Sesenta anos de vida, trinta e sete como pai, cinco como avô, são tantas emoções! Começamos a dois, eu e minha Loira, construindo uma história que segue seu curso, primeiro com minha Filhota, depois com a Pituca e a chegada do raspa de tacho, meu Filhote! Todos muito queridos e razão de meu viver, gente de que me orgulho de dizer que são meus filhos, me sinto abençoado. Como bons vinhos, advindo do mesmo produtor, mesmo terroir, mesmas uvas, possuem vida e personalidades próprias! Cada um toca sua vida a seu jeito procurando seus caminhos e de repente chega o Pitico para minha alegria e uma nova injeção de energia.
Com o crescimento deles vieram os apêndices á família e a mesa não mais dava para todo mundo, já somos nove no total e essa prole ainda deve aumentar ou seja, a casa pode ser pequena mas a mesa terá que ser grande!! rs Os amo demais e minhas crianças, o serão eternamente, me fazem imensamente feliz dando-me uma certa sensação de dever cumprido. Sempre me guiei por dois mantras pessoais que sigo fielmente e gostaria de compartilhar especialmente com os pais novos que hora leem esta mensagem:
Mais que participar, tem que dar o exemplo e um lindo poema de Khalil Gibran que é a essência da vida!
“Teus filhos não são teus filhos, são filhos e filhas da vida, anelando por si própria
Vem através de ti, mas não de ti e embora estejam contigo, a ti não pertencem.
Podes dar-lhes amor, mas não teus pensamentos, pois que eles tem seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas Pois que suas almas residem na casa do amanhã, que não podes visitar se quer em sonhos.
Podes esforçar-te por te parecer com eles, mas não procureis fazei-los semelhante a ti, pois a vida não recua, não se retarda no ontem.
Tú és o arco do qual teus filhos, como flechas vivas, são disparados… Que a tua inclinação na mão do Arqueiro seja para alegria.”
Que essas flechas que disparei com minha Loira encontrem a alegria, a felicidade e alcancem seus objetivos. Homenagem a meu pai que, mesmo com uma relação tumultuada, sei que me amava e se orgulhava (reciproco) tendo me deixado como legado o exemplo da perseverança e da coerência. A meus filhos, obrigado pelo carinho sem o qual não sobreviveria. A todos os pais que me leem um forte e cúmplice abraço neste dia especial para nós. Kanimambo!