Sem categoria

Elephant Rouge 2018

Elephant Rouge 2018 é uma criação do Jean Claude Cara junto com a Villaggio Grando (Santa Catarina) que, a meu ver, mostra bem a cara de seus criadores pelo que já conheço deles. O vinho, que pela segunda vez é elaborado na Villaggio Grando, a primeira foi a safra 2014 já esgotada, mostra de cara uma cor vibrante rubi clara e brilhante que me chamou bastante a atenção.

Corte de Merlot (70%), cabernet Sauvignon (10%) e 20% de uvas não divulgadas com passagem de 24 meses por barricas francesas de segundo uso, apresenta uma paleta olfativa de média intensidade e bem frutada. É na boca, no entanto e a meu ver, que ele realmente mostra a que veio. Longe de bombas tânicas e de grande extração com álcool nas alturas, estamos diante da antítese de tudo isso, taninos muito elegantes e finos, médio corpo, rico meio de boca, fruta vermelha madura (ameixa), notas sutis vegetais, final longo algo apimentado e fresco fruto da boa acidez adquirida neste terroir de altitude. Educado teor alcoólico de 12,5% que se integra muito bem ao vinho mostrando-se muito bem equilibrado.

Um vinho que está muito bom agora mas que, da mesma forma que o 2014, mostra boa capacidade de guarda por pelo menos uns 6 a 8 anos quando deve atingir seu auge. O produtor fala mais, 10 a 15 anos, mas esse é meu feeling hoje e como daqui a 15 anos sequer sei se ainda estarei por aqui, não terei como conferir! rs Bem, aproveitando que estava com a garrafa aberta, tratei de acompanhar o almoço, panqueca de carne com molho de tomate. O resultado não foi ruim, digamos assim, mas também não foi aquela brastemp! rs Acho que a melhor harmonização passa por outros caminhos como um risoto de funghi com uma carne grelhada, filé com molho madeira, strogonoff de filé, ensopado de carne ou, até, um filé à Wellington.

A pena fluiu bem depois de muito tempo, quem sabe volto a escrever novamente aqui com alguma assiduidade. Fazia tempo que não sentia gosto pela escrita, vamos ver se a vontade permanece. rs O WordPress mudou um pouco nesse hiato, então o post está com uma diagramação horrível que não consigo mudar, vamos ver se no próximo consigo melhorar isso. Saúde e, kanimambo!

Grandes Bordeauxs 2019.

Óbvio que são vinhos para poucos, mas para quem tem e pode, porquê não desfrutar desses grandes vinhos? Uma de minhas melhores degustações foi exatamente de vinhos de Bordeaux safra 2009, desbunde que relatei aqui sob o título Bordeaux Extasy hà cerca de cinco anos.

O James Suckling, renomado degustador e crítico do mundos dos vinhos nos fala um pouco sobre sua experiência provando um pouco mais de 1000 rótulos de barrica en primeur (antes de engarrafamento e disponibilizados no mercado varejista a pronta entrega), porque estes ainda não estão disponíveis no mercado. veja a matéria clicando aqui. Abaixo a lista dos TOP 50, porém o que mais despertou interesse foi essa lista de “Best Buys” entre esse montão de vinhos provados e eu sou fâ de um deles, o Malescot-Saint-Exupery da região de Margaux!

Com o câmbio de jeito que está, difícil eu pensar na possibilidade, mas … sonhar ainda não paga imposto. rs Essas precisosidades a preço mais terreno são > Chateau Pontet-Canet nr. 10, Chateau Haut-Bailly nr. 16, Chateau Larcis Ducasse nr. 201, Chateau Pavie-Macquin nr. 21, Chateau Clinet nr. 22 e o “Best Value” da safra o Chateau Malescot-St.-Exupéry nr. 31. O Chateau Figeac (outro de meus favoritos) Nr.13 também aguçõu meus sonhos, mas aí eu penso que com o preço desse eu compraria (se pudesse) cinco garrafas de St-Exupery e desligo! rs

Não fica claro qual moeda foi usada nesses preços, mas me parece que é em US Dólares. Enfim, uma listinha deveras interessante, n’est-ce pa ?

