagem.  Coisas da idade! rs Tinha deixado para hoje a Ravin, primeira da lista e sempre disponibilizando ótimos vinhos para prova,  Qualimpor, Valmarino, Marco Luigi, Miolo, Domno e Adega Alentejana que, lamentavelmente não poderei visitar, mas que recomendo aos amigos não perderem. Gente que sabe o que faz!

           A principal atividade do dia foi uma visita ao lançamento do primeiro Passito nacional, mais uma vez sob a batuta técnica do Jefferson, elaborado pela Vinícola Santa Augusta uma jovem (2003) vinícola da jovem Serra Catarinense tocada por duas bonitas e simpáticas jovens (Morgana e Taline) que tiveram a coragem de se arriscar neste projeto único que culminou em apenas 300 garrafas produzidas, uma das quais está agora em minha adega particular. Deste vinho e deste lançamento, escreverei mais tarde em post especifico, mas foi um tremendo privilégio, como o do nosso primeiro Icewine da pericó, participar desse momento histórico em nossa vitivinicultura.

          Do resto, gostei muito de conhecer  a Antonio Dias Vinhos de Terroir, numa região gaúcha nova conhecida como Alto Uruguai na fronteira com Santa Catarina. Dica do amigo Nilson do Armazém Conceição em Floripa, este produtor elabora um bom espumante 100%  Chardonnay e um ótimo e surpreendente Tannat que deixa marcas por onde passa! Recomendo a visita ao stand deles e aproveitem para conhecer seus outros rótulos, já que passei muito correndo. Don Giovanni com seus ótimos Stravagganza e Nature, dois espumantes muito bons, é uma parada obrigatória logo na entrada e certamente em breve na Vino & Sapore.

         De Santa Catarina, dois Chardonnay de muita qualidade. O já conhecido e mui respeitado Vila Francioni assim como esse premiado da Vinicola Monte Agudo que obteve segundo lugar entre os chardonnays da prova dos TOP10. Muito bom também o Portento branco da Quinta Santa Maria elaborado com Malvasia, um estilo à lá Moscatel de Favaios. 

         Da Argentina não provei muito, mas, os vinhos da Eral Bravo, produtor de Mendoza com vinhedos na sub-região de Agrelo, me agradaram bastante tanto o Cabernet como o Malbec que, espero,  cheguem logo ao Brasil.

          Decanter, sempre o estande mais movimentado da feira onde rolam incríveis vinhos de um dos melhores portfolios nacionais. São parceiros, então falar deles é sempre suspeito, mas ser recebdio por espumante da Franciacorts, o Ferrari Perle, já é uma tremenda experiência porque é muito bom e coloca muito champagne no chinelo mostrando que até no vinho nome só não ganha jogo! Provei um Armagnac Napoleon que é estupendo, uma dica diferente, especialmente para o friozinho que se aproxima e para os amantes de charuto.

Para finalizar o Melhor Vinho da Expovinis para muitos, o Porto Dalva 63, uma benção dos deuses em forma de liquido. Daqueles néctares que mais do que serem fungados e bebidos, devem sim ser lambidos enquanto, de joelhos, agradecemos a benção e privilégio de poder saborear alguns poucos decilitros desse elixir.  Trouxe comigo um pouco desse néctar, talvez um quarto de garrafa de 500ml, que compartilhei com oito alunos de meu Curso de Vinhos na Vino & Sapore, uma tremenda experiência e momento especial de reflexão.  Kanimambo á moça que me atendeu, desculpe não ter pego seu nome naquele momento de extâse, e ao Beto Duarte que fez esse meio campo. Espero que logo, logo estejam por aqui, Enquanto isso, se tiver alguém indo a Portugal,  encomende uma garrafa, que custa por lá entre 80 a 100 euros.

Salute e Kanimambo.

Ps. Dificil foi encontrar água pelos corredores da feira!

Primeiro Dia de Navegação na Expovinis

Começamos por uma fila na sala de imprensa para cadastramento (?!) que ainda por cima foi enormemente reduzida. Por outro lado, como tinha credencial de imprensa!!! Enfim, nada que não fosse contornável, mas certamente algo a ser revisado para o ano que vem.

Neste primeiro dia saí um pouco a esmo, sem rumo pré traçado, o que não é muito a minha praia, pois sei que as tentações são muitas. A primeira visão da feira é de que metade do mundo produtor está por aqui procurando importadores que, por outro lado, não param de pipocar no mercado brasileiro. Desta forma, muita coisa interessante para os importadores e deleite para prova dos enófilos presentes, mas sem muita praticidade para o consumidor que não terá acesso a esses rótulos tão cedo, se é que efetivamente virão. De qualquer forma, sempre interessante  tive oportunidade de provar alguns vinhos que, pelo que ouvi, poderão estar nas prateleiras num futuro não tão distante.

