Parece……., mas Não è!

Dicas gerais (recapitulando assuntos que já abordamos aqui) para uma boa degustação:

  • – procurar usar copos de vidro, limpos, do tipo adequado a cada estilo.
    – servir na temperatura adequada e da maneira certa
    – evitar comidas salgadas ou gordurosas como batatas fritas ou amendoim, bem como outros alimentos com sabor forte como café, chocolate, balas mentoladas (aqui também entram cigarro e pasta de dente) antes e durante a degustação, pois interferem diretamente em algumas características.
    – evitar usar perfume, cremes hidratantes ou pós-barba, maquiagem ou sabonete que tenham cheiro forte que possa interferir na degustação;
    – se for degustar mais de um rótulo, começar pela  mais suave e seguir em ordem crescente de “potência”, pois o contrário poderia mascarar aromas e sabores dos mais leves. Nesse caso também é importante limpar o paladar entre um e outro rótulo usando água sem gás e pão francês ou bolacha água e sal.

Parece que estou falando de vinho, né? Pois bem, não estou não pois esse texto acima  copiei do bom site e clube de cervas Have a Nice Beer, tomando o cuidado de suprimir a palavra cerveja em determinados momentos, o que só nos vem demonstrar que não há tanta diferença assim entre apreciar um e outro. Cada coisa tem seu momento e as cervejas ditas especiais e gourmets, não aquelas que determinadas pessoas insistem em colecionar vazias em cima da mesa, têm seu espaço também na boa gastronomia.

Salute, kanimambo e mantenha a mente aberta!

Todo o Dia é Dia!

       Dia das Crianças, dia das Mães, dos Pais, das Mulheres, etc., na verdade quando nos restringimos a um dia é porque decididamente há algo obscuro no horizonte. Se é para valer e para realmente valorizar, então todo o dia é dia! Há, no entanto, as convenções que se estabelecem, na maioria por necessidade comercial, e hoje não é diferente, pois para quem é apreciador dos caldos de Baco, hoje é dia de Malbec!

Malbec world Day       O correto, no entanto, talvez fosse chamar o dia de Dia do Malbec Argentino pois esse movimento foi criado pela Wines of Argentina e a data foi escolhida em função de ação regional. Malbec, porém, existe nas mais diversas localidades, mesmo que não com a mesma marca e importância dos vinhos argentinos para o mercado.  Há produtos muito bons na França, no Chile, na Austrália e até nos Estados Unidos e porquê não, também por aqui em terras brasileiras, mas é na Argentina que ela mostra todo o seu potencial. Foi a  Malbec argentina que alavancou novamente as vendas dos vinhos de Cahors seu berço de origem onde, por sinal, ela era conhecida como Auxerrois e subsistia basicamente com vendas regionais num mundo vínico cada vez mais globalizado. Quer gostemos ou não, foi o trabalho da Argentina com esta cepa, tanto qualitativamente como mercadologicamente, que fez os vinhos dela originados tomarem conta do planeta. Aliás, muito como o Uruguai fez com a Tannat e todo mundo pegou carona!

      Hoje é portanto, dia de celebrar essa reviravolta com um bom Malbec na taça e preferencialmente em boa companhia. Bons vinhos são sempre bem vindos, eu pessoalmente tenho uma queda por blends mais do que varietais, e há diversos Malbecs de muito boa qualidade e dos mais diversos estilos que podem hoje habitar nossas taças. Hoje tenho degustação com sete desses rótulos, mas se tivesse que escolher um para colocar na taça hoje, certamente seria um vinho que provei em recente viagem a Mendoza nas casa de Suzana Balbo, o Nosotros Malbec! Como não tenho bala para tanto, fica na imaginação e certamente os sete de hoje farão jus ao que de melhoros hermanos produzem sem que gastemos fortunas por isso! Agora, se preferir, porquê não um Malbec chileno ou francês só para citar dois dos mais fáceis de achar, pois o importante é celebrar. Salute, kanimambo e que Baco lhe ilumine na escolha do Malbec de hoje

Ética e Moral, Onde estamos!

      O post de hoje é um desabafo e, ao mesmo tempo, um pedido. A moral e a ética em vez de princípios básicos e inerentes á convivência em sociedade, tem se tornado cada vez mais objeto raro que é valorizado e enaltecido quando encontrado como se fosse algo especial. Que pena que chegamos nesse ponto em que os valores essenciais de uma sociedade tenham que ser enaltecidos em vez de simplesmente aceites pelo que deveriam ser. Aliás a honestidade é outro bastião que virou objeto de relatividade! Vivemos numa época em que esses valores essenciais estão rareando e isso invade como nunca o nosso mundo virtual e nossa vinosfera, que não é exceção, padece dela também.

        Spams, em cada uma de minhas diversas identidades de mail, recebo no mínimo uns cinquenta ou sessenta por dia e não adianta eliminar um remetente que lá vêm mais dois ou três insistindo em que eu perca dez quilos e outros que me encha de azulzinho sem sequer saberem se peso 50 ou 100 kgs, se sofro do coração ou não! Que pé, mas enfim, já está claro que a internet tem esse lado obscuro irritante com o qual somos obrigados a conviver, porém melhor isso que os malditos telemarketings!! Estamos vivendo numa selva sem limites onde que importa é o objetivo pessoal de cada um e dane-se a forma de alcancá-lo, tristes tempos estes!

        Na vinosfera não poderia ser diferente, não vivemos num planeta separado, e tem loja que sequer conheço enviando promoção quase que diária entulhando meu mail! Os artigos de revistas e posts de blogueiros são invadidos por forte influência comercial que, em alguns casos, nos deixam duvidosos quanto a veracidade do que lá está escrito. Os “melhores do ano” duvidosos assumem postos de vinhos super stars, blogueiros de conhecimento duvidoso dão “aulas” sobre assuntos sobre o qual nada ou pouco sabem, gente que só enaltece vinhos de determinadas importadores e/ou produtores que anunciam em seu site, gente que pede para trocar link e quando você inocentemente o faz descobre que o seu sumiu no dele, enfim estas figuras estão, em minha opinião, presentes em números para lá do tolerável em nosso meio também. Afinal, à mulher de César não basta ser honesta, precisa também parecer ser, ou não?  Estamos sem saída, rodeados que estamos por “elles”, mas podemos, e devemos, lutar contra e separar o joio do trigo pois também há muita coisa boa por aí, alguns dos quais recomendo com links aqui do lado.

         O exemplo , no entanto, vem de cima, vem dos mais velhos, de nossos pseudo líderes e o congresso e governo não ajudam  em nada a formação cívica deste enorme país. A roubalheira, bandidos no poder, a falta de ética e ausência total de moral (não sendo ilegal vale qualquer coisa e mesmo quando o é, se a multa for pequena e valer a pena passa-se por cima disso também) são complementados pela impunidade, inclusive das urnas pois tem gente que se vende baratinho, baratinho.  Agora, os “espertinhos”, os tais que insistem no péssimo hábito recentemente turbinado de “tirar vantagem em tudo”  usam comentários neste blog para tentar fazer propaganda de lojas, promover um determinado vinho ou produtor, etc.. A eles uma mensagem; aqui nem a pau Juvenal, as coisas não funcionam assim até porque comentários só são publicados depois que passem por minha leitura e abusos, como esse e outros (inclusive os xenofóbicos), simplesmente vão para a lixeira.