Saúde, kanimambo e vamos em frente que com distanciamento, máscara, álcool gel e vinho a coisa passa!

Quebrando Paradigmas!

Tampa de rosca só para vinhos novos né? Huuum, não! Já tinha tomado outros vinhos australianos com oito e dez anos de vida em perfeito estado de conservação e até já fiz uma prova com o mesmo vinho da mesma safra com fechamentos diferentes, nada que pudesse ressaltar de diferença entre eles.

Neste fim de semana, abri uma última garrafa que tinha esquecido na adega do Westend Tempranillo 2008 da região de Hilltops em Nova Gales do Sul na Austrália. Abri temeroso com o que me iria deparar na taça e me surpreendi muito positivamente. Esperava um vinho já algo moribundo, em estado avançado de coma com seus 12 anos nas costas e tampa de rosca. Ledo engano, vivinho da silva, mesmo que já com algumas nuances atijoladas e aromas terciários, mas taninos e acidez ainda bem presentes, um deleite que foi se abrindo na taça mostrando, inclusive, frutos escuros, alguma especiaria e um belo final de boca algo apimentado.

Para, mais uma vez, nos depararmos com o fato de que nossa vinosfera é realmente imprevisível e isso é que faz deste caldo algo sedutor para quem está aberto a novas experiências. É isso, kanimambo pela visita! Será que agora retomo este blog algo esquecido em função da correria atrás do pão de cada dia? Não prometo mais nada não, mas vou me esforçar.

Chá da Tarde Caprichado!

Volta e meia um grupo de amigos se reúne no meio da tarde para tomar vinho e desfrutar da amizade construída ao longo de anos. Todos profissionais liberais o que permite essas estrepolias ao menos uma vez por mês, sem data marcada, quando calha! Ás vezes provamos vinhos para avaliação interna da Vino & Sapore, por vezes uns trazem alguns vinhos sempre deliciosos e algumas vezes o chá ferve de gostosuras, como neste último, dois Chablis de La Chablisienne, um Braccobosca Gran Ombu Merlot e um VIGNO da Morandé Ventures. Sem muita treta, segue:

La Chablisienne Côte de Lechet 1er Cru Chablis 2016 – O produtor tem fama de produzir bons Chablis a preços moderados e um 1er Cru da região por menos de 300 pratas em Sampa é difícil de achar. Este vale cada tostão, ótima estrutura de boca, fruta abundante (sem passagem por madeira) pera, algo de maçã verde, mas com notas tropicais também, um toque de salinidade, frescor ímpar e a mineralidade típica que fazem a fama merecida da região. Belo começo para o chá da tarde.

Gran Ombu Merlot 2017 – jovem, muito frutado, denso em boca com ótimos volume e textura, taninos ainda bem presentes mas aveludados, um vinho muito bom, rico meio de boca que certamente merecerá ser provado novamente daqui a uns três anos, problema é que o preço é bastante salgado por aqui, na casa dos 500 Reais, mais um menos 20 e aí me parece um pouco over priced e over rated, mas isso é bem pessoal, então acho que vai demorar um pouco. rs Esta veio pela generosidade do amigo de longa data Aramis porque se não, não daria.

VIGNO Morandé Adventure 2017 – tremendo vinho, sedutor, complexo, a carignan é uma tremenda uva e os vinhos deste projeto de vinhedos antigos do Maule cultivados sem irrigação são muiiiito bons. Este surpreendeu pelo corte (mínimo exigido é 85% de Carignan de vinhedos com mais de 30 anos) pois leva também um pouco de Syrah e um toque de Chardonnay (também de vinhedos antigos da mesma região) que acho faz toda a diferença. Um dos melhores que já tomei desta classificação, vinho que deixa um longo e persistente gostinho de quero mais na boca e na memória. Não tem no Brasil ainda, este veio direto da Provino mas considerando seus “brothers” no mercado deve ser vinho para algo ao redor de 290/320 pratas e acho que vale, mas melhor comprar no Chile mesmo se vocês estiver por lá.