Chateau de l’Oiseliniére , parte do patrimônio histórico francês desde 97, com stand na ala da França/Loire – um Chateau que vem passando mão em mão desde 1635, no coração da região de Muscadet (não confundir com moscatel) Sévres et Maine que tradicionalmente produz bons, suaves e frescos vinhos brancos que ganham complexidade quando produzidos “sur lie”. O que eu não sabia é que estes vinhos também podem envelhecer bem, pois tradicionalmente são tomados jovens. Com vinhedos de 40 anos, alguns de 70, os vinhos que produzem mostram uma maior concentração que agradam sobremaneira. Especial destaque para o Les Grands Gâts 2007 e o Les Illustres também de 2007 um pouco mais austero mas gualmente saboroso. Incrível um vinho de sobremesa com uma uva que desconhecia, a Bonnezeaux. Aparentemente uma cepa originária da Chenin Blanc e talvez por isso o bom equilíbrio encontrado entre a acidez e a doçura e pasmem, 2001! Vinhos que espero cheguem logo por aqui .

Les Vins Skalli , produtor de tintos do ano pela International Wine Challenge, produz um muito bom Chateauneuf-du-Pape de nome “La Tiare du Pape” elaborado com Grenache e Syrah que me agradou muito e talvez esteja por aqui até ao final do ano. Vale a pena dar uma passada por lá para provar e o produtor tem outros interessantes rótulos à prova.

Herdade do Pinheiro Alentejo, dos irmãos Ana e Miguel que conheço faz alguns anos e sou fã declarado já tendo colocado seus vinhos á prova por diversas vezes e sempre com muito sucesso. Trabalham o Rio de Janeiro e o Nordeste, mas aqui em Sampa buscam novo parceiro para desenvolver um trabalho de longo prazo. Lhes enviei diversos potenciais importadores e espero que algum acerte com eles, pois não faz sentido estes bons vinhos a bons preços, tudo o que precisamos como consumidores, não nos serem disponibilizados. Ótimos rótulos, desde seu branco elaborado com Antão Vaz e Arinto, passando por um Rosé diferenciado e delicioso, até seus vinhos tintos que exalam qualidade tanto no nariz como na boca. Não falarei sobre um vinho, passe no stand e prove todos!

Domaine de Lishetto Pinot Noir – Este deverá vir com certeza, apesar de estar em fase de avaliação na feira no stand do Emporio Sorio, importador especializado na Córsega, região francesa e onde vem este vinho muito agradável e bem feito, corpo médio, muito equilibrado e rico. Gostei bastante!

           Quanto aos outros que já estão por cá estabelecidos, achei muito interessante e surpreendente  um Gewurztraminer da região de Samontano (Espanha) produzido pela Absum e disponível no stand da Viníssimo.

Na Mercovino, de cara e gente nova com um  projeto mais adequado á nossa vinosfera tupiniquim, os vinhos da Lauca (chilenos) são uma boa pedida na linha de vinhos mais em conta porém de qualidade, os tintos italianos da Cantina Ballerin e da Azienda Piero Buso que são muito bons, o Esmero branco que é um blend de Gouveio, Fernão Pires e Viosinho produzido por pequeno produtor com lagares a pé, valem ser conhecidos assim como Juan Gil 12 meses, um espanhol de Toro que recomendo.

Vinhos Madeira – sempre uma parada obrigatória, desta vez contando com a presença de dois ótimos produtores. Recomendo o Henriques e o Justino, ambos Bual 10 anos, mas não deixe de provar os outros rótulos, também muito bons.

Winery – Tem que provar os vinhos argentinos da Goulart, ainda mais se com a presença da simpática produtora que é, brasileira! Sim, Mendoza virou uma babilônia onde habita gente de tudo que é origem e idioma produzindo vinhos de qualidade. Gostei mais dos blends, a não ser por uma ótima mostra de barrica o “Super Malbec”, especialmente do R que me parece a relação preço x qualidade x prazer mais interessante da linha. Aproveite que já está lá e conheça os outros vinhos desta importadora.

