Gente de primeiro nível prova para esta conceituada revista de enogastronomia e ontem passando pela banca vi esta edição. Como curioso que sou, não resisti! Óbvio que cada mídia só lista o que provou então muita coisa que poderia estar por lá, não está, porém é uma lista de respeito. Alguns comentários me vieram á mente enquanto lia e decidi compartilhá-los com você, meu amigo leitor e, alguns, companheiros de taça! rs
Os Melhores do Ano
Quinta do Vale Dona Maria – prefiro o CV que é um outro grande vinho do Van Zeller, mas importante ter um vinho Luso por aqui. Só lamento que os bons vinhos portugueses estejam ficando tão caros! Uma pegada legal que estes vinhos tinham é que mesmo sendo grandes, eles estavam sempre com um preço bem abaixo de seus congêneres italianos, espanhóis e franceses, mas não mais. Talvez seja a estratégia comercial que optaram por colocar em prática de um tempinho para cá, porém como consumidor não me agrada.
Pizzato Merlot DNA 99 – como melhor vinho nacional. Feliz de o ver por aqui! Em 2009 (ou 08 me lembro de ter provado o 2005 ainda na barrica e comentei de sua grandeza. Depois disso já tomei o 2005 (realmente grande!) e também o 2008. Não comparei com outros, depois das Salvaguardas meu relacionamento com os vinhos brasileiros nunca mais foi o mesmo, porém atesto e assino em baixo, grande vinho este DNA, daqueles para dar a provar a gringo e ver seu queixo cair! rs
Melhor Sobremesa , mais um Luso, Moscatel de Setúbal Alambre 20 anos – Os moscatéis de Setúbal são grandes vinhos de sobremesa, este ainda não conheço, então feliz que isso seja reconhecido publicamente pela grande mídia com esta escolha!
Melhores Vinhos por faixa de Preço – Tintos
Acima de R$400 – Gostei de ver um vinho do amigo José Manuel Ortega Fournier nesta lista, o I Sodi Di S. O. Fournier e o Abandonado de Domingos Alves de Sousa, um Douro de primeira, mesmo que eu prefira seu Quinta do Lordelo 2007 que tomei recentemente nas celebrações de meus 60 anos. Vinhaço!
De R$200 a 399,00 – Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas, um dos melhores vinhos produzidos por esta conceituada casa, sempre uma garantia de qualidade. No mesmo patamar, Luis Pato Vinha Barrosa é a uva Baga em sua quintessência e não por acaso destaquei dois Lusos nesta faixa!
De R$130 a 199,00 – Aliara, vinho da chilena Odjfel (gosto muito de seu Carignan), é um topo de gama que provei pela primeira vez neste ano que passou e me encantou, muito complexo e rico. Il Bruciato, Bolgheri/Toscana, do antonori é um grande vinho e não é de hoje, uma opção de supertoscano a preço moderado e não podia deixar de mencionar mais um clássico luso, o Reguengos Garrafeira dos Sócios, um alentejano de muita raça!
De R$70 a 129,00 – uma faixa de preço que gosto de explorar onde descubro algumas preciosidades! Não provei a maioria dos que eles listaram, porém tenho que destacar o Quinta dos Termos Talhão da Serra, um vinho diferenciado elaborado com a pouco conhecida uva Rufete e o Lot 35 Carignan da Garage Wine chilena associada ao MOVI que também produz um ótimo Cabernet Franc! Não poderia deixar de mencionar o Atamisque Malbec (prefiro o blend) de uma bodega Mendocina que visitei em Agosto com a primeira viagem feita com a WFTE (Wine & Food Travel Experience). Da Austrália, o Yalumba Y Series Shiraz/Viognier que acaba de chegar à Vino & Sapore, vinho robusto e marcante.
Até R$69,00 – escolhas muito diferentes aqui! O único que provei e posso comentar é o Fabre Montmayou Malbec Reserva de sua propriedade em Mendoza (também tem na Patagônia) que possui uma ótima relação de Preço x Prazer x Qualidade. O Morandé Pionero Pinot Noir, é uma boa opção nessa faixa de preços, e foquei curioso por provar o Baga/Touriga Nacional da Filipa Pato que normalmente entrega bons vinhos, assim como o Quinta da Garrida Reserva já que sou gamado num vinho do Dão!
Uma outra hora falo dos brancos e outros vinhos listados. Cheers, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui, provedor permitindo!!