La Chablisienne Petit Chablis Pas si Petit 2018 – tremenda surpresa, prazer puro e com preço para lá de camarada para um vinho desta AOC e classificação, menos de 150 Reais, para tomar muitas garrafas. Classificação Chablis e Petit Chablis, normalmente e com toda a sinceridade, não costumam me atrair pois os acho super valorizados e não costumam entregar o valor esperado pelo preço que pedem vendendo marca e eu gosto mesmo é de vinho! rs. Este já diz no nome do porquê ter me surpreendido, porque ele “nem é tão pequeno” e não é mesmo! Gostei demais, saboroso, fresco, vibrante, mineral, fruta cítrica, maçã verde bem presente, leve floral e muito expressivo, faltaram as ostras!!!!!

Nossos chás da tarde, sem dia nem hora para acontecer costumam gerar grandes momentos independentemente dos vinhos tomados, porque reunir amigos é sempre uma alegria, mas desta vez (não foi a única apesar de ser a primeira sobre a qual escrevo) extrapolou!

Que bom que estes momentos existem, são essas amizades construídas no templo de Baco que fazem meu caminho por nossa vinosfera realmente valer a pena! Saúde amigos, Kanimambo pela visita.

Vivendo e Aprendendo!

Por mais que tenhamos litragem e anos nas costas, a vida é um eterno aprendizado e este encontro com o Jean Claude Cara e os vinhos da Cavisteria , hora disponíveis on-line na Vinho Clic e fisicamente (alguns) na Vino & Sapore, foi um desses momentos.

Tenho que confessar que não sou um expert em Borgonha, região que sempre achei muito complicada e onde já tomei os maiores tombos, já que nem tudo que brilha é ouro, devido aos preços tradicionalmente na estratosfera e o que cabe no bolso da maioria de nós pobres mortais na maior parte das vezes deixa a desejar. Não existe, pelo menos nunca passou por minha taça, Borgonha bom e barato, especialmente por aqui com nossa dolorosa realidade de preços. Se falarmos de premier Cru e Grand Cru então, aí haja bolso!! Entre outras coisas fiquei feliz porque provei, em minha humilde opinião, alguns muito bons vinhos com preços, dentro da realidade borgonhesa tupiniquim, bem razoáveis apesar de ainda seguirem não sendo para todos os bolsos, mas já dá para eventuais escapadas ao orçamento! rs Dica para quem não tem o bolso tão gordo assim, divida uma meia dúzia de rótulos com confrades, eu vou nessa.

O Jean Claude é um especialista em vinhos antigos, especialmente nos da Borgonha onde vive a maior parte do tempo. Como um bom Caviste, busca vinhos tradicionais, de pequenos produtores fora do main stream e possui uma vasta coleção de vinhos centenários e raros em sua cave em Beaune. Neste projeto, trouxe alguns dos vinhos mais acessíveis, uns para guardar outros prontos a tomar de alguns desses pequenos produtores. De R$140 a 1900,00 e algo mais, uma seleção de vinhos dos quais tive o privilégio, junto com alguns poucos amigos convidados, de provar numa agradável noite no Loma Casa & Café lá em Moema. Por sinal, lindo o lugar, um misto de; antiquário, objetos de decoração,acessórios e obviamente café e quitutes!