       Os abusos têm aumentado, então após o desabafo fica o meu pedido, parem com isso por favor porque já torrou! Se acharem que este blog têm valor a ponto de tentarem essas “ações” comerciais guerrilheiras, por favor falem comigo e podemos negociar um banner, pago antecipadamente of course! Caso não tenham interesse, pelo menos parem com essa atitude no mínimo antiética, não é por esse caminho que conseguirão sucesso, pelo menos não aqui.

     Desculpem pelo desabafo, mas ultimamente, coisas da idade, cada vez tenho tido menos paciência para toda essa corja e esse modus operandum.

Sem brinde hoje, porém o kanimambo pela visita, esse não falta.

Lei Seca – já existia e era mais coerente!

        Não é de hoje que bato na tecla de que a mídia e o governo tratam este assunto de forma fantasiosa e o povo embarca na mensagem. Sei que provavelmente vou chamar contra mim a ira de muitos, mas a redução de acidentes não tem nada a ver com a tolerância zero na chamada Lei Seca! Tem a ver com uma coisa que pouco se exerce por aqui em terras brasilis, tem a ver com FISCALIZAÇÃO e PUNIÇÂO! Se houvesse essa fiscalização mais rigorosa antes e a impunidade não corresse solta , nada disto seria necessário e os efeitos maléficos na economia não seriam sentidos como já estão sendo com o consumo de vinho caindo, dependendo dos restaurantes, entre 30 a 40%. Deixemos claro aqui que condeno a direção quando se extrapola na bebida, mas os graves acidentes e efetivas loucuras no volante não são decorrência de tuas taças de vinho no jantar! Não são esses os causadores dos graves problemas no trânsito e o fundamentalismo não é solução para nada. Maior fiscalização e eliminação da impunidade, só isso já bastava para trazer ordem para o caos, a lei já existia (0,6 decigramas era o limite em linha com os países do primeiro mundo e economias mais avançadas) e as penas também, bastava aplicá-las! Só que neste país tem sempre um iluminado querendo reinventar a roda, fazer o quê?!!

      O artigo recém recebido do Márcio Oliveira e publicado em seu vinoticias desta semana explicita bem os efeitos que essa lei desproporcional vem causando no mercado e merece uma leitura mais cuidadosa. Afora nos dar uma visão didática da lei, ainda não clara para alguns, também mostra seus efeitos sobre o setor de restauração.

“A LEI SECA E AS SUAS CONSEQUENCIAS NO MERCADO DE GASTRONOMIA E VINHO” (por Márcio de Oliveira) – As novas regras que endureceram a Lei Seca começam efetivamente a ter seus resultados na área de gastronomia, com alguns restaurantes amargando receitas operacionais abaixo da média, e trazendo um ar de desânimo para o setor. A multa para quem dirige embriagado dobrou e, além disso, agora não adianta mais fugir do bafômetro para tentar escapar da punição. A nova lei seca põe fim à brecha do bafômetro (ainda sujeito a palavra final do STJ), aumenta a multa para R$ 1.915,30, suspende o direito de dirigir por 12 meses e faz a retenção do veículo até a chegada de um condutor habilitado e sóbrio.

                Segundo a legislação, essa quantia pode dobrar se, no prazo de um ano, o motorista for reincidente. O valor sobe para R$ 3.830,80. Com a mudança na legislação, é possível autuar os motoristas com outras provas, pois além do bafômetro, o motorista do veículo envolvido em acidentes de trânsito ou que for parado na fiscalização poderá ser submetido, por exemplo, a testes e exames clínicos.

                A tolerância zero diz respeito ao teor alcoólico medido por exames clínicos (como o de sangue), enquanto na blitz o motorista parado para avaliação é convidado a soprar o bafômetro. O Conselho Nacional do Trânsito (CONTRAN) determina que de 0,05mg/l a 0,33mg/l (miligramas por litro) de álcool  no ar que vem dos pulmões, há infração do Artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro.

                Acima   de 0,33mg/l é configurado crime de trânsito e, além de multa, o motorista perde a carteira de habilitação e pode ficar preso por seis meses a três anos. Apesar da Constituição não permitir que se crie prova contra si mesmo, caso o motorista se negue a soprar o bafômetro, a pessoa pode sofrer as conseqüências da Nova Lei Seca e ter seu estado de embriaguez avaliado pelo guarda de trânsito por indícios (alguns subjetivos) tais como sonolência, olhos vermelhos e exaltação, além de testemunhos de terceiros, fotos e vídeos.

                Não é estranho que comecem circular sugestões de como burlar a Lei. Já há gente bebendo vinagre, lambendo carvão, usando enxaguante bucal ou ingerindo Metadoxil. Na realidade não há “remédio” e se você se arriscar, certamente se for parado numa blitz, terá problemas.

                Aqui vão as principais doses de bebidas alcoólicas, suas conseqüências e alguns mitos:

  • ● comer bombom de cereja ao licor: comer 2 unidades (20g) – teor de álcool de 2% – Resultado: 0,00mg/l => Penalidade: nenhuma.
  • ● comer gelatina de cachaça: comer 3 unidades (20g) – teor de álcool de 15% – Resultado: 0,24mg/l => Penalidade: Infração de trânsito.
  • ● comer torta de café com rum: comer 1 porção (175g) – teor de álcool de 2% – Resultado: 0,00mg/l => Penalidade: nenhuma.
  • ● usar enxaguante bucal: uso de 30ml – teor de álcool de 6% – Resultado: 0,54mg/l => Penalidade: Crime de trânsito.
  • ● beber uma cerveja: quantidade ingerida de 300ml (1 gf long-neck) – teor de álcool de 4,7% – Resultado: 0,12mg/l => Penalidade: Infração de trânsito.
  • ● beber uma taça de vinho: quantidade ingerida de 125ml (1 taça) – teor de álcool de 14% – Resultado: 0,25mg/l => Penalidade: Infração de trânsito.
  • ● beber uma dose de cachaça: quantidade ingerida de 80ml (2 doses) – teor de álcool de 45% – Resultado: 0,05mg/l => Penalidade: Infração de trânsito.
  • ● beber uma dose de whisky: quantidade ingerida de 80ml (2 doses) – teor de álcool de 47% – Resultado: 0,30mg/l => Penalidade: Infração de trânsito.

                A conclusão que se chega rapidamente é que não adianta tentar enganar o bafômetro e que o melhor é não misturar bebida e direção. E se tudo caminha tão bem no sentido de preservar a vida de várias pessoas quais seriam os motivos de preocupação no setor de gastronomia?

                A verdade é que o “sistema” não chega a ser tão simples como a solução de ter vários taxis a disposição dos clientes na frente do restaurante, ou de fazer-se um sorteio entre amigos para ver quem não beberá naquela noite e poderá conduzir o veículo até a casa, entregando um a um à salvo. Claro que isto ajuda as pessoas saírem e festejarem a vida. O setor de alimentação e bebidas terá que “abusar da criatividade” para que as pessoas voltem a beber uma taça de vinho acompanhando um prato harmonizado, como o faziam antes.