             Bem, por hoje é só, mas não podia deixar passar algo que considero um deslize grave numa feira deste porte. É o grandioso stand da “Sparkling Wines From Brazil” que, imagino, esteja lá para divulgar o espumante brasileiro, mas só para convidados VIP viu! Tem que ir procurar quem te convidou e solicitar uma pulseirinha, coisa mais ultrapassada que acho que nem baladas usam mais, que te dará direito a entrar! Não sei quem é responsável por isso, mas me parece que o tiro saiu pela culatra já que durante as sete horas que passei por lá vi muita pouca gente dentro. Pessoalmente, achei de muito mau gosto e um desrespeito a muitos, especialmente lojistas, que trabalham e promovem os espumantes nacionais em seus estabelecimentos! Escutei muita reclamação e concordo integralmente, bola fora!

Salute e kanimambo pela visita, amanhã tem mais e não esqueça da degustação de MALBEC 90 + que postei ontem, vale a pena!.

PS. Mapinha complicado esse da Expovinis!!

Levantamos Âncora pelos Caminhos de Baco

Já zarpamos numa viagem de descobrimentos pelos mares de Baco, iniciando nossa primeira escala por ótimos momentos vividos do Encontro de Vinhos OFF.  A cada evento realizado, o Beto e o Daniel melhoram este Encontro que já começa a fazer parte do calendário Vinico de qualquer enófilo que se preze. Para terem uma idéia, pelo menos quatro lançamentos nacionais aconteceram aqui ontem:

  • Voilá – o amigo Emerson nos traz uma linha de pratos gourmet congelados que nos abre o apetite só de olhar já que foi um projeto muito bem pensado, do design gráfico, apresentação e, obviamente conteúdo.
  • Casa Valduga – Lançou seu Ícone em espumantes, o Maria Valduga com 48 meses de autólise que tenho que reconhecer que pode enrubescer a maioria dos espumantes básicos disponibilizados no mercado. Muito bom, elegante e sedutor, gostaria de vê-lo numa degustação às cegas com exemplares franceses, até porque o preço estará em linha, algo em torno de R$180,00!
  • Além Mar – o mais novo lançamento da Villagio Grando, um bom  blend de cinco cepas elaborado pelo conceituado enólogo Antonio Saramago e o escanção (sommelier) José Carlos Santanita. Lamentavelmente não consegui ficar para a apresentação que foi programado pra as dezenove e às 20:30 ainda não tinha começado. Deixei para hoje na Expovinis, mas o vinho revi! Sim, porque já o comentei por duas vezes aqui no blog.
  • HMO – A chegada de uma nova importadora que em breve trará de volta os bons Vinhos do Porto da Quinta Seara d’Ordens, que teve breve passagem pelo Brasil há alguns anos atrás e que tive o prazer de conhecer durante minha viagem à SISAB em Fevereiro do ano passado,  os vinhos 100 Reis da Herdade da Maroteira com destaque para seu Syrah altamente pontuado em Portugal, assim como os vinhos da argentina Tempus Alba. Em breve por aqui!

             Mas teve muito mais pois tivemos mais de trinta expositores com ótimos rótulos sendo apresentados tendo contado com reforços importantes para esta maratona;  as águas da Lindoya e as pizzas da Bendita Hora que dispensam apresentações. Como já de praxe destes encontros, a presença maciça de blogueiros do vinhos com presença especial de amigos de Brasilia, Salvador, Espirito Santo, Rio de janeiro, etc. Até a Ná, que há muito queria conhecer pessoalmente, por lá apareceu com sua câmera em punho. Só por isso o Encontro já valeu!

              O primeiro compromisso foi com a escolha dos TOP 5 do Encontro, desta feita com um patamar de qualidade mais uniforme e de muito boa qualidade, superior ao que tive a oportunidade de degustar na anterior no San Raphael. Por outro lado, uma grande surpresa para mim, pois meu melhor vinho foi um que na ultima avaliação tinha dado 82 pontos e agora 92! Mudei eu, ou o vinho? Acho que ambos e é isso que me encanta em nossa vinosfera, a ausência de certezas e presença constante de surpresas ou seja, aqui um momento é diferente do outro e a monotonia passa longe.

  • 1º – Vigna alle Nicchie 07 de Pietro Beconcini, o único Tempranillo italiano e esta “versão”, advindo das vinhas mais velhas deste produtor. Importação MB Import
  • 2º – Arboleda Carmenére 08 chileno bem conhecido de todos sendo importado pela Expand
  • 3º – Veja Sauco Wences 04, espanhol de Toro importado pela Ravin
  • 4º – Judas Malbec 07, agentino trazido pela Maxx Brands
  • 5º – Dominio de Tares 05, espanhol de Bierzo, trazido pela Tahaa

           Acho que estou perdendo o jeito, pois desta feita só acertei um dos TOP 5  com dois outros vindo empatados em meus sexto lugar. Meus Top 5, depois de uma revisão de notas após uma segunda passagem pelos dez vinhos que melhor pontuei, entre 24, em que algumas notas foram mantidas, outras rebaixadas e uma aumentada devido à evolução em taça, foram:

Judas Malbec / Barbaresco Rabajá / Bordeaux Grand Bert Grand Cru de St. Emilion / Aglianico Vigna Antica e Campo Al Mare Bolgheri

           Esqueci minha máquina fotográfica em casa, então me desculpem pela falta de imagens do local. Parabéns aos amigos Beto e Daniel, que continuem assim pois esses eventos são uma lufada de ar fresco num mercado algo monocromático. Para finalizar, me deliciei com um saboroso LBV da Seara d’Ordens acompanhado dos deliciosos brigadeiros da amiga Vanessa que levam o sugestivo nome de “Sr. Brigadeiro”. Bom demais da conta sô!!! Afora os vinhos já mencionados acima, um destaque especial para um vinho biodinâmico da região de Luca (entre Florença e Pisa na Toscana) que me agradou muitíssimo, o  Tenuta di Valgiano Palistori Rosso elaborado com Sangiovese tendo como coadjuvantes a merlot e Syrah, belo vinho importado pela Vínica, mais uma jovem importadora.

Hoje, o primeiro dia da Expovinis, que como sempre também promete! Salute, kanimambo pela visita e nos vemos por áqui.

Quem Pode, Pode!

          É, nós aqui sempre buscando a melhor relação Qualidade x Preço x Prazer e gente fazendo coleção de preciosidades! Pois é, tem comprador para tudo neste mundo e certamente o mercado que menos se abala é o das preciosidades, um desejo de muitos pelas mais diversas razões. Podendo, eu acho mesmo que tem é que curtir, aproveitando todos os momentos pois a relação de caro e barato é algo muito subjetivo já que depende do tamanho do bolso de cada um. Neste caso o tamanho do bolso é enorme  e o cara transformou um desejo num investimento de longo prazo. Vos apresento o maior colecionador de vinhos do mundo segundo mensagem que me foi enviada pelo  Marcos Ferreira da Rare Wines que volta e meia me envia “ofertas” de algumas preciosidades sendo a mais recente algumas poucas garrafas de Chateau d’Yquem  1929!!

“Michel Chasseuil, francês, 67 anos, engenheiro aeronáutico aposentado, dirige um Renault 4L com 200.000 quilômetros, nunca tira férias e vive como um monge – e mesmo assim é o dono de uma coleção de vinhos de capaz de causar inveja a enófilos em todo o mundo.

Mais de 20 mil garrafas raras dos séculos XVIII, XIX e XX estão guardadas em uma adega de alta segurança, que fica a 6 metros de profundidade, protegida três portas blindadas com códigos de segurança e proteção por radar, perto de sua casa em La Chapelle-Bâton em Poitou-Charentes, um pequeno vilarejo no oeste da França. Iniciada aos 20 anos, a coleção tinha 1.000 garrafas em 1970, 5.000 em 1980, 15.000 em 1990 e hoje tem 25.000, sendo considerada a maior coleção particular do mundo. Em 1992 ele gastou os 100.000 dólares, de seu bônus de aposentadoria, na compra de vinhos raros. Em entrevista ao Times, ele afirmou que compra duas caixas do mesmo vinho, (em leilões, na França e demais paises da Europa, nos EEUU, Austrália e África do Sul) uma para coleção e outra para beber (afirma também, que nunca abriu uma garrafa da coleção). Contudo, a disparada de preços nos últimos anos o tem feito vender a segunda caixa, como ocorreu com uma de Petrus 82, que ele havia comprado por 300 francos a garrafa (cerca de £ 30) foi vendido por US $ 50.000 (£ 33,000).  Com o dinheiro ganho ele compra mais vinhos.

Na coleção estão presentes todas as colheitas do século XX do Château D’Yquem, Château Pétrus desde 1924 e Romanée- Conti desde 1905. Verticais: Château Lafleur – 40 safras, 1947 a 2007, Château Le Pin – 1982 a 2005, Petrus 1941 a 2005, Château d´Yquem 1811 a 2005.Na categoria de raridades absolutas há um Château D’Yquem de 1811 (35.000€), um Porto Hunt’s de 1735, e um Champagne Maison de l’Empereur de 1811, ambos de valor inestimável.

Michel Chasseuil quer colocar a coleção – descrita por alguns peritos como a maior do mundo – em um museu do vinho que ele espera criar na região de Bordeaux sudoeste da França.” Que desperdício, podia mesmo é convidar alguns peões que nem eu para compartilhar algumas dessas preciosidades que a maioria de nós jamais terá a chance de sequer cheirar a rolha!