Na prova;  um Aligoté mais jovem, dois Borgonhas tintos e finalizamos com um Mersault que mexeu comigo, tinha que ser branco!! rs Para encerrar uma noite muito educativa, foi servido um delicioso Bouef-Bourguignon acompanhado de outra de suas criações, um Elephant Rouge sobre o qual já comentei aqui e é um projeto local com a Villaggio Grando em Santa Catarina. Antes de falar dos vinhos, bem resumidamente porque há coisas difíceis de descrever, deixa eu compartilhar um pouco desta experiência e aula dada pelo Jean Claude

> Vinhos elaborados pelo método ancestral, velha guarda, tradicionalista, vinhos de longa guarda. Colheita manual, longa maceração (4 a 5 semanas) , fermentação malolática em barricas novas com estágio de 18 a 24 meses com battonage, engarrafados sem filtrar. Os mais velhos, tomar a 18ºC, nada de refrescar. Na prática fez todo o sentido.

> Brancos encorpados, longevos, prensagem mecânica e não pneumática, para tomar a 12ºC e os mais encorpados e antigos a 16º. Os vinhos mais tecnológicos, modernos, “mexidos” para agradar se degradam com 8 a 10 anos, já estes tradicionais seguem evoluindo por muitos mais anos. Provamos um 2001 divino!

> Leveduras indígenas são de uso padrão.

> Borgonha é ano, não rótulo. O mesmo produtor, com as mesmas uvas, com o mesmo processo de produção, elaborará vinhos diferentes ano após devido às mudanças climáticas entre os anos que alteram sobremaneira os vinhos e que, por sua vez, evoluirão de forma diferente ao longo de suas longas vidas. Não deixa de ser uma verdade genérica para regiões onde as mudanças climáticas podem mudar radicalmente de ano para ano, algo menos comum por aqui na Argentina e Chile, porém é algo a se pensar. O método tradicional, ou ancestral como o Jean Claude gosta de o chamar, intensifica essas diferenças pois não possuem “maquiagem”.

Domaine Remoriquet Gilles Aligoté 2016, este foi o primeiro vinho provado, uva branca pouco conhecida entre nós e que sempre que provo me surpreendo muito positivamente. Imperceptíveis 12 meses de barrica, boa estrutura de boca, notas sutis herbáceas, bom volume e de uma persistência incrível. Para beber já e guardar, porque vai evoluir.

Jayer-Gilles Cotes de Nuit Village 2011, cereja nos aromas, acidez bem presente, complexo meio de boca, taninos finos e um longo final. Vinho que deverá evoluir muito nos próximos três a quatro anos, já extremamente sedutor.

Vincent Bouzerau Beaune 1er Cru les Pertuzoits 1999, um jovem adulto de 20 anos vendendo saúde! Envolvente, sua entrada é arrebatadora toma conta da boca e de nossos sentidos, framboesa, sous bois, algo de couro, vinho para mais 10, 20 anos e de acordo com o Jean Claude, muito mais. Como tenho 65 anos, tomo agora e em 5!! rs

Guy Boucard Meursault Charmes 1er Cru 2001, soberbo para terminar a prova e comprovar a fama de grandes Chardonnays da AOC e eu, para variar, gamei. “Só” um adolescente atingindo a maioridade e com uma vida pela frente com seus 24 messes de barrica francesa nova, servido a 16ºC, foi exuberante. Algo salino, alguma untuosidade, parece doce (mel/caramelo) mas não é (pode isso Arnaldo?), nutty, cítrico mostrando notas de limão siciliano bem presente, ótima textura, final de boca algo mineral que não termina nunca, um vinho literalmente egoístico, daqueles para tomar solo (máximo mais um! rs) e com calma, apreciando cada gota do néctar e descobrindo sensações no “decorrer” da garrafa enquanto pensamos em quanto a vida pode ser bela!

Esses e outros vinhos, uma bela seleção imagino só pela mostra provada, já estão disponíveis na Vinho Clic e eu já armei uma degustação de cinco deles na Confraria Saca Rolha com os vinhos que estão na Vino & Sapore, uma boa forma de descobrir esse mundo “novo” de uma Borgonha ancestral, que são vinhos diferenciados, pelo menos do que estou habituado a tomar da região, disso não me restam duvidas. Gostei do que vi e provei, faça você seu próprio juízo de valor provando e comparando alguns desses rótulos, eu vou fazer isso! rs Melhor ainda, coloque junto um vinho similar de marca mais conhecida de grande produtor (tecnológico?), prove tudo ás cegas e sinta, ou não, as diferenças entre eles.