                Almoçando num restaurante neste domingo, procurei observar quem bebia algo alcoólico e raros clientes tinham cerveja, vinho, caipirinha ou algo neste estilo à mesa. A conseqüência é a queda de faturamento das casas no segmento bebidas e diminuição dos pedidos destes produtos no mercado, com diminuição de vendas por  parte de importadores e lojistas do setor, que a seu turno foram recentemente surpreendidos com o aumento da “ST- Substituição Tributária”.

                Ou seja, será muito difícil sobreviver comercialmente num momento em que a demanda está caindo e os impostos estão em curva crescente. Por seu turno o conseqüente aumento dos preços das bebidas pelo aumento da ST vai aumentar os preços dos rótulos nas Cartas de Vinho (espera-se um aumento de cerca de até 10% nos preços destes produtos). E preços mais caros serão um evidente desestímulo a sair de casa.

                Não é à toa que muita gente está buscando aprender a cozinhar e preparar jantares em casa, recebendo amigos e familiares. É uma tentativa de não correr risco (apesar de quem é convidado ter que recorrer ao táxi). Por quanto tempo este “modelo” se manterá ? Em alguns casos, sair de casa é uma boa alternativa de lazer e forma de fugir do stress que toda esta pressão do dia-a-dia traz para quem bebia de forma racional, acompanhando um belo prato de comida, ou simplesmente brindando a uma vitória pessoal ou de um amigo e que agora se vê privado desta oportunidade, simplesmente por que vai dividir com a companheira um brinde ou uma taça de vinho.

                Em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra, vigoram leis bem semelhantes. Por exemplo, nos Estados Unidos, é classificado como crime dirigir sob efeito de oit0 decigramas de álcool por litro de sangue, no entanto, a quantidade pode variar de acordo com o estado. Se o condutor for menor de 21 anos, ele perde a carteira de motorista. No geral, além da multa, o motorista tem a carteira invalidada por 90 dias e, nos casos em que o condutor se nega a realizar o teste do bafômetro, já fica constatado o estado de embriaguez, diferentemente do Brasil, onde o motorista tem o direito de se negar a realizar o teste, impossibilitando a comprovação.

                Na Inglaterra, também é considerado crime dirigir sob influência de oito decigramas de álcool por litro de sangue. O infrator flagrado dirigindo embriagado é multado em cinco mil libras, tem o direito de dirigir suspenso por 12 meses e pode pegar um ano de prisão.

                Como não há previsão da Lei Seca mudar, a solução para o setor de gastronomia voltar a faturar as mesmas médias anteriores, ficará por conta da criatividade de cada um. Se a Copa das Confederações não amenizar o problema, certamente o “mar não ficará para peixe pequeno” !

Salute e kanimambo. Uma òtima semana para todos

Fatores de Compra

      O vinho, por mais que eventuais enosnobs queiram negar, também se compra pela cara! Vos conto aqui algumas estórias de minha curta experiência como comerciante de vinho, preservando o nome dos três rótulos que, por sinal, são todos Ibéricos.

Vinho 1 – Nome ruim, rótulo horrível, preço mediano (na casa dos R$80), vinho bom. Tive que fazer o diabo para vender esse vinho, nem com reza brava! No final, matei o dito cujo e nunca mais comprei.

Vinho 2 – Nome sem apelo, vinho básico e bem agradável, rótulo feio, preço camarada, por volta dos R$35. Vendi a duras penas porque o vinho era barato, porém demorei tanto para fazê-lo que também o tirei do portfolio

Vinho 3 – Nome padrão (não é especial mas não atrapalha), rótulo muito bom e clássico, preço bacana, qualidade muito boa para a faixa de preço (mesmo sendo uma uva pouco conhecida) e vende que é uma beleza!

     O colega e amigo Pingus Vinicius já uma vez confessou que comprou vinho pelo rótulo, eu também (vai dizer que você não?!), então porquê tão poucos produtores investem no design e em branding? Eis aí uma área boa para o meu amigo Claudio Werneck,  autor do logo da Vino & Sapore e blogueiro dos bons, investir só que o pessoal é meio pão duro nesse quesito. Especialmente quando se pretende atingir uma grande região ou até países, é importante se ater a esse desenvovimento de conceito de marca. Minha experiência até agora me leva a ressaltar alguns fatores essenciais para conseguir sucesso na venda de vinhos;

  • Rótulo (design) que pode inclusive se estender à própria garrafa. Exemplo do Tellus Syrah (itália), Maset Syrah (Espanha) e Storia (Brasil). 
  • Nome (branding) é essencial
  • Preço – a precificação dentro do mercado e sua concorrência é essencial
  • Qualidade – sem ela não tem equação que funcione e por isso eu provar tudo o que vendo! Reprovou, fora, independente dos outros fatores.

    É a conjunção de pelo menos dois desses três fatores que definem o sucesso da venda. Parece óbvio, e é, por isso mesmo fica aqui a indagação; porquê então se presta tão pouca atenção a isso? Não só produtores, os importadores também deveriam dar uma maior atenção a estes fatores pois o que brilha nem sempre é ouro, mas brilha! Num mar repleto de vinhos á venda no Brasil, dizem que por volta dos 30.000 rótulos entre importados e nacionais, brilhar pode fazer a diferença.

Salute, kanimambo e até mais.

O Preço do Vinho e o Consumo ou Meu Rico Dinheirinho!

  hand20with20moneyrs1    Não é de hoje que bato na tecla de que o grande empecilho para um crescimento sustentável e duradouro para o consumo de vinhos finos no Brasil passas obrigatoriamente por preços mais justos e baixos, não confundindo aqui baixo por barato! Faz tempo que nosso consumo per capita de vinho não passa dos cerca de 1,8 litros anuais e de vinhos finos deve andar por aí na faixa dos 0,5 dos quais aproximadamente metade em São Paulo. Estes números são estimados já que não existem no Brasil estatísticas mais precisas, porém o que fica claro disso é que; se este numero saltar para 3 ou 3,5 litros, não haverá produção que chegue e nunca mais se falará de salvaguardas! Todas as outras ações, que não sejam realizadas concomitantemente são, a meu ver, meros paliativos sem muita eficácia concreta e um desperdício financeiro. Pela falta de trabalho, talvez até interesse, nessa redução de custos e preços num país onde tradicionalmente sempre se buscou ganhar mais com menos do que menos com mais, como nos grandes centros de consumo do mundo, vivemos hoje num país com um dos custos de vida mais altos do mundo e o preço dos vinhos acompanha esse status quo.

         Pois bem, no Vinoticias 06/2013, o Marcio publicou um artigo de Christovão de Oliveira Jr. (Confraria Belo Vinho) sob o título – Preço Elevado, Caro ou Absurdo? Apreciei muito o conteúdo pois nos dá o que pensar e, paralelamente, deixa claro a diferença, para muitos pouco perceptível, entre o preço elevado e o caro. No texto fiz algums comentários que estão em preto. Curtam esse artigo que vale a pena.

