Como escriba, deixemos isso bem claro! rs A crise é minha e não de meus leitores então, por um curto espaço de tempo enquanto ponho a casa em ordem, vou me aproveitar dos amigos e postar aqui algumas boas matérias de amigos de nossa vinosfera para que você não perca a viagem da visita. Começo pelo amigo Marcio Oliveira, autor da newsletter Vinoticias que recebo semanalmente e não deixo de ler para me manter antenado com as coisas de nosso mundinho. Na penúltima newsletter recebida, duas matérias muito interessantes me chamaram a atenção, como especial destaque para esta sobre Portugal, até porque tem tudo a ver com o conceito que minha saudosa amiga e sócia, Inês Cruz, e eu impusemos a nossos programas de viagens que claramente detêm o titulo de viagens Enogastroculturais. Eis o texto do Márcio
“ AROMAS E SABORES PORTUGUESES ” – Dizem que a melhor maneira de se avaliar a cultura de um povo é visitar seu mercado. Por onde passo, procuro conhecer um mercado com frutas frescas, carnes, peixes, temperos e vinhos; e se não o consigo, tento ver nos supermercados a variedade de ingredientes culinários e vinhos que cada povo tem.
A história da gastronomia portuguesa está diretamente relacionada com as qualidades dos produtos qe o seu solo e o oceano lhes fornece. A base da tradição mediterrânica assenta-se na trilogia do “pão, vinho e azeite”. Esta tendência, espalhada um pouco por todo Portugal, encontra diferentes nuances em cada região. São as influências climáticas, geralmente demarcadas pelas mesmas fronteiras geográficas que delimitaram os trajetos dos povos pelo território em que passaram, que cunharam várias tendências e caracterizam cada uma das cozinhas regionais. Dos fenícios aos romanos, dos mouros às novas gerações, a cozinha portuguesa é uma consequência de todas as contribuições trazidas pelos ocupantes da Península.
Daí, Portugal ter uma gastronomia tão rica e variada como a sua paisagem e o seu patrimônio cultural, que de certa forma está muito presente na culinária mineira e brasileira.
No entanto, em Portugal, penso eu que é o mar que imprime a característica mais marcante à culinária local. Um simples peixe grelhado é sempre fresquíssimo, bem como o marisco que abunda em todo a costa litoral. As descobertas marítimas e o intenso comércio de especiarias inspiraram a cozinha lusitana e certamente introduziram novos sabores. Outros produtos de base, como a batata, ou curiosamente o arroz e feijão (tão brasileiros), chegaram durante este período da história de conquista de territórios e, de Portugal, partiram para vários países europeus.
Em pratos de carne, uma sugestão de todo o país: o celebrado cozido à portuguesa mistura carnes e legumes, cozidos de forma suculenta. A carne e os enchidos consolidam a base de produtos essenciais em muitos pratos portugueses, sobretudo na região Norte, onde também se poderá saborear as tripas à moda do Porto, uma variedade de feijoada, que é feita à moda de Trás-os-Montes (de onde saiu meu bisavô para o Brasil).
Lembremos também do mais fino azeite português, de grande qualidade, que está sempre presente e integra todas as receitas de bacalhau (dizem que há 1001 azeites diferentes em Portugal), tipicamente lusitana na forma de preparar e apreciar.
E os queijos então, basta lembrar dos feitos na Serra da Estrela, mas há vários, como os do Centro de Portugal e do Alentejo, que são todos deliciosos.
Os doces, com origens nos conventos onde eram preparados, criaram uma doçaria especialíssima. Nunca deixe de provar um pastel de nata, que é uma “bomba” calórica (3 pastéis somam 1000 calorias e são mais do que muita gente consome diariamente no mundo), que vai muito bem se acompanhado de um bom café “expresso”. Isto sem falar de pão, que é uma verdadeira “perdição”!
Cada prato tem um vinho certo para companhia. Portugal neste aspecto é um país impar em variedades e diversidades. Se o vinho do Porto e da Madeira fizeram fama inicial do país, hoje os tintos do Douro, do Dão, da Bairrada, do Alentejo e tantos outros fazem a festa de qualquer amante de vinhos.
E como na recente viagem que fiz pela terrinha a convite da ViniPortugal, muita gente perguntou-me sobre os vinhos que acompanham as “Maravilhas da Gastronomia Portuguesa”, preferi começar estes artigos falando sobre gastronomia e nas semanas seguintes sobres os vinhos provados.
Alheira de Mirandela, Queijo Serra da Estrela, Caldo Verde, Arroz de Marisco, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e Pastel de Belém, foram as 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, eleitas por quase um milhão de votos via internet (Facebook).
As 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa por suas regiões:
Entradas: Alheira de Mirandela (IG) – Trás os Montes e Alto Douro
Entradas: Queijo Serra da Estrela – DOP – Beira Interior / Beira Litoral
Sopas: Caldo Verde – Entre Douro e Minho
Marisco: Arroz de Marisco – Estremadura e Ribatejo
Peixe: Sardinha Assada – Lisboa e Setúbal
Carne: Leitão da Bairrada – Beira Litoral
Doces: Pastel de Belém – Lisboa e Setúbal
Bem, por hoje é só, mas Quarta tem mais. Por enquanto, fica aqui um Kanimambo especial ao Marcio, aos amigos e fiéis leitores que mesmo com essa crise seguem prestigiando este blog de acordo com as estatísticas de acessos. Salute e não deixe de ler mais textos do Marcio no seu blog http://vinoticiasbh.blogspot.com .
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