Salute e kanimambo.

Marco Luigi Merlot Reserva da Familia

              Quem me segue há um tempo sabe, sou fã dos vinhos da Marco Luigi e não é de hoje. Em especial dos espumantes e do Moscatel que acho dos melhores, se não o melhor, que o Brasil produz, porém os tintos á base de Merlot e agora Malbec, também são muito bons. Espero conseguir tê-los em minha loja a despeito dos altíssimos encargos para “importar” estes vinhos para São Paulo, mas independentemente disso não posso deixar de divulgar esta mensagem, mais uma Medalha de Ouro para o Merlot Reserva da Familia, desta feita com a magnífica safra 2005! Ainda não provei esta safra, mas certamente o farei dentro em breve.

Salute e kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Fazia tempo que não publicava algumas das muitas noticias e releases que recebo diariamente em minha caixa postal. Total falta de tempo de filtrar e trabalhá-las, mas hoje consegui juntar algumas que acho relevantes a começar pela Maledetto!

O Maledetto e suas crias, os burrocratas. Essa aberração inventada por meia dúzia de “iluminados” e apoiada pelos burrocratas de plantão e outros interesses nem sempre muito claros, conseguiu mais uma uma, complicar o que já não estava fácil. Vejam só o que o Zanini (Vinícola Vallontano) nos disse direto da boca do lobo; “Ontem a tarde, 26/05, como alguns de vocês devem saber – pois a imprensa às vezes é informada, às vezes não, de acordo com os interesses –  houve uma reunião no CIC de Bento Gonçalves, com funcionários da Receita Federal para dirimir dúvidas dos produtores a respeito da implantação do Selo Fiscal; mais de 200 pessoas estavam no auditório, completamente lotado. A reunião foi tensa, complicada e mais uma vez o tiro acabou saindo pela culatra. As entidades que organizaram o evento não imaginavam o que lhes esperava, ou seriam tão ingênuos achando que todos iriam chegar com sorrisos largos ao encontro, sentar e receber pacificamente o entulho de burocracia que teriam que levar para o seus empreendimentos. Para nós da UVIFAM nenhuma surpresa, pois sempre soubemos que a maioria estava contra o Selo. O pessoal da Receita até tentou responder aos questionamentos, muitos deles ficaram sem resposta; e provavelmente estão mais indignados que nós, os contrários. São dois funcionários designados para atender 700 empresas.

          Não será nada fácil, será humanamente impossível até Novembro todas vinícolas implantarem o selo fiscal. As pessoas e entidades que pediram o Selo, que certamente conseguirão transformar o nosso setor em um inferno em poucos meses, serão para sempre lembradas, inesquecíveis… Mas voltando ao encontro, depois de situações prá lá de constrangedoras que os representantes da Receita passaram, pois nada tinham a ver com a confusão dantesca em que o setor os meteu, ao final das esplanações, um produtor de Garibaldi ciente do cenário de caos em que as vinícolas serão mergulhadas até a efetiva implementação do selo, se levantou e calmamente perguntou quem daquela sala era a favor do Selo?  Após alguns segundos de espera NENHUMA pessoa levantou o braço! Nem mesmo os presidentes das entidades que sempre apoiaram o Selo não tiveram coragem de defender a ideia que até um tempo atrás era a panacéia do setor!!! Sem nenhuma manifestação, o produtor foi ovacionado com palmas por TODOS os participantes – exceto as diretorias das entidades e os funcionários da Receita.

         Diante desta demonstração, estamos fazendo um apelo, caso algum político  bem intencionado, queira mesmo ajudar o setor, por favor, lute pela ampliação dos prazos de implantação do Selo. Começar a aplicação do Selo em Novembro, no período forte das vendas para final de ano é outra barbárie contra o produtor. Ontem, para quem estava com alguma dúvida, mostramos que a maioria produtora foi derrotada por uma minoria que usou vergonhosamente o poder político e se escondeu covardemente atrás de entidades.

 Como dizem os italianos criamos o Ufficio Complicazione per Cose Semplice, ou, o Setor de Complicação para as Coisas Simples, buona fortuna a tutti!

 UVIFAM -União Brasileira das Vinícolas Familiares e Pequenos Vinicultores

A matéria acima dispensa maiores comentários, mas realmente existem coisas neste país que são inexplicáveis!!!!