 “ PREÇO ELEVADO, CARO OU ABUSIVO ? ” –  No ultimo sábado um amigo pediu que dirigisse um almoço-degustação para os componentes de sua confraria. Seria algo bem descontraído e o foco principal seria a reunião de um grupo de grandes amigos. Minha tarefa seria comentar os vinhos que seriam degustados e um pouco de cada produtor e das regiões de origem, sendo que todos os vinhos seriam de Portugal. Ele me disse que não precisava de nenhuma pesquisa específica uma vez que os vinhos seriam da gama média sendo quase todos vinhos do dia a dia.

Ao pesquisar sobre os vinhos vi que todos, sem exceção, eram rótulos altamente reconhecidos e todos eles premiados pelos mais diversos órgãos como Revistas, Guias e sites sobre vinhos. Mas a característica principal é que todos eles estavam, em Portugal, na faixa de preço entre 3,5 e 6 euros. Como eu sei que em toda a degustação a pergunta sobre o preço dos vinhos degustados é um fato garantido fui procurar o preço de venda deles na importadora. Foi difícil acreditar nos preços que encontrei: o valor deles variava ente 57 e 127 reais. Isto me obrigou a fazer nova pesquisa, desta vez em lojas de vinhos de Lisboa para conferir o preço que havia achado. Mais uma surpresa: encontrei preços um pouco inferiores aos que haviam encontrado antes: entre 2,90 e 4,30 euros para os vinhos da mesma safra que os que seriam servidos.

Até muito pouco tempo atrás a formula, quase infalível, para saber o preço de um vinho no Brasil era pegar seu preço em euros em lojas e supermercados da Europa e multiplicar por dez para achar o preço em reais também em lojas especializadas. (minha conta era de 4 a 5 vezes o preço de prateleira lá multiplicado por 2 se a origem fosse Dólar ou 3 se fosse Euro) Ou seja, um vinho europeu custava aqui cerca de 3,5 vezes o seu preço na Europa. Esta conta, com uma margem de não mais que 10% funcionava em praticamente todos os vinhos com algumas poucas exceções. Só que no caso desta degustação eu estava encontrando vinhos cuja multiplicação tinha que ser por valores de até 30 vezes.

Há muito tempo em conversas com importadores eu já vinha ouvindo as “explicações” sobre o motivo que a conta correta não mais podia ser a multiplicação por dez, e sim que agora deveria ser por 14 e até por 16. Claro que as explicações eram sempre os impostos e o famoso “custo Brasil”. Não quero me deter nestas explicações uma vez que se entrasse neste tema ia precisar de muitas paginas para explorar com alguma adequação o tema. Só vou dizer que não engulo estas explicações. Elas contem parte, mas não toda a verdade.

Voltando à degustação, o que pude confirmar foi o fato de que muitas importadoras têm colocado uma margem muito maior nos vinhos mais baratos para conseguir vender seus rótulos mais caros em faixas mais baixas de preço. Explico melhor: um vinho de 20 euros na Europa deveria custar aqui entre 200 e 280 (dependendo do multiplicador que fossemos aplicar e já considerando a nova realidade do número 14 como multiplicador válido). Já um de 40 euros sairia por 400 a 560 reais. É claro que em um país pobre como o nosso e, mais ainda, no qual os preços vem subindo deforma constante em vários itens, vender vinhos de 300, 400 ou 500 reais não é algo muito fácil. Então as importadoras resolvem “baixar o multiplicador” para vinhos desta faixa para 7 a 9 e para compensar o menor lucro neles, decidem “punir” a grande maioria dos enófilos que bebem, na maior parte das vezes, vinhos na faixa de 60/80 reais. Para isso aumentam o multiplicador para esta gama de vinhos.

Acho engraçado este procedimento no momento que produtores, importadores e lojas especializadas são unânimes em proclamar que o brasileiro bebe pouco vinho e que “precisamos aumentar a base da pirâmide”. E ai eu pergunto: como e quando vamos conseguir isto se os vinhos do dia a dia, que deveriam ser altamente acessíveis se tornam cada dia mais inacessíveis?

De minha parte, há muito não passo sequer na porta de algumas importadoras por considerar que seus vinhos têm preços totalmente abusivos. Nem com muita boa vontade eu poderia dizer que os preços são elevados ou os vinhos caros (o que seria muito diferente). A verdade nua e crua é que os valores cobrados são verdadeiros absurdos. É uma postura que, ao que parece, vai mudar de uma visão filosófica para uma visão muito mais fácil que é a econômica. Não vou comprar vinhos delas não por não concordar com os preços, mas simplesmente porque não poderei pagar os valores pedidos por elas.

Vou mudar um pouco uma das mais importantes frases do mundo do vinho, que foi escrita por uma de suas maiores personalidades, Emile Peynaud; ele disse: “Só existem maus vinhos porque existem maus bebedores”. Pois eu digo: “Só existem vinhos de preços abusivos porque existem aqueles que pagam o valor pedido”.

Preços como os que citei no inicio deste artigo são um desrespeito aos enófilos e um fator de desestímulo ao consumo de vinhos. E o pior é que a prática vem se tornando lugar comum, deixando de ser restrita a poucas importadoras. Cabe a nós, amantes do vinho, adotar uma postura de repúdio e combate a tal prática. Vinho encalhado nas prateleiras é vinho candidato a “promoções” que na verdade significam apenas a venda daquele produto por um preço muito mais perto da realidade. Reclamar dos preços atuais dos vinhos não basta, precisamos agir!

      Bem, dá o que pensar não? Me recordo que ma vez perguntei a um importador porquê de tamanha diferença. A resposta, entre alguns outros pontos bastante pertinentes, foi de que o custo Brasil assim o pedia. As dificuldades colocadas na chegada da mercadoria ao Brasil, a instabilidade tributária, as barreiras tarifárias, etc. eram tantas que se não fosse calculada uma certa dose de gordura, uma importação só já poderia significar o fechamento de uma empresa! Pois é, essa é nossa vinosfera tupiniquim! Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.

ST, uma Aberração Tributária Que + Uma Vez Vai Alavancar os Preços do Vinho

É, pelo que me chegou aos ouvidos, lá vem mais uma carteirada de nossos governantes e desta vez estaduais! Espero que o que tenha ouvido seja falso, porém corre solta a informação de que mais uma vez o governo de São Paulo vai aumentar o IVA sobre o qual é recolhida a ST o que, consequentemente, vai aumentar os preços do vinho. Como se São Paulo já não pagasse os preços mais altos do mercado brasileiro e talvez do mundo, exceção feita a uma ou outra republiqueta por aí!

Agora, você sabe o que é a ST? Pois bem, essa aberração foi criada no sentido de facilitar a vida dos governantes para fiscalizar o comércio varejista e seus impostos, pois é cobrado na fonte (reduzindo o numero de estabelecimentos a fiscalizar) e antecipadamente à venda ao publico, diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, onde esse imposto é cobrado no ato da venda do comércio varejista e o cliente, você e eu, evitando o impacto “em cascata” que pode facilmente duplicar seu efeito nos preços finais. Não sou tributarista e essa história de impostos nocoletor Brasil é tão complexa que existe curso universitário só para entender e administrar isso, porém a minha visão dessa cobrança é de que é um verdadeiro absurdo pois fere o consumidor já que encarece os produtos de forma geométrica e parte de princípios absolutamente fictícios. É um imposto burro inventado por um governo incompetente para exercer sua função fiscalizadora!