Kanimambo pela visita, saúde e aproveitem o fim de semana tomando bons vinhos em boa companhia. Se faltar bom vinho posso ajudar, já a companhia, bem essa você terá que se virar ou me chama!! rs

Cheers, prosit, salud, salute

Há Momentos e “Momentos”!

Sou um profundo defensor de que vinho se deve tomar em boas taças para poder usufruir tudo aquilo que eles têm a nos oferecer, seja em aromas como em sabores. Como tudo na vida, no entanto, sem radicalismos e enochatisses inibidoras, há momentos em que não há como e um copo comum ou copo de plástico valem sim! O que não pode é alguém que trabalha no ramo promover uma degustação de champagnes, cobrar 120 pratas por cabeça e aí servir essas preciosidades numa taça de plástico grosso e da cor preta ou branca, tanto faz, isso é inadmissível!

Por outro lado, costumo sempre dar como exemplo um de meus melhores momentos vividos que foi um reencontro com um primo que há anos não via e que me recebeu numa tasquinha que frequentava num vilarejo em Portugal. Lá nos esbaldamos com pataniscas de bacalhau e um tinto no copo tirado direto da barrica que o cantineiro tinha atrás do balcão. O melhor vinho do mundo? Não e muito longe disso, porém o momento está gravado na minha memória quase dez anos depois, Vinho e Pataniscas com meu primo. A taça faria diferença? Certamente não e provavelmente até atrapalharia o momento.

Nestes primeiros dias de Janeiro fui passar três dias na praia com minhas filhas. Tomamos vinho na praia e em casa, aliás tomamos várias garrafas de brancos, rosés e espumantes. Esqueci de levar taças, o que fazer? Deixar de tomar? Jamais né, até porque não eram vinhos que exigissem “ferramentas” especiais apesar de todos serem muito bons, porque a vida é curta demais para tomar vinho ruim e sigo essa máxima á risca, mesmo que seja num copo de plástico! rs Na praia foi num copo de plástico mesmo e em casa num copo de requeijão, so what, curti demais! Sim, o momento por vezes é muito mais importante que o vinho em si e nessas horas devemos deixar nossas enochatisses de lado e nos deixar levar pela maré.

O post de hoje tem uma mensagem só, curtam o momento da forma que vier sem medo de serem felizes nem fiquem amarrados a demasiadas regras de etiqueta estabelecidas em nossa vinosfera. Nem sempre encontramos as situações ideais e daí, deixar de tomar seu vinho por isso, sério?? Há momentos e “momentos”, essencial é que saibamos discernir os dois sem frescuras nem radicalismos afinal, como já dizia o poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Saúde, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui, boa semana.

 

 

 

Reformulando!

Amigos, postar qualquer coisa é fácil, mas essa não é muito a minha praia! rs Estou me reformulando e por isso a ausência por aqui, sorry mas neste momento minha cabeça anda em outros lugares. Meu foco e atenção, neste momento em que a crise assola o país e as incertezas do futuro são imensas, estão direcionadas no sentido de buscar novas alternativas, mexer nas já existentes, disponibilizar novas alternativas, buscar novos caminhos e melhorar o que pode ser melhorado.

Em breve estarei de volta com, espero, mais energia e experiências para compartilhar com os amigos. Enquanto isso, se quiser ajudar, que tal se associar à Confraria Frutos do garimpo no link aí acima? rs Me encontrar patrocinadores que não sejam vinícolas ou importadores, desses já recusei vários pois preservo minha independência e não quero que pairem dúvidas sobre minhas opiniões, também seria uma boa! rs

Assim que possa aviso dos resultados de algumas dessas reformulações e certamente bem mais atividades nas quais estou trabalhando e que muitos irão gostar.