Vinhos brasileiros repercutem na Inglaterra. Por mais que eu seja um critico a algumas das posturas da identidade, entre elas o apoio ao maledetto do Selo Fiscal, tenho que reconhecer que o trabalho que a Ibravin e Wines of Brazil vem fazendo no mundo do vinho tem tido resultados positivos. Ainda falta uma mentalidade mais empresarial de nossa industria vinícola para aproveitar adequadamente as portas que se abrem, mas, importante, portas e janelas estão se abrindo! “A Revista Harpers Wine & Spirits , do Reino Unido, publicou um suplemento especial de 24 páginas sobre os vinhos brasileiros na sua edição de Maio especialmente produzida para a London Wine Fair, uma das principais feiras do setor vitivinícola mundial, realizada de 18 a 20 de maio, em Londres. O material foi produzido pelo jornalista Andrew John Catchpole que visitou por uma semana a Serra Gaúcha. Ele integrou uma comitiva de quatro jornalistas trazidos ao Brasil no início do ano pelo Projeto Wines From Brazil, realizado em parceria pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

          “Fiquei bastante impressionado com os vinhos brasileiros, que são elegantes, têm frescor, acidez equilibrada e uma boa estrutura de taninos”, elogiou o jornalista. Segundo ele, os vinho do Brasil são essencialmente gastronômicos. “Provei vinhos que possuem um potencial maior para acompanhar comida do que outros produtos do Novo Mundo do vinho”. Catchpole ainda ficou impressionado com o tamanho e a modernidade do setor vitivinícola nacional. “A indústria vinícola no Brasil é muito maior do que eu imaginava”, confessa. Além da Harpers, Andrew escreve para as revistas Decanter e Wine Business International e para o jornal The Guardian.

         A gerente de Promoção Comercial do Wines From Brazil, Andreia Gentilini Milan, destaca que apenas o Brasil e a África do Sul receberam a distinção de ter um suplemento especial veiculado na Harpers nesta edição especial da London Wine Fair. “O destaque para os vinhos do Brasil nesta revista despertou grande interesse de importadores, distribuidores e consumidores, que vieram ao nosso estande conferir os produtos brasileiros”, observa Andreia.

        Por mais de um século, a revista Harpers tem sido leitura obrigatória para a indústria de bebidas do Reino Unido. Realiza uma cobertura jornalística única e original, analisando o conteúdo das tendências de negócios e empreendimentos do setor de bebidas, especialmente vinhos. Para acessar o conteúdo da revista, acesse www.harpers.co.uk.

Fiat 500 Sassicaia. Não é assim uma grande noticia, mas mostra claramente que assim como carros, os vinhos também podem ser Cult. Neste caso, eis uma junção de dois ícones destas duas paixões italiana, a máquina e o vinho juntos num projeto diferenciado com uma marca que salta aos olhos, a elegância e sobriedade nos detalhes. Para ver mais, entre no site da AZNOM e clique em gallery, muito legal, especialmente para quem curte design.

Guia Descorchados é lançado no Brasil. Com grande pompa e cobertura ampla da imprensa especializada, lamentavelmente não pude comparecer, este importante guia que alça vôos mais amplos para ser o mais importante guia de vinhos sul-americanos e não só do Chile, dá como melhor vinho nacional o Salton Talento. Obviamente que existirão vozes contrárias, mas é uma rferência de qualidade que não podemos negar e quem o provou sabe que é sim um belo vinho que, em sua faixa de preços, bate muitos vinhos importados. ”Referência para os amantes de vinhos, a edição 2010 do guia de vinhos Descorchados conta com uma novidade que promete agradar, e muito, os consumidores de vinho nacional. Pela primeira vez, incluiu entre suas indicações os grandes nomes de rótulos brasileiros, como o Salton Talento 2006, eleito o melhor vinho tinto nacional. Publicado pela Editora Planeta, o Descorchados contava apenas com rótulos chilenos e argentinos, porém neste ano, publica as indicações de vinhos brasileiros, a cargo do crítico Jorge Lucki.

         Dentre os quase 2 mil vinhos degustados pelos especialistas Patricio Tapia e Hector Riquelmi (Chile), Fabricio Portelli (Argentina) e Jorge Lucki (Brasil), 1.389 foram aprovados e recomendados. Além de um ranking geral, com os 50 melhores vinhos, o leitor também conta com uma seleção dos melhores rótulos por cepa, além das últimas tendências nas vinícolas sul-americanas e uma descrição de cada vinho aprovado, com indicação de temperatura de serviço e harmonização com comida.” Custa a “bagatela” de R$150,00 e fica aqui uma indagação, porque será que tudo que tem a ver com vinho neste país, tem que custar os olhos da cara?!