De tanto apertarem o consumidor, a vitima final do processo, ainda vão acabar matando-o! Vejamos; quando a loja compra 12 garrafas de vinho do importador, este cobra o preço mais um valor de ICMS calculado sobre um porcentual de ganho (o tal do IVA) que o governo determina baseado no que ele “acha” que a cadeia varejista coloca em cima do preço de compra. Importante frisar aqui, que o publico pagante, você e eu, não sabemos que conta “eles” fazem para chegar nesse porcentual de IVA, porém se o fazem (o que acredito) levantando preços em restaurantes, distribuidores, supermercados e lojas (segmentos com margens e estruturas de preços totalmente diversos) para depois apurar a média, o resultado será obviamente falso. Aliás, essa história de média me faz lembrar dos dois amigos que vão ao restaurante e um não pede nada e ou outros dois filés. Na média comeram um filé cada porém um saiu satisfeito e o outro com fome! Por outro lado, não se consideram aqui as garrafas quebradas, oferecidas em degustações, vendidas em promoção, etc.. Ou seja, esse porcentual acaba sendo, na prática, bem mais alto do que inicialmente estipulado pois parte de uma base e premissa falsa. No final do processo, é o consumidor que paga o pato!

Uma matéria na revista virtual Musica & Mercado  (que vale a pena ser lida inclusive por um texto do jornalista de economia Luis Nassif sob o titulo Desastre da Substituição Tributária) de 2009 explica a aberração e diz, entre outras coisas, o seguinte:

Na prática, como funciona a ST?

O fabricante, ao vender seus produtos, efetua dois cálculos distintos: o cálculo do valor do ICMS relativo à sua venda e o cálculo do valor do ICMS que seria pago pelo lojista no antigo sistema, quando ele vendia os produtos ao consumidor final. Agora, no momento da emissão da nota fiscal, além de emitir o valor do ICMS próprio, o fabricante/importador também vai cobrar do lojista o valor do ICMS que seria dele. Já o lojista não recolherá mais nenhum ICMS quando vender esses produtos, pois já o pagou pela ST quando os comprou.

Como o fabricante determina o preço de venda do lojista para calcular o ICMS ST?

O fabricante/importador deve utilizar como preço de venda (que deverá ser praticado pelo lojista) o valor final ao consumidor — autorizado ou fixado por autoridade competente ou sugerido por ele mesmo (neste caso, devendo ser aprovado e divulgado pela Secretaria da Fazenda). Na inexistência desses dados, o fabricante/importador aplicará o percentual de margem de valor agregado estipulado pelo Índice de Valor Adicionado Setorial – IVA-ST, divulgado e estipulado também pela Secretaria da Fazenda .

Cá entre nós, essa sigla ST está também errada, pois deveria se chamar AT (Antecipação Tributária) e todos sabemos o quanto custa o “produto” dinheiro neste país! Bem, mas todo esse blá, blá, blá para quê? Para vos dizer que pelo zum, zum, zum ouvido o governo deverá aumentar o porcentual do IVA novamente. Sim, novamente porque o ano passado já o fizeram (25%) resultando num aumento real de cerca de 3,5% o que,  quando calculados variação cambial, inflação, aumento de custos operacionais, custo financeiro da antecipação, impostos em cascata, etc. chegou no preço final com um impacto médio de cerca de 10%, mas houve quem batesse a casa dos 15%.

De quanto será a facada desta vez? Bem, não sabemos ao certoColetor 2 se será realmente aplicado e, se vier, em que porcentual, porém preparem-se porque a partir de Março (salvo eventuais dificuldades dos importadores e produtores brasileiros em repassar isso face as dificuldades de mercado) devemos ver mudanças consideráveis nos preços inclusive de alguns mais gananciosos que gostam de se aproveitar da onda para tirar uma casquinha extra, “OJO NELES”! Esperemos que num país que teve um dos menores, se não o menor, crescimento  do PIB das américas e em que convivemos com uma inflação cada vez maior, sem contar o fato de que boa parte do mercado consumidor de vinhos finos se encontrar num estado dos mais caros do mundo para se viver, o bom senso prevaleça, Inshala. Afinal, se houver aumento de preço por parte das importadoras e produtores nacionais, automaticamente o governo já arrecada mais com a ST, para quê diabos aumentar o IVA se as margens no varejo, pelas próprias dificuldades de mercado, vêm na realidade baixando em vez de aumentar?!

Não entendeu nada? Não se sinta sozinho não! Existem até cursos para explicar ás empresas como funciona e se aplica essa aberração, então a coisa não é tão fácil assim não e, mesmo com todas essas explicações, será difícil entender e aceitar que este tipo de aberração e cegueira fiscal que onera desnecessariamente os custos, seja implantado num estado capitalista moderno. Por essas e por outras é que os gastos dos brasileiros fora do país não param de crescer ano após ano!

Enfim, é isso, agora faça a sua avaliação, tire suas próprias conclusões e prepare o bolso. Salute, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui com ou sem aumento.

Ps. Leiam os comentários deste post, especialmente o do Nilson com cálculos, para ver o tamanho do problema!

Salvaguardas Enterradas, mas Ficou um Gosto Amargo na Boca

       Bem, já escrevi algo sobre este tema há pouco mais de dez dias, mas exagerei e, inclusive, alterei o título do post. Não existe a obrigatoriedade, o que mais me indignou, e o acordo, feito na verdade para que as partes (governo e Ibravin) não ficassem muito mal na fita, está mais para uma carta de intenções no qual o mais importante projeto a ser trabalhado será um esforço conjunto de todas as partes envolvidas no sentido de aumentar o consumo local até um patamar de 2,5 ltrs per capita dentro de um período de 4 anos. Melhor assim!

      O acordo sempre foi o objetivo dos Chatos, grupo de consumidores e cronistas do vinho contrários a essa excrecência das Salvaguardas e das entidades representativas, dos importadores e comerciantes de vinho em geral. Cansamos de estender a mão, mas só quando viram que a coisa estava perdida é que se deram ao trabalho de sentar para conversar. Não há como deixar de lado as imagens do Adriano Miolo fugindo do Didu, da falta de respostas dos Valduga, da truculenta ação da Ibravin ou da falta de tato, para não dizer educação, de seu assessor de imprensa no trato com o consumidor e imprensa. Tudo isso deixa um amargor de final de boca muito difícil de digerir e sabemos que temos que permanecer alertas, pois do lado de lá pode vir qualquer coisa a qualquer momento!

      No geral, vi pouca ênfase em solucionar alguns dos pontos mais problemáticos de nossa vinosfera tupiniquim que é a estrutura tributária desde insumos na produção e elaboração até a comercialização assim como o excesso de produção. Não temos que produzir mais, temos sim que produzir melhor e mais barato! De qualquer forma, minha proposta fica de pé:

Paguem 15% de meus custos na loja e coloquem os vinhos consignados e eu aloco 15% do espaço para a produção brasileira.

