Recentemente tive a oportunidade de participar de duas degustações virtuais com representantes da importadora e direto do Chile, de seus produtores. Hoje venho compartilhar com vocês a primeira delas, vinhos da Casa Viva radicada em Casablanca e recém chegados ao Brasil pelas mãos da BWC, braço brasileiro da Berkmann Wine Cellars inglesa.
Recebi três vinhos para provar, um Sauvignon Blanc, um Varietal e Pinot Noir e um Syrah que me tirou o fôlego! rs
Sauvignon Blanc Reserva 2019, fruto do blend de três vinhedos diferentes de clones igualmente diferente plantados em cerca de 100 hectares nesse vale que é berço de grandes vinhos brancos. Cada lote é vinificado em separado e posteriormente feito o blend. Sem passagem de madeira, porém com seis meses sur lie que lhe aporta uma certa cremosidade e complexidade sem, com isso, afetar sua vibrante acidez. SB clássico da região com grande intensidade aromática, frutos tropicais, maracujá, limão siciliano, toque herbáceo da famosa grama molhada, um vinho repleto de energia e certamente um grande companheiro para frutos do mar em geral e culinária japonesa. Gostei bastante e o preço deve rondar as 110 pratas.
Casa Viva Pinot Noir 2018, um varietal (linha de entrada) deste produtor. Para uma gama de entrada o volume produzido nem é tão grande assim, pelo que entendi algo ao redor de 10 mil litros. Bem claro de baixa extração, fruta fresca, vinificado somente em inox, equilibrado, fino e elegante com um final fresco em que apareceram algumas notas terrosas. Na casa dos 90 Reais, atende um segmento de mercado que busca um Pinot de baixo custo e bem feito, porém tenho que confessar que não me seduziu, talvez falte uma personalidade mais marcante, mas talvez eu esteja sendo algo exigente ainda por cima depois desse muito bom e marcante Sauvignon Blanc.
Casa Viva Grand Syrah 2017, uau! Gosto muito de Syrahs de clima frio e esse não negou fogo, muito pelo contrário, me seduziu por completo. Apenas 16 hectares, produção de 4.5 Toneladas por hectare, face norte protegida parcialmente por uma colina que protege os vinhedos do frio oceânico que atinge a região deixando o clima algo mais ameno. São dez meses de barrica francesa (construída no Chile) sendo parte de segundo e terceiro usos. Os aromas são verdadeiramente inebriantes, daqueles que te deixam na dúvida de você bebe ou funga! rs A boca é cheia, de grande volume, estruturado, ótima textura, frutos escuros, rico meio de boca, algum defumado, taninos firmes porém finos e elegantes, final fresco e persistente que pede bis. Preço ao redor de 230 Reais, creio que vale, e foram produzidos somente 11 mil garrafas sendo que para o Brasil vieram só 265!
Bons vinhos, interessante gama com preços diversos, creio que pelo gostinho que tive com estes três, vale a pena explorar a linha que já está disponível nas boas casas do ramo. É isso, saúde e Kanimambo pela visita!