Marco Danielle lança nova safra e vinhos “en primeur”. O novo site de Tormentas está no ar com conteúdos novos e informações atualizadas. Produtor de um dos vinhos que mais me fez cair o queixo e lamber os beiços em 2009, o Minimus Animas 2005, e o bom Prelude de seu projeto Solo, entre outros, chega com novidades e reformulação no site, inclusive com um esquema de vendas “en primeur” para estes lançamentos que chegarão em Outubro de 2010. Eis a mensagem recebida: “Seguem duas oportunidades de apreciar vinhos muito particulares a preços especiais. Inclusive o Fulvia Pinot Noir 2009, eleito entre os 200 vinhos inesquecíveis do Caderno Paladar do Estadão. Este vinho causou rumor no Grand Hyatt SP quando apresentado à crítica durante o Evento Paladar, por sua semelhança com um Pinot Noir da Borgonha. Também recebeu elogios na França, principalmente de Mark Williamson, que produz Pinot no Oregon e na Borgonha, e de Claude Courtois, célebre produtor do Loire. Fulvia Pinot Noir 2009 é o primeiro passo na defesa de minha tese sobre nossa vocação para gerar no Novo Mundo, os Pinots Noirs mais próximos à fineza da Borgonha.” Fiquei curioso para conhecer a Fulvia (rs)!

            Nem tudo o que Marco Danielle produz me encanta, apesar da maioria do que provei ser de meu agrado. O que não se pode negar é seu caráter inovador, garagista e amigo do consumidor. Mesmo com uma áurea meio Cult no mercado, seus vinhos são posicionando numa faixa de preços que nos permite tomá-los o que, por si só, já nos diz muito deste produtor diferenciado que merece ser conhecido. Como esta venda “en Primeur” pode ser de um mix de produtos na mesma caixa, eu certamente me aventurarei nessa viagem e comprarei uma caixa.

Falando de Vinhos bate todos seus recordes anteriores e não é Dezembro! É gente, graças aos amigos que insistem em me visitar aqui no blog, este mês de Maio foi show. Não vou ser hipócrita e dizer que esses números, apesar de não procurados, não me envaidecem, é lógico que sim e só lamento que por diversos problemas pessoais não venha conseguindo dar atenção ao blog e, em especial aos leitores, como merecem. Não divulgo via net, não tenho twitter, o facebook abro a cada duas semanas, ou seja, é um crescimento boca a boca que vai se consolidando e me faz bem á auto-estima, só que preciso correr atrás do pão nosso de cada dia, aposentadoria está longe e é merreca, e o blog não dá dinheiro. Cadê os marketeiros de plantão?!! Com o advento da loja, quando finalmente sair, quem sabe possa começar a ganhar a vida com vinho? Por enquanto, cá vou escrevendo conforme vai dando (anda faltando inspiração) tentando transmitir minhas experiências e opiniões sobre nossa vinosfera. Fico curioso, já que pouquíssimos divulgam abertamente, como esses números se comparam com o dos grandes especialistas do mercado, não valendo os que pegam carona na grande midia. Kanimambo aos amigos que insistem em me visitar e enviar seus comentários, aproveitem e divulguem a loja também (eheh), fiquem certos que vossa visita é tão bem apreciada como um bom vinho. Durante a semana já são mais de 1.000 page-views diários e 650 acessos totalizando mais de 28.000 page-views e 17.000 acessos no mês. Valeu gente!

         Por hoje é só, salute e kanimambo. No próximo post falaremos um pouco mais de alguns vinhos espanhóis provados, bons demais!

Amantes do Mosel e do Riesling, Rebelai-vos!

             Um pouco em cima da hora, o prazo termina hoje via internet e dia 15 no facebook, para assinar a petição que é um pouco trabalhosa, mas se você se importa não pode deixar de participar. Só para ver que não é só no Vale dos Vinhedos que as coisas acontecem, esta idílica região produtora de vinhos na Alemanha, corre sério riscos com a contrução de uma ponte sobre ela o que trará graves problemas ambientais e certamente prejudicará os produtores locais. Veja como é como ficará a região com a ponte.

           Se você acha que o progresso pode passar por cima de tudo sem medir custos e impactos, deixe para lá. Agora, se possui consciência ambiental e acha que para tudo existem limites, então ajude e gaste uns dez minutos de seu tempo, uma pena que só pode ser feito em alemão, mas os amigos da Dr. Loosen dão as dicas em Inglês. Está em risco uma das mais importantes regiões produtoras de Riesling no mundo, com alguns néctares maravilhosos. Eu já assinei, espero que você também o faça e ajude a evitar essa aberração. Veja a mensagem do Kirk Wille, diretor da Dr. Loosen USA:

Greetings Riesling Lovers,

Germany’s Mosel  Valley is the birthplace of some of the world’s finest Rieslings. The steep,  breathtakingly beautiful vineyards have been the defining feature of the  Middel Mosel’s landscape, culture and heritage for more than 2,000 years.  But the planned construction of an enormous bridge across this valley and  through its vineyards may change all that forever. Please join us in our  efforts to stop this colossal mistake.