      Só não me peçam para assumir o risco sozinho pois meu empreendimento visa o lucro e, para tanto, preciso ocupar a loja com vinhos que meus clientes comprem! Filantropia é outro coisa e não se faz com o dinheiro dos outros meus amigos! Aliás, dizem (não vi) que os produtors locais, aqueles das salvaguardas, estão aumentando preços em 12.5% sem contar o que já aumentaram em Março! Imaginem só o que aconteceria se tivessem emplacado as Salvaguardas!!

      Antes de finalizar vai aqui meu recado aos produtores brasileiros envolvidos nessa tentativa de golpe ao bolso e liberdade de escolha do consumidor brasileiros, caiam na real! A saída para a sinuca de bico que se enfiaram não está em produzir mais, conseguir mais espaço de exposição nas gondolas ou prateleiras de supermercados e lojas especializadas, tão pouco pela ditribuição apesar que esta última tem importância no processo. Esses players não são seu target! O seu foco tem que ser o consumidor final que deseja qualidade a preço justo e, enquant não conseguirem equilibrar essa conta, não há ação que alcançe os objetivos desejados e aumentar preço não ajuda nada. Enfim, para quem ainda não teve a oportunidade de ver o acordo completo, segue abaixo.

  • ACORDO DE COOPERAÇÃO QUE ENTRE SI CELEBRAM A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS (ABRAS), A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EXPORTADORES E IMPORTADORES DE ALIMENTOS E BEBIDAS (A.B.B.A.), A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BEBIDAS (ABRABE), O INSTITUTO BRASILEIRO DO VINHO (IBRAVIN), A UNIÃO BRASILEIRA DE VITIVINICULTURA (UVIBRA), A FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS VINÍCOLAS DO RS (FECOVINHO), O SINDICATO DAS INDÚSTRIAS VINÍCOLAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (SINDIVINHO-RS), A ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE VINICULTORES (AGAVI) E A COMISSÃO INTERESTADUAL DA UVA (CIU).A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS (ABRAS), por meio de seu representante legal abaixo firmado, com sede em São Paulo, Capital, na Av. Diógenes Ribeiro de Lima, 2872, Bairro Alto da Lapa, CEP 05083-901; a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EXPORTADORES E IMPORTADORES DE ALIMENTOS E BEBIDAS (ABBA), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rua Machado Bitencourt, 190-conjunto 609, São Paulo – SP, CEP 04044-000; a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BEBIDAS (ABRABE), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Avenida 9 de Julho, 5017, 1º andar – São Paulo – SP, CEP 01407-903 (doravante denominadas simplesmente de “Associações”; o INSTITUTO BRASILEIRO DO VINHO (IBRAVIN), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Alameda Fenavinho, 481 – Ed. 29 – Bento Gonçalves, RS, CEP 95700-000; a UNIÃO BRASILEIRA DE VITIVINICULTURA (UVIBRA), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Alameda Fenavinho, 481-D – Cx. Postal 101, Bento Gonçalves – RS, CEP 95700-000; a FEDERAÇÃO DAS VINÍCOLAS DO ESTADO DO RS (FECOVINHO), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rodovia RST 453, km 117, em Farroupilha – RS; o SINDICATO das INDUSTRIAS DO VINHO DO RS (SINDIVINHO), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rua Ítalo Victor Bersani, nº 1134, Caxias do Sul – RS; a ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE VINICULTORES (AGAVI) por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rua John Kennedy, 2233, Sala 11, Flores da Cunha – RS; e a COMISSÃO INTERESTADUAL DA UVA (CIU) por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Av. 25 de Julho, 1732, Flores da Cunha – RS; doravante denominados de “Setor Vitivinícola Brasileiro”, ante a análise das seguintes circunstâncias e:CONSIDERANDO

    1. que, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, fez publicar no Diário Oficial da União de 15/03/2012, a CIRCULAR Nº 9, de 14/03/2012, determinando a abertura de investigação para averiguar a necessidade de aplicação de medidas de salvaguarda sobre as importações brasileiras de vinho, comumente classificadas no item 2204.21.00 da Nomenclatura comum do MERCOSUL-NCM, tendo em vista o que consta no Processo MDIC/SECEX 52000.020287/2011-59, bem como do Parecer nº 4, de 14/03/2012, elaborado pelo Departamento de Defesa Comercial – DECOM;

    2. que, as “Associações” demonstram disposição a empreender esforços e compartilhar iniciativas necessárias para auxiliar na expansão do mercado nacional de vinho fino, o que deverá beneficiar o “Setor Vitivinícola Brasileiro”;

    3. que, conhecedoras as “Associações” e o “Setor Vitivinícola Brasileiro” que a salutar e leal concorrência dos vinhos importados estimula e amplia a cultura do vinho fundada na imensa variedade do produto, beneficiando o consumo do vinho no Brasil;

    4. que, o setor vitivinícola brasileiro em sua petição de salvaguarda compromete-se a fazer investimentos com o intuito de reduzir custos de produção, promover os produtos nacionais e aumentar o ganho de escala possibilitando assim a ampliação de sua competitividade;

    5. que o uso de instrumentos de Defesa Comercial são normatizados pela legislação brasileira e devem seguir os requisitos legais da OMC, e que as Associações e o Setor Vitivinícola Brasileiro esforçar-se-ão para, em comum acordo, evitar a adoção de barreiras às importações mediante o atingimento de objetivos comuns, estabelecidos entres as partes e contidos neste documento;

    6. que, é preciso estabelecer uma agenda positiva entre todos os atores envolvidos na cadeia do vinho: indústria, atacado, varejo, produtores, importadores, exportadores e governo.

    Deliberam as partes signatárias estabelecer o seguinte ACORDO DE COOPERAÇÃO:
    (i) as Associações e o Setor Vitivinícola brasileiro comprometem-se a buscar a comercialização de 27 milhões de litros de vinhos finos brasileiros em 2013, ampliando este volume paulatinamente até atingir 40 milhões de litros de vinhos finos em 2016, comumente classificados no item 2204.21.00 da NCM, por meio das seguintes ações:
    a. distribuição de 25% de vinhos finos nacionais nas redes de supermercados e 15% nos demais estabelecimentos varejistas;
    b. desenvolver parcerias entre vinícolas nacionais e importadores para aumentar a distribuição do produto nacional nas lojas, adegas, bares, restaurantes e demais pontos de venda;
    c. comunicar pró-ativamente este acordo e promover os vinhos brasileiros em seus estabelecimentos e instrumentos de comunicação;
    (ii) reunir esforços entre as “Associações”, com a indispensável colaboração do “Setor Vitivinícola Brasileiro”, na forma que serão detalhados em documentos apartados, com o objetivo de aumentar o consumo de vinhos, dos atuais 1,9 litros por habitante/ano para 2,5 litros por habitante/ano, o que se entende factível plenamente no espaço de quatro anos, ou seja, até o final de 2016;

    (iii) a ABBA, a ABRABE e a ABRAS apoiarão esforços, suas competências e as representações que dispõem no País, direcionando também o apoio ao “Setor Vitivinícola Brasileiro” junto aos órgãos do Governo, para os pleitos do segmento vitivinícola, quais sejam: (a) reduções de impostos; (b) ações de combate ao descaminho; (c) alongamento (securitização) das dívidas agrícolas; (d) programas de escoamento da produção vitivinícola.