Valeu pela visita, um enorme Kanimambo pela compreensão e visita, tenham um ótimo fim de semana que parece com clima propício para namorar! Quem não tem parceiro ainda dá tempo e uma local acolhedor, vinho e um fondue são um bom começo. Veja dicas aqui. Fui, Sáude!

Time Off

Amigos, desde Sexta passada com dificuldades de sentar e escrever por uma série de acidentes ocorridos que usurparam meu tempo. Aí Domingo de madrugada, com uns dez dias de antecedência, nasce minha primeira neta, a Nina. Digo primeira porque dentro de mais uns 15 dias deve nascer a outra, a Mariana. para fazerem companhia a meu querido neto que em breve completará 8 aninhos. Tempo de alegria, de festa, de agradecer por ter chego com saúde e todos estarem bem, de babar!! rs Deem-me um tempo, volto semana que vem com mais coisas, causos e experiências no mundo do vinho. Por enquanto vou ficar assim, quando posso, e na loja para servir os amigos. Assim que der retomo as atividades por aqui. Saúde, cheers!

Vô & Nina

Renovadas Esperanças e Revisão, Meu Desejo de Ano Novo!

Revisão, porque rever é importante tanto para mudar como para persistir e Esperança porque sem ela nada rola! rs Me lembrei de um texto que publiquei aqui em 2011 e que me pareceu muito pertinente, muito atual, peço licença para o repetir hoje em minha mensagem de final de ano. O autor, George Carlin falecido em 2008, foi um personagem altamente controverso, mas gosto de muita coisa que ele escreveu. Que em 2018 possamos ter saúde para VIVER mais e mais felizes, kanimambo a todos os amigos que me honram com sua visita, é um privilégio tê-los por aqui com tanto outros sites para visitar!

Bebemos demais, gastamos sem critérios.

Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e raramente estamos com Deus.

Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.

Falamos demais, escutamos pouco, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.

Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, casas chiques e lares despedaçados.

Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas ‘mágicas’.

Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão aqui para sempre.

Lembre-se dar um abraço carinhoso nas pessoas que ama pois não lhe custa um centavo sequer.

Lembre-se de dizer ‘eu te amo’ à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame…se ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.

Por isso, valorize as pessoas que estão ao seu lado, sempre…

Neste Natal, Te Desejo Vida!

Depois de dez anos compartilhando mensagens de Natal, cada vez se torna mais difícil criar um texto novo que expresse algo de diferente para não cair na mesmice de sempre. A serenidade (!) de meus quase 63 anos, no entanto, me fizeram esperar pela chama de criatividade, não veio!! rs

Ao receber uma mensagem de minha filha com uma canção de de Flávia Wencelau na voz de Maya de Munich, vi que há momentos em que temos que nos curvar e ter a humildade de reconhecer que há coisas que jamais conseguiremos fazer, escrever um texto, pura poesia neste caso, como este que hoje faço meu como minha mensagem de Natal para todos. Ao final, o vídeo com a canção para quem quiser escutar e recomendo que o façam! Kanimambo por mais um ano, semana que vem sigo por aqui e na Vino & Sapore. Inté!

Te Desejo Vida

(Flávia Wenceslau)

Eu te desejo vida, longa vida

Te desejo a sorte de tudo que é bom

De toda a alegria, ter a companhia

Colorindo a estrada em seu mais belo tom

Eu te Desejo a chuva na varanda

Molhando a roseira pra desabrochar

E dias de sol para fazer teus planos

Nas coisas mais simples que se imaginar

Eu te desejo a paz de uma andorinha

No voo perfeito contemplando o mar

E que a fé movedora de qualquer montanha

Te renove sempre e te faça sonhar

Mas se vierem as horas de melancolia

Que a lua tão meiga venha te afagar

E que a mais doce estrela seja tua guia

Como mãe singela a te orientar

Te desejo muito mais que mil amigos

A poesia que todo o poeta esperou

Coração de menino(a) cheio de esperança

Voz de pai amigo e olhar de avô.