Please sign the  petition!

There is an official German government petition against the  bridge that you can sign online. The petition is in German, but attached to  this email you will find step-by-step instructions in English. Please visit  this web site: http://www.stop-the-bridge.org

And  then follow the instructions.

It will take you a few minutes to get  through the registration process so that you can sign the petition. We know  how busy you are, but we implore you to take the time. It is imperative that  we stop this bridge, and we need 10,000 signatures for this petition to have  an impact. The deadline for signing the petition is May  15.

Please pass this message on to any friends or colleagues who  you think would be willing to help.Thanks for your time and  support.”

Salute e Danke Shön(kanimambo)

Chile, Terremoto & Vinhos

           Para os amigos que estão curiosos para saber como os graves problemas ocorridos no Chile poderã afetar a produção, as vinícolas e os vinhedos, existem na internet inúmeros comentários, muitos meramente especulativos, mas eis a nota oficial recebida hoje pela manhã da Vinos de Chile:

DECLARACION PÚBLICA: EFECTOS DEL TERREMOTO

EN LA INDUSTRIA VITIVINÍCOLA

 Santiago, 3 de Marzo de 2010.- Junto con destacar la generalizada solidez de la infraestructura de la industria vitivinícola y la fuerza moral de su gente, Vinos de Chile, la asociación que agrupa al rubro, ya ha podido constatar los efectos producidos por el terremoto en nuestro país y su impacto en la Industria.

          Manifestamos nuestro profundo pesar por el sufrimiento de muchos trabajadores y sus familias que han sido afectados humana y materialmente, y nos alegra poder decir que no tenemos información de perdidas de vidas entre nuestros trabajadores. La industria vitivinícola ha sido afectada, pero después de varios días durante los cuales se ha trabajado por dimensionar su impacto, podemos asegurar que éste ha sido limitado.

           Hemos podido cuantificar la pérdida de vino en 125 millones de litros, considerando vino a granel, embotellado y de guarda. Tal cantidad equivale a unos US$ 250 millones, pero comparada con la abundante cosecha del año 2009, que alcanzó a 1.010 millones de litros, la pérdida equivale solo a un 12,5% de ella. Por ello, tenemos la certeza de que en el breve plazo, los despachos y el cumplimiento de las obligaciones comerciales retornarán a la normalidad sin mayores problemas.

           El daño en términos de infraestructura es desigual entre las distintas viñas y aún no ha sido cuantificado totalmente. Los viñedos de uva vinífera no han sido afectados y estamos a la espera del restablecimiento de la energía eléctrica para poder cuantificar el daño en los sistemas de riego.

           En tanto, las faenas productivas ya se han reanudado, o están en proceso de hacerlo; las líneas de embotellado están en general sanas y en operación, al igual que las bodegas que ya están siendo reparadas. La vendimia se ha iniciado y los volúmenes no se verán afectados por el terremoto o sus efectos. De hecho, los primeros despachos de containers ya se efectuaron, aunque su velocidad de transporte dependerá del adecuado funcionamiento de la infraestructura general del país, como carreteras y puertos. Las viñas están enfocando sus esfuerzos además, en apoyar y satisfacer las necesidades morales y materiales de sus trabajadores.

            La industria vitivinícola sostendrá los contactos necesarios con las autoridades para velar porque se restablezca cuanto antes el pleno funcionamiento de la infraestructura vial y portuaria, así como de los servicios básicos, y también para que se refuerce el apoyo a la imagen internacional del vino chileno mediante un incremento en la participación de campañas internacionales, que compensen cualquier impacto negativo que este evento y sus consecuencias pudiesen haber tenido ante la comunidad extranjera.

          Queremos agradecer las múltiples y sinceras muestras de preocupación y apoyo que todas las viñas y la Industria en general hemos estado recibiendo desde el momento del sismo por parte de la comunidad internacional. Esperamos seguir contando con su solidaridad y con la particular comprensión de nuestros importadores y distribuidores por los esperables retrasos, muchas veces ajenos a la propia Industria, que las circunstancias del terremoto puedan traer aparejados.

         Nuestro principal mensaje es que estamos todos trabajando arduamente para reestablecer la normalidad en la Industria y seguir llevando lo mejor de Chile al resto del mundo a través de nuestros vinos.

René Merino Blanco

Presidente

Vinos de Chile A.G.