    (iv) as “Associações” comprometem-se a não importar vinhos finos a preços aviltantes que possam ocasionar concorrência desleal. E disponibilizam-se a persistir no debate deste tema através de Grupo de Trabalho que já se encaminhará para formatação.

    (v) o “Setor Vitivinícola Brasileiro”, a seu turno, compromete-se a cessar quaisquer ações que visem à criação de barreiras tarifárias e/ou não tarifárias à importação de vinhos finos;

    (vi) o “Setor Vitivinícola Brasileiro” compromete-se ainda a realizar os investimentos propostos no Plano de Ajuste apresentado no processo de salvaguardas, no total de R$ 200 milhões, em ações especialmente voltadas para marketing, melhoria da qualidade, comunicação e indicação geográfica, a serem debatidos no Grupo de Trabalho que será constituído;

    (vii) As “Associações” e o “Setor Vitivinícola Brasileiro” se comprometem a repassar à SECEX, a cada três meses, estudo detalhado sobre as medidas conjuntas que forem implementadas em decorrência do acordo, com vistas a subsidiar aquela Secretaria na formulação de políticas públicas para o setor;

    (viii) em decorrência, as “Associações” e o “Setor Vitivinícola Brasileiro”, como acima aludido, decidem criar um Grupo de Trabalho para dar continuidade às ações conjuntas que visam atingir o objetivo de aumentar o consumo de vinhos finos nacionais, estudar a área de exposição para o vinho brasileiro, levando em consideração a diversidade de formatos e tipos de lojas, tipos de equipamentos de exposição, regiões geográficas, localização e logística. Para tanto, estabelecem como cronograma do Grupo de Trabalho e pauta inicial dessas reuniões o seguinte:

    (a) CRONOGRAMA:
    Em 08/11/2012 – a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) dará ciência da celebração do presente ACORDO DE COOPERAÇÃO aos seus conselheiros na ASSEMBLÉIA GERAL DA ABRAS que será instalada em São Paulo, quando elegerá o seu Presidente para o biênio 2013/2014;
    Em 08/11/2012 – No Jantar alusivo ao Dia Nacional do Supermercado, as Associações e o Setor Vitivinícola divulgarão de forma solene, na abertura deste, o ACORDO DE COOPERACAO firmado entre as partes. Este dia é festejado anualmente pela ABRAS com a Cadeia Produtiva, Parceiros Fornecedores e Autoridades, e a oportunidade será usada pelas partes como forma de, em âmbito efetivamente nacional publicitar e sinalizar para todo o País a implementação do ACORDO, reiterando as disposições contidas neste documento e agregando outras considerações que venham a ser consensadas para o aprimoramento de um trabalho conjunto;
    Em 19/11/2012 encontro em Porto Alegre;
    Em 10/12/2012 encontro em São Paulo;
    Em 28/01/2013 encontro em Porto Alegre.

    (b) PAUTA: desde agora estabelecem as partes uma pauta mínima para as discussões nas datas supra ajustadas:
    – ampliação de espaço para exposição de vinhos finos nacionais em supermercados, convidando-se a ABAD (Associação Brasileira de Distribuidores e Atacadistas) a participar desse e outros esforços;
    – estudo de formas de incentivo a bares e restaurantes em todo o País a ampliar suas Cartas de Vinhos com a participação de vinhos Nacionais, neste aspecto convidando a ABRASEL para fazer parte do Grupo de Trabalho;
    – realização de esforços conjuntos entre as signatárias para o detalhamento das Metas de Crescimento definidas acima, até o ano de 2016;
    – qualificação e atualização permanente (em esforço conjunto) dos trabalhadores que operam nas Seções de Vinhos;
    – estabelecimento de Parceria com o SEBRAE Nacional;
    – planejamento entre as partes visando uma preparação e o desenvolvimento de profissionais viabilizando palestras aos Consumidores em âmbito nacional, desenvolvendo parcerias para incluir o vinho fino brasileiro nos projetos que a ABS (Associação Brasileira de Sommelier) e as SBAV (Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho) coordenam;
    – Debate em âmbito do Grupo de Trabalho que será constituído entre Associações e Setor Vitivinícola Brasileiro, de um Fundo de Promoção do Mercado Vitivinícola, cujo formato será discutido pelo Grupo de Trabalho a ser constituído

Nem a Pau Juvenal!

Estão aclamando o acordo feito pelos produtores nacionais, leia-se Ibravin e os Barões do Vinho nacionais, e deixando de enxergar o tremendo atentado contra o estado de direito e liberdade empresarial neste país. A essência golpista desse pessoal é impressionante! Na eminência de ter as salvaguardas negadas pelo MDIC e este, por seu lado, encurralado entre o parecer técnico e o pagamento de dividas politicas de seus aliados, optaram por chamar os importadores e demais entidades contrárias e fazer um acordo para uma retirada da petição, coisa que desde o inicio pedimos e sem sucesso,  porém sob a sombra do retorno da mesma.

Tudo bem que um mau acordo é preferível a um contencioso, porém o que alinhavaram, de acordo com a matéria publicada no jornal Valor e amplamente detalhada e comentada pelo Arthur Azevedo em seu site ArtWine, (recomendo ler) não é um mau acordo, é um atentado ao estado de direito e uma utopia sem pés nem cabeça impossível de ser aplicada. Fazer com que supermercados, importadoras e lojas especializadas sejam “OBRIGADOS” a ter 25 e 15%, respectivamente, de seu portfolio, ou estoque o que seria ainda pior, em produtos nacionais é um absurdo, uma verdadeira ingerência nos negócios particulares de cada um. É o Estado querendo controlar meu negócio em que país estamos; Venezuela, Cuba, China? O custo desse estoque, sim porque a venda desses produtos é pequena, alguém terá que pagar! Quem você acha?

O custo dos vinhos nacionais, é mais caro, os prazos de pagamento menores , os de entrega mais longos, a concorrência desleal via venda direta dos produtores isenta de impostos locais é um fato e as quantidades mínimas exigidas mais altas em função de problemas deles com logística! Tudo é pior quando o produto é nacional, inclusive a relação Qualidade x Preço x Prazer, porquê um enófilo compraria estes produtos? A ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) maiores importadores e comerciantes de vinhos no Brasil, ABRABE e ABBA (associações de importadores) toparam a parada. Os supermercados ainda podem diluir esse custo extra entre seus diversos outros produtos (carne, peixe, pãozinho, etc) já as lojas especializadas não têm como. E as lojas virtuais como ficam nessa?

    No entanto e para que não fiquem dizendo que sou radical, faço aqui uma proposta publica aos produtores brasileiros, eu topo colocar 15% de meus pouco mais de 400 rótulos com produtos nacionais, só que será CONSIGNADO!

    Ah, o espaço (m²) ocupado por esses vinhos também lhes será cobrado, meu aluguel não é barato e cada m² tem que obrigatoriamente ser rentável, dessa forma o risco é mutúo. Topam? Para facilitar, a Ibravin pode pagar a correspondente conta do aluguel, 15%,  do que meu locador me cobra! Como não quero ser acusado de falta de colaboração, cederei o espaço gratuitamente para que uma vez por mês eles desenvolvam atividades de degustação promocionais, que tal? Se acreditam tanto em seu produto, creio que deve chover proposta na minha horta, certo? Num negócio, qualquer que seja, compramos o que vende, não o que querem que compremos e quem manda no meu negócio é meu cliente não meu fornecedor, importador, produtor, Ibravin ou o Estado!

Por hoje chega e kanimambo pela visita, hoje sem brinde. Daqui a algumas semana conto para vocês quantas propostas e de quem foram recebidas ok?

Poucas & Boas

          Hoje publico algumas dicas e algumas notícias de nossa vinosfera, na Segunda volto falando mais das coisa do vinho!

Salvaguardas, é não esquecemos não! Veja a noticia que deu em Mendoza, no El Sol Diario Online http://elsolonline.com/noticias/view/151283/perez-anuncio-una-inversion-brasilena-millonaria-en-mendoza . Um dos criadores e fiel escudeiro salvaguardista passando por dificuldades em função da vil e desleal concorrência dos importados, está em fase final de estudos de terroir para compra de terras em Mendoza e montagem de uma nova Bodega. Enfim, não vou tecer minha opinião, mas sugiro clicar e ler a noticia para depois tirar suas próprias conclusões sobre o tema. Aproveitando, seguem as informações de que as Salvaguardas foram rechaçadas pelo MDIC pela ausência de base técnica para tal o que já tínhamos demonstrado aqui há algum tempo! Como, no entanto, nesta terra de tanta falcatrua e interesses poderosos tudo muda muito rapidamente, quero ver isso publicado no site do MDIC e no Diário Oficial para, finalmente, conseguir festejar o enterro dessa excrecência, porque os autores, esses já estão enterrados por mim faz tempo, independentemente do resultado da partida.

Dia 31/10 tem Riedel Tasting na Vino & SaporeReserve a data, pois nesse dia teremos uma experiência sensorial diferenciada, vamos degustar taças! Sim, teremos 4 vinhos, todos com mais de 90 pontos na critica especializada, sendo degustados em taças desenvolvidas tecnicamente para varietais específicos – Chardonnay, Syrah, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir. No dia, teremos também a venda de taças e, especialmente do kit degustação, a preços para lá de especiais. Lugares limitados, então consulte e garanta seu lugar, serão 30 porém 20 já estão tomados, com investimento de R$35,00 por pessoa. Ligue para o telefone (11) 4612.6343 ou envie uma mensagem para comercial@vinoesapore.com.br .

Curitiba Here They Come! É gente, dia 27 chega a Curitiba a caravana do Encontro de Vinhos de nossos amigos Beto Duarte e Daniel Perches no hotel Bourbon a partir das 14 horas. Conheços-os bem e são muito capazes tendo conseguido fazer desses eventos momentos muito agradáveis em que o garimpo corre solto e, como sabem, não tem melhor forma de conhecer nossa vinosfera do que essas curtas viagens de descobrimento. Serão cerca de vinte expositores, entre eles as importadoras Au Vin (quebre preconceitos provando seus deliciosos vinhos Libaneses), MS Imports, Vinci, Calix, ChezFrance, Vinho Sul, Smart Buy, Cantu, Dominio Cassis, entre outros. Compre logo seu ingresso e garanta sua participação. Os Locais de venda estão listados aqui http://www.encontrodevinhos.com.br/pontos-de-venda-de-ingressos .Esse eu assino embaixo e recomendo, curta um belo passeio por estes caldos de Baco e aproveite para pesquisar e fazer um exercício comparativo de Qualidade x Preço de diversos rótulos e origens disponíveis no mercado.

Bordeaux- Século XXI no Enopira  com a palestra do connoisseur  Luis Otávio Peçanha lá mesmo em Piracicaba, interior de São Paulo. O evento se realizará no dia 6 de Dezembro a partir das 20 horas e terá presente alguns vinhos de muito renome e marcantes da região.

VINHOS APRESENTADOS:

1-      Château Saint Pierre 2009- 4 ème de St Julien

2-      Chãteau Pichon Baron 2008- 2ème de Pauillac

3-      Château Maslecot St-Exupéry 2006- 3ème de Margaux

4-      Château Leoville Barton 2005- 2ème de St Julien

5-      Château Montrose 2004- 2ème de St-Estèphe

6-      Chãteau Pape Clement 2003- GCC de Graves

7-      Château Cos D’Estournel 2002- 2ème de St-Estephe

8-      Château Pavie 2001- 1er GCC de Saint Emilion

9-      Chãteau Rauzan-Segla 2000- 2ème de Margaux

      Após a degustação Luis Otávio servirá um prato de Javali aos convivas presentes. São somente 15 vagas para 15 privilegiados enófilos ao preço de R$840,00 cada,  pagos em até três vezes. Quer mais informações ou fazer sua reserva, contate-o  pelos telefones  (019 ) 3424-1583-  Cel. ( 19 ) 82040406 ou por e-mail > luizotaviol@uol.com.br.

André “Déco” Rossi é o novo representante de Wines of Argentina no Brasil. Meu amigo e jovem enófilo que já mencionei aqui como sendo uma das estrelas em ascensão  em nossa vinosfera tupiniquim, emplacou mais uma. Melhor, quem emplacou mesmo foi a Wines of Argentina com esta escolha pois estavam precisando de uma lufada de ar fresco e mudança de foco sendo o Deco uma pessoa e profissional que certamente lhes beneficiará e muito! Deco será o encarregado de projetar e implementar planos de posicionamento do vinho argentino no mercado brasileiro; avaliar as oportunidades de relações públicas no Brasil; e planificar visitas e comunicações para a imprensa e o trade, entre outras ações de marketing e relações públicas. Considerando que em 2011 o mercado brasileiro comercializou 77 milhões de litros de vinhos importados, dos quais quase 20 milhões provieram da Argentina, o Brasil se apresenta como um grande potencial para o país hermano.

         Bagagem para isso o amigo Deco tem; começou sua carreira na Expand Group do Brasil sendo Responsável de Comunicação Visual e Promoção. Mais tarde, ingressou na Salles D´Arcy Publicidade e ainda foi parte das equipes de importantes agências como Leo Burnett, DPZ e Lew’Lara/TBWA. Também foi Diretor de Atendimento na W/McCann Publicidade (Ex W/Brasil). Atualmente é editor e criador do Blog EnoDeco, colunista do Portal de Conteúdo Bicofino. É o idealizador da Winet, consultoria especializada na área de vinhos e professor do “Curso de Negócios do Vinho” na Fundação Getúlio Vargas. Além disto participa como jurado e avaliador em concursos e feiras de vinhos em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Ribeirão Preto. Deco, boa sorte meu amigo, pois competência, essa tens de sobra!

Happy Friday na Vino & Sapore. Hoje a partir das 18 horas com vinhos da Mercovino; um branco italiano e dois tintos, um do Douro e outro de Ribera del Duero. Ao pedir um combo, você ganha (até as 20 horas) e segunda taça de um vinho diferente do primeiro, totalmente na faixa. A idéia é fomentar o conhecimento e a diversidade a um preço camarada, somente 20 Reais, em um ambiente agradável, aconchegante e descontraído. Para ver mais acesse o site clicando no link do lado ou aqui. http://www.vinoesapore.com.br/happy_email.html

